MS em Ação: 5ª edição levou inclusão e cidadania para os povos indígenas da Aldeia Te’yikue
Ao todo, foram realizados 16.550 atendimentos, incluindo mais de 700 emissões de documentos, além de consultas médicas e odontológicas, vacinação, solicitação de benefícios junto ao INSS e assistência jurídica.
A 5ª edição do MS em Ação, realizada no último fim de semana em Caarapó, levou serviços essenciais aos povos indígenas da aldeia Te’yikue e região. Durante dois dias, a Escola Estadual Indígena Yvy Poty foi o centro das atividades. Ao todo, foram realizados 16.550 atendimentos, incluindo mais de 700 emissões de documentos, além de consultas médicas e odontológicas, vacinação, solicitação de benefícios junto ao INSS e assistência jurídica.
Essa iniciativa é de extrema importância para as comunidades indígenas, que enfrentam grandes dificuldades de acesso a serviços básicos devido à distância das aldeias em relação aos centros urbanos. Rita Quevedo, de 53 anos, foi uma das beneficiadas pela ação.
“Consegui regularizar o documento de guarda da minha neta. É muito bom quando eles vêm até aqui, na nossa reserva, que é a nossa cidade. Fomos muito bem atendidos, com todo o carinho”, afirmou a dona de casa.
Outro caso resolvido foi o de Eduarda*, indígena da etnia Guarani Kaiowá, nascida e criada na aldeia TeyKue. Ela enfrentava dois processos no Juizado Especial de Caarapó, relacionados à execução de título extrajudicial devido a dívidas contraídas em uma loja de móveis e roupas.
Seu nome foi negativado após não conseguir cumprir o acordo de parcelamento diretamente com a loja. Com o atendimento, foi proposta uma nova forma de parcelamento para ambos os processos, além de solicitar a retirada do nome dela dos cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa.
MS em Ação ofereceu mais de 40 serviços gratuitos a indígenas de Caarapó
A ação, coordenada pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) e pela SEC (Secretaria da Cidadania), contou com a presença da desembargadora de Justiça, Jaceguara Dantas da Silva, conhecida pela defesa dos direitos humanos e coordenadora estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
“Estou aqui para ouvir as mulheres indígenas. Queremos combater o feminicídio e conversar com lideranças indígenas para que nos ajudem no combate a essa violência que não é cultural e não pode ser normalizada”, destacou a desembargadora.
Superintendente de Segurança Pública, o delegado Tiago Macedo ressaltou a importância de fortalecer laços com as comunidades indígenas.
“É muito importante ver a comunidade abrindo as portas da sua casa para nos receber, é a demonstração de que a comunidade confia no Governo do estado e nas forças de segurança. O nosso papel aqui é para fortalecer essa confiança, mostrando para a comunidade que estamos preparados para ouvi-los, que estamos integrados com os demais poderes, com todos os órgãos, em todas as instâncias, para que isso tudo possa reverberar dignidade e cidadania”.
Mais de 200 indígenas receberam atendimento odontológico
A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, enfatizou o compromisso de levar o estado às áreas mais distantes.
“Estamos trabalhando em prol da cidadania, de dignidade, de incluir, de pertencer a todos os povos, é a presença do Estado de Mato Grosso do Sul nos lugares mais longínquos, onde essas pessoas têm dificuldade de ir por exemplo para Caarapó ou para Campo Grande para ter todos os serviços que nós trazemos. A gente faz isso para diminuir esse distanciamento, as classes sociais podem ser unidas, então nós estamos mostrando que a entrega do nosso trabalho faz a diferença para essas 5 mil pessoas. Estamos incluindo pessoas que não tinham a presença do estado por décadas, fazendo uma mudança de paradigma e que seja assim por muitos anos”, disse a secretária.
O prefeito de Caarapó, André Nezzi, ressaltou que serviços que parecem simples para quem mora na cidade são de extrema importância para quem no dia a dia, tem dificuldades para buscar esses atendimentos.
“Muda completamente a vida dessas pessoas que têm muita dificuldade de conseguir tirar o seu documento, de ter acesso à saúde, de ter esse conhecimento com as autoridades aqui. Falar sobre segurança, discutir a segurança na aldeia, das mulheres, enfim, essa ação é muito importante e era muito esperada no nosso município”, diz ele.
Cacique da aldeia Te’yikue, Anísio da Silva, agradeceu ao Governo de Mato Grosso do Sul pelos mais de 40 serviços gratuitos oferecidos à comunidade
“O MS em Ação é muito importante para a nossa comunidade, porque muitos de nós tivemos dificuldades de tirar identidade, CPF. Nós agradecemos muito a Deus, primeiramente, e a todos os apoiadores”, disse Magdiel Marques Paim, de 25 anos, nascido e craido na aldeia Tey’Ikue.
Evelyn Souza, Comunicação Governo de MS
Jaqueline Hahn Tente, Comunicação da Cidadania Fotos: Matheus Carvalho/SEC
*a indígena preferiu manter sua identidade anônima
O Estado de Mato Grosso do Sul repetiu o processo bem-sucedido de 2023, cumprindo todas as etapas necessárias em ação da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) e a Segem (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), para o preenchimento do formulário e apresentação das ações realizadas em 2024.
A renovação da certificação MigraCidades reflete o compromisso do Estado com a governança migratória e a promoção dos direitos humanos.
A certificação MigraCidades, entregue no início deste mês, é uma iniciativa conjunta da OIM (Organização Internacional para as Migrações) – parte do Sistema das Nações Unidas – e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com o apoio da Enap (Escola Nacional de Administração Pública).
MS concluiu todas as etapas necessárias para a obtenção do certificado
Este selo reconhece o engajamento de estados e municípios brasileiros na formulação e implementação de políticas migratórias alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promovendo uma migração ordenada, segura, regular e responsável.
O trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul envolve ações integradas entre diversas secretarias e é coordenado pela Sead, por meio da Secretaria Executiva de Direitos Humanos. Essas ações abrangem iniciativas que promovem a integração social, cultural e econômica dos migrantes, contribuindo para a coesão social e fortalecendo a dignidade humana.
Certificação
O processo de certificação incluiu cinco etapas: inscrição, diagnóstico, priorização, certificação e monitoramento. Durante a avaliação, foram analisadas ações realizadas em 10 dimensões fundamentais para uma boa governança migratória, como participação social e cultural, acesso à educação, assistência social, proteção social e saúde. Relatórios detalhados das atividades e propostas de monitoramento também foram apresentados, consolidando o reconhecimento do Estado.
Entre as principais iniciativas desenvolvidas em prol dos migrantes estão o atendimento permanente por meio da Central de Atendimento em Direitos Humanos, apoio financeiro às OSC’s (Organizações da Sociedade Civil) que atuam com o público migrante, além de palestras e parcerias transversais entre secretarias do Governo. Estas ações reforçam o papel de Mato Grosso do Sul como um exemplo de inclusão e acolhimento no cenário nacional.
A entrega do Cepa (Certificado Estadual de Protetores de Animais) começou nesta semana, com a primeira ação realizada na sede da Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção à Vida Animal).
A certificação, promovida pela Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), tem como objetivo reconhecer entidades e protetores independentes, além de facilitar o acesso a programas estaduais de suporte e bem-estar animal, como o ‘MS Vida Animal’.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com cerca de 300 entidades de proteção animal. Para obter o certificado, é necessário enviar RG, CPF, comprovante de residência, certidão negativa criminal e a carteirinha de vacinação antirrábica dos animais – que é gratuita – para o e-mail vidaanimal@setesc.ms.gov.br.
O certificado é emitido digitalmente e tem validade de um ano, garantindo que os dados sejam atualizados periodicamente.
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destaca a importância da certificação para fortalecer a rede de proteção animal no estado.
“É um certificado que representa um grande avanço na valorização do trabalho dos protetores e das entidades que atuam na causa animal. Ao oferecer suporte e acesso a programas estaduais, garantimos que mais vidas sejam cuidadas com qualidade e responsabilidade”.
De acordo com o titular da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o certificado permitirá aos protetores acessar benefícios importantes, como a Caravana da Castração, programada para começar entre março e abril.
“A Caravana vai oferecer 25 vagas de castração por campanha às entidades certificadas. Hoje, as ONGs conseguem acesso por terem CNPJ, mas muitos protetores independentes não têm. Com o certificado, vamos interligá-los à ferramenta SigPet, que organiza o cadastro para as castrações”.
Outro benefício em fase de elaboração é a doação de rações. “Estamos trabalhando em um edital para compra de ração. O certificado nos ajudará a identificar a demanda real, como a quantidade de protetores e animais atendidos. Isso permitirá uma distribuição mais eficiente desse recurso”, afirma o titular da Suprova.
Sônia Marly Palhano, do Instituto Mãe de Pets, foi a primeira a receber o certificado. O Instituto abriga atualmente 222 cães e 32 gatos.
“Nosso maior desafio é manter a qualidade de vida dos animais. Temos altos custos com ração, medicação, atendimento veterinário e até energia elétrica. Esse certificado é um benefício gigantesco, porque vai nos ajudar com castrações, rações e até na redução de custos fixos. Ser protetora é enfrentar desafios diários, mas o amor pelos animais fala mais alto”.
A iniciativa da Suprova também busca incluir os protetores independentes, que muitas vezes têm mais animais sob seus cuidados do que as ONGs.
“Não havia nada no Estado que regularizasse a atuação dessas protetoras voluntárias. O certificado é uma forma de trazê-las para dentro das políticas públicas, garantindo que tenham acesso aos mesmos benefícios das entidades formalizadas”, finaliza Carlos Eduardo.
O Governo do Estado está realizando o Mapeamento de Criativos de Mato Grosso do Sul. A iniciativa da Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), busca identificar e cadastrar agentes criativos de diversos segmentos, promover um diálogo mais próximo com a comunidade e facilitar a formulação de políticas públicas.
Titular da Setesc, Marcelo Miranda, destacou a importância da ação para o fortalecimento do setor. “A economia criativa é uma das forças que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural do nosso estado. Esse mapeamento será essencial para que possamos criar políticas públicas eficientes e inclusivas, que atendam às demandas reais dos nossos criativos”.
Luciana Azambuja, superintendente estadual de Economia Criativa, reforça a relevância da iniciativa. “Sem o mapeamento, não sabemos onde estão e quem são os criativos de Mato Grosso do Sul, e não podemos fazer políticas públicas sem dados, sem estatísticas. Por isso, essa ação é fundamental para a criação do banco de dados do MS + Criativo”.
O cadastro é realizado de forma on-line, por meio de um formulário (clique aqui para acessar). A proposta inclui os segmentos de artesanato, música, artes visuais, artes cênicas, design, moda, gastronomia, cultura geek/nerd, literatura, audiovisual, entre outros.
Os dados coletados servirão como base para consultas e eventuais convites a ações realizadas pela Secretaria, sem gerar vínculos obrigatórios de contratação. “Os formulários recebidos ficarão armazenados no setor, permitindo que conheçamos as iniciativas criativas existentes em Mato Grosso do Sul e promovendo o desenvolvimento do setor”, conclui a superintendente.