O MS ao Vivo está de volta em 2024. Neste ano serão 9 edições até novembro, com realização do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul – por meio da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) e da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura – e do Sesc MS.
Em 2023, o público total superou a marca de 50 mil pessoas nas quatro edições.
Nesta primeira edição de 2024, vão se apresentar o Projeto Elllas, abrindo o show, e Margareth Menezes. Os shows começam a partir das 17 horas, no Parque das Nações Indígenas, com entrada franca.
Com a pluralidade que o evento pede, o MS ao Vivo trará intervenções artísticas, área gastronômica e de economia criativa, para que as famílias curtam o evento, além da acessibilidade presente com área PcD e intérprete de Libras.
Para Camila Santos, que participou de três das quatros edições, a continuidade do projeto “é muito legal”. “A gente ter atrações nacionais e regionais de graça todo mês, é um momento de lazer pra toda família. Sentamos na grama e assistimos ao show com tranquilidade e segurança. A semana fica até melhor depois de um domingo assim. Que bom que vai continuar!”.
Na avaliação do diretor-presidente da FCMS, Eduardo Mendes, “a abertura do MS ao Vivo 2024 tem um brilho a mais”. “No palco será comemorado o Dia Internacional da Mulher, com dois shows feitos por mulheres da nossa música regional e nacional, além de participações especiais. É dessa forma que queremos levar o projeto esse ano, com muita música, cultura e participação massiva do público”.
ELLAS
Formada por um Trio de mulheres que se destacam na cena cultural sul-mato-grossense, por seu talento, dinamismo e presenças marcantes, ELLAS, a banda que abrirá o show de Margareth Menezes em Campo Grande, tem como estrelas as cantoras e compositoras Erika Espíndola, Marta Cel e Renata Sena. As três juntas, são o retrato da diversidade cultural e da força da mulher que brota e habita o solo de Mato Grosso do Sul.
A escolha de três cantoras locais, para a abertura de um show nacional que acontecerá no dia 10 de março, além de estratégica, pois pretende contemplar o Dia e o Mês da Mulher, enaltece a importância, o talento e a competência das mulheres, promove a diversidade cultural e musical e também valoriza e impulsiona atuais e novos talentos locais.
Representativas da singularidade cultural existente neste Estado, os diferentes gostos, gêneros e inspiração musical levadas pelas intérpretes ao grande público, são mostra das nuances extraídas do grosso caldo cultural que permeia a formação sociocultural de Mato Grosso do Sul.
Para Renata Sena, uma das cantoras em palco, a expectativa pelo show é a melhor possível. “Será um show muito legal, mostrando a diversidade feminina em etnia, estilo e musicalidade. Um momento muito musical, tocado por uma banda incrível e com um repertório para cima com a temática do empoderamento feminino e com mais duas artistas fantásticas como Erika Espíndola e Marta Céu dividindo o palco, não tem como não ser um momento emblemático”.
Margareth Menezes
A cantora baiana Margareth Menezes, com sua voz poderosa e carisma contagiante, é uma das maiores representantes da música brasileira. Com uma carreira consolidada e uma trajetória repleta de sucessos, Margareth encanta plateias ao redor do mundo com sua energia contagiante e seu compromisso em exaltar a cultura e a musicalidade da Bahia.
Nascida em Salvador, Margareth Menezes mergulhou no universo musical desde cedo. Sua paixão pela música afro-brasileira e pelas tradições culturais de seu estado a levaram a explorar uma sonoridade única, que mescla ritmos tradicionais com elementos contemporâneos.
Com uma voz marcante e potente, ela se destaca pela sua interpretação genuína e emocional, transmitindo a essência da música baiana em cada nota. Margareth Menezes ficou conhecida mundialmente com o sucesso “Faraó (Divindade do Egito)”, que se tornou um hino do carnaval baiano e projetou sua carreira para além das fronteiras do Brasil. Desde então, lançou diversos álbuns aclamados pela crítica e pelo público, conquistando prêmios e reconhecimento internacional. Sua discografia é uma verdadeira celebração da cultura afro-brasileira, mesclando ritmos como samba-reggae, axé, samba, ijexá e outros elementos musicais que enriquecem sua obra.
Além de sua carreira solo, Margareth Menezes também é conhecida por sua participação em projetos coletivos de grande relevância. Ela foi uma das vozes pioneiras do movimento Axé Music e colaborou com diversos artistas renomados, como Gilberto Gil, Carlinhos Brown e Daniela Mercury, entre outros. Sua versatilidade e talento a tornam uma artista completa, capaz de transitar por diferentes estilos musicais sem perder sua identidade única.
Com sua voz poderosa e seu compromisso em exaltar a cultura baiana, Margareth Menezes é uma verdadeira embaixadora da música brasileira. Sua arte transcende fronteiras e inspira pessoas ao redor do mundo, levando consigo a riqueza cultural e a diversidade musical da Bahia.
O Som da Concha deste domingo (1º) encheu a Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, de música autoral e performances inspiradoras. A cantora Jacqueline Costa apresentou o espetáculo “Desenho em Aquarela”, enquanto o Coletivo 8 trouxe o show “A Mulher que Comeu a Maçã”, destacando a força da produção musical sul-mato-grossense.
Criado em 2008 pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), atualmente vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), o Som da Concha tem como objetivo valorizar e divulgar a música local. Em sua atual edição, o projeto inova ao levar apresentações para cidades do interior, ampliando o alcance e reforçando seu compromisso com a cultura regional.
Jacqueline Costa encantou o público com as faixas de seu último álbum, além de incluir em sua performance músicas que marcaram sua carreira. A artista compartilhou a emoção de voltar ao evento após uma década.
“A gente tem a sorte de contar com projetos como o Som da Concha. A Fundação de Cultura apoia muito os artistas do Estado. Somos bem recebidos e tratados, o que nos dá tranquilidade para apresentar músicas autorais. É uma honra estar aqui esta noite, depois de ter passado pelo edital de seleção. O projeto é essencial para mostrar a diversidade artística que temos”.
Já o Coletivo 8, representado por Sofia Basso, trouxe composições das integrantes – Sofia (vocais), Letícia Dias (piano), Juliana Araújo (Ju Azul, baixo e voz) e Ju Souc (bateria). O grupo explorou temas femininos em uma apresentação cheia de significado.
“Nosso objetivo é fortalecer mulheres que ousam sair do lugar comum e se expressar de formas únicas. O nome Coletivo 8 questiona como, na era digital, muitas vezes somos reduzidos a números. Oito, por ser curvilíneo e orgânico, representa a mulher e convida à reflexão sobre individualidade e criatividade”, explicou Sofia.
O show “A Mulher que Comeu a Maçã” celebrou a coragem e a busca pelo conhecimento, em uma releitura do simbolismo de Eva. “É uma celebração à intelectualidade e à ousadia feminina”, completou Sofia.
A plateia incluiu fãs de longa data e novos admiradores. O casal Douglas Rebelato, estudante de Jornalismo, e seu companheiro Lenox, revelou que uma música de Jacqueline Costa, “Fiz uma Lista”, marcou momentos importantes de sua relação.
“Acompanho o trabalho dela há algum tempo e já tive o prazer de conversar com ela. É incrível ver um projeto como o Som da Concha valorizando os artistas locais e proporcionando esse tipo de experiência”, disse Douglas.
A cantora Gil Resquin, que se apresentará no evento no dia 15 de dezembro, também prestigiou Jacqueline. “É muito importante estarmos juntas, apoiando o trabalho umas das outras. O Som da Concha democratiza a cultura e traz um público diverso. É uma oportunidade única para mostrarmos nossa arte”, destacou.
O contador aposentado Edson Luiz Schmeske foi ao evento com a esposa, Solange Teodoro, e amigos. Ele ficou impressionado com o que viu. “Ouvi muitos elogios sobre a Jacqueline Costa e decidi vir conferir. O Som da Concha incentiva a população a conhecer e valorizar a cultura do Mato Grosso do Sul”, comentou Edson.
Solange, fã da artista, também celebrou a oportunidade. “Vi um post dela, comentei, e ela respondeu me incentivando a trazer amigas. Jacqueline canta muito bem. Esse projeto é uma iniciativa maravilhosa para apoiar os artistas locais”.
O Som da Concha segue com programação gratuita. O próximo show será no domingo (8), às 18 horas, com Dagata e Banda V12, na Concha Acústica Helena Meirelles, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. A entrada, como sempre, é franca.
Entre os dias 4 e 17 de dezembro, Bogotá receberá a Expoartesanías 2024, um dos maiores eventos de artesanato da América Latina. O Brasil será o país de honra desta edição, com um pavilhão exclusivo que destacará a diversidade e a riqueza do artesanato brasileiro. Quatro artesãs de Mato Grosso do Sul terão suas peças expostas no evento, que promete atrair a atenção de visitantes de várias partes do mundo. Elas contam com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da FCMS (Fundação de Cultura) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).
Com um pavilhão de 285 metros quadrados, a participação brasileira reunirá peças únicas de mais de 75 artesãs, combinando tradição e inovação. Sob o tema “Um passeio pelo Brasil e suas regiões, tipologias e expressões”, o espaço apresentará categorias como moda, cerâmica, joias e decoração. Além de valorizar o artesanato como expressão cultural, o evento visa fortalecer o impacto econômico da atividade, tanto no mercado interno quanto no internacional.
A iniciativa é promovida pela APEX Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em parceria com o PAB (Programa do Artesanato Brasileiro), que integra o núcleo gestor da ação. Ao todo, foram selecionadas 79 artesãs de diferentes regiões do país, que levarão 240 peças para exposição e comercialização. A curadoria é assinada por Roberta Borsoi.
A Expoartesanías é uma feira que busca preservar e promover o artesanato tradicional da América Latina. O evento reúne criações de artesãos que refletem a diversidade cultural e as tradições de suas regiões de origem, tornando-se uma vitrine para a riqueza artística do continente.
De Mato Grosso do Sul, as artesãs participantes são Ana Paula Polidório, da etnia Terena, de Miranda; Elizângela Morais da Silva, da etnia Kadwéu, de Porto Murtinho; Fabiane Avalhaes Marçal de Brito, de Campo Grande; e Ramona Coimbra Pereira, da etnia Ofaié, de Brasilândia.
Fabiane Avalhaes terá exposta sua peça Onça com filhote na boca, que foi selecionada para a feira. Ela celebra a oportunidade. “Para mim, é gratificante participar, porque sei que muitos se inscreveram, e ter uma peça minha escolhida é maravilhoso! Sou artesã há 27 anos, um legado deixado pela minha mãe. Hoje, colher os frutos desse trabalho e ter a chance de participar de uma feira internacional na Colômbia é motivo de grande alegria. Vivo da arte, e essa é uma oportunidade única para mim”.
Ramona Coimbra Pereira será representada com um jogo americano, um caminho de mesa e uma toalha de mesa. Embora não possa comparecer pessoalmente, ela destaca a importância da participação. “Para nós, do povo Ofaié, é uma imensa gratidão estar representados. Como vice-cacique e líder de um grupo de mulheres artesãs indígenas, fico feliz em ver nosso trabalho reconhecido. Espero que os organizadores representem bem nosso material, que é totalmente artesanal e único no mundo. É um orgulho enorme participar de uma feira internacional e mostrar nossa cultura ao mundo”.
Artesãos sul-mato-grossenses levam cultura e diversidade para Feira Nacional de Artesanato em Belo Horizonte
A plataforma, traduzida para o inglês, ficará disponível até novembro de 2025, ampliando o alcance internacional e criando novas oportunidades de negócios para os artesãos brasileiros.
A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais e em parceria com o PAB (Programa de Artesanato Brasileiro), marcará presença na 35ª Feira Nacional de Artesanato, que será realizada entre os dias 4 e 8 de dezembro no Expominas, em Belo Horizonte (MG).
O Estado contará com um estande de 60 metros quadrados, onde exibirá a riqueza e a diversidade de seu artesanato, representadas por tipologias e materiais variados, como cerâmica, madeira, fibras e sementes. Os produtos refletem a fauna, a flora e a cultura de Mato Grosso do Sul, com influências das tradições indígenas, fronteiriças, quilombolas e do homem pantaneiro.
Entre os participantes que representarão o estado estão a PROART (Associação de Produtores de Artesanato de MS), a UNEART/MS (União dos Artesãos de Mato Grosso do Sul) e os artesãos Carla Spadoni e André Ojeda, selecionados para expor suas obras na feira.
O Expominas, maior espaço para feiras e eventos de Minas Gerais, será o palco do encontro, que contará com 567 estandes e espera receber cerca de 130 mil visitantes ao longo dos cinco dias. O local oferece uma infraestrutura completa, com restaurantes, banheiros, ar-condicionado, sinalização, rampas de acesso e enfermaria, garantindo conforto e segurança tanto para os expositores quanto para o público.
A Feira Nacional de Artesanato também aposta no formato híbrido, oferecendo uma plataforma virtual que permitirá aos internautas, de qualquer lugar do mundo, explorar os estandes por meio de um tour em 360 graus. Além de visualizar os produtos, será possível entrar em contato diretamente com os artesãos e realizar pedidos.
A plataforma, traduzida para o inglês, ficará disponível até novembro de 2025, ampliando o alcance internacional e criando novas oportunidades de negócios para os artesãos brasileiros.
De acordo com Katienka Klain, gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da FCMS, a 35ª Feira Nacional de Artesanato marca o encerramento de um ciclo de participações do estado em feiras nacionais em 2024.
“Esta é uma feira renomada, na qual o nosso artesanato participa há anos, sempre trazendo bons resultados. Os artesãos de Mato Grosso do Sul costumam dizer que é como o décimo terceiro salário deles. Este ano, finalizamos a participação em seis feiras nacionais, com resultados muito expressivos para o Estado”, afirmou.