Connect with us

Internacional

Mercosul Social: movimentos defendem integração entre os povos

Ativistas se reúnem no Rio de Janeiro para propor políticas públicas

Publicado

on

O Museu do Amanhã, na região central do Rio de Janeiro, foi construído para ser um olhar da sociedade para o futuro. Dessa forma, faz sentido o espaço – que se destaca pela arquitetura arrojada do espanhol Santiago Calatrava – sediar a Cúpula Social do Mercosul, retomada de forma presencial nesta segunda-feira (4) após sete anos.

Cerca de 300 pessoas da sociedade civil e autoridades vão debater temas sociais por dois dias. Ao fim das discussões, relatórios com propostas e demandas serão entregues aos chefes de Estado que terão um encontro de cúpula, no mesmo espaço, na quinta-feira (7).

Neste primeiro dia de debates, a Agência Brasil conversou com representantes de movimentos sociais e ouviu deles que a integração entre os povos sul-americanos deve ser uma das prioridades da sociedade civil.

Ouvir a sociedade

A ativista Paula Goes é representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Ela saiu de São Paulo para participar da Cúpula Social. Paula defende que a sociedade tenha voz na implementação de políticas e acordos, como o que está sendo costurado entre o Mercosul e a União Europeia.

“É um acordo que vai afetar toda a população, tanto do campo quanto da cidade. Por isso é fundamental a participação popular nesses espaços, é fundamental que os tomadores de decisão, esses donos do poder, escutem também a sociedade civil. Tem que ser um processo muito aberto e democrático”, opina a ativista.

Paula defende mais integração entre movimentos dos países do continente. “A gente tem que entender que a realidade é muito parecida. Por mais que existam barreiras, por exemplo, o idioma e culturais, tem muito mais fatores que nos aproximam do que nos separam”, pondera.

“Do outro lado, as grandes empresas, os grandes detentores do capital estão muito articulados. Então, uma das principais estratégias que a gente tem como movimento social é, justamente, a criação de vínculos de solidariedade e de pensar projetos conjuntamente. Só com essa união maior entre os movimentos e entre os países latino-americanos a gente consegue ter uma melhor paridade de forças”, diz.

Reparação

Representante da Coalizão Negra Por Direitos, Aline Costa enxerga na trajetória histórica dos países sul-americanos uma das razões para a articulação entre movimentos sociais internacionais.

“De uma forma ou de outra, estamos todos conectados pelos desafios que a gente enfrenta a partir das crises econômicas, crises ambientais. No movimento negro, não dá para falar de política de reparação no Brasil sem falar de políticas de reparação na Argentina, com os povos andinos. Então, todo mundo que passou por algum processo de opressão tem de alguma forma uma conexão”, defende.

Para ela, a união de interesses dá forças às demandas sociais.

“Estar junto falando disso é uma forma também de conseguir peso por política de reparação, políticas afirmativas e para denunciar, principalmente, a violência do Estado”, diz.

A ativista de Brasília considera que a integração entre os povos é uma das premissas do Mercosul. “Não dá para falar de integração de nações sem ouvir o povo. Essa integração tem que partir das pessoas que compõem essas nações.”

Judite Santos, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), ressalta que a Cúpula Social tem uma característica de unir movimentos com diversos interesses.

“É um momento muito importante de participação porque aqui estão os diversos movimentos sociais, que vêm pautar as suas demandas no diálogo com o governo para construir uma integração que venha da sociedade civil”, destaca a ativista, que também representa a Vila Campesina.

“A gente chama esse processo de participação social de integração dos povos da região, do sul global”, completa.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Internacional

Avião decola rumo ao Líbano para nova repatriação de brasileiros

Voo leva doações de insumos de saúde do governo brasileiro

Publicado

on

A aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) cedida para a Operação Raízes do Cedro, de repatriação de brasileiros, decolou da Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos (SP), às 14h12 (horário de Brasília) deste domingo (6), com destino a Beirute, no Líbano. 

O avião segue com doações de insumos de saúde do governo brasileiro ao Líbano: 20 mil seringas com agulhas e 4 mil agulhas individuais.

A aeronave fará um escala em Lisboa, Portugal, antes de seguir viagem. Esse é o segundo voo de repatriação de brasileiros desde o início da operação.

De acordo com o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, a Operação Raízes do Cedro terá caráter continuado com o intuito de repatriar, por semana, cerca de 500 brasileiros. O novo grupo de repatriados deve chegar ao Brasil na terça-feira (8), por volta das 10h.

Estima-se que 20 mil brasileiros morem em território libanês. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) contabiliza cerca de 3 mil brasileiros que desejam deixar o país, em meio à escalada das operações militares das Forças Armadas de Israel.

Primeira fase

Os primeiros 229 brasileiros repatriados chegaram na manhã deste domingo na Base Aérea de São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionou o grupo. Logo após o desembarque, ele fez um rápido discurso criticando o posicionamento de Israel de “matar inocentes, mulheres e crianças, sem nenhum respeito pela vida humana”.

“O Brasil é um país generoso e não tem contencioso com nenhum país do mundo porque a gente não deseja guerra. A guerra só destrói. O que constrói é a paz”, disse o presidente.

Veja a chegada dos primeiros brasileiros repatriados

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Internacional

Brasil, Colômbia e México pedem dados eleitorais da Venezuela

Países cobram ainda respeito aos direitos humanos

Publicado

on

Em comunicado conjunto, os governos de Brasil, Colômbia e México pediram a divulgação dos resultados das eleição presidencial na Venezuela. 

Os três países solicitam que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) divulgue os dados “desagregados por mesa de votação”. O CNE ainda não apresentou publicamente os dados da votação de cada uma das mais de 30 mil mesas de votação eleitoral, como determina a legislação do país.

Outro pedido é que as autoridades lidem com “cautela e moderação” as manifestações que estão ocorrendo no país desde o fim da eleição.

“Reafirmam a conveniência de que se permita a verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio fundamental da soberania popular. Ademais, reiteram o chamado aos atores políticos e sociais do país para que exerçam a máxima cautela e moderação em manifestações e eventos públicos e às forças de segurança do país para que garantam o pleno exercício desse direito democrático dentro dos limites da lei. O respeito aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer circunstância”, diz a nota, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Os governos informaram ainda que continuarão a manter conversas para que a própria Venezuela encontra soluções para o cenário atual. “Nesse sentido, reiteram sua disposição de apoiar os esforços de diálogo e busca de entendimentos que contribuam à estabilidade política e à democracia no país”.

Impasse

Como o CNE não apresentou os dados da votação, a oposição venezuelana criou uma página na internet com as supostas atas eleitorais que estão em sua posse. As lideranças opositoras afirmam que os documentos representam mais de 80% do total das mesas.

Ne Venezuela, ao encerrar a votação, a urna imprime a ata eleitoral que é distribuída a todos os fiscais de partidos presentes no local. Os documentos servem para conferir se os dados usados pelo CNE para totalização dos votos são os mesmos que saíram da urna no dia da votação.

Apesar de não disponibilizar aos partidos os dados por mesa, o CNE entregou as supostas atas originais ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) do país, que abriu uma investigação para apurar o processo eleitoral do dia 28 de julho.

Convocado, o principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu ao TSJ alegando que a perícia do Tribunal usurpa as competências do CNE. Já os representantes dos partidos que deram sustentação a González compareceram, mas não entregaram as atas, alegando que elas já foram publicadas no site.

O presidente Nicolás Maduro afirmou que entregará 100% das atas em posse do seu partido nesta sexta-feira (9).

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Internacional

Etapa final do G20 sobre emprego começa terça-feira

Lei de iguadade salarial desperta interesse de países

Publicado

on

A quinta e última etapa do Grupo de Trabalho e Emprego do G20 Brasil, liderado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), vai acontecer entre os dias 23 e 26 de julho, em Fortaleza. Além do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o evento terá a participação de representantes dos trabalhadores, empresários, poder público e organismos multilaterais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O GT produzirá uma declaração dos ministros do Trabalho, que se somará aos documentos similares dos outros GT na cúpula de chefes de Estado, prevista para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Quatro eixos prioritários marcam as discussões do GT: criação de empregos de qualidade e promoção do trabalho decente para garantir a inclusão social e eliminar a pobreza; promoção de uma transição justa no processo de transformações digitais e energéticas; uso de tecnologias como caminho para a melhoria da qualidade de vida de todos e igualdade de gênero e promoção da diversidade no mundo do trabalho.

Nesta sexta-feira (19), em coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, o ministro Luiz Marinho disse que é sempre difícil encontrar consensos entre os países do G20 para a implementação de medidas concretas na área de trabalho e emprego. Mas que a presidência brasileira do grupo está trabalhando para que a declaração final não seja apenas mais um conjunto de frases vagas e sem efeitos práticos.

“Há um grande interesse dos países em relação à nossa lei recentemente aprovada [Lei 14.611/2023], que está em fase de implementação, de igualdade salarial entre mulheres e homens que exercem a mesma função. Espero que esse seja um dos pontos da declaração que os países trabalhem para implementar”, disse o ministro. “O que não tem consenso, deixamos de lado. E trabalhamos entendimentos que apontem para o futuro. Acho que esse é o objetivo que o G20 procura”, acrescentou.

O Ministério do Trabalho também pretende reforçar os convites para que outros países ingressem na Coalizão Internacional de Igualdade Salarial (EPIC). O Brasil passou a fazer parte da coalizão em 2023. A iniciativa existe desde 2017.

Outra medida concreta que deve sair do GT é a criação de um repositório de políticas públicas na área de trabalho e emprego, que ficará hospedado no portal da Organização Internacional do Trabalho (OIT), reunindo exemplos de políticas que os países compartilharão entre si.

O MTE também informou que foi restaurado um grupo do GT para debater o valor do salário entre os países que compõem o G20. A iniciativa partiu de uma preocupação com a queda global na renda do trabalho. O propósito, portanto, é pensar políticas para mudar o cenário.

O G20 é formado pela União Europeia, União Africana, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, países que representam cerca de 80% do produto bruto mundial; 75% do comércio internacional; dois terços da população global e 60% da área terrestre do planeta.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67