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Agricultura

Mapa de água disponível em solos de MS vai orientar plantio de culturas em cada município

Os trabalhos de campo foram desenvolvidos pela equipe técnica própria Semadesc, em parcerias com a Agraer, prefeituras e sindicatos rurais.

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O Mapa de água disponível em solos de Mato Grosso do Sul foi apresentado, nesta semana, durante o 2º Simpósio de Sistemas Intensivos de Produção, realizado pela Embrapa com o apoio do Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação). O Mapa foi desenvolvido no âmbito do ZAE (Zoneamento Agroecológico), projeto financiado pelo Governo do Estado, com apoio do Fundems e execução pelos Centros de Pesquisa da Embrapa localizados no Estado, sob a coordenação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) e da Semadesc.

A apresentação do ZAE e do Mapa da água foi iniciada pelo técnico da Semadesc, engenheiro agrônomo Fernando Nascimento e concluída pelo pesquisador da Embrapa Solos, Silvio Bhering. O mapa mostra a capacidade de retenção de água em cada solo do Mato Grosso do Sul. O extenso estudo foi feito para orientar o plantio de culturas em cada município, reduzindo as possibilidades de perdas em decorrência de problemas climáticos ou inadequação do solo e aumentando consideravelmente a quantidade e qualidade dos produtos colhidos.

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o ZAE de Mato Grosso do Sul será o primeiro do Brasil nesse nível de detalhamento, colocando o Estado na vanguarda do uso da tecnologia como parceira da agroecologia. “O Zoneamento Agroecológico vai permitir que o agricultor saiba em que época do ano e em qual localidade o solo é apropriado para plantar algodão, ou melancia, ou ainda frutas, considerando não só as características do solo, mas a capacidade de retenção de água, a distribuição de chuvas durante o ano. Isso aumenta muito a chance de acertar. Ou seja: permite estimar o risco climático e otimizar o plantio das diferentes culturas agrícolas. O Estado terá um calendário agrícola de alta precisão”, afirmou.

O Governo do Estado, através da Semadesc, firmou convênio com a Embrapa para realizar as análises de solo, fazer o cruzamento de informações e desenvolver as ferramentas para disponibilizar esses dados ao público. Esse convênio é de 2016 e compreende a segunda parte do estudo que abrange a Bacia do Rio Paraná. Na Bacia do Rio Paraguai o trabalho de campo já havia sido feito entre os anos de 2004 e 2008, mas não teve prosseguimento, sendo retomado oito anos depois.

A pesquisa

Para se chegar a essa gama de informações, o território sul-mato-grossense foi dividido pelo tipo de solo predominante e indicado locais onde deveria ser feita coleta de amostras para submeter a análises. Na Bacia do Rio Paraguai foram feitas coletas em 1.160 pontos e na Bacia do Rio Paraná, outras 1.400 coletas, conta o engenheiro agrônomo Carlos Henrique Lemos Lopes, responsável técnico pelo projeto na Semadesc. Todo material coletado foi encaminhado ao Laboratório de Solos da Faculdade de Agronomia da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP de Piracicaba (SP) para se definir as características físicas e químicas de cada solo.

De acordo com um dos coordenadores do estudo, o agrônomo da Semadesc Carlos Henrique Lemos Lopes, as coletas foram feitas por meio de trado, uma ferramenta específica para perfuração manual, e retiradas amostras de várias camadas até a profundidade de 1,5 metros. Para se ter uma ideia da complexidade do estudo, além desses pontos de coletas, em espaços maiores foram abertas trincheiras medindo 2 metros de comprimento, 1,5 metro de largura por 2 metros de profundidade, que possibilitam uma análise mais aprofundada do solo. Nessas amostras – que são analisadas no Laboratório da Embrapa Solos do Rio de Janeiro – são verificadas a densidade, permeabilidade e capacidade de infiltração de água e também o estoque de carbono orgânico existente no solo. Na Bacia do Rio Paraguai foram abertas 250 trincheiras e na Bacia do Rio Paraná estão sendo abertas outras 300. Cabe ressaltar que não foram coletadas amostras do solo da planície pantaneira, que é área de uso restrito estipulada por lei, sendo proibida a exploração de diversas atividades econômicas – inclusive agrícolas.

Os pesquisadores da Embrapa Solos juntarão as informações das características do solo e capacidade de retenção de água com outros dados já disponíveis sobre condições climáticas, temperaturas, risco de geadas, etc, e desenvolverão estudos indicando quais as culturas são indicadas em cada município e as melhores datas para plantio. Esse conjunto de dados técnicos forma o Zoneamento Agroecológico, porém para o público estarão disponíveis em ambiente virtual, num Portal da Internet com livre acesso.

O secretário executivo de Produção Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, chama a atenção para a magnitude e importância do estudo. “O Zoneamento Agroecológico vai resultar em uma série de produtos essenciais para o desenvolvimento de uma agricultura tecnológica, dinâmica, moderna, como é a proposta do Governo do Estado. Teremos o mapa de solos e de culturas em escala 1:100.000 (cada centímetro de mapa corresponde a 1 quilômetro linear de território); o mapa de água disponível no solo; o mapa de estoque de carbono orgânico no solo; o mapa de susceptibilidade à erosão; mapa de classe de terras para irrigação; e um banco de dados georreferenciados com os dados do projeto”, disse.

Os trabalhos de campo foram desenvolvidos pela equipe técnica própria Semadesc, em parcerias com a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), prefeituras e sindicatos rurais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Agricultura

Doença greening: Iagro alerta sobre riscos na compra de mudas irregulares em MS

Para evitar estas contaminações, ela destacou que a recomendação é clara aos pequenos e médios produtores.

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A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) alerta os produtores rurais e a população geral sobre o perigo da compra de mudas irregulares, que podem trazer graves problemas aos pomares do Estado, principalmente os urbanos e domésticos em função da doença HLB, conhecida popularmente como greening.

Essa doença já provocou grandes prejuízos em outros lugares como na Flórida, nos Estados Unidos, assim como pomares dos estados de São Paulo e Paraná, que são os maiores produtores de laranja no país. Ela vem assolando plantações em diversos lugares do mundo.

Por esta razão a recomendação é para que sejam feitas as aquisições de mudas de qualidade e seja combatido a comercialização irregular, como é feita por ambulantes, que podem trazer riscos eminentes para os pomares do Estado. A doença nos citros (laranja, limão, lima, tangerinas e outras) não tem cura.

“A Iagro emite alerta fitossanitário sobre o risco de comprar e plantar mudas sem origem, clandestina ou de venda ambulante. Estas mudas não têm garantia de identidade, nem de qualidade para utilização em pomares domésticos ou comerciais. Elas representam um perigo sério para os pomares do Estado. Já que a presença da doença que não tem cura, conhecida como HLB ou greening, já causou estragos em outros lugares”, afirmou Glaucy Ortiz, gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal da Iagro.

Para evitar estas contaminações, ela destacou que a recomendação é clara aos pequenos e médios produtores. “Adquira mudas de qualidade e evite irregular, principalmente de ambulantes, para não levar riscos aos nossos pomares. Produtores fiquem atentos, monitorem seus pomares e realizem o controle recomendado pelas autoridades”.

A citricultura no Mato Grosso do Sul tem ampliado sua importância e ajudado na diversificação da produção agrícola estadual. Atualmente tem no Estado 2 mil hectares de plantio de limão, laranja e tangerina, com projeção de ampliar em mais 1,8 mil (hectares), considerando as áreas de cultivo nas unidades de produção, que são cadastradas na Iagro.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Agricultura

Prorrogado prazo para cadastro de áreas de plantio de soja até 31 de janeiro em MS

A Agência reforçou ainda a importância da colaboração de todos os produtores no cumprimento deste prazo estendido

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A Iagro (Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) comunicou que, excepcionalmente, o prazo para o cadastro ou registro de todas as áreas de plantio de soja, referente à safra 2023/2024, no Estado de Mato Grosso do Sul, foi prorrogado para 31 de janeiro de 2024. O cadastro é obrigatório e deve ser realizado exclusivamente pela internet no site da agência (http://www.servicos.iagro.ms.gov.br/plantio).

Essa prorrogação visa atender às necessidades dos produtores e garantir o cumprimento efetivo das medidas de defesa fitossanitária, em especial, para o controle da ferrugem asiática. A obrigatoriedade do cadastro das áreas de cultivo de soja é uma estratégia essencial para fortalecer a segurança fitossanitária e preservar a saúde das plantações.

A Agência reforçou ainda a importância da colaboração de todos os produtores no cumprimento deste prazo estendido. Ao estender a data limite, a Iagro proporciona a flexibilidade necessária para que todos os agricultores possam realizar o cadastro de forma adequada e eficaz, garantindo a sanidade das plantações de soja em Mato Grosso do Sul.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Agricultura

Plantio da safra de soja é prorrogado até o dia 13 de janeiro em Mato Grosso do Sul

O prazo final no Estado venceu no dia 24 de dezembro, mas foi prorrogado a pedido da Aprosoja/MS e Famasul.

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O Ministério da Agricultura (Mapa) publicou na quarta (27) a Portaria SDA/Mapa nº 980/2023, que altera o calendário de semeadura da soja para o Estado de Mato Grosso do Sul. Agora, os produtores terão até o dia 13 de janeiro de 2024 para finalizar o plantio. O prazo final no Estado venceu no dia 24 de dezembro, mas foi prorrogado a pedido da Aprosoja/MS e Famasul.

Segundo o boletim do Siga MS, a estimativa é que neste ano a área cultivada cresça 6,5%, em Mato Grosso do Sul, atingindo 4,265 milhões de hectares e registrando uma produção de 13,818 milhões de toneladas, após uma produtividade estimada de 54 sacas por hectare. A medida visa atender às condições climáticas adversas que tornaram este ano totalmente atípico, apresentando desafios significativos para os agricultores do Estado.

O excesso de calor, com registros de temperaturas recordes, e a escassez de chuvas, resultando em períodos de veranicos, contribuíram para um cenário desfavorável ao desenvolvimento da cultura da soja. Diante dessas circunstâncias e levando em consideração que a área plantada estava abaixo das expectativas, o Mapa optou por estender o prazo, oferecendo maior flexibilidade aos agricultores para enfrentarem as adversidades ao longo desta safra.

O diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal ), Daniel Ingold, destacou a excepcionalidade do momento e a importância de medidas que possam mitigar possíveis prejuízos aos produtores rurais do estado de Mato Grosso do Sul. Ele esclareceu que a prorrogação do calendário não altera a sequência padrão, mas busca adaptar-se a uma condição específica.

“A extensão do calendário é uma medida excepcional para enfrentar os desafios impostos pelas condições climáticas deste ano. Nosso objetivo é garantir que os produtores não enfrentem prejuízos significativos devido a fatores externos”, ressaltou Ingold.

Esta iniciativa, embora seja uma medida de exceção, reflete o comprometimento da Iagro em buscar soluções eficazes para enfrentar os desafios climáticos e garantir a sustentabilidade do agronegócio no Estado.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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