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Educação

Mais de 2 milhões de crianças no país estão sem vagas em creches

Dados do IBGE foram divulgados pela organização Todos pela Educação

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No Brasil, 2,3 milhões de crianças de até 3 anos de idade não frequentam creches por alguma dificuldade de acesso ao serviço. Isso significa que as famílias dessas crianças gostariam de matriculá-las, mas encontram dificuldades como a localização das escolas, distantes de casa, ou mesmo a falta de vagas. O percentual das famílias mais pobres que não conseguem vagas é quatro vezes maior do que o das famílias ricas.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados pela organização Todos pela Educação (TPE). Eles mostram que a oferta dessa etapa de ensino ainda é desafio no Brasil.

No país, a creche não é obrigatória, mas de acordo com a Constituição Federal, é direito da criança e da família e cabe ao Estado oferecer as vagas. Pelo Plano Nacional de Educação, Lei 13.005/2014, o Brasil deve atender pelo menos 50% das crianças de até 3 anos nas creches até 2024.

Os dados divulgados pelo TPE nesta segunda-feira (8) mostram que a meta não deverá ser cumprida e que ainda há grande demanda por vagas. Atualmente, 4,7 milhões de crianças frequentam creches, o que representa 40% do total de até 3 anos no país. Cerca de 40% não frequentam a creche por opção dos pais ou por outro motivo (3%). Entre esses motivos estão falta de dinheiro para transporte e material (0,5%), o fato de as escolas não serem adaptadas a crianças com deficiência (0,2%) e problemas de saúde permanentes da criança (0,6%).

Há, no entanto, 2,3 milhões, ou 20% das crianças, cujas famílias gostariam de acessar o serviço, mas não conseguem, como ressalta o diretor de Políticas Públicas do TPE, Gabriel Corrêa: “Mais de 2 milhões de crianças fora de creche no Brasil estão nessa condição ou porque não têm creche perto de casa, têm mas falta vaga, ou até mesmo pelo fato de a creche não aceitar a criança por causa da idade. Há algumas unidades que só aceitam crianças a partir dos dois anos, por exemplo. São crianças cujas famílias querem colocar numa creche, desejam o atendimento, mas não conseguem obter do Estado esse direito. Por isso, o número chama muita atenção”.

O principal motivo para estar fora da creche é a instituição não aceitar a criança por causa da idade, de acordo com o levantamento. Cerca da metade das que não conseguem vaga alega esse motivo, seguido da falta de vaga, de acordo com um quarto das famílias; não ter escola ou ao fato de a creche ficar em local distante, segundo aproximadamente um quarto daqueles que não conseguiram matricular as crianças.

Desigualdade

Os dados mostram ainda que famílias pobres têm mais dificuldade de acesso ao serviço. Entre os 20% mais pobres do Brasil, 28% querem, mas não conseguem acessar as creches. Esse percentual é quatro vezes menor entre os 20% mais ricos. Nesse grupo, 7% não conseguem ter acesso. “O Brasil, infelizmente, ainda anda a passos lentos nessa expansão da oferta de creche, muito devido à baixa prioridade que ainda se dá à primeira infância no país”, diz Corrêa.

Quatro estados concentram os maiores percentuais de demanda por creche: Acre (48%), Roraima (38%), Pará (35%) e Piauí (33%). O maior número de crianças cujas famílias gostariam de vagas em creche, mas não conseguem, está em São Paulo (267 mil), Minas Gerais (217 mil), Pará (205 mil); Bahia (204 mil) e Maranhão (137 mil).

A educação nos primeiros anos de vida tem a função de aprofundar as primeiras aprendizagens e as interações sociais. Estudos mostram que essas interações podem causar impacto em todas as aprendizagens ao longo da vida. Além disso, as creches são importante suporte às famílias, sendo espaço seguro para deixar as crianças enquanto os responsáveis trabalham.

Ampliação de vagas

As creches, constitucionalmente, são de responsabilidade prioritária dos municípios. De acordo com o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, tanto o governo federal quanto os municípios estão se mobilizando para ampliar a oferta de creches à população, mas isso não é algo que acontece da noite para o dia. O principal desafio é a infraestrutura, que precisa ser adequada para atender bebês e crianças de até 3 anos. Além disso é preciso contratar mais profissionais especializados para lidar com essa faixa etária.

Em relação à limitação da idade, que leva as famílias a terem a matrícula barrada porque a criança ainda é muito pequena, Lima diz que isso acaba sendo uma decisão de gestão para conseguir atender à demanda da população, que muitas vezes se concentra na faixa de 2 anos ou mais. Além disso, os custos para atender a crianças menores é maior, visto que devem ser oferecidas salas adequadas, com menos crianças e com mais profissionais, o que faz também com que menor número seja atendido.

“A criança, quanto menor, exige maior cuidado. A responsabilidade pela oferta de serviço tem que ser mais assistida. Em idades muito baixas, como um ano basicamente, a quantidade de crianças por professor é cada vez menor. Então, você ocupa muitas salas de aula, muito espaço físico. para abrir matrícula a essas turmas com menor idade”, diz Lima.

Outro desafio citado por ele é o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2022, definiu que o Estado deve assegurar o atendimento em creche e pré-escola às crianças de até 5 anos. O colegiado também estabeleceu que a oferta de vagas para a educação básica pode ser reivindicada na Justiça por meio de ações individuais.

“Por mais que tenha vontade ou por mais que exista decisão judicial mandando você implementar a matrícula, não há como fazer de forma adequada do dia para a noite. Então, às vezes, essas decisões de forçar o gestor a ter que, de qualquer forma, cumprir com o atendimento da demanda, leva a situações de improviso que, muitas vezes, podem precarizar a qualidade do serviço que está sendo ofertado”. Lima defende que cada contexto seja considerado, com os esforços que cada gestor está empreendendo na ampliação de vagas.

O presidente da Undime ressalta que por mais que a educação infantil seja responsabilidade prioritária dos municípios é preciso que os outros entes também contribuam para que o atendimento seja possível. “A educação infantil é responsabilidade direta do município pela sua oferta, mas fica claro que, alguns municípios, sobretudo com maior dificuldade de investimentos, não darão conta de expandir para atender a toda a sua demanda se não tiver um forte regime de colaboração, tanto por parte dos governos estaduais, quanto da União, principalmente na área de infraestrutura”. Ele cita as medidas do governo federal, por exemplo, como positivas para ampliar a oferta de educação infantil.

No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Com isso, o governo quer concluir mais de 3,5 mil obras de infraestrutura em escolas que estão paralisadas ou inacabadas em todo o país, com previsão de investimento de quase R$ 4 bilhões até 2026.

Em março deste ano, o governo anunciou a destinação de R$ 4,1 bilhões para a construção de 1.178 creches e escolas de educação infantil no país. Os recursos são do Novo Programa de Aceleração do Crescimento.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

Educação

Prefeitura capacita diretores e coordenadores de unidades educacionais

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Palestrantes Fábio Perboni e Andréia Militão vão participar de ação de capacitação para os gestores da Educação em Dourados

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) realiza na próxima quarta-feira (30), a partir das 08h, no auditório da Escola Presidente Vargas, formação com o tema Gestão Democrática. A ação é voltada para diretores e coordenadores de unidades educacionais do município. O encontro marcará a abertura da formação continuada aos gestores educacionais da Rede Municipal de Ensino (Reme), tanto de escolas como de centros infantis (Ceims). A carga horária total prevista para a atividade é de 120 horas.

Os palestrantes Dr. Fábio Perboni e Dra. Andréia Militão abordarão assuntos como gerenciamento, prestação de contas, gestão de pessoas no ambiente escolar, entre outros temas. A capacitação continuada dos educadores é mais uma determinação do prefeito Marçal Filho para melhorar a qualidade do ensino oferecido pela rede pública em Dourados e elevar o desempenho do municípios nos índices do Ministério da Educação.

O secretário municipal de Educação, Nilson Francisco da Silva, destaca que as capacitações promovidas pela Semed abordam temáticas extremamente necessárias para o dia a dia dos profissionais e são estruturadas com foco em agregar para a área da educação em um todo.

O titular da Semed avalia que a formação continuada promove o desenvolvimento de liderança, aprimora a capacidade de gerir recursos e fortalece a habilidade de tomar decisões estratégicas, “pontos essenciais para um gestor atualmente e, consequentemente geram melhorias em benefício da comunidade escolar”.

OS PALESTRANTES

Fábio Perboni é doutor em Educação e mestre em História. Ele possui ampla experiência na Educação básica e já atuou como Coordenador do Grupo de Trabalho Estado e Política Educacional. Atualmente é vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação FAED da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

Andréia Militão é Professora da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Anfope (Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação).

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Educação

Prefeitura entrega novos uniformes para alunos da Rede Municipal de Ensino

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Novo modelo de uniforme da Reme passa a ser distribuído nas escolas. Foto: A. Frota

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), iniciou nesta terça-feira (08) a entrega dos novos uniformes para a Rede Municipal de Ensino (Reme). Com um design inovador, as camisetas se destacam também pela ótima qualidade, tudo elaborado para atender várias faixas etárias, já que os exemplares serão entregues nos Centros Municipais Infantis (Ceim’s), escolas e unidades educacionais que atendem à educação de jovens e adultos.

A Escola Municipal Bernardina Corrêa de Almeida e o Ceim Geny Ferreira Milan estiveram entre as primeiras unidades a receberem os uniformes, nesta manhã (08). As ações foram acompanhadas por profissionais do setor e por vereadores.

O prefeito Marçal Filho acompanhou a distribuição e citou que a intenção era entregar os itens juntamente ao kit, no primeiro dia de aula, em fevereiro, o que não foi possível devido a atrasos no processo de licitação gerados por trâmites da gestão anterior, mas, destacou que com o empenho da equipe, conseguiu fazê-lo antes dos 100 dias de trabalho.

Marçal celebrou. “Fico muito feliz em fazer a entrega destes uniformes, planejados com muito carinho para nossos alunos e, claro, gostaria de ter entregue junto com o kit, mas do jeito que pegamos o andamento da gestão anterior, não foi possível”, comentou. “Mas conseguimos com o alinhamento da nossa equipe entregar no começo deste mês de abril, um material com muita qualidade, como nosso alunos merecem”, citou.

A pretensão é finalizar a entrega em todas as unidades educacionais da Reme ainda nesta semana. Foto: A. Frota

Para a diretora do Ceim Geny Ferreira Milan, Kelly Cristina Silva Franco, os novos modelos de camisetas ficaram diferenciados em relação aos entregues em outros anos e a aceitação foi positiva. Ela destacou ainda a abertura que os profissionais da Educação têm obtido na gestão atual e elogiou as capacitações que vêm sendo ofertadas.

“As camisetas vieram com uma malha muito boa, detalhes diferenciados, e vemos que todos estão gostando bastante da novidade”, enfatizou. “O ano recém começou mas temos notado que o prefeito Marçal Filho e sua equipe têm demonstrado preocupação com as demandas do Ceim em um todo e a Secretaria tem disponibilizado bons cursos para os profissionais da Educação; isso é muito importante”, apontou.Conforme o secretário de Educação, Nilson Francisco da Silva, cada aluno recebe duas camisetas e a pretensão é finalizar a entrega em todas as unidades educacionais da Reme ainda nesta semana.

 

Com assessoria.

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Educação

Entrega de novo veículo impulsiona a Educação e melhora o atendimento aos alunos em Rio Brilhante

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Os avanços não param. Na última semana, o prefeito municipal de Rio Brilhante, Lucas Centenaro Foroni, realizou um importante gesto em prol da educação e da mobilidade escolar. A entrega de um novo Ônibus Escolar Rural (ORE 2) IVECO, marca um passo significativo para a melhoria do transporte dos estudantes que residem nas áreas mais distantes do município.
Garantido através de emenda da Bancada Federal, o novo ônibus tem o objetivo de garantir mais conforto e segurança para os alunos da rede pública de ensino municipal, e esta ação é um reflexo do compromisso da gestão municipal em investir na educação e no bem-estar dos estudantes.
O Prefeito Municipal comemorou junto aos alunos a nova aquisição e expressou seu agradecimento à bancada federal, pela conquista de um novo veículo para o município, no valor de aproximadamente 400 mil reais. “É um momento de celebração e alegria que recebemos este ônibus escolar, que vai garantir um transporte seguro e confortável para nossos estudantes. Quero agradecer imensamente à bancada federal de Mato Grosso do Sul, que se empenhou para viabilizar através de emenda parlamentar mais um transporte escolar de grande utilidade para nossa cidade. Este é um investimento no futuro de nossos jovens e um passo importante para mais qualidade da educação de Rio Brilhante”, afirmou Lucas Foroni.
O modelo IVECO ORE 2, entregue à Secretaria de Educação, é um veículo moderno, projetado especialmente para o transporte de estudantes em áreas rurais. Com capacidade para atender um número significativo de 44 lugares. O ônibus foi escolhido por suas características que atendem às necessidades do terreno irregular e ao longo trajeto até as escolas da região.
O ônibus possui suspensão adaptada para as estradas de chão, garantindo mais estabilidade e segurança durante os percursos em áreas de difícil acesso. Além disso, conta com recursos que proporcionam maior conforto, como bancos estofados ergonômicos, sistema climatizado adequado para o clima da região e com elevador de acento acessível. Com todos os padrões técnicos do Programa de Transporte Escolar – Caminho da Escola

 

Com assessoria.

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