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Desenvolvimento Econômico

Maior produtor de avestruz fora da África tem frigorífico em Campo Grande e vende para todo país

Instalado na BR-163, em Campo Grande, por uma questão logística, o lugar é ponto de distribuição para o Brasil.

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Maior produtor de avestruz fora da África tem frigorífico em Campo Grande e vende para quase todo o país. O negócio que começou há quase 30 anos em uma propriedade rural em São Gabriel do Oeste (MS) cresceu tanto que precisou ter frigorífico próprio. Instalado na BR-163, em Campo Grande, por uma questão logística, o lugar é ponto de distribuição para o Brasil.

Muito antes de se falar da Rota Bioceânica, o empresário Manoel Piveta Assunção enxergou que uma posição estratégica faria seu negócio crescer e se desenvolver. Campo Grande foi escolhida para a instalação do plantel frigorífico, exatamente, por isso, por ser um ponto fácil para distribuição do produto para o resto do país.

Campo Grande, tradicionalmente, se destaca como polo frigorífico regional para o abate e exportação de carne bovina resfriada e congelada, nesse contexto o consumo da carne e dos demais derivados do avestruz apresentam interessante oportunidade de negócio, com possibilidade de crescimento, explica a prefeita Adriane Lopes. “Somos a Capital de um Estado vocacionado para o agronegócio, temos uma localização estratégica e privilegiada, oferecendo ao empresariado uma plataforma de negócios com comércio dinâmico e diversificada rede de serviços”, ressalta.

Do frigorífico de Campo Grande saem cortes selecionados para Brasília, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pará, Ceará, Paraíba, Amazonas, Bahia, Mato Grosso e Goiás. O empresário conta que não imaginava que ficaria tão grande.

“Somos o maior criador de avestruz no país, e também, o maior fora da África. O negócio começou com apenas 20 casais que eu trouxe diretamente da África. Me encantei pelo bicho, que diferentemente da pecuária bovina, ocupa pouco pasto, faz pouco pisoteio, não emite CO2, não rumina, enfim, um animal que produz mais em menos área”, conclui.

A busca por um produto mais saudável, que agride menos o meio ambiente, sempre foi uma preocupação do empresário. Ele conta que no começo chegou a haver um boom de criadores, mas como toda moda, muitos eram aventureiros e aos poucos foram deixando a criação, enquanto ele foi se especializando, até chegar ao patamar de maior produtor no Brasil e terceiro no mundo.

No começo ele precisou se ajustar, já que a ideia inicial era vender filhotes para esses criadores. Depois passou a vender a carne para a merenda escolar e foi caminhando, e descobrindo como aproveitar totalmente o animal. “Entramos no mercado pensando na carne, mas hoje aproveitamos tudo. Vendemos pluma para o Brasil todo, desde para espanador como para a alta costura. Aproveitamos o couro – dizem que os sapatos duram 40 anos. O couro não rasga. O osso é usado na cutelaria – parece marfim. E um dos produtos mais recentes é o óleo de avestruz, que tem potente ação analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante com a vantagem de ser um produto natural”, conta.

Queridinho entre os produtos da empresa, o óleo de avestruz é rico em ômega 3, 6, 7 e 9, e muito usado no fortalecimento do sistema imunológico, além de ser indicado para aliviar dores, reduzir as concentrações de colesterol e triglicerídeo no sangue. Não contém quantidades significativas de carboidratos, proteínas, fibra alimentar e sódio. Além disso, a empresa é a única fornecedora no Brasil dessa matéria-prima.

Extraído de uma bolsa de gordura presente na região abdominal do avestruz, o óleo também possui benefícios estéticos. De acordo, com Piveta o óleo de avestruz não tem contraindicações e pode ser adquirido tanto na forma de creme, como em cápsulas.

Também muito saudável, a carne é menos calórica e entrega um produto parecido no paladar a bovina, com características de pescado. É de fácil digestão, por ser menos fibrosa, e tem alto índice de ferro, por exemplo.

Por ter o frigorífico certificado com o Serviço de Inspeção Federal (SIF) permanente do MAPA, o que garante ainda mais a qualidade na produção de seus cortes, a expectativa com a Rota Bioceânica é vender para outros países. “Já vendemos em todo o país, e queremos seguir expandido. Queremos vender para o mundo todo. A Rota Bioceânica vai abrir ainda mais possibilidades de tudo que estamos planejando nesses 27 anos de muito trabalho”, explica.

Essa expansão econômica, produtiva e logística poderá se utilizar da Rota Bioceânica para acessar ainda os mercados da Ásia-Pacífico, além de garantir a segurança alimentar no trecho “intracorredor”, composto por Paraguai, Argentina e Chile. A Rota vai abrir infinitas possibilidades, e no caso da Strut Alimentos, ainda, poderá ser alavancada com a estrutura dos caminhões refrigerados para trazer ao Brasil pescados, em especial o salmão, além de frutas de clima frio que serão distribuídas ao restante do país a partir de Campo Grande.

Animado com as oportunidades futuras, o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Adelaido Vila, destaca a importância da megaestrada, que ligará o Brasil ao Chile. “O corredor bioceânico é fundamental para o desenvolvimento econômico da região. Estamos falando de todos os países envolvidos, e claro, Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e outros países também, como Bolívia e Uruguai, que serão beneficiados, todos”.

O corredor bioceânico cruzará as regiões do Mato Grosso do Sul no Brasil, Gran Chaco no Paraguai, as províncias de Salta e Jujuy na Argentina e as regiões de Antofagasta e Tarapacá no Chile.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Prefeitura reúne entidades para desenvolver ações integradas voltadas à região central

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Após requalificar a área central com obras estruturantes, a Prefeitura de Campo Grande tem concentrado esforços na promoção de ações integradas que reforcem o dinamismo e a atratividade do Centro. Circulação de pessoas, o comércio, criar atrativos econômicos e culturais — com esse foco, a administração municipal, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades), reuniu nesta semana instituições públicas, entidades de classe, Sistema S, universidades e comerciantes para discutir ações conjuntas dentro de um programa de Atenção ao Centro.

A proposta é consolidar uma agenda permanente de parcerias estratégicas voltadas à valorização da região central como espaço vivo, pulsante e integrado à população.

O titular da Semades, Ademar Silva Junior, destacou a importância em dialogar e propor ações voltadas ao centro juntamente com os seus representantes para uma construção coletiva no desenvolvimento da região. “Valorizar o Centro de Campo Grande é valorizar a história viva da nossa cidade. Temos um compromisso em transformar essa região em um espaço atrativo, dinâmico e acolhedor, que dialogue com a modernidade. Através do Programa Atenção ao Centro, estaremos desenvolvendo uma série de ações integradas para fomentar a circulação de pessoas, impulsionar o comércio local e criar atrativos culturais e econômicos. Nosso foco é devolver ao Centro o protagonismo, tornando-o novamente um ponto de encontro da população”.

Paulo de Matos Pinheiro, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, considerou a ação produtiva e alinhada com os objetivos da entidade enfatizando a importância da união entre a sociedade, governos e autoridades. “O objetivo é identificar e corrigir problemas como segurança pública, estacionamento, moradores de rua entre outros. Sabemos que não é fácil mobilizar, mas com mudança de atitudes conseguimos o apoio das pessoas. Essa ação é vista como o início de um projeto com potencial para trazer resultados positivos através da colaboração de todos os envolvidos”.

Já Gustavo Eifle, comerciante da área central, expressou sua esperança de que o projeto possibilite novas oportunidades e melhorias para a região. “Estou aqui para somar esforços. Acho muito bacana essa iniciativa e uma parceria importante unindo não só o executivo como o privado e a própria população. Todos temos que abraçar a causa e chegar no objetivo”.

Adilson Gonçalves, engenheiro civil e consumidor no centro, compareceu à reunião após visitar a Associação Comercial e receber o convite para participar da reunião e ter a oportunidade de apresentar ideias para a área central. “Acredito que deva ser realizado um planejamento colaborativo que envolva todos os interessados, e destacando também a questão da ocupação dos espaços públicos com serviços como postos de segurança, saúde e cultura visando oferecer melhores condições e dignidade à população”.

Assim como, William Machado, representante da Faculdade Insted de Campo Grande, que contou o desejo da instituição em oportunizar que acadêmicos trabalhem junto aos anseios dos empreendedores da região. “Pretendemos trabalhar com os alunos para a criação de um plano de negócios, para conseguir transformar aquelas lojas fechadas, aqueles estabelecimentos que estão fechados ou abandonados hoje, no que eles poderiam se tornar para poder trazer mais vida para o centro. Então, a princípio queremos entender o porquê das lojas fechadas e como transformar esses estabelecimentos em serviços para a população, trazendo de volta a população para o centro da cidade”.

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Com redução de custos e tempo, corredor bioceânico poderá impulsionar exportação de carne em MS

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Custos menores e caminho mais rápido. O corredor bioceânico vai trazer vantagens ao Mato Grosso do Sul na exportação de produtos importantes, como a carne bovina. O destino final pode ser os países asiáticos pelo Oceano Pacífico ou até o próprio mercado sul-americano. O setor ganha força e competitividade com este futuro promissor.

Mato Grosso do Sul exporta atualmente 360 mil toneladas de carne bovina ao Chile. Este produto sai hoje do Estado por três caminhos: De Ponta Porã até Assunção no Paraguai, do Paraná rumo a Argentina e do Rio Grande do Sul até a Argentina, para chegar no Chile. O caminho é longo e pode ser encurtado pelo corredor de Porto Murtinho, Carmelo Peralta (Paraguai), Argentina, até chegar em terra chilena.

Se o destino ainda for os mercados asiáticos, esta mesma carga vai até os portos chilenos de Antofagasta ou Iquique, para seguir por meio do Oceano Pacífico. A rota Bioceânica é uma realidade com diversas obras espalhadas pelos quatro países. Uma das principais é a ponte binacional, que está com 65% dos trabalhos concluídos.

“O principal benefício da Rota Bioceânica para a indústria frigorífica de Mato Grosso do Sul será a ampliação das exportações para o Chile e o Peru. Já para outros mercados globais, a viabilidade econômica dependerá da competitividade dos custos logísticos no novo corredor de exportação”, destaca Sérgio Capucci, vice-diretor do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul).

Na avaliação da entidade o corredor bioceânico pode ser estratégico para encurtar a distância da carne bovina brasileira até mercados da Ásia, como China e Japão.

O setor quer analisar o custo do frete rodoviário em comparação ao trajeto até ao Porto de Santos (exportação Ásia e Europa) e já existe um otimismo para exportações de carne com destino ao norte do Chile e ao Peru.

Novo caminho

O presidente SETCEMS (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas de Mato Grosso do Sul), Cláudio Cavol, revela que a exportação de carne para países asiáticos pelos portos chilenos é praticamente inexistente. Este cenário vai mudar com o novo corredor e ponte binacional.

“Hoje, a pouca carga destinada ao norte do Chile segue por Santa Catarina, passando por Dionísio Cerqueira (SC) e São Borja (RS), o que aumenta a distância em 700 a 1.000 km em relação à nova saída por Porto Murtinho”, destacou.

O setor de transportes ainda ressalta a importância de avanços nos trâmites aduaneiros. “Atualmente, os caminhões podem levar de 7 a 8 dias apenas para cruzar Mato Grosso do Sul e o Paraguai, passando por diferentes etapas burocráticas nos dois países. Para que a Rota Bioceânica seja eficaz, é essencial evitar longos períodos de espera nas aduanas”, ponderou Cavol.

Dentro deste cenário de preparação, começou a ser ofertada qualificação para motoristas sem experiência em transporte internacional. “O SETLOG pediu a capacitação desses motoristas, preparando-os para atuar nessa nova rota. A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) ofereceu um curso em Jardim voltado à formação de profissionais de logística para o transporte internacional. A primeira turma já foi formada”.

Outro ponto essencial neste caminho é a infraestrutura das rodovias nos quatro países, que precisam estar preparadas para esta nova realidade. “É fundamental que a via seja bem sinalizada e que existam estruturas adequadas para os motoristas, como postos de gasolina, restaurantes e suporte logístico ao longo do trajeto”.

A expectativa do setor é que o fluxo de transporte aumente de 5% a 10% ao ano, contribuindo diretamente para o crescimento do PIB estadual. Mato Grosso do Sul pode inclusive ganhar um papel de destaque no comércio internacional, sendo um grande corredor de exportação de vários produtos, entre eles a carne. Serão custos e distâncias menores, com acesso a mercados estratégicos.

Exportação

Atualmente os produtos brasileiros exportados para a China navegam mais de 24 mil quilômetros e gastam 54 dias para desembarcar em Shanghai, via Canal do Panamá. Utilizando a nova rota o tempo se reduzirá em 12 dias e 5.479km.

Para chegar aos países da Ásia ou Oceania, os navios saem do Porto de Santos, contornam o continente africano ou fazem desvio pelo Canal do Panamá, elevando custos de frete e sujeitos a atrasos devido às condições climáticas. Com a Rota Bioceânica a meta é reduzir o trajeto em 7.000 quilômetros ou até 20 dias no transporte entre Brasil e Ásia.

“O corredor bioceânico passou a ser uma realidade. Os nossos produtos vão seguir a por um caminho mais rápido tanto aos países vizinhos, como ao mercado asiático pelo Oceano Pacífico. Na prática, estamos testemunhando dia após dia, a realização do grande sonho de diferentes gerações, que contribuíram para que este projeto, complexo, ousado e inovador saísse do papel. Teremos um próspero corredor de exportações e importações, a partir da conexão viária entre o Centro-Oeste brasileiro e o Pacífico”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS
Foto da capa: Álvaro Rezende

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Com apenas 2,8%, Campo Grande tem a segunda menor taxa de desocupação entre as capitais

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana.

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Campo Grande segue se destacando como referência nacional na geração de empregos. No terceiro trimestre de 2024, a taxa de desocupação caiu para 2,8%, posicionando a capital sul-mato-grossense como a segunda entre as capitais brasileiras com menor índice de desocupação. O resultado supera a média estadual de 3,4% e está bem abaixo da taxa nacional, que foi de 6,4% no mesmo período. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana.

Para a prefeita Adriane Lopes, o desempenho reflete a eficiência das políticas públicas locais e a força econômica da cidade, que segue atraindo investimentos e gerando oportunidades de trabalho. “Campo Grande vem se consolidando como um ambiente favorável para negócios, inovação e geração de emprego. Esse índice histórico não é apenas um número, mas uma demonstração de que as ações do Executivo Municipal estão fazendo a diferença na vida das pessoas, garantindo mais dignidade e qualidade de vida para os trabalhadores”, afirmou.

Com 482 mil pessoas ocupadas e apenas 14 mil desocupadas, Campo Grande alcançou o segundo menor número de desocupados da série histórica iniciada em 2012, ficando atrás apenas do quarto trimestre de 2023, quando o total foi de 13 mil. Além disso, a remuneração média no município aumentou de R$ 3.844 no segundo trimestre para R$ 3.910 no terceiro, reflexo do fortalecimento das atividades econômicas e do incremento na qualificação da mão de obra local.

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Ademar Silva Júnior, ressaltou os avanços. “A queda na taxa de desocupação é fruto de um trabalho conjunto entre a gestão pública e a iniciativa privada, com incentivos fiscais, capacitação de mão de obra e atração de novos investimentos. Essa sinergia tem impulsionado o desenvolvimento local e promovido um mercado de trabalho mais dinâmico e valorizado”, comentou.

Os números reforçam o papel de Campo Grande como motor econômico de Mato Grosso do Sul, contribuindo para a redução das desigualdades regionais e o crescimento sustentável. A combinação de políticas públicas eficazes, parcerias estratégicas e um ambiente favorável ao empreendedorismo projeta a cidade como um exemplo para outras capitais brasileiras que buscam fomentar a geração de emprego e renda.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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