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Saúde

Internação de bebês por desnutrição atinge maior nível em 13 anos

Dados são de pesquisa do Observa Infância, da Fiocruz

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Em 2021, as internações de bebês com menos de 1 ano de idade chegaram ao maior nível em 13 anos, segundo estudo divulgado quarta (26) pelo Observatório de Saúde da Infância (Observa Infância), da Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores se basearam em dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), que apontam 2.979 hospitalizações nessa faixa etária ao longo do ano passado, o que equivale a oito por dia.

A pesquisa alerta ainda para um possível agravamento da situação este ano, já que até 30 de agosto a taxa média diária de hospitalizações era de 8,7 por dia, o que representa um crescimento de 7% em relação ao patamar atingido no ano passado.

O coordenador do Observa Infância e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Cristiano Boccolini, aponta diversas causas que podem estar ligadas a essa piora na desnutrição de bebês, como a alta acumulada no preço dos alimentos, o aumento da informalidade no trabalho e a redução da renda dos trabalhadores. Ele avalia que esses problemas afetam o acesso aos alimentos e o aleitamento materno.

“Às vezes, a mulher tem que conseguir um bico ou um trabalho, um subemprego, ou um trabalho em condições informais ou mesmo formais, mas que não dispõe mais da licença maternidade de 4 meses, férias etc, ou não dispõe de nenhuma rede de proteção que ampare ela a manter o aleitamento materno, e acaba tendo que comprar leites ou fórmulas”, explica o pesquisador.

“Tem uma situação também que é ambiental, de acesso a saneamento básico e a água potável, que não vem melhorando no país. Então, essas crianças estão expostas a esgoto a céu aberto, água em condições inadequadas para consumo, e isso expõe elas a infecções. E infecções como pneumonias e diarreias podem agravar um quadro já existente ou instalar um quadro de desnutrição”, disse o pesquisador.

O estudo mostra ainda que, a cada três internações de bebês menores de 1 ano por desnutrição, duas são de bebês negros. Esse dado considera apenas as internações em que foi informada a raça/cor dos bebês e as hospitalizações que ocorreram entre janeiro 2018 e agosto de 2022. A pesquisa alerta que há problemas no registro dessa informação, já que uma em cada três internações não informa a raça/cor do bebê.

“Ainda precisamos melhorar muito a identificação por raça e cor nos nossos sistemas de informação, mas, com os dados que temos, é possível afirmar que temos uma proporção maior de crianças pretas e pardas internadas por desnutrição”, disse Boccolini.

O pesquisador lembra que a taxa de hospitalizações por desnutrição a cada 100 mil bebês nascidos vivos tem aumentado no Brasil desde 2016, e a alta acumulada em 2021 já representa um aumento de 51% em relação a 2011. Em 2021, o Brasil teve 113 internações para cada 100 mil bebês nascidos vivos, proporção que era de 75 por 100 mil em 2011.

A alta na taxa de hospitalizações é mais acentuada na Região Centro-Oeste, onde houve aumento de 30% de 2020 para 2021. Mesmo assim, o Nordeste é a parte do Brasil onde há mais internações por desnutrição no primeiro ano de vida, com 171 hospitalizações a cada 100 mil bebês nascidos vivos.

Apesar da alta na taxa nacional de internações, a taxa de mortalidade por desnutrição na mesma faixa etária está em queda constante desde 2009 e chegou à menor marca em 2020, último ano com dados consolidados. Boccolini explica que, ainda que haja essa queda nas mortes que tem a desnutrição como causa básica, o quadro pode contribuir para outros óbitos evitáveis, o que está sendo avaliado em uma segunda rodada da pesquisa.

O pesquisador ressalta que, ao ser internada no Sistema Único de Saúde, uma criança nessa faixa etária se recupera daquele ciclo de desnutrição que poderia levá-la a morte, mas pode carregar prejuízos por ter passado por carências nutricionais em um momento crucial para a formação de seu organismo.

“As consequências a médio e longo prazo são praticamente irreversíveis. Tem um impacto considerável na capacidade cognitiva dessa criança, que pode ser afetada por quadros de desnutrição grave, na formação dos órgãos internos que mais à frente, na idade adulta, podem levar a doenças como hipertensão, diabetes e até obesidade”, exemplifica Boccolini, acrescentando que, com a persistência do quadro de desnutrição ao longo da vida, a criança estará mais exposta a quadros graves de doenças infecciosas.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

Saúde

Boletim Epidemiológico: MS registra 16.012 casos confirmados de dengue

Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

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Mato Grosso do Sul já registrou 19.429 casos prováveis de Dengue, sendo 16.012 casos confirmados, em 2024.  Estes dados foram apresentados no boletim referente à 45ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta terça-feira (19). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Nos últimos 14 dias, Porto Murtinho, Amambai, Caarapó e Itaquiraí tiveram casos confirmados para doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 100.999 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida em bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 189.910 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

Confira os boletins:

Boletim Epidemiológico Dengue SE 45 – 2024 (1)

Boletim Epidemiológico Chikungunya SE 45 – 2024

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Saúde

Frutas e comidas típicas regionais reforçam necessidade de alimentação saudável na saúde preventiva

A ideia da iniciativa é a de incentivar a alimentação consciente e nutritiva para a população sul-mato-grossense, prezando pela sua saúde e bem-estar.

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A importância das frutas e comidas típicas regionais foi um dos temas debatidos nesta terça-feira (19) por técnicos da SES (Secretaria de Estado de Saúde) de Mato Grosso do Sul no evento ‘Sabores e Sentidos: a expressão da alimentação e nutrição’. A ideia da iniciativa é a de incentivar a alimentação consciente e nutritiva para a população sul-mato-grossense, prezando pela sua saúde e bem-estar.

Realizado pela Gerência de Alimentação e Nutrição da SES na Escola de Saúde Pública (ESP), o encontro colocou em evid~encia que uma alimentação saudável e equilibrada é ferramenta essencial para a saúde preventiva. O evento reuniu profissionais da saúde, nutricionistas e educadores para discutir e celebrar os avanços nas áreas de alimentação e nutrição em Mato Grosso do Sul e no Brasil.

O encontro marca a comemoração de duas datas significativas, os 10 anos do Guia Alimentar para a População Brasileira e os 25 anos da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN).

Para o gerente de alimentação e nutrição da SES, Anderson Holsback, essas comemorações são oportunidades para refletir sobre os avanços conquistados nas áreas de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e discutir a importância de políticas públicas que promovam uma alimentação adequada e saudável para todos os cidadãos.

“Esperamos contribuir para o fortalecimento das políticas públicas locais e regionais, incentivando a adoção de práticas alimentares saudáveis, promovendo a qualidade de vida da população de Mato Grosso do Sul e suscitando propostas para a efetivação de SAN e soberania alimentar. Este é um momento único para reforçar a importância da alimentação saudável e adequada como um direito de todos, assim como a necessidade da transversalidade nas ações de promoção da saúde”, destaca Anderson Holsbach.

A programação do evento incluiu palestras de especialistas e mesas-redondas que abordaram temas como segurança alimentar e nutricional, políticas públicas e práticas alimentares sustentáveis.

Os palestrantes destacaram a necessidade de promover um olhar crítico sobre a alimentação, incentivando hábitos saudáveis que beneficiem não apenas a saúde individual, mas também a coletividade.

Integrante do Observatório de Condições Crônicas e Alimentação (OCA) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a nutricionista Phamella Ávila, destaca que encontro é uma oportunidade para refletirmos sobre os avanços que temos conquistado na alimentação e nutrição ao longo dos anos.

“É fundamental que continuemos a trabalhar juntos pela promoção de uma alimentação saudável, que respeite a cultura local e valorize os produtos regionais. O sabores e sentidos aqui de Mato Grosso do Sul vem trazer um pouco da nossa comida regional. A gente traz as frutas e as comidas típicas aqui do Estado, como a guavira, o pequi, o arroz carreteiro e o macarrão de comitiva, explicando o quão importante dentro da cultura alimentar, passar essas receitas para as gerações futuras”, ressalta a nutricionista.

Estiveram presentes no encontro a superintendente de Atenção Primária em Saúde da SES, Karine Cavalcanti; Geani Almeida, coordenadora de Doenças Crônicas; a presidente da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar, Márcia Ratti, e Milena Serenini, representante do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

O evento também enfatizou a importância de políticas públicas que garantam o acesso a alimentos saudáveis para toda a população, contribuindo para a redução de doenças relacionadas à alimentação inadequada. A troca de experiências e conhecimentos entre os participantes foi um dos pontos altos do encontro, estimulando um diálogo construtivo sobre o futuro da alimentação no Estado.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Hemosul de MS investe em qualificação e informação voltado ao atendimento ao público

Só nesta primeira quinzena de novembro foram quatro iniciativas de suma importância para os atendimentos diários do Hemosul

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Oferecer um serviço pleno para a sociedade sul-mato-grossense. Esse é o objetivo da série de qualificações promovidas pela Rede Hemosul MS para seus colaboradores, com cursos, treinamentos e palestras voltadas para o desenvolvimento pessoal, de liderança, de prevenção e postura diante de situações de emergência.

Só nesta primeira quinzena de novembro foram quatro iniciativas de suma importância para os atendimentos diários do Hemosul, como é o caso da ‘Formação em Urgência e Emergência: suporte básico e avançado à vida’.

Ministrada por professoras da Escola de Saúde Pública do Estado, a formação contou com servidores de todos os setores e aconteceu no auditório do Hemosul Coordenador, ampliando o número de colaboradores preparados para incidentes que ocorram com doadores, servidores ou população em geral que esteja na unidade.

Com teoria e exercícios práticos de abordagem e manipulação física, o curso trouxe elementos para treinamento como macas, bonecos e aparelhos, proporcionando um ambiente o mais próximo da realidade possível para que todos pudessem vivenciar as formas de atendimento nos casos de ocorrências.

Outro curso ofertado foi a ‘Formação em Aférese’. Ministrado pela consultora técnica Maria de Fátima Nunes, o curso capacitou os profissionais desse setor para aférese de coleta de hemácia dupla – processo no qual o sangue é retirado da veia do doador e as hemácias separadas e extraídas através de um kit descartável, por uma máquina – e sobre teoria e montagem de kits para aférese terapêutica.

Essa capacitação é essencial, sobretudo, porque a equipe passou por mudanças e alguns novos funcionários ingressaram no setor. Com esse treinamento, o corpo funcional da aférese se torna homogêneo e capaz para todos os desafios encontrados nessa área.

Para ser doador por aférese é necessário já ser doador convencional por pelo menos duas vezes e ter os requisitos necessários para a doação, alguns, diferentes, como peso, calibre de veia e número de plaquetas.

Encontro da Rede Hemosul e Novembro Azul

Também foi realizado o segundo encontro da Rede Hemosul MS, que contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, e da diretora da Escolagov, Silvana Marchini. O Curso de Liderança foi a tônica do encontro e envolveu todos os líderes das doze unidades da Rede Hemosul, proporcionando momentos ímpares de formação e treinamento, capacitando coordenação, gerências e chefias para uma liderança mais produtiva, moderna, eficaz e assertiva.

Já o professor Ivanir Casagranda esteve, pela Escolagov, no auditório do Hemosul Coordenador, preparando, formando, incentivando o pensamento produtivo para que todos possam ser líderes mais eficazes e que construam pontes.

O novembro azul foi lembrado pelo Hemosul e uma palestra de conscientização e prevenção foi realizada para falar da importância aos homens de eles se cuidarem, como essa ação pode evitar doenças ou descobri-las em momento inicial para que sejam tratadas e se conquiste a cura. Quem ministrou a palestra foi a gerente técnica da Saúde do Homem da Secretaria de Saúde, Fernanda Lamera.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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