Com foco na redução do aquecimento global e preservação do meio ambiente, instituições e ambientalista que atuam no Estado elogiaram as medidas lançada peloGoverno para tornar Mato Grosso do Sul Estado de carbono neutro até 2030, que significa mitigar todas as emissões de gases causadores do efeito estufa, dentro do próprio território.
Uma das medidas é o financiamento de projetos científicos que possam ajudar na neutralização dos gases que prejudicam o meio ambiente. O edital da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado) lançado pelo governador Reinaldo Azambuja prevê R$ 4 milhões de investimento.
“Com certeza são medidas bem-vindas e que são de extrema importância, sendo mais uma alternativa para tratar da questão do clima. Precisamos potencializar estes projetos que visam proteger o meio ambiente, estamos por exemplo diante de uma crise hídrica”, destacou o diretor-executivo do SOS Pantanal, Felipe Dias.
O presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira, parabenizou a política do Estado de colocar a agenda de mudanças climáticas entre suas prioridades. “O Estado vem se alinhado com as políticas globais, e avança em uma agenda mais proeminente. É fundamental citar que o Estado vem sofrendo com crises hídricas que tem relação direta com o clima, e o governo se preparou para enfrentar esta questão, como nos incêndios florestais. Ele consegue entender o problema macro, para criar as soluções locais. Quem ganha somos todos nós. Carbono zero é uma política de governo importante”
Fábio Bolzan, consultor associado da Wetlands International Brasil, destacou que estas medidas anunciadas pelo Governo seguem uma política adotada desde o início da atual gestão. “Parabenizo e vejo com bons olhos estas ações e projetos do Governo que vai ed encontro com nossos objetivos que visam o bem-estar da população”.
Bolzan citou que o edital lançado pelo governo vai de encontro com importantes iniciativas internacionais em favor do meio ambiente. “Tem a mesma sintonia da iniciativa 20×20, que visa à recuperação de 20 milhões de hectares de áreas produtivas na América Latina e Caribe”, descreveu.
A especialista de conservação do WWF-Brasil, Júlia Correa Boock, também elogiou o lançamento do Governo. “O WWF-Brasil reconhece a importância de iniciativas como o edital publicado, que busca acelerar soluções e inovação para a reversão das curvas de emissões de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas. Devemos investir em ciência e tecnologia para alcançar resultados em escala de maneira urgente, pois já sentimos os efeitos das mudanças no planeta”, complementou.
Prioridade
O governador Reinaldo Azambuja afirmou que faz parte do planejamento estratégico transformar o estado em carbono neutro até 2030. “Temos visto os efeitos causados pelo aquecimento global: secas extremas em algumas regiões, excesso de chuva em outras, e até frio em lugares atípicos. Isso desperta compromisso com a agenda da sustentabilidade”, afirmou.
Ainda destacou que o Estado vai focar neste objetivo, que é reduzir a emissão de gases que prejudicam o meio ambiente e provocam o efeito estufa. “Mato Grosso do Sul está focado nisso. Negar o aquecimento global é negar a evolução da ciência e a importância que os países têm dado à essa agenda”, ponderou.
Para o secretário estadual Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), este compromisso em tornar o estado carbono neutro vem sendo desenvolvido desde 2016, com várias iniciativas com foco no desenvolvimento sustentável.
“Temos programas como Prósolo, Carne Orgânica do Pantanal, Plano Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Ilumina Pantanal, que seguem nesta direção e uma lei estadual de mudanças climáticas. O edital (Fundect) vai trazer a comunidade científica para fazer a avaliação de como está a situação atual do inventário de emissão de carbono no Estado”, ressaltou o secretário.
O edital lançado pela Fundect vai selecionar projetos de pesquisa e inovação nas áreas de Bioeconomia, Biotecnologia, Biodiversidade, Energias Renováveis e Produção Sustentável. Pesquisadores vinculados às Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) e empresas que executam atividades de pesquisa em Ciência, Tecnologia e Inovação.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)