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Ciência & Tecnologia

Impacto do uso de celulares no trânsito é tema de pesquisa financiada pela Fundect

O problema é que também ocupa os pensamentos, a visão, a atenção e aumenta os riscos de acidentes causados pela distração de condutores e pedestres.

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Usar o celular como ferramenta no trânsito é um hábito comum nos dias atuais. Seja para acessar o GPS ou simplesmente avisar “estou chegando”, o aparelho cumpre um papel importante na rotina das pessoas. O problema é que também ocupa os pensamentos, a visão, a atenção e aumenta os riscos de acidentes causados pela distração de condutores e pedestres. Por isso, na Semana Nacional do Trânsito, a Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) apresenta uma importante pesquisa sobre o tema.

Para entender o tamanho do impacto a respeito do uso de celulares na segurança do trânsito, pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com o apoio e investimentos da Fundect, estão analisando como as pessoas interagem com os aparelhos enquanto caminham ou dirigem.

O coordenador do estudo, professor Gustavo Christofoletti explica que cerca de 200 voluntários serão submetidos a atividades em três diferentes estudos-referência. O primeiro deles está concentrado na análise dos pedestres, que realizarão atividades de caminhada com e sem o celular. O objetivo é analisar o impacto no equilíbrio e nos movimentos. Para realizar a análise será utilizado um sistema de câmeras optoeletrônicas de alta precisão, o Qualisys, considerado um padrão-ouro na análise de movimentos, segundo o pesquisador.

No segundo “estudo-referência”, os pesquisadores observarão os pedestres em um ambiente real de trânsito, em ruas públicas e diversas distrações. A abordagem permitirá analisar como o uso do celular afeta o comportamento dos pedestres em situações reais, levando em consideração fatores como irregularidades na rua, sons ambientais, iluminação, fluxo de pessoas e veículos.

“O objetivo dessa pesquisa é analisar o impacto que o uso do celular gera tanto na vida de pedestres, quanto na vida de condutores de veículos quando utilizado e associado em atividade de dupla tarefa. Então, investigamos a possibilidade do aumento do desequilíbrio da pessoa quando a mesma está em pé e utilizando o aparelho, seja por meio de ligações, digitação de mensagens ou navegação livre na internet.”, explica Christofoletti.

Equipamento italiano, o Baiobit

O terceiro “estudo-referência” analisará o comportamento dos condutores de veículos. No entanto, devido às restrições legais – por questão de segurança – os pesquisadores farão as observações durante o uso de um simulador de direção. De acordo com o coordenador da pesquisa, a análise do equilíbrio estático e dinâmico dos participantes será feira por meio de duas plataformas: a de força “BioMac”, da empresa MG System, e a Baroscan, da empresa HS Technology.

Os primeiros resultados da pesquisa com pedestres revelam que tanto jovens quanto idosos são impactados pelo uso do celular. No entanto, os idosos apresentam um maior impacto devido às alterações naturais no equilíbrio associadas ao envelhecimento. Além disso, um artigo recentemente publicado na revista Brain Science destaca o impacto da cognição na realização de atividades de dupla tarefa, especialmente em idosos, que já apresentam um declínio cognitivo natural com a idade.

Atualmente, o coordenador Gustavo Christofoletti conseguiu adquirir, por meio dos recursos da Fundect, um equipamento italiano, o Baiobit, que verifica a angulação e deslocamento e tem como objetivo enriquecer ainda mais a análise do movimento humano no laboratório. O projeto de pesquisa está na fase final com relação aos pedestres, e os pesquisadores iniciaram neste segundo semestre a análise do impacto do uso do celular por condutores de veículos.

Alunos de mestrado e doutorado estão envolvidos na pesquisa, que conta com parcerias do CERAPAE (Centro de Reabilitação e Apoio ao Paciente com Doença de Alzheimer e Esclerose Múltipla), contribuindo com recursos e conhecimentos específicos na área de marcha.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Bioparque Pantanal lança edital de seleção para Clube de Ciências; inscrições vão até 19 de maio

As vagas são destinadas a estudantes de escolas públicas e privadas do Estado

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Reforçando o pilar da educação ambiental e a popularização da ciência em um espaço que oferece experiência e conhecimento, o Bioparque Pantanal lançou edital para seleção de projetos para Clube de Ciências. A iniciativa visa estimular a pesquisa e o desenvolvimento estudantil, promovendo a integração entre a comunidade científica e a conservação da biodiversidade no bioma pantaneiro.

Serão considerados projetos que abordem os eixos temáticos relacionados ao Núcleo de Pesquisa e Tecnologias do empreendimento (Nuptec): Sustentáveis, Sociais, Educacionais e de Desenvolvimento e Inovação. O objetivo principal deste edital é incentivar pesquisas científicas que contribuam para o entendimento, preservação e gestão sustentável no ecossistema do Pantanal.

As vagas são exclusivas para professores e estudantes de escolas públicas e privadas de Mato Grosso do Sul. As inscrições e submissões de projetos seguem até o dia 19 de maio pelo link: https://forms.gle/bqmU8sUEeSVgT8R7A.

O preenchimento da ficha de inscrição on-line é de responsabilidade do professor, caso algum campo não seja preenchido, ou o projeto não seja enviado, haverá eliminação da inscrição.

O projeto terá duração de seis meses e será formado por doze grupos, cada um com no máximo cinco estudantes e até dois professores-orientadores. Para mais informações, os candidatos podem entrar em contato com a equipe organizadora pelo e-mail clubedeciencias.bioparque@gmail.com ou via WhatsApp (67) 3389-9619.

Clique aqui e baixe o edital.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Startup recebe apoio da Fundect e inova com diagnóstico rápido de leishmaniose

O programa já está na sua segunda edição no Estado e já garantiu R$ 6,4 milhões de recursos e apoiando mais de 70 startups.

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Criar um kit diagnóstico para detecção do Leishmania ssp., protozoário causador da leishmaniose visceral canina, sem a necessidade de equipamentos complexos, com resultado expresso em menos de uma hora e preço mais acessível. Este é o desafio abraçado pela startup LAMPlab, que vem trabalhando na inovação com apoio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul).

Vinculada ao Governo de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a Fundect é a responsável pelo programa Centelha, no qual a pesquisa e trabalho desenvolvido em busca do rápido diagnóstico da leishmaniose está inserido.

Endêmica no Brasil, a leishmaniose é uma zoonose transmitida pela picada de vetores, como o flebotomíneo, conhecido como mosquito-palha. Os cães infectados exercem papel importante na transmissão, já que servem como reservatório da doença e contribuem para a transmissão em humanos.

Por isso, o exame é de extrema importância para sua detecção, mesmo antes do aparecimento dos sintomas clínicos nos animais. O diagnóstico precoce permite melhor tratamento e controle da doença, evitando sua propagação.

Baseado na técnica LAMP (sigla para Amplificação Isotérmica Mediada por Loop) que detecta o material genético do patógeno, o teste começou a ser desenvolvido pela biotecnologista Caroline Paes, durante pesquisa de doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

A criadora da startup conta que o principal desafio foi encontrar uma região no DNA do Leishmania ssp. que fosse conservada em todos os indivíduos.

“A partir daí, desenhamos em laboratório algumas moléculas que reconhecem essas regiões e direcionam para encontrar o DNA do patógeno. Depois do reconhecimento ocorre o processo de amplificação, onde milhares de cópias do DNA alvo serão geradas. Na presença do produto de amplificação, o reagente colorimétrico muda de cor.  Se a amostra for positiva o tubo vai ficar verde fluorescente e, se negativa, continua laranja”, detalha Paes.

Com a técnica LAMP o tempo de espera pelo resultado reduz de 3 dias para aproximadamente 1 hora e o custo é 50% menor em comparação aos métodos de diagnósticos moleculares convencionais.

Além disso, a empresa busca utilizar quase todos os insumos de fornecedores nacionais para reduzir ainda mais o preço, o prazo de entrega e a dependência de importação. O kit diagnóstico, produto final da startup, conterá tubos com os reagentes e um manual de instruções.

“A principal vantagem é que é simples e de fácil leitura. O médico veterinário poderá fazer o exame no próprio local de atendimento, sem necessidade de enviar ao laboratório. Também pensamos no bem-estar do animal, por isso utilizamos o sangue como material biológico, uma coleta menos invasiva. Tudo isso contribui para democratizar o acesso ao diagnóstico”, reforça Caroline Paes.

Para a realização do teste será necessário apenas um equipamento que possa manter a temperatura constante de 65°C por 30 minutos, como um banho seco ou banho-maria, por exemplo.

Inicialmente os kits deverão ser mantidos em gelo para transporte e armazenando em -20ºC, mas futuramente a startup pretende oferecer a versão liofilizada. O produto desidratado poderá ser preservado e armazenado sem a necessidade de baixa temperatura, bastando acrescentar água para que ele volte a ter todas suas características intocadas.

Segundo a pesquisadora, o diagnóstico já foi padronizado, com tempos de reação e temperatura determinados, e passa agora pela etapa de validação, que consiste em testar um grande número de amostras clínicas de cães.

“Este processo é fundamental para avaliar o desempenho do teste e determinar parâmetros de sensibilidade e especificidade do ensaio. A expectativa é finalizar este processo até o primeiro semestre de 2025 e submeter aos trâmites de aprovação pelos órgão competentes para aprovação e comercialização”, ressalta.

Empreendedorismo

A possibilidade de transformar a pesquisa em produto veio com a subvenção de R$ 85 mil do Programa Centelha (Chamada FUNDECT/FINEP 16/2021), desenvolvido pela Fundect em parceria com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

“A Leishmaniose é uma doença endêmica em 76 países e muito presente em nossa realidade, principalmente em Campo Grande. Investir no diagnóstico proposto pela startup é uma das formas que a Fundect encontrou para apoiar as políticas públicas de saúde do Estado. É um exemplo de como ciência e empreendedorismo inovador conectam-se em favor de soluções para a sociedade. A cada projeto inovador fomentado com recursos da Fundação, estamos solucionando um problema para a sociedade, preservando vidas e melhorando o bem-estar da população”, destaca Márcio Pereira, diretor-presidente da Fundect.

“Transformar um projeto de pesquisa científica em produto tecnológico e empreendedor foi uma grande virada de chave na minha vida. O edital do Centelha chegou no momento certo, porque já estávamos desenvolvendo um diagnóstico e o apoio da Fundect nos possibilitou transformá-lo diretamente em um produto”, destaca Caroline Paes.

A LAMPlab também recebe apoio do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia e da agência S-inova, da UCDB, e da Startup Sesi/ Fiems no processo de aceleração.  Recentemente foi uma das 200 selecionadas, entre 800 concorrentes, para participar do InovAtiva, uma importante plataforma de apoio às startups e à inovação empreendedora no Brasil.

Além de Caroline Paes, participam do projeto a professora Dra. Carina Elisei de Oliveira, orientadora de doutorado da Caroline e líder do grupo de pesquisa em biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de diagnósticos, a professora Dra. Alinne Pereira de Castro, doutora em Biologia Molecular e professor Filipe Martins, doutor em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária.

Centelha

O Programa Centelha tem o objetivo de estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. Aos projetos selecionados, o Programa oferece capacitações, recursos financeiros e outros tipos de suporte, a fim de impulsionar a transformação de ideias em negócios de sucesso.

Gerenciado em Mato Grosso do Sul pela Fundect  (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), o programa é uma iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e a Fundação CERTI.

O programa já está na sua segunda edição no Estado e já garantiu R$ 6,4 milhões de recursos e apoiando mais de 70 startups.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Com cogumelos, startup sul-mato-grossense mira mercado de proteínas alternativas

Segundo Cristiano, os cogumelos possuem uma alta fonte de proteína de origem não animal, tornando seu consumo ainda mais versátil e ecológico.

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De rico valor nutricional e cultivo sustentável, o cogumelo vem ganhando espaço na mesa dos sul-mato-grossenses e trazendo um novo olhar para a agricultura. Essa é a premissa da Fungibio – Fazenda Urbana, que tem como objetivo criar uma comunidade de agricultores de fungos comestíveis.

A empresa é fomentada pelo Programa Centelha ll, parceria da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul) com a Finep, empresa pública que financia estudos e projetos, ligada ao MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) – enquanto a Fundect é vinculada a Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

Coordenada pelo doutor em Agronomia, Cristiano Moreira, em conjunto com os pesquisadores Felipe André Sganzerla Graichen e Roseline da Silva Coêlho, a empresa possui base de estudos na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) Campus Aquidauana.

A equipe desenvolve o plantio e produção de espécies de cogumelos comestíveis, tanto para a comercialização para o mercado regional, quanto para o fornecimento de sementes e insumos aos agricultores que queiram se aprofundar na área, a fim de criarem uma base independente de plantação.

A inovação está no modelo de negócios onde a startup estabelece uma sociedade com os produtores investidores que contratam a montagem e monitoramento automatizado de uma biofábrica com todos os itens necessários para a incubação dos cogumelos. São disponibilizados uma equipe de trabalho e capacitação aos investidores até que estes consigam gerenciar a unidade de produção por conta própria.

“Nós queremos fornecer a agricultura como um serviço, permitindo que qualquer pessoa possa ter a sua empresa de produção de cogumelos, em qualquer lugar, nos moldes da agricultura 4.0, ou seja, usufruindo da inovação e novas tecnologias que viabilizam cogumelos frescos e com preços competitivos. Em um pequeno espaço é possível cultivar cerca de 500 quilos (kg) por mês. Além disso, os resíduos gerados com os substratos de serragem, descartados de serrarias aqui da região, podem ser reutilizados numa agricultura orgânica”, salienta Cristiano.

A automação do processo de cultivo é uma das estratégias-chave para a economia de tempo, recursos e mão de obra. O controle das unidades de produção pode ser realizado via aparelho smartphone, que se conecta, por meio da internet, a um dispositivo instalado na biofábrica. Tal monitoramento inclui o gerenciamento de temperatura, umidade e o fotoperiodismo.

A Fungibio trabalha com seis variedades de cogumelos pleorotus: cogumelo-do-cardo (eryngii), cogumelo-salmão (djamor), cogumelo-ostra-dourado (citrinopileatus), shimeji preto (ostreatus var.), cogumelo-ostra branco (ostreatus) e o shiitake (lentinula edodes).

Segundo Cristiano, os cogumelos possuem uma alta fonte de proteína de origem não animal, tornando seu consumo ainda mais versátil e ecológico.

O coordenador da startup esclarece que o laboratório para a produção de linhagens próprias desses fungos ainda está em desenvolvimento e apenas o fornecimento de sementes está sendo comercializado em maior escala.

“Fornecemos insumos a alguns produtores de Campo Grande e de outros estados que têm interesse em produzir esses cogumelos, mas estamos buscando investidores individuais para as próximas unidades de produção”.

De acordo com Cristiano, a criação de um coletivo de agricultores de cogumelos em Aquidauana, porta de entrada do Pantanal, pode impactar positivamente a região, resultando em mais renda e empregos dignos à comunidade local, produzida com baixo impacto ambiental, de forma sustentável.

Para mais informações sobre Fungibio – Fazenda Urbana acesse o fungibio.com.br, ou ainda o Instagram @soufungibio.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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