Uma nova frente fria se aproxima de Mato Grosso do Sul a partir deste final de semana, quando as temperaturas podem atingir mínimas de 5° em algumas regiões do Estado, segundo previsão do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul).
Além da queda nas temperaturas, a massa de ar seco segue predominante, sem previsão de chuvas, o que necessita de ainda mais atenção à saúde. E não apenas os humanos sofrem com os dias frios e secos, mas os animais também necessitam de atenção especial, pois, também podem adoecer.
“Trata-se de um período que exige cuidados. Já tivemos algumas frentes frias neste ano que, apesar de curtas, foram intensas e podem levar os animais a desenvolverem doenças e até à morte, se não receberem os devidos cuidados. É muito importante mantê-los aquecidos, protegidos do frio e chuva, quando ocorrer, em ambientes protegidos e agasalhados”, como explica a médica-veterinária homeopata, Mônica de Souza.
“É importante manter os animais aquecidos no período. Cães e gatos são muito sensíveis às baixas temperaturas e adoecem com o clima frio, mas alguns cuidados podem prevenir doenças e garantir melhor qualidade de vida a eles”, explica.
Nos cães, o principal problema é a tosse dos canis, doença semelhante a uma gripe humana, acomete apenas os cães e é contagiosa entre eles. Causada por vírus, pode ser prevenida por meio de vacinas, mas a queda da imunidade ocasionada pelas baixas temperaturas pode ser agente facilitador da disseminação da doença.
“Ao ser exposto ao estresse térmico, a imunidade do cão cai e ao ser acometido pela tosse canina, o animal fica vulnerável à bactéria Bodertella, que leva a quadros de evolução da doença para pneumonia. Raças de pelo curto, como pitbull, doberman, pinscher e boxer, sentem muito frio e são menos resistentes às infecções respiratórias, pois, geneticamente não são resistentes às baixas temperaturas e por isso, são mais vulneráveis. Animais de pelos longos tem mais resistência, mas não significa que não precisam de cuidados especiais no período”, destaca a veterinária.
Já nos gatos, o principal problema é a falta de hidratação, já que nos dias frios, bebem menos água, podendo assim, desenvolver a SUF (Síndrome Urológica Felina). Com isso, além de oferecer ambientes quentes e confortáveis aos felinos, também é indispensável manter água fresca disponível. É importante também atenção aos animais geriátricos, tanto cães quanto gatos.
“Nesta época, os animais idosos também sofrem. Aqueles que têm artrite ou artrose, sentem mais dores, dificuldade de locomoção, começam a mancar e até param de andar, dependendo do caso. Além da consulta ao veterinário, a homeopatia é ótima aliada para a recuperação dos movimentos e auxílio na dor”, defende Dra. Mônica que é diretora da Sigo Homeopatia Veterinária, empresa que há 20 anos atua no segmento.
Tutora de dois gatos e uma cachorra, a arquiteta Bruna Scardoeli é muito cuidadosa com seus pets João, Luana e Joana. João é um gatinho especial, resgatado cego, que tinha muitos problemas comportamentais. Hoje, quem vê o pet usando uma variedade de looks estilosos e muito saudável, nem imagina que o gatinho já precisou da homeopatia para ter qualidade de vida.
“João foi resgatado das ruas do Rio de Janeiro. Muito agitado, ele tinha comportamentos extremos, quase nunca dormia e era nítida sua agitação mental. Com a homeopatia da Sigo, ele se transformou e hoje é um gatinho feliz e leva uma vida normal”, relata Bruna.
O relato do suporte homeopático integra também os cuidados no período frio, já que antes, seria impossível colocar uma roupinha no gatinho agitado. Cuidadosa, Bruna faz questão de manter João, a cachorrinha Joana e a gata Luana aquecidos e bem cuidados, em especial nos dias frios.
“Em relação à Joana, eu tomo muito cuidado com os banhos. Em épocas muito frias, eles são mais espaçados, cuido a temperatura da água, sempre morna e sem acesso às correntes de ar. Também me preocupo em secar os pelos, até porque independente do animal ter pelos curtos ou longos, precisam ser bem secos para evitar doenças. Já os gatos, não necessitam de banho”, relata.
A tutora também se preocupa em vestir os animais, mantê-los em locais cobertos e protegidos e com cobertas para assim, garantir saúde e conforto.
A alimentação é muito importante. No frio, pode haver aumento da necessidade alimentar, portanto, o animal não só deve manter sua rotina de alimentação, como se possível, a mesma deve ser reforçada. Mas nada de alimentos humanos como chocolates, doces e guloseimas que podem intoxicar o animal.
“Um pouco mais de ração, patês se possível e alimentos saudáveis e próprios para animais são os indicados”, avalia Mônica de Souza.
Para aumentar a imunidade, a homeopatia é uma grande aliada, prevenindo doenças secundárias que surgem no inverno, como as de sintomas respiratórios e de pele.
“Por meio e homeopáticos é possível aumentar a imunidade do animal, prevenir algumas doenças de pele, gripes e resfriados, além de tornar o pet mais resistente em qualquer período do ano”, finaliza a veterinária.
Solidariedade – Assim como para os humanos, os dias frios são muito difíceis para os animais que não tem um lar. Ficar na rua sem proteção contra o clima e sem alimento é muito difícil e solidárias à situação, algumas pessoas tentam amenizar a dor de quem enfrenta as baixas temperaturas.
A voluntária da Ong Amicats, Dafne Guenka, explica que pequenas atitudes podem significar muito para aquele bichinho que está na rua.
“Nesse período, o gasto calórico aumenta muito e fornecer alimento aos animais é importante. Quem puder oferecer alimentos e água, estará ajudando ao animal sem lar”, destaca a voluntária que reforça a importância da responsabilidade nestas ações. Quem puder verificar se a ração e água foram consumidas, se precisa trocar, se está tudo limpo, é importante.
“Caixas e pedaços de tecidos também podem ajudar a abrigar os animais contra as correntes de ar e sereno. Uma roupa velha, tapetes ou jornais podem servir de cobertura para que estes animais sofram menos”, esclarece.
Atenção especial
Se você tem um pet e quer manter a saúde e bem-estar do seu amigo nos dias mais frios, a médica veterinária apresenta dicas para enfrentar as baixas temperaturas:
· Mantenha os animais bem agasalhados e se possível dentro de casa;
· Animais que ficam no quintal, precisam de espaço com cobertura e acesso a cobertas, ou algum tipo de cama protegida, longe do sereno e friagem;
· Gatos também precisam de locais adequados e quentinhos;
· Mantenha a água fresca sempre disponível:
· As vacinas devem estar em dia;
· Ao primeiro sintoma de gripe ou problema de saúde, busque auxílio de um veterinário.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)