O Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), lançou nesta terça-feira (24) o PROFLORESTA (Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Florestas do Estado de Mato Grosso do Sul).
O secretário Jaime Verruck representa o governador Reinaldo Azambuja no lançamento e apresenta o PROFLORESTA, resultado do trabalho dos técnicos da Semagro, em parceria com o Sebrae-MS, que realizaram a revisão e o aprimoramento do Plano Estadual para o setor elaborado em 2009.
“Nós recebemos essa demanda por meio da Câmara Setorial de Florestas e nos debruçamos, junto com o Sebrae, na revisão e aprimoramento do plano estadual, por meio do qual pretendemos fomentar a diversificação da nossa produção, fortalecer o encadeamento produtivo, ampliar nossa base florestal de eucalipto, pinus e seringueira, aprimorar os incentivos fiscais e criar um clima de negócios favorável, com um nível de governança alinhado com as novas diretrizes estratégicas do Governo do Estado, como a meta de fazer Mato Grosso do Sul ser Carbono Neutro até 2030”, afirmou o titular da Semagro.
De acordo com levantamento da Semagro, o setor florestal de Mato Grosso do Sul é responsável pela geração de 27,2 mil empregos sendo 14.901 diretos e 12.312 indiretos. Em 2021, o segmento gerou 6.266 empregos a mais em relação a 2020. Esse crescimento de postos de trabalho deve continuar nos próximos anos, com os investimentos já em curso no Estado, como o da nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, no valor de R$ 14,7 bilhões.
Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas de celulose instaladas e em operação no município de Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano; duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55 milhões toneladas/ano.
“Hoje temos cerca de 480 estabelecimentos na cadeia produtiva do setor. São empresas de cultivo de floresta, extração de madeira, fabricação de papel, celulose e derivados. Nosso objetivo, com o PROFLORESTA, foi o de estruturar um plano de desenvolvimento para promover a diversificação e agregação de valor nos segmentos do Setor Florestal em Mato Grosso do Sul”, acrescenta Jaime Verruck.
Levantamento da Semagro aponta que, na última década, as áreas de florestas plantadas com eucalipto e seringueira em Mato Grosso do Sul cresceram a taxas anuais de 14% e 18%, respectivamente. O Estado lidera a expansão florestal brasileira superando 2 milhões de hectares de florestas plantadas (somente de eucalipto, são 1,1 milhão de hectares).
Atualmente, Três lagoas é principal polo industrial do setor, com mais de 400 empresas no distrito industrial. O município tem mais de 10 mil empregos diretos gerados pela indústria. O município é o primeiro no ranking nacional de florestas plantadas, com 263 mil hectares.
Plano Estadual impulsionou base florestal
A primeira versão do Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas – PEF/MS, lançada em 2009, foi importante ferramenta estratégica de estímulo ao desenvolvimento do setor de base florestal no Estado. O Plano catalisou o crescimento do Setor Florestal, em especial aquele voltado aos segmentos demandantes de madeira de eucalipto para processo (tora fina), particularmente a indústria de celulose.
Por outro lado, as metas de ampliação e especialização do setor de madeira sólida, baseado em produtos de agregado, previstos na primeira versão do PEF/MS, estiveram longe de ser alcançadas. O parque industrial existente na época, demandante de madeira de maiores dimensões (tora grossa), predominantemente de pinus, é atualmente limitado a poucos e a maioria inexpressivos players em operação.
Com PROFLORESTA, o objetivo do Governo do Estado é, “através de uma visão estratégica, orientar o planejamento do setor para atrair novos investimentos visando o adensamento da cadeia produtiva de florestas plantadas, com ênfase, mas não somente a identificação de oportunidades para micro e pequenas empresas do setor, novos mercados e novos negócios”.
O novo documento busca promover “a inserção competitiva dos negócios que envolvem a cadeia da silvicultura (produtores florestais, celulose e papel, madeireiras, serrarias, móveis e componentes), desde a produção, industrialização, beneficiamento e distribuição, com consequente vinculação com grandes empresas que induzem desenvolvimento tecnológico, inovação e dinamismo econômico a jusante das florestas plantadas”. Neste sentido, e novo Plano vai orientar a formulação das estratégias e os projetos vinculados aos pequenos negócios, tendo o Sebrae-MS como ente indutor nos alinhamentos, estratégias e abordagens de competitividade nesta direção.
As ações previstas incluem expansão dos plantios, apoio para assegurar ganhos contínuos de produtividade, promoção da diversificação de espécies e do manejo para uso múltiplo, entre outras.
Veja aqui a íntegra do documento.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)