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Saúde

Governo de MS debate impactos da expansão econômica na saúde pública do Estado

Embora esses projetos ofereçam oportunidades, também trazem desafios, especialmente na área da saúde pública.

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Mato Grosso do Sul vive um momento de transformações com projetos como a Rota Bioceânica e a expansão do setor de celulose, gerando impactos econômicos e na infraestrutura. Embora esses projetos ofereçam oportunidades, também trazem desafios, especialmente na área da saúde pública.

Pensando nisso, a SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da superintendência de Vigilância em Saúde, realizou na quarta-feira (23) o workshop: ‘Saúde e Desenvolvimento – Mato Grosso do Sul’, na ESP (Escola de Saúde Pública) Dr. Jorge David Nasser, em Campo Grande.

Durante a abertura do workshop, as autoridades que compuseram a mesa destacaram o impacto dos grandes projetos em andamento no Estado. O secretário-executivo de Gestão Estratégica e Municipalismo, Thanner Castro, afirmou que o governo está à disposição da SES para ajudar no amadurecimento em termos de planejamento, para que o planejamento seja mais consistente e que resulte em políticas públicas que realmente façam a diferença para a sociedade.

O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, fez um convite aos servidores e gestores, destacando a importância de otimizar a assistência à saúde no Estado. “O convite que eu faço a vocês é vamos melhorar a assistência à saúde desse Estado. Vamos colocá-la nas melhores condições possíveis”, disse ele.

Já o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Ricardo Senna, ressaltou o uso da tecnologia e da informação para acelerar processos, aumentar a produtividade e, principalmente, encontrar soluções eficazes para os problemas que o Estado enfrenta.

Os debates que aconteceram após as apresentações dos painéis advertiram sobre a urgência de alinhar o crescimento econômico com a melhoria dos serviços de saúde, buscando soluções que garantam o bem-estar da população diante desse cenário de transformação e desenvolvimento no Estado. Um desenvolvimento sustentável, acompanhado pelo fortalecimento das políticas de saúde, garantindo que o crescimento econômico traga benefícios para a qualidade de vida da população.

Rota Bioceânica e Rota da Celulose

A Rota Bioceânica, que visa conectar o Brasil ao Oceano Pacífico, promete transformar a logística e a economia da região. O impacto dessa rota sobre a saúde pública foi um dos pontos centrais da discussão, pois o aumento da circulação de pessoas e mercadorias deverá pressionar os sistemas de saúde, exigindo respostas rápidas e eficientes. O objetivo é garantir que o sistema esteja preparado para atender uma demanda crescente, especialmente nas áreas de fronteira e nos municípios ao longo da rota.

Já a Rota da Celulose, fruto dos investimentos massivos no setor de papel e celulose no Estado, foi apontada como outro vetor de desenvolvimento com implicações para a saúde. O crescimento da atividade industrial, além de trazer benefícios econômicos, também pode gerar desafios relacionados à saúde ambiental e ocupacional.

Durante o workshop, especialistas debateram estratégias para mitigar possíveis impactos e formas de proteger a população. Representantes das empresas Suzano SA, Eldorado Brasil e Bracell MS Florestal contribuíram com o evento trazendo perspectivas sobre o papel da indústria na saúde e no desenvolvimento sustentável da região.

Para a apoiadora dos municípios integrados ao processo de desenvolvimento do Estado – Rota da Celulose e Rota Bioceânica –, Danielle Ahad, a presença das indústrias de celulose no workshop foi fundamental para a construção de soluções integradas entre o setor produtivo e as políticas públicas.

“Como essas empresas estão na linha de frente do desenvolvimento econômico em várias cidades do Mato Grosso do Sul, os desafios enfrentados precisam ser discutidos em conjunto com as lideranças de saúde pública. A integração das visões públicas e privadas é essencial para garantir que o crescimento seja sustentável e beneficie toda a sociedade”, afirma Ahad.

Regionalização da Saúde

Outro ponto de destaque foi a Regionalização da Saúde, que incluiu discussões sobre a regionalização hospitalar. Uma das principais metas abordadas foi descentralizar o atendimento de média e alta complexidade, possibilitando que municípios menores possam realizar esses procedimentos. Com o avanço do desenvolvimento econômico e a interiorização de indústrias, a SES busca garantir que as cidades menores, mais próximas dos grandes investimentos, tenham capacidade para oferecer serviços mais especializados.

Conforme o assessor da Assessoria Técnica Médica da SES, João Ricardo Filgueiras Tognini, a regionalização hospitalar é uma estratégia essencial para o fortalecimento e a descentralização do sistema de saúde no Estado, especialmente em território com áreas extensas e características geográficas que dificultam o acesso à assistência médica.

“Esse processo visa organizar e distribuir os serviços de saúde de forma mais equitativa entre as diferentes regiões do Estado, garantindo que a população tenha acesso a atendimentos de média e alta complexidade sem precisar se deslocar para os grandes centros urbanos. Além disso, permite que cada região se especialize de acordo com suas demandas específicas, maximizando o uso de recursos, reduzindo custos com transporte de pacientes e fortalecendo o vínculo entre a população e a rede de saúde local”, apontou.

Ao longo do evento, ficou claro que, para mitigar os desafios trazidos pelo crescimento industrial, será necessário um sistema de saúde integrado, com atenção tanto à saúde preventiva quanto ao tratamento de doenças relacionadas ao impacto industrial. O workshop reforçou a importância de um planejamento que leve em conta o crescimento populacional e as novas demandas geradas pela industrialização e pela intensificação dos fluxos comerciais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Saúde

Método Canguru permite que famílias tenham contato pele a pele com bebês internados no HRMS Publicado em: 10 de junho de 2025

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Uma prática simples, mas profundamente transformadora, muda a rotina de bebês internados nas unidades neonatais do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul). É o Método Canguru, que está inserido nas boas práticas de atendimento ao recém-nascido e sua família e tem como um dos seus o contato pele a pele.

Adotado no HRMS como parte da política de humanização do atendimento, o método tem como base científica o acolhimento do bebê no colo da mãe ou do pai, apenas com fralda, em contato direto com o corpo dos pais. A técnica já é reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma forma eficaz de promover o desenvolvimento dos bebês prematuros ou de baixo peso.

Coordenadora do Método Canguru em Mato Grosso do Sul, a enfermeira Ana Carolina Pereira Aragão Oliveira afirma que o contato pele a pele vai além de um gesto de carinho. “Estudos mostram que o Método Canguru estabiliza a frequência cardíaca e respiratória do bebê, reduz o risco de infecções, favorece o aleitamento materno e até mesmo diminui o tempo de internação. O contato pele a pele ocorre já logo após o parto, como preconiza o Ministério da Saúde”, explica.

No HRMS, a iniciativa também transforma a experiência da família, que passa a ter um papel mais ativo e afetivo durante o período de internação. Para Gabryela de Oliveira Vaz, 27 anos, segurar os filhos no braços e ter a presença do marido fazem a diferença no período de internação.

O pequeno Arthur nasceu de 33 semanas e, desde então, já passou pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal, UCINCo (Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional) e, agora, está na UCINCa (Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru), que tem uma estrutura semelhante a de uma casa, com cama para as mães, poltrona de amamentação, berço de acrílico, além de uma copa/sala, com geladeira, microondas, armários individuais, e TV.

“A estrutura do hospital surpreendeu muito. Parece um hotel, bem estruturado. Poder ficar com meu filho e ter ele (companheiro) perto ajuda 100%. Na hora de amamentar, faz muita diferença também. Fica até mais tranquilo e isso é ótimo, porque tudo o que sentimos, o bebê também sente”, afirma a mãe de primeira viagem, que é de Rio Verde e veio para Campo Grande após entrar em trabalho de parto com 32 semanas.

Ao ver o filho descansando no colo do pai, Gabryela diz que o sentimento é de conforto. “Ele é um paizão e o Arthur tem tido uma evolução muito boa”, garante. Já Luiz Eduardo Anastácio, 26 anos, pai do Arthur, diz que estar com o filho repousando no seu peito é “maravilhoso”. “Ter uma geração sua no colo é a melhor coisa. Não imaginava que ia ter essa possibilidade (de fazer o canguru) no hospital”, afirma.

A equipe do hospital oferece suporte constante às famílias, com orientações e acompanhamento multidisciplinar. “O Método Canguru é um cuidado integral: físico, emocional e humano. E não é apenas para o bebê. É para o bebê, para a mãe e para toda a família”, reforça a enfermeira Ana Carolina Aragão.

Centro de Referência em Mato Grosso do Sul para o Método Canguru

Desde 2012, o HRMS é o Centro de Referência em Mato Grosso do Sul para o Método Canguru. O Método Canguru compreende três etapas nas quais a equipe de profissionais da unidade neonatal deve estar preparada para oferecer um atendimento de saúde qualificado, observando a individualidade de cada criança e de sua história familiar.

No HRMS, estão disponíveis as três etapas, que contemplam desde o período do pré-natal materno até o pós-alta hospitalar, com acompanhamento do bebê até mesmo depois que foi para casa.

Além disso, o HRMS é um polo de capacitação estadual para o Método Canguru dentro do Sistema Único de Saúde. Desde a implementação, mais de 700 pessoas já participaram dos cursos de sensibilização oferecidos pelo hospital.

Dia Internacional de Sensibilização do Método Canguru

A iniciativa, celebrada em 15 de maio, surgiu na Colômbia no ano de 1979, para diminuir a mortalidade neonatal no país com uma ideia simples: colocar o recém-nascido contra o peito da mãe, o que poderia promover maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras. Em território brasileiro, o Método Canguru é definido como política nacional de saúde que integra um conjunto de ações voltadas para a qualificação do cuidado ao recém-nascido, seus pais e sua família.

Patrícia Belarmino, Comunicação Funsau/HRMS

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Saúde

Captação de órgãos em Dourados supera 2024, mas recusa familiar ainda preocupa

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A captação de órgãos é feita no Hospital da Vida e em todas as unidades hospitalares de Dourados, Nova Andradina e Ponta Porã com UTI – Foto: Assecom

Dourados já registrou cinco captações de órgãos até o momento em 2025, ultrapassando todo o ano anterior, quando apenas quatro doações foram efetivadas. Apesar do avanço, a recusa familiar permanece alta e ainda representa um grande desafio para aumentar o número de transplantes na região.

Conforme a coordenadora em Dourados da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Ludelça Dorneles, um dos fatores que contribui significativamente para a recusa é o desconhecimento das famílias sobre a vontade do potencial doador. “É fundamental que essa conversa aconteça dentro das famílias, porque o desconhecimento gera insegurança e consequentemente negativas”, explica.

Em Dourados, além da conscientização limitada sobre a importância da doação, questões estruturais impactaram o processo. Durante a pandemia, muitos leitos foram destinados exclusivamente à Covid-19, gerando atrasos e dificuldades adicionais. Outro fator importante foi a reforma no aeroporto local, essencial para o transporte rápido de órgãos mais sensíveis, como coração e pulmão.

Esses órgãos precisam ser transplantados em até quatro horas após a captação. Sem o aeroporto operacional, o transporte ficou inviável, causando a suspensão temporária dessas captações na cidade.

A captação de órgãos ocorre em todas as unidades hospitalares da cidade com Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Entre os órgãos captados estão rins, fígado, córneas, pâncreas, coração e pulmão (os dois últimos suspensos devido às dificuldades logísticas). Hospitais de Ponta Porã e Nova Andradina também são de abrangência da OPO Dourados.

Embora tenha capacidade para captação, Ludelça explica que Dourados ainda não realiza transplantes por falta de equipes médicas credenciadas. Os procedimentos são realizados somente em Campo Grande, na Santa Casa e no Hospital do Pênfigo, seguindo listas estaduais para transplante de fígado, córneas e rins, e listas nacionais para demais órgãos.

A OPO realiza um trabalho essencial de acolhimento familiar desde o primeiro momento em que surge a suspeita de morte encefálica. Após a confirmação pelo médico, é a equipe da OPO que se aproxima da família, acolhe emocionalmente os familiares, esclarece dúvidas e informa sobre o direito e a importância da doação de órgãos, respeitando sempre o momento delicado e sensível pelo qual passam os envolvidos.

Para melhorar os índices de doação, a OPO realiza ações educativas contínuas, como palestras em universidades, escolas técnicas, hospitais e empresas. “Fazemos campanhas, ações, mas precisamos intensificar ainda mais a discussão sobre a importância da doação de órgãos”, reforça a Ludelça Dorneles.

Dados das recusas familiares nos últimos anos:

  • 2020: 21 recusas familiares e 8 doações
  • 2021: 4 recusas familiares e 3 doações
  • 2022: 11 recusas familiares e 5 doações
  • 2023: 19 recusas familiares e 7 doações
  • 2024: 16 recusas familiares e 4 doações
  • 2025: até o momento, 5 doações realizadas

Cenário Nacional

Em nível nacional, o Brasil realizou 30,3 mil transplantes em 2024, atingindo um recorde histórico, porém ainda há 78 mil pessoas na fila de espera. Mais de 90% dos transplantes no país são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os transplantes mais realizados são os de córnea, rim, medula óssea e fígado.

Especialistas orientam que as famílias conversem antecipadamente sobre o desejo de doar órgãos, garantindo que a vontade do potencial doador seja respeitada. Informar-se sobre o tema é essencial para salvar vidas.

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Saúde

MS amplia teste do pezinho gratuito pelo SUS e passa a detectar mais de 40 doenças em recém-nascidos

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Com exame simples e feito entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê, Estado se antecipa ao cronograma nacional e oferece triagem ampliada como parte do Projeto Bem Nascer MS

Mato Grosso do Sul passou a integrar o seleto rol de estados brasileiros que oferecem gratuitamente a versão ampliada do teste do pezinho, para rastrear dezenas de doenças congênitas, genéticas e metabólicas em recém-nascidos. O exame, simples, gratuito e obrigatório pelo SUS (Sistema Único de Saúde) continuará sendo realizado entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê e poderá salvar ainda mais vidas ao permitir o diagnóstico e o tratamento precoce de um rol que passa de 7 para mais de 40 patologias.

A ampliação faz parte do Programa Estadual de Triagem Neonatal, vinculado ao Projeto Bem Nascer MS, publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (3) por meio da Resolução n.º 381, e representa um salto importante na política de proteção à infância. Até então, o teste básico contemplava sete doenças conforme o PNTN (Programa Nacional de Triagem Neonatal). Com a nova etapa, o rol passa a incluir condições como atrofia muscular espinhal, imunodeficiências primárias, galactosemias e diversos distúrbios metabólicos.

Para a gerente de Atenção à Saúde da Criança, Cristiana Schulz, o avanço reforça o compromisso do Estado com a saúde neonatal: “Esse é um passo muito importante. Com o diagnóstico precoce, conseguimos iniciar o tratamento antes que a criança apresente sintomas ou desenvolva complicações. Isso significa mais qualidade de vida, menos sofrimento e, em muitos casos, a chance real de salvar vidas”, destaca.

As amostras são analisadas pelo IPED/APAE de Campo Grande, laboratório de referência habilitado pelo Ministério da Saúde, responsável também pelo acompanhamento multiprofissional dos casos alterados, com atendimento especializado que envolve endocrinologistas, geneticistas, pediatras, psicólogos, nutricionistas, entre outros profissionais.

Atualmente, cerca de 3 mil testes são realizados por mês em Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Estado de Saúde garante o repasse mensal de recursos ao serviço de referência para manter a ampliação da triagem neonatal nos 79 municípios.

Junho Lilás mobiliza famílias sobre a importância do teste do pezinho

Durante o mês de junho, o Governo de Mato Grosso do Sul intensifica a campanha Junho Lilás, uma mobilização especial para reforçar a importância do teste do pezinho, exame gratuito e obrigatório que pode detectar precocemente diversas doenças graves nos primeiros dias de vida do bebê. Essa iniciativa tem como objetivo principal levar informação clara e direta às famílias, destacando que o teste deve ser realizado entre o 3º e o 5º dia após o nascimento.

Com o lema “O primeiro passo é o mais importante”, a campanha estadual enfatiza que o teste do pezinho é um procedimento simples, rápido e indolor, disponível em todas as UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família) e maternidades cadastradas no SUS. Além disso, as peças informativas elaboradas pela campanha esclarecem dúvidas frequentes dos pais e responsáveis, detalham o passo a passo da coleta e alertam sobre os riscos de sequelas permanentes caso o diagnóstico seja feito de forma tardia.

O Junho Lilás também celebra o Dia Nacional do Teste do Pezinho, comemorado em 6 de junho, reforçando o compromisso com a saúde neonatal e o direito de toda criança a um começo de vida saudável e com qualidade. A realização precoce do exame pode prevenir complicações sérias, promovendo intervenções médicas eficazes e aumentando as chances de desenvolvimento pleno dos recém-nascidos.

Por isso, a campanha convoca todas as famílias sul-mato-grossenses a priorizarem a realização do teste do pezinho dentro do prazo indicado, garantindo que seus filhos recebam o cuidado e a atenção que merecem desde os primeiros dias de vida.

Danúbia Burema, Comunicação SES
Foto: Agência Brasil

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