O carnaval de rua fora de época de Campo Grande e Corumbá conta com apoio financeiro do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura. Os repasses já transferidos para as entidades carnavalescas, totalizando R$ 1,2 milhão, contemplam as escolas de samba e os blocos oficiais, cujos desfiles acontecerão esta semana.
Considerado o mais tradicional e melhor carnaval do interior brasileiro, Corumbá recebeu R$ 760 mil, assim distribuídos: R$ 400 mil para as escolas de samba e R$ 220 mil para os blocos. O Governo do Estado ainda liberou R$ 140 mil par custear despesas na organização da folia pantaneira, que terá dois shows nacionais: Tatau (ex-vocalista da banda Araketu), no dia 20, e Chiclete com Banana, no dia 24.
“Carnaval é cultura, tradição do nosso povo, além de gerar emprego e renda”, afirma o governador Reinaldo Azambuja, lembrando que Corumbá, como destino turístico, atrai milhares de turistas. “O carnaval movimenta a economia local em mais de R$ 15 milhões, dados de 2019. Estamos investindo em um grande evento, que dá retorno econômico e gira a cadeia do turismo”, completa.
Indústria do samba
Para as escolas de samba de Campo Grande o Governo do Estado destinou R$ 500 mil. Na Capital, o desfile ocorrerá em três dias, na Praça do Papa (Bairro Santo Amaro). No dia 20, saem as escolas Herdeiros do Samba e Cinderela Tradição do José Abrão; no dia 21, Deixa Falar, Vila Carvalho e Unidos do Bairro Cruzeiro; e no dia 22, Igrejinha e os Catedráticos do Samba.
Para o presidente da Liesco (Liga das Escolas de Samba de Corumbá), Victor Raphael de Almeida, o apoio financeiro do Estado garante a manutenção de uma tradição na Capital do Pantanal, onde o carnaval tem forte influência do Rio de Janeiro. “Quem só vem para assistir ou brincar o carnaval não sabe a indústria que é formada para que os desfiles aconteçam. E isso é muito importante do ponto de vista econômico e social do nosso município”, disse.
A prefeitura de Corumbá também destinou recursos para as entidades carnavalescas: as escolas de samba receberam R$ 660 mil, e os blocos, R$ 250 mil. O município estima um gasto de R$ 1,5 milhão na montagem do circuito do samba, entre a Avenida General Rondon e a Praça Generoso Ponce, com sonorização e estrutura de arquibancadas, camarotes, palco para os shows e praça de alimentação.
Oito dias de folia
Na Capital do Pantanal, a festa momesca foi aberta no dia 2 de abril, com a escolha da Corte de Momo. No dia 9 de abril, foi realizada a roda de samba no porto-geral, evento que reúne os principais grupos de pagode e puxadores de samba e terá sequência entre os dias 21 e 25. No dia 16, desfilou o Bloco Cibalena, que levou para a Avenida General Rondon mais de 30 mil pessoas. No dia 17, foi realizado o ensaio técnico das escolas de samba para aferição do sistema de som.
A programação oficial começou no dia 17, com o ensaio técnico das escolas de samba na Avenida General Rondon, para aferição do sistema de som. Nesta terça-feira (19), desfila o Bloco Sandálias de Frei Mariano, com saída na rua Frei Mariano e passagem pela Avenida General Rondon. No dia 20, duas atrações, a partir das 19h, na Praça Generoso Ponce: concurso de fantasias e show nacional com o cantor Tatau.
O desfile das escolas de samba começa no dia 22, com a Caprichosos de Corumbá, Mocidade Independente da Nova Corumbá, Acadêmicos do Pantanal, Império do Morro, e Estação Primeira do Pantanal. No dia 23, entram na avenida: Marquês de Sapucaí, Major Gama, A Pesada (campeã de 2020), Major Gama, Vila Mamona e Imperatriz Corumbaense. Os 11 blocos oficiais vão entrar na passarela do samba no dia 21.
O último dia de carnaval, no domingo (dia 24), terá a sequência do baile infantil na Praça da Independência, às 17h, e o carnaval cultural, na Avenida General Rondon, às 20h, com desfile dos bonecões, do corso (carros antigos), alas das pastoras e dos marinheiros, blocos de frevo e dos palhaços e os cordões carnavalescos. A folia encerra com show da banda Chiclete com Banana, na Praça Generoso Ponce.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)