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Economia

Governador garante suporte do Estado para consórcio que construirá ponte bioceânica

As ações do Estado serão centralizadas na Semagro e Seinfra

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O governo de Mato Grosso do Sul está empenhado em atender a todas as demandas do consórcio binacional de empreiteiras que construirá a ponte internacional sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, em questões de logística, acessos e processamento ágil de licenciamentos, no lado brasileiro, para que a gigantesca obra seja concluída dentro dos prazos já fixados.

O compromisso foi firmado pelo governador Reinaldo Azambuja, ao participar de uma reunião de trabalho, nesta quinta-feira (28), com secretários e representantes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e Receita Federal com uma comitiva formada por empresários e técnicos das empresas contratadas pelo governo do Paraguai para executar o projeto.

As ações do Estado serão centralizadas na Semagro (secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Seinfra (Infraestrutura), que ficarão responsáveis por questões como implantação de um acesso provisório à cabeceira da ponte, para movimentação de máquinas e equipamentos; liberação ambiental do contorno rodoviário, a ser construído pelo Dnit, e disponibilidade de um porto para transacionar material e as estruturas da ponte até o canteiro da obra.

“Temos que ter praticidade para que o projeto da Rota Bioceânica, tão sonhado, aconteça e se viabilize”, disse o governador, acrescentando que todas as tratativas já foram acordadas pelos governos do Brasil e do Paraguai, quanto aos investimentos em infraestrutura de transporte na fronteira entre os dois países, e o foco, agora, é a construção da ponte internacional.

Tratado alfandegário

O govenador colocou à disposição do consórcio binacional, formado pelas empresas Tecnoedil, Construtora Cidade e Paulitec, o porto estadual de Porto Murtinho para operação de cargas, por meio de concessão de uso, e garantiu rapidez na elaboração do projeto para implantação do acesso rodoviário, incluindo cinco pontes, ao canteiro de obras do lado brasileiro. “Temos pressa e as coisas estão acontecendo de fato, a ponte é fundamental para a conexão ao Pacífico, que dará ao Brasil e a Mato Grosso do Sul um salto em competitividade, encurtando distâncias e com um ganho extraordinário no custo de transporte”, frisa Reinaldo Azambuja. “Hoje, temos uma produção crescente e uma logística penalizada, que encare as exportações.”

Para o governador, as questões alfandegárias devem ser tratadas com a maior urgência, definindo um tratado entre os quatro países (Brasil, Paraguai, Argentina e Chile), para que a movimentação de cargas flui sem embaraços. “Caso contrário, não adianta implantar uma rota onde as cargas ficam travadas no caminho, inviabilizando o fluxo e o ganho na logística”, ponderou.

Ao final da reunião, Reinaldo Azambuja adiantou que os projetos do lado brasileiro, de responsabilidade do governo federal, avançam. Ele citou a licitação prevista para agosto, pelo Dnit, da restauração da BR-267, com duplicação de alguns trechos, entre Porto Murtinho e Alto Caracol, e a finalização do projeto do contorno rodoviário até a cabeceira da ponte internacional.

Olhar estratégico

Durante o encontro, realizado no auditório da Semagro, no Parque dos Poderes, o titular da pasta, Jaime Verruck, destacou o cronograma de execução da obra sobre o Rio Paraguai, apresentado pelo consórcio, e a clareza e o empenho dos governos federal e estadual quanto a responsabilidade da gestão dos projetos que compete ao Brasil e a Mato Grosso do outro lado da fronteira.

“Dentro da nossa carteira de projetos de desenvolvimento a ponte é nossa prioridade, está em primeiro lugar no olhar estratégico do governo de criar uma nova logística de transportes ágil e eficiente com o mercado asiático”, disse Verruck, realçando que o Estado também está investindo na infraestrutura de Porto Murtinho, em especial na área de saúde, para atender ao fluxo de pessoas que demandará a construção da ponte com serviços de média e alta complexidade.

O secretário também observou que as obras que contemplam a ponte e seu entorno, de responsabilidade de ambos os países, serão executadas em conjunto, de forma compartilhada, e com conclusão em prazos idênticos. O consórcio binacional adiantou que a estrutura sobre o Rio Paraguai será concluída em novembro de 2024, ao custo de 91,7 milhões de dólares.

Os canteiros da obra estão em fase de implantação e serão instaladas usinas de concreto em ambos os lados da fronteira. Com extensão de 1.300 metros, a última etapa do projeto será a instalação do vão central, entre fevereiro e outubro de 2023. A implantação das 64 estacas e 176 vigas de concreto de 30m terá início em junho deste ano. A obra empregará 600 pessoas.

Presentes à reunião o secretário de Infraestrutura, Renato Marcílio da Silva; Lucio Lagemann, assessor de logística da Semagro; Mauro Azambuja Rondon Flores, diretor de Suporte de Manutenção Viária da Seinfra; Nelson Cintra, prefeito de Porto Murtinho; Euro Nunes Varanis Junior, superintendente do Dnit; e Clóvis Ribeiro Cintra e Marcelo Rodrigues Brito, da Receita Federal.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Economia

Microempreendedores individuais estão mais otimistas com relação ao acesso a crédito, mostra pesquisa

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ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.

“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Foto: Divulgação.

Crédito

Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.

Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.

Por Márcia Lopes

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Economia

Pix na mira dos EUA: modelo de pagamento é o preferido dos pequenos negócios

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ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos que revolucionou a economia brasileira, encontra-se no centro de uma controvérsia internacional. Enquanto se consolida como a principal ferramenta de transações para milhões de brasileiros, especialmente microempreendedores individuais (MEI), o modelo de sucesso do Banco Central do Brasil (BC) está sob a mira dos Estados Unidos, que alegam práticas desleais de comércio.

Pesquisa do Sebrae revela que 97% dos MEI usam o Pix como alternativa de pagamento. Mais do que isso, para quase metade desses empreendedores (48%), a modalidade responde por 51% ou mais de todo o faturamento.

Décio Lima, presidente do Sebrae, destaca que o Pix simplificou as transações comerciais “de acordo com pesquisa do Sebrae, o PIX é a modalidade preferida por quase a metade dos microempreendedores individuais do país (48%). Além disso, 97% dos empreendedores aceitam o PIX como forma de pagamento. De todo o recurso movimentado na venda de produtos, esse modelo já responde por 51% ou mais do faturamento das empresas”, afirma o presidente.

É um meio que já se consolidou. A tecnologia é um conceito que não tem mais volta e os pequenos negócios utilizam para pulverizar oportunidades e aumentar a geração de empregos.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Para o dirigente, essa aproximação com o sistema financeiro é crucial, pois facilita o acesso a crédito, superando uma das maiores barreiras para o desenvolvimento desses negócios: a falta de informações precisas sobre sua realidade financeira.

Foto: Luís Tajes/ASN.

Consolidação

O Pix já desbancou plataformas bancárias como o TED e o DOC em número de transações e, no fim de 2023, superou os cartões (débito, crédito e pré-pago) em quantidade de pagamentos no país. As novas funcionalidades, como o Pix por aproximação e o Pix automático, já lançadas este ano, e a futura cobrança híbrida (Pix via QR Code de boleto) reforçam a agenda do Banco Central.

Para o BC, o Pix tornou-se uma ferramenta fundamental para aumentar o acesso da população ao sistema financeiro e diminuir a concentração bancária, beneficiando não apenas os usuários, mas também bancos e empresas de tecnologia. A possibilidade de usar o fluxo de recebíveis do Pix como garantia em empréstimos para micro e pequenas empresas, uma agenda de interesse do governo, é outra inovação em estudo que promete fortalecer ainda mais o ecossistema dos pequenos negócios.

Décio Lima avalia que qualquer medida que venha a restringir ou onerar o uso do Pix teria um impacto direto e severo na principal fonte de faturamento de milhões de MEI, comprometendo sua capacidade de operar, crescer e gerar renda. Segundo ele, a gratuidade e a instantaneidade do Pix são pilares que sustentam a inclusão financeira e a competitividade desses pequenos negócios.

Lançado em 2020, o Pix alcançou um estágio de universalização em menos de quatro anos. Segundo dados do BC, ele já é o meio de pagamento mais usado pelos brasileiros. O número de transferência por mês já supera 6 bilhões, que movimentam cerca de R$ 2,8 trilhões.

Por Carlos Abreu

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Economia

Banco Central anuncia o Pix automático

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© Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Banco Central (BC) lançou hoje (4), em São Paulo, o Pix Automático, que vai permitir o agendamento de despesas periódicas e recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura.

Por meio dessa ferramenta, informou o Banco Central, o pagador vai precisar autorizar uma única vez a operação, sem precisar fazer um novo pagamento a cada nova cobrança.

“O Pix é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo”, disse o presidente do BC, Gabriel Galípolo, durante o evento denominado Conexão Pix, realizado durante todo o dia de hoje na capital paulista.

“O Pix é um ativo de todos os brasileiros, da sociedade brasileira, do setor privado, dos indivíduos, das pessoas físicas, do Banco Central, de todo mundo”, ressaltou.

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Com essa nova modalidade do Pix, o presidente do Banco Central disse que “as grandes empresas vão poder colocar cobranças recorrentes de maneira automática com muito menos custo e com a segurança de que vão receber”.

Além disso, enfatizou ele, “60 milhões de pessoas que hoje não tem o cartão de crédito vão poder ter acesso a uma série de serviços ou a uma série de facilidades”.

Só no ano passado, o Pix alcançou um marco histórico ao registrar mais de R$ 26 trilhões em transações realizadas. 

Pix automático

A primeira instituição a utilizar o Pix automático foi o Banco do Brasil, que o implantou no fim do mês de maio. Pelo cronograma oficial, no entanto, a ferramenta só estará disponível nos demais bancos a partir do dia 16 de junho, com pessoas físicas como pagadoras e empresas como recebedoras.

De acordo com o BC, o Pix automático vai funcionar da seguinte forma: o pagador fará a autorização do pagamento e definirá regras, como o valor máximo de cada pagamento. Nos dias anteriores ao pagamento, a empresa deverá enviar a cobrança ao banco do pagador que, por sua vez, fará o agendamento do pagamento e notificará o pagador para que ele possa conferir, antes do dia do pagamento, se o valor cobrado está correto. O Pix Automático será gratuito para a pessoa pagadora.

Segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, Renato Gomes, o Pix automático deverá sintetizar comodidade, facilidade e controle.

Facilidade

“Comodidade porque o consumidor vai realizar todos seus pagamentos recorrentes de forma automática, sem preocupação. Facilidade porque o consentimento será dado uma vez e aquele serviço vai ficar disponível por um tempo indeterminado. E controle, porque o consumidor não só vai ter que consentir para participar daquele serviço como vai poder estabelecer um limite máximo para cada pagamento recorrente que será realizado, podendo cancelar aquilo a qualquer momento”, disse Gomes.

Com a modalidade de Pix Automático, o BC calcula que as empresas que receberão por essa modalidade de pagamento vão diminuir os custos de cobrança, pois a operação independe de convênios bilaterais, como ocorre atualmente no débito em conta, e usa a infraestrutura criada para o funcionamento do Pix.

Outra vantagem apontada pelo BC é a possível redução da inadimplência porque os pagamentos ficarão programados na conta do cliente.

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

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