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Operação Pantanal 2024

Frente fria favorece combate aos incêndios, e trabalho do Corpo de Bombeiros volta a invadir a noite

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul não perdeu tempo e aproveitou a condição do tempo para avançar ainda mais no enfrentamento ao fogo.

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A chegada de uma frente fria ao Pantanal na quarta-feira (26) fez muito mais do que dar aos corumbaenses um motivo para tirar os casacos do guarda-roupa: proporcionou condições ideais para os combates aos incêndios, incluindo o trabalho de rescaldo, que é a volta das guarnições aos locais onde o combate já foi feito atrás de pequenos focos para evitar que as chamas retornem. O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul não perdeu tempo e aproveitou a condição do tempo para avançar ainda mais no enfrentamento ao fogo.

De acordo com o tenente Randolfo Rocha, as condições climáticas interferem diretamente no trabalho das guarnições. “A frente fria muda toda a situação de combate. O clima mais ameno favorece o enfrentamento. Uma maior umidade do ar também favorece. Em contrapartida, a velocidade do vento atrapalha tanto o combate, por causa da propagação mais rápida, como também favorece a reignição (reinício dos incêndios) nos pontos já combatidos”, explica.

Com temperatura de 17°C em uma região onde os termômetros frequentemente registram mais de 35°C, os bombeiros combateram até tarde da noite na região conhecida como Abobral, fazendo o chamado rescaldo, que é o trabalho de extinção das chamas que ficam escondidas em meio à vegetação, dentro de grandes árvores, cupinzeiros e outras estruturas, queimando por dias e ameaçando o bioma de que a qualquer momento um incêndio possa ser reiniciado.

“Esse trabalho de rescaldo é importante em todos os cenários, em todos os locais onde é feito trabalho de combate a incêndio florestal porque, se você não faz esse trabalho de rescaldo e de vigília, você pode perder todo esse trabalho que foi feito”, explica o subtenente Adalto de Oliveira Campos, que liderou os militares da base instalada na Fazenda Santa Fé.

Na região entre o rio Miranda e o rio Abobral, as duas guarnições de combate aos incêndios florestais realizaram combate durante todo o dia e a noite na terça-feira (25). Foram empenhadas também quatro aeronaves Air Tractor do ICMBio, próximo à Fazenda Baía Mondego, contando também com auxílio das equipes do PrevFogo.

Após o combate noturno, a região amanheceu sem focos. Durante o monitoramento foi necessária a ativação de uma área específica para evitar reignição do incêndio florestal.

Na região do Abobral e Miranda foi realizado sobrevoo utilizando uma das aeronaves do ICMBio e definidos pontos de atenção para traçar estratégias que alinhem o combate em conjunto com a equipe solo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, a região da BR 262, próximo da ponte do rio Paraguai, não apresenta mais focos. Foi realizado monitoramento e segurança durante todo o dia. O foco foi controlado, restando apenas pontos de calor na área queimada, que segue sendo monitorada.

Após a confecção dos aceiros nas proximidades da Fazenda Bodoquena, lado sul, duas novas equipes compostas por três militares cada se deslocaram em apoio à equipe que já estava no local. Os militares seguem realizando ações de combate e prevenção desde as primeiras horas do dia.

Na região norte, próximo ao rio Taquari, foram feitos sobrevoos utilizando o Air Tractor do Governo do Estado. O foco existente nessa área havia sido controlado há dias atrás, porém houve novo acionamento na segunda-feira (24) pelos fazendeiros da região.

Após o sobrevoo, foi feito o reconhecimento da área e, em seguida, a mobilização e orientação de que seja confeccionado aceiro na área da frente do fogo. Em reforço, uma equipe de combate aos incêndios florestais composta pelos novos militares – que assumiram as atividades na terça-feira (25) – se deslocou nas primeiras horas da manhã para desenvolver as atividades necessárias ao combate na região.

Na região da Maracangalha, as equipes em solo seguem trabalhando em conjunto com a aeronave Air Tractor realizando ações de monitoramento na área.

No início da manhã, após sobrevoo na região da Baía do Castelo, foi necessário mobilizar as equipes para infiltração via aeronave. Foi utilizado um helicóptero para transportar as duas guarnições que realizaram o combate combinado com a atuação de três aeronaves Air Tractors, sendo uma dos bombeiros e duas do ICMBio. As equipes seguem no combate e monitoramento.

Hoje estão empregados 74 bombeiros militares, dos quais 51 estão nas GCIF’s (Guarnição de Combate a Incêndios Florestais) de combate em solo, quatro estão empenhados nas operações aéreas, 19 compõem o SCI (Sistema de Comando de Incidentes), além dos oficiais que estão direcionando a operação. Ademais, as equipes contam com o apoio de outras forças, como fuzileiros navais e brigadistas do PrevFogo.

Está prevista para esta quinta-feira a chegada ao Pantanal de cerca de 40 militares da Força Nacional, de um total de mais de 80. Desde o início da Operação Pantanal 2024, em 2 de abril, 415 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul foram mobilizados para o bioma e estão sendo usadas sete aeronaves no combate, incluindo helicópteros da Secretaria de Justiça e Segurança Pública e aeronaves Airtractor.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Operação Pantanal 2024

Operação Pantanal: planejamento para 2025 já começou, com a manutenção de equipamentos

Com a desmobilização do trabalho no Pantanal, todos os equipamentos podem passar pela manutenção e assim continuar empregados nas ações de combate a incêndios em qualquer época do ano.

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A redução dos focos de incêndios florestais no Pantanal neste último trimestre permitiu também a redução das equipes em campo pela Operação Pantanal, iniciando o monitoramento da situação na região e o planejamento para o ano de 2025, em um trabalho contínuo e que tem como primeiro passo dessa nova fase a manutenção dos equipamentos usados no combate ao fogo no decorrer deste ano pelo Corpo de Bombeiros, que encabeçou a ação.

Seguindo o planejamento anual, a equipe dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul está retirando materiais e equipamentos das áreas de combate para realização de manutenção em Campo Grande, os preparando para os trabalhos que podem ocorrer no próximo ano.

“A Operação Pantanal não é só combate a incêndios, são várias atividades que a gente executa durante o ano inteiro para que quando haja necessidade, não importa a época, se está em estiagem ou não, a gente tenha condições e estrutura para combater os incêndios florestais”, explicou a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Tatiane Inoue.

No prédio onde são feitos o controle e a manutenção dos materiais que chegam de diferentes áreas do Pantanal, várias ferramentas e equipamentos diversos – roçadeira, pinga-fogo, motobomba flutuante, soprovarredor – passam por avaliação, recuperação e conserto. Além de garantir que os materiais retornem para as áreas onde são necessários, o trabalho também gera economia e possibilita a realização de um inventário para o emprego adequado de cada item.

“Quando os materiais chegam são listados e inseridos numa planilha, para o controle dos mais de 400 equipamentos, de sapa (para escavar) e motomecanizados. Tudo que é empregado na Operação Pantanal é controlado por aqui, e com isso a gente pode saber o local onde estão, quando houve manutenção e o controle do quantitativo”, disse o subtenente Evandy Segarini.

Com a desmobilização do trabalho no Pantanal, todos os equipamentos podem passar pela manutenção e assim continuar empregados nas ações de combate a incêndios em qualquer época do ano. “A desmobilização é uma das etapas da Operação Pantanal, que é contínua no nosso Estado. A atividade de combate a incêndio florestal exige muito de cada equipamento. Por isso precisamos estar com tudo pronto, tudo em ordem, a qualquer época e para atender qualquer situação”, afirmou a tenente-coronel.

O trabalho de manutenção ocorre durante todo o ano, mesmo quando a Operação está em andamento. Mas é concentrado de forma mais intensa nesta época, quando as chuvas na região pantaneira começam a favorecer de forma mais eficiente o controle e redução dos focos, impedindo a propagação dos incêndios.

“É um período que a gente traz todo o material, inclusive os estão nas bases avançadas, para darmos manutenção nos nossos motomecanizados e demais materiais que utilizamos durante os incêndios. É o momento ideal para dar continuidade, logo mais os materiais voltam para a operação. Todo o material utilizado na operação pantanal a gente começa a recolher para poder deixar em condições para as próximas atividades”, disse Segarini.

No mesmo prédio onde os materiais passam por manutenção, também existe um espaço para confecção de abafadores, um dos principais itens utilizados no trabalho de combate a incêndios. “Separamos um local para confeccionar os abafadores, que é um dos materiais que a gente utiliza. A gente vai fazendo e deixando eles todos prontos. É feito aqui mesmo, a gente adquiri a matéria prima e confecciona na unidade”, finalizou o subtenente.

Operação Pantanal

Para atuar de maneira eficiente e garantir resposta rápida em caso de incêndios florestais na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, por meio do CBMMS, iniciou o trabalho preventivo no início do ano, com atuação presencial dos bombeiros e em maio a instalação de bases avançadas no bioma.

As 12 bases avançadas do CBMMS foram instaladas neste ano nas diversas regiões do Pantanal e contribuíram para garantir combate rápido e eficiente durante a temporada de incêndios florestais. As bases foram uma novidade implantada pela Operação Pantanal e parte delas serão mantidas permanentemente para atendimento às ocorrências de incêndios em todas as épocas do ano.

O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares, correspondendo a 65% do total da região pantaneira que ainda se estende ao Mato Grosso, ao Paraguai e à Bolívia. O bioma passa pela pior estiagem dos últimos 70 anos.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Focos de incêndios na região do Alto Pantanal são controlados e área é monitorada pelos Bombeiros

O local segue sendo monitorado pelos profissionais que ficam na base avançada da Serra do Amolar.

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Os focos de incêndio na região do Alto Pantanal, próximo a Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo São Lourenço, foram controlados após ação das equipes do Corpo de Bombeiros, que contaram com o auxílio da chuva que caiu na região nos últimos dias. O local segue sendo monitorado pelos profissionais que ficam na base avançada da Serra do Amolar.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as imagens de satélite que mostravam vários focos de calor na região nos últimos dias, contam com outro cenário no momento (sem foco), no entanto duas equipes estão no local fazendo o serviço de monitoramento e captação de imagens (drones) para avaliar a situação.

A base do Corpo de Bombeiros na Serra do Amolar fica a 9 km da Escola do Polo São Lourenço, tendo 8 militares disponíveis para combate a incêndios, quando for necessário.

A região do Pantanal Sul-Mato-Grossense continua com condições climáticas adversas, devido altas temperaturas e variações constantes nos ventos, o que favorecem os incêndios florestais. Nos últimos dias houve chuvas pontuais na região, que contribuíram de forma momentânea, mas não extinguiram todos os focos.

Segue o combate aos incêndios no Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, que fica próximo aos municípios de Miranda e Corumbá. Duas equipes chegaram ao local com apoio do helicóptero da Força Aérea Brasileira, por se tratar de local de difícil acesso. Através das ações foi possível confinar as chamas que se concentram entre a BR-262 e o Rio Miranda.

Também tem equipes na região do Passo do Lontra, onde a preocupação é em relação a proximidade (incêndios) com residências da comunidade local. Os focos tinham sido controlados no final de semana, mas houve reignição, por isso os trabalhos continuam no local.

Continua o monitoramento das regiões do Paiaguás, Serra do Amolar, Nhecolândia (a oeste do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro) e Abobral. Atualmente a Operação Pantanal possui um efetivo de 132 militares do Corpo de Bombeiros Militar.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Pantanal de MS tem quatro focos de incêndios ativos e trabalho de combate no bioma completa 198 dias

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso.

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Com quatro focos ativos de incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com o apoio das demais forças de segurança nacionais e estaduais empenhadas na Operação Pantanal 2024 há 198 dias, mantém ações de combate ao fogo nas regiões do Paiaguás e Abobral (Passo do Lontra).

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso. O incêndio já registrou, ontem, uma linha de fogo de aproximadamente 40 quilômetros de extensão. As chamas passaram para o Mato Grosso do Sul vindas do estado vizinho, iniciada no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.

Também estão em monitoramento focos em Corumbá (nas regiões pantaneiras do Paiaguás, Nabileque, Paraguai-Mirim, Forte Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque), Rio Negro (Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro), Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Dourados, Coxim, Inocência, Paranaíba, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), Miranda, Porto Murtinho, Nioaque e Aquidauana.

Um novo ciclo de trabalho na temporada de incêndios florestais teve início ontem (15), inclusive com a troca de dez bombeiros militares do Rio Grande do Sul, estado que continua a apoiar as ações de controle e extinção do fogo no Pantanal.

As ações contam com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), que auxiliam os militares que fazem o combate direto em solo. As equipes continuam a realizar o monitoramento nas áreas impactadas e nas localidades onde estão instaladas as 12 bases avançadas, que contribuem para uma resposta mais ágil para o início do combate, em caso de ocorrência de fogo.

As chuvas que ocorreram desde o fim de semana passada contribuíram para aliviar a situação, especialmente após o período de seca. Porém o Pantanal ainda enfrenta condições climáticas adversas, principalmente em relação as altas temperaturas e variação dos ventos, que elevam os riscos de incêndios florestais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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