Connect with us

Economia

Faturamento do setor mineral cai 30% no terceiro trimestre

Balanço é do Instituto Brasileiro de Mineração

Publicado

on

O faturamento do setor mineral brasileiro no terceiro trimestre de 2022 somou R$ 75,8 bilhões, aumento de 33% em comparação ao segundo trimestre deste ano (R$ 57 bilhões). Já em relação ao terceiro trimestre de 2021, quando o faturamento foi de R$ 108,7 bilhões, houve queda de 30%. Os dados foram divulgados quinta-feira (20), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

O diretor-presidente da entidade, Raul Jungmann, atribuiu o recuo a fatores como redução das importações da China, questão climática e covid-19, que afetam o principal mercado importador do Brasil que é a China. “Isso tudo fez com que o preço caísse de forma significativa”, disse.

O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery, destacou que o minério de ferro, principal produto da exportação nacional mineral, que representa 64% do faturamento, teve queda de 43% no preço no período analisado. Ele não vê, contudo, tendência de redução da demanda chinesa.

Acrescentou que o faturamento não deverá atingir, neste ano, os valores de 2021, mas deve ser melhor do que tem sido observado este ano até agora. “Os resultados no final do ano devem ser mais modestos do que foram em 2021, entre 30% a 40% menores, por conta da grande influência que tem o minério de ferro no faturamento”, salientou.

O balanço divulgado revela, ainda, que os estados de Minas Gerais e Pará, com participação de 39% cada no faturamento do setor, mostraram queda em relação ao terceiro trimestre de 2021: de 38% e 37%, respectivamente.

Já na comparação com o segundo trimestre de 2022, houve expansão de 19% e 60% no faturamento dos dois estados. A redução registrada no faturamento de Minas Gerais foi decorrente da queda da cotação do minério de ferro na faixa de 40%.

Em termos de produção mineral, houve evolução de 3% no terceiro trimestre deste ano, saindo de 355 milhões de toneladas, no terceiro trimestre de 2021, para 365 milhões de toneladas no trimestre encerrado em setembro. Em relação ao segundo trimestre de 2022, o aumento foi de 22%. Para Julio Nery, o número aponta para estabilidade da produção nacional.

Investimentos

O setor mantém a intenção de investir em torno de US$ 40,44 bilhões até 2026, dos quais US$ 6 bilhões são para a área de sustentabilidade, “que é uma preocupação central das empresas e do setor”, disse  Jungmann.

Julio Nery esclareceu que 54% dos investimentos são em projetos que se mostram programados e 46% em projetos em execução, dos quais a maior parte situa-se em Minas Gerais (27% ou US$ 11,137 bilhões). Em seguida, aparecem Bahia, com 15%, e Pará, com 11%.

Entre projetos programados e em execução, o minério de ferro concentra US$ 13,598 bilhões, seguindo-se fertilizantes (US$ 5,750 bilhões) e bauxita (US$ 5,569 bilhões). Para ferrovias e portos, estão previstos investimentos de US$ 2,937 bilhões.

Nery avaliou que não há perspectiva de suspensão de investimentos por parte das empresas, independente do resultado das eleições do próximo dia 30, mas de manutenção dos investimentos colocados e dos projetos.

Empregos

No período de janeiro a agosto de 2022, foram criados pelo setor mineral no Brasil 5,617 mil novos empregos. Esse número foi adicionado ao contingente total de vagas preenchidas no setor mineral, que totalizaram 203.837. Jungmann afirmou que, agregando os empregos indiretos, o número de trabalhadores chega a dois milhões, “o que demonstra a dimensão e a pujança do setor mineral, não só em termos de faturamento, mas também de empregos”.

Considerando tributos e royalties, o terceiro trimestre deste ano revelou recolhimento de impostos no total de R$ 26,1 bilhões, inferior em 30,3% ao montante recolhido em igual trimestre do ano anterior. Já em comparação ao segundo trimestre de 2022, o crescimento foi de 33%.

Atualmente, 2.610 municípios brasileiros recolhem a Compensação Financeira pela Exploração Mineral ( CFEM). Esse é um imposto devido aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus territórios. O setor explora nesses 2.610 municípios 89 tipos de minerais e engloba sete mil empresas e micro empresas.

(Fonte: Agência Brasil. Foto:Reprodução)

Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,7%

Publicado

on

© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros  – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.

A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Continue Lendo

Economia

Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete recorde de mínima

Publicado

on

© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número de ocupados chegou a 102,4 milhões.

Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível mais alto da série histórica.

O número de empregados com carteira assinada também foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas.

Mercado de trabalho

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Caged

A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.

De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho formais.

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

Continue Lendo

Economia

Microempreendedores individuais estão mais otimistas com relação ao acesso a crédito, mostra pesquisa

Publicado

on

ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.

“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Foto: Divulgação.

Crédito

Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.

Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.

Por Márcia Lopes

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67