Candidato à vista
Em ano véspera de eleição é natural surgir novos personagens que têm a solução para todos os problemas da cidade. Em Dourados não é diferente. Nas redes sociais e grupos de whats, o cidadão que se identifica como Hanauer tem gravado vídeos para “denunciar” irregularidades no município. Morador do distrito de Indápolis, Hanauer denunciou que um professor de educação física, contratado pelo município estava recebendo sem trabalhar numa academia pública instalada no distrito. Também reclamou que o posto de saúde do lugar não é administrado por um profissional de saúde. Foram dois tiros errados.
Repreendido
A coluna Faísca e Fumaça procurou a Prefeitura de Dourados e recebeu a seguinte informação: De acordo com o Núcleo de Nutrição e Promoção à Saúde, o profissional Robson da Silva Paredes, citado por Hanauer, esteve lotado na equipe do eNASF-AP4 entre 2019-2020, devido à situação de pandemia, tendo em vista a proibição das atividades em grupo. Dentre as atividades desenvolvidas pelo profissional, estão: visitas domiciliares do Programa Nutrir, Programa Saúde na Escola (PSE), Programa Bolsa Família (PBF). Diante disso, foi solicitado à gestão que o mesmo prestasse apoio às ações de Vigilância Epidemiológica, monitorando os casos confirmados de Covid-19. O professor é considerado profissional exemplar pelos colegas e pelos superiores.
Tiro pela culatra
Além da Prefeitura de Dourados, a Associação dos Profissionais de Educação Física de Dourados emitiu uma nota de repúdio ao vídeo, onde descreve que: “o profissional é concursado na Secretaria Municipal de Saúde de Dourados e atua junto à equipe multidisciplinar do Nasf. Não é de competência do profissional ministrar aulas em academias ao ar livre, conforme a fala do cidadão Hanauer, o que demonstra que o mesmo desconhece não só a legislação, mas a competência de um profissional de EF na saúde. Fere o respeito e a dignidade de um profissional e de toda uma constituição. Mais respeito ao profissional de Educação Física!”
Reviravolta no caso Diogo
Depois de o juiz titular da 6ª Vara Civil de Dourados, José Domingues Filho, caçar a liminar do juiz plantonista Caio Márcio de Brito que anulava provas ilícitas protocoladas na Câmara de Vereadores e que estavam sendo usadas, contra o Vereador Diogo Castilho (DEM), em processo administrativo aberto para apurar uma possível quebra de decoro parlamentar, o vereador pediu suspenção no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O desembargador João Maria Lós, da Primeira Câmara Civil acatou, em regime de urgência, o pedido da defesa anulando as provas e validando a decisão proferida pelo juiz substituto, no dia dois de novembro deste ano. Com isso, Diogo Castilho deve ser reconduzido ao cargo.
E agora?
Com a decisão do Tribunal, que anula as provas do procedimento administrativo na Casa de Leis, o vereador afastado Diogo Castilho, terá que ser reconduzido novamente ao cargo assim que o presidente da Câmara de Vereadores for notificado pela justiça e independente do processo criminal que segue em “Segredo de Justiça”. Diogo Castilho foi afastado do cargo no dia 13 de setembro devido ao pedido de cassação do advogado Daniel Ribas da Cunha feito no dia 8 de setembro deste ano. Diogo é acusado de agredir e ameaçar a ex-companheiro e chegou a ficar quase uma semana preso em flagrante.
Debandada para o PL
Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, alguns parlamentares bolsonaristas de Mato Grosso do Sul anunciaram que vão seguir os rumos do Capitão. Os deputados estaduais Coronel David (Sem Partido) e Capitão Contar (PSL) já declararam que vão para o novo partido do presidente. Os deputados federais Loester Trutis (PSL) e Luiz Ovando (PSL), ainda não se manifestaram oficialmente, porém tudo indica que eles também migrarão para a sigla.
PP sem neném
Ironia da vida é que após distribuir vários convites à correligionários, o PP, do deputado estadual Evander Vendramini, ao que tudo indica vai ficar sem nada. A última cartada para a sigla pode ser a filiação da ministra Tereza Cristina, caso ela não assuma o comando do União Brasil em MS. Em meio a tantas incertezas, o cenário revela o desgaste da liderança de Vendramini no Estado. Estaria na hora do PP ter novo comando em MS?
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