Connect with us

Economia

Evolução tecnológica da agricultura é tema de seminário virtual

Modernização em 25 anos, fez preço da cesta básica cair 40%

Publicado

on

O aumento da produtividade agrícola ao longo de 45 anos (entre 1975 a 2020), gerou queda no preço real da cesta básica no Brasil de 40%. A informação é do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Guilherme Soria Bastos Filho, que participou hoje (1) do seminário virtual O Desenvolvimento da Agricultura Brasileira e o Papel da Embrapa, promovido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Bastos Filho destacou o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como impulsionadora de pesquisa e inovação tecnológica no país. Ele lembrou o papel do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli (de 1974 a 1979), que modernizou a Embrapa trazendo tecnologia para a exploração da agricultura tropical.

Em 2021, Paulinelli foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pela contribuição e dedicação à agricultura tropical, segurança alimentar e sustentabilidade geradas pelas novas tecnologia para a produção de grãos no Cerrado brasileiro em larga escala.“Tivemos 218% de crescimento nos últimos 45 anos. Na produtividade, viabilizada pela tecnologia, tivemos aumento de 636%, enquanto a área plantada subiu 84% e a segunda e terceira safras subiram 231% no período”, expôs o secretário.

Bastos Filho apontou que isso propiciou a geração de um excedente exportável que ajuda a alimentar não só o Brasil, mas o mundo, e tem preços de alimentos, em termos reais, mais baratos do que há 50 anos. Segundo ele, os preços agrícolas apresentaram tendência de queda em termos reais, nos últimos 54 anos. “Tudo isso está associado à criação da Embrapa”. A empresa comemorou em abril deste ano 48 anos de fundação.

Três pilares

O presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, disse que, na década de 1970,  o Brasil era importador de alimentos, “vivia insegurança alimentar e tinha pobreza rural maciça”. No entanto, desde a criação da Embrapa, em 1973, o Brasil foi capaz de montar um “robusto sistema de pesquisa e inovação agropecuária”.

Segundo ele, a revolução da agricultura brasileira se baseou em três pilares: a transformação de solos pobres em terra fértil, como no Cerrado; a tropicalização de cultivos e de animais, além do desenvolvimento tecnológico para uma produção sustentável.

Moretti também falou sobre desafios que o país deve enfrentar. “Nós vamos ter mais demanda por energia, mais demanda por água, e a Embrapa vai seguir focando em tecnologias que contribuam para a sustentabilidade em todas as suas vertentes a agricultura de baixo carbono, mitigação de mudanças climáticas, integração de lavoura/pecuária/florestas, biofertilizantes e biopesticidas, tecnologias voltadas à defesa agropecuária e, também, agricultura digital e Big Data [uso de tecnologias de processamento de grandes volumes de dados]”.

Salto de qualidade

Para o presidente do Ipea, Carlos von Doellinger, a atuação da Embrapa “tornou o Brasil um país de inegáveis vantagens comparativas e competitivas no mercado internacional e na produção de alimentos e matérias-primas e extrativas animais e vegetais. Hoje, o Brasil é uma potência”.

Doellinger ressaltou que o agrobusiness brasileiro “é um grande gerador de renda e riqueza e é um provedor de segurança alimentar”. Em relação ao emprego, admitiu que a atividade é mais intensiva em tecnologia e novas técnicas que permitem aumentar a produtividade mas, paradoxalmente, reduz o emprego de mão de obra. “Mas isso faz parte da própria evolução do setor, da modernização, e é uma consequência do forte aumento da produtividade”, indicou.

Durante o seminário, foram feitas homenagens ao fundador e assessor especial da Embrapa, Eliseu Roberto de Andrade Alves; ao dinamarquês Hans Norromose, que transformou a indústria de laticínios em Minas Gerais e no Brasil; e ao responsável pelo estudo de extensão que justificou a criação da Embrapa, Guilherme Leite da Silva Dias, professor da Universidade de São Paulo (USP).

(Fonte: Agência Brasil. Fotos: Reprodução)

Economia

Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,7%

Publicado

on

© Reuters/Pilar Olivares/Direitos Reservados

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,72% para 4,70% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (20), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,28% para 4,27%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,83% e 3,6%, respectivamente.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Depois de queda em agosto, em setembro a inflação oficial subiu 0,48%, com influência da alta da conta de luz. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula 5,17%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros  – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As incertezas do cenário econômico externo e indicadores que mostram a moderação no crescimento interno estão entre os fatores que levaram à manutenção da Selic, na última reunião, no mês passado.

A intenção do colegiado é, de acordo com a ata divulgada, manter a taxa de juros atual “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada.

A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

Nesta edição do boletim Focus, a estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano passou de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,8%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,82% e 2%, respectivamente.

Puxada pelas expansões dos serviços e da indústria, no segundo trimestre deste ano a economia brasileira cresceu 0,4%. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,45 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,50.

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Continue Lendo

Economia

Taxa de desemprego em agosto fica em 5,6% e repete recorde de mínima

Publicado

on

© Marcello Casal jr/Agência Brasil

A taxa de desocupação no trimestre encerrado em agosto ficou em 5,6%, repetindo o menor patamar já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tinha, no fim de agosto, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente da série. O número de ocupados chegou a 102,4 milhões.

Com esse resultado, o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 58,1%, se mantendo no nível mais alto da série histórica.

O número de empregados com carteira assinada também foi recorde e alcançou 39,1 milhões de pessoas.

Mercado de trabalho

A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Pelos critérios do instituto, só é considerada desocupada a pessoas que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

Caged

A Pnad é divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.

De acordo com o Caged, o mês de agosto apresentou saldo positivo de 147.358 vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,4 milhão de postos de trabalho formais.

Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

Continue Lendo

Economia

Microempreendedores individuais estão mais otimistas com relação ao acesso a crédito, mostra pesquisa

Publicado

on

ASN Nacional - Agência Sebrae de Notícias Foto: Divulgação.

O otimismo do microempreendedor individual (MEI) aumentou no último ano. A Sondagem Econômica do MEI, realizada mensalmente pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no último mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Índice de Confiança do MEI (IC-MEI) aumentou 2,3 pontos. Além disso, o sexto mês de 2025 registrou o menor nível da série histórica dos MEIs que avaliam como “difícil” o acesso a crédito (63,2%) – em 2024, esse indicador foi de 67,8%.

“A análise precisa ser feita com base no cenário econômico do país. A confiança está associada ao bom momento econômico que voltou ao Brasil. Associado a isso, o MEI é aquele que se vira, que levanta de manhã e faz sua própria renda. Agora, o Estado está dando condições para que ele continue gerando emprego e renda”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.

No recorte por atividades, os profissionais de Serviços lideram o avanço no IC-MEI, com 3,9 pontos em junho de 2025 contra junho de 2024. No mesmo período, os MEIs do Comércio somaram 2,3 acima e os da Indústria recuaram 0,8 ponto. Nesse intervalo de um ano, todas as regiões tiveram variação positiva: Nordeste (4,8 pontos), Sul (4,9 pontos), Sudeste (1,2 ponto) e Norte/Centro-Oeste (0,3 ponto).

Foto: Divulgação.

Crédito

Quando avaliado o fator crédito, apesar do maior acesso, o “custo financeiro” continua sendo a maior dificuldade enfrentada para 25,6% dos MEIs. O presidente do Sebrae, Décio Lima, reforça que as elevadas taxas de juros praticadas no mercado prejudicam o desenvolvimento dos pequenos.

Nós, do Sebrae, junto com o governo do presidente Lula e do vice Alckmin, temos trabalhado incessantemente para apoiar os empreendedores a buscarem alternativas em um ambiente econômico que não foi feito pensando nos pequenos negócios, mas na acumulação de capital.

Décio Lima, presidente do Sebrae.

Por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), o Sebrae, ao longo de 2025, deve chegar a R$ 12 bilhões em crédito para pequenos negócios viabilizados com garantia do FAMPE.

Por Márcia Lopes

Continue Lendo

Mais Lidas

Copyright © 2021 Pauta 67