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Estiagem: Bombeiros de MS adotam estratégias diversas nas linhas de combate ao fogo

O trabalho de controle e extinção do fogo também ocorre nos outros biomas presentes no Estado – Cerrado e Mata Atlântica.

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Com focos de incêndios florestais ativos em Mato Grosso do Sul, causados pela longa estiagem que deve perdurar mais tempo ainda, o Corpo de Bombeiros inicia a fase de resposta para o combate às chamas como parte da Operação Pantanal 2024. O trabalho de controle e extinção do fogo também ocorre nos outros biomas presentes no Estado – Cerrado e Mata Atlântica.

“Iniciamos as ações de prevenção e preparação no dia 2 de abril. Hoje entramos na fase de resposta, temos equipes trabalhando exclusivamente no combate aos incêndios”, explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado.

No Pantanal, as operações para controle do fogo se concentram em diferentes regiões. No Forte Coimbra, por exemplo, o trabalho ocorre há aproximadamente uma semana. Os fortes ventos e a vegetação densa que serve de combustível para a propagação das chamas dificulta as ações.

Lá, foi necessária mudança de estratégia para o combate indireto do incêndio, com confecção de aceiros e monitoramento da linha do fogo.

Já no Paraguai Mirim a equipe realiza monitoramento das áreas queimadas, na propriedade Porto Laranjeira, e também retornou a região do Jatobazinho, onde ocorreu reignição do incêndio e houve dificuldades para o combate e rescaldo.

Outro exemplo é a linha de combate na região do Porto da Manga, que após ação de reconhecimento no domingo (9) a guarnição para ali destinada verificou ontem (10) que o foco do incêndio se encontra em área sem possibilidades de acesso para combate direto.

Com isso, foi orientado a realização de linhas de defesa com maquinários na região. Na região do Caimasul, os bombeiros realizaram monitoramento na área que ainda tem focos ativos, porém controlados.

Forte seca, cada vez mais longa

Doutor em Ciências e pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, em Corumbá, Carlos Padovani explicou que desde 2018 o bioma passa por períodos de estiagem cada vez mais longos e adversos, resultado das mudanças climáticas em todo o mundo.

“O Pantanal tem ciclos, épocas que passa realmente por esses períodos de estiagem. Desde 2018, teve início um novo ciclo de estiagem. Em 2023 foi um pouco atípico neste sentido, já teve um pouco mais de chuva, o rio chegou a níveis normais. Mas esse ano, vai ser bem acentuado, extremo de seca e a preocupação é que os níveis do rio Paraguai fiquem mais baixos do que em 2020 e 2021”.

A preocupação é que a partir de agora as chuvas que já estavam reduzidas desde o fim de 2023 fiquem ainda mais escassas, intensificando o período de seca aumentando o risco de incêndios florestais.

“Estamos em um ano de potencial muito grande de queimadas acontecerem. Tivemos 30% menos chuvas na bacia no período chuvoso (de outubro de 2023 a março de 2024). E agora, no período seco, estamos com níveis dos rios muito baixos. O Rio Paraguai não conseguiu chegar a uma cheia, nem perto da média histórica. E em relação a questão do fogo dentro do Pantanal, a vegetação está em déficit hídrico. E a tendência é que toda essa massa que foi produzida no ano de 2023, venha a ser combustíveis para as queimadas”, explica Padovani.

Enquanto a questão climática é monitorada, os bombeiros atuam em diferentes áreas do Pantanal e do Estado.

“O Governo de Mato Grosso do Sul definiu e identificou claramente a necessidade de estabelecer mecanismos de prevenção ao combate a incêndios florestais. Foi necessária a capacitação de pessoas, ampliação do nosso efetivo do Corpo de Bombeiros, inserção da tecnologia para identificar os focos, e para punir em relação aos focos criminosos. E principalmente, adotar uma política de educação ao produtor rural, ao ribeirinho, as nossas comunidades tradicionais, para que unindo tecnologia, investimentos, equipamentos, capacitação e comunicação nós pudéssemos chegar ao sistema de prevenção adequado”, disse o secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Corumbá e Ladário têm queda de 35,7% nos homicídios entre janeiro e julho

A cidade de Corumbá, com mais 94.300 mil habitantes, teve queda de -30,8% dos crimes de homicídio doloso, passando de 13 no ano passado para nove neste ano

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Corumbá e Ladário tiveram queda de -35,7% nos crimes de homicídio entre os meses de janeiro e julho, em comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2022 foram registrados 14 crimes, contra 9 neste ano. A região compreende uma população de 115.450 mil habitantes. Conforme o levantamento de índices criminais monitorados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), os crimes de roubo também registraram redução no período analisado saindo de 284, no passado, para 194 (–31,7%).
A cidade de Corumbá, com mais 94.300 mil habitantes, teve queda de -30,8% dos crimes de homicídio doloso, passando de 13 no ano passado para nove neste ano. Os crimes de roubo diminuíram de 260, em 2022, para 180 neste ano (-30,8%).
Ladário, por sua vez, não registrou uma única ocorrência de roubo de veículo neste ano. No ano passado foram 3 casos desse crime. Os crimes de roubo também tiveram grande redução. De 24 em 2022 para 14 neste ano (-41,7%). Já o Furto de Veículos registrou a maior redução no município, saindo de 18 casos em 2022 para quatro neste ano (-77,8%).
Sobre os bons resultados obtidos pelas forças de segurança, o tenente-coronel Carlos Magno da Silva explicou que a Polícia Militar da região tem intensificado o serviço de tele atendimento pelo Copom (190) e refinado o primeiro atendimento ao cidadão, colocando aquele policial que tem o perfil de empatia e atenção para que a pessoa em emergência seja melhor acolhida.
Ele aponta ainda que as ações da Getam, Força Tática, Rádio Patrulha, Grupamento de Trânsito e Proerd, e a integração com a Polícia Civil e Polícia Penal, com quem são feitas reuniões regulares, são fundamentais para a melhoria da Segurança Pública.
“Além disso, nós reimplantamos o Getam (Grupo Tático de Motos) para melhorar o acesso rápido a praças e comunidades, ondes alguns criminosos se escondem, o que teve um resultado muito bom. As Guarnições de Força Tática foram disponibilizadas com intuito de dar apoio imediato 24h, bem como o rádio patrulhamento, que a todo momento está atento para o apoio imediato”, analisa.
Ele revelou ainda que o comando está implementando o Promuse (Programa Mulher Segura), em Ladário, no intuito de reduzir os índices de violência contra a mulher. “A Guarda Municipal atua no atendimento à mulher em Corumbá, porém ainda não há esta rede de apoio em Ladário. Junto a isso reforçamos o serviço de inteligência, que tem fundamental importância no levantamento de informações. Dois policiais foram destacados para atuar diretamente no Proerd, o que tem possibilitado a melhoria visão que a população possui da instituição e colabora na prevenção junto aos jovens e crianças para dizer não as drogas”, avalia.
O delegado regional de Corumbá, Fabrício Dias dos Santos, falou que a redução dos crimes na região se deve tanto as ações do Governo do Estado quanto a ações diretas dos servidores que atuam nos dois municípios. “Tivemos investimento do Governo em viaturas, armamentos, melhoria das unidades policiais, o que acaba contribuindo diretamente para melhoria do serviço prestado pelas delegacias. Se deve também a dedicação do efetivo das duas cidades. Uma ação integrada entre os setores de investigações de cada unidade e Núcleo Regional de Inteligência. Nós também destacamos ações integradas com as demais forças policiais locais, em especial a Polícia Militar. Tivemos também maior empenho na análise diuturna dos boletins policiais. Sempre também essa análise voltada para uma atuação imediata. Especialmente aos crimes de maior gravidade. Com isso a população recebe um serviço de maior qualidade”, destaca.

Essa tendência de queda nos índices criminais monitorados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) foi identificada em todo o Estado durante o período analisado.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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