Entidades firmaram convênio com Semadesc de R$ 1,2 milhão para oito projetos sociais
Desde sua reativação, em 2016, o Funles já lançou sete editais e firmou dois convênios contemplando 176 entidades da sociedade civil e instituições públicas com mais de R$ 9 milhões.
Entidades da sociedade civil firmaram convênios para receber R$ 1.292.224,00 da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), recursos oriundos do Funles (Fundo de Defesa e Reparação de Interesses Difusos e Lesados) para implantação de oito projetos de amplo alcance social. A solenidade de assinatura dos convênios aconteceu na tarde dessa terça-feira (17), no Gabinete da Semadesc, com as presenças do secretário adjunto Artur Falcette e de representantes das entidades beneficiadas, além de membros do Conselho Gestor do Fundo.
“Trata-se de um Fundo muito relevante pelos projetos de grande impacto social, pela participação da sociedade, tanto na gestão dos recursos quanto na execução das iniciativas. Isso faz do Funles um mecanismo de reparação de danos muito eficiente. Os projetos são supervisionados por servidores da Semadesc e as prestações de contas são acompanhadas com muito rigor”, afirmou Artur Falcette.
Os convênios assinados integram o Edital de Chamamento Público Semadesc/Funles 008/2024, lançado em março passado, contemplando projetos enquadrados em quatro grandes áreas: projetos voltados ao incentivo do protagonismo social, visando garantir a qualidade de vida da pessoa idosa; projeto com política de inclusão às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida (ambos em organizações sem regime de moradia); projetos que promovam a melhoria na qualidade de vida da pessoa idosa, nesse caso em organizações de longa permanência; e projetos voltados à garantia dos direitos da criança e do adolescente que precisem de acolhimento, ou por meio de oficinas realizadas no contraturno escolar como ações complementares às aulas.
Projetos
Após a apresentação das propostas, foram selecionados oito projetos das seguintes entidades: Ressoarte – Instituto de Arte, Cultura e Desenvolvimento, com o “projeto Orquestra Indígena Teko Arandú” no valor de R$ 100 mil para aquisição de instrumentos musicais; Obras Sociais Francisco Thiesen, R$ 200 mil para ampliação do Bloco III contendo duas salas para atividades educacionais; Associação de Educação Especial Marcelo Takahashi com o projeto Adequar pela Diferença, que consiste em obras de ampliação e conclusão do prédio da escola no valor de R$ 180 mil; Aciesp – Instituto de Apoio e Capacitação, Instrução de Economia Solidária do Povo, com o “Projeto Abarcar” referente à ampliação e conclusão de salas, no valor de R$ 200 mil.
Outras quatro iniciativas foram contempladas: da ACPD (Associação Campograndense da Pessoa com Deficiência), projeto “Belos Dias” voltado a atender pessoas idosas, com valor de R$ 167.224,00; Casa Lar Lions Clube Campo Grande Sul, que inscreveu o projeto “Luz do sol, iluminando vidas através da energia solar” para instalação de sistema fotovoltaico para consumo da entidade no valor de R$ 95 mil; CPROSPAL (Centro de Promoção Social Palotinas), orçado em R$ 150 mil para atendimento a crianças e adolescentes; e o projeto “Vitória Social: Esporte e Direitos” da Associação Anandamóyi visando a construção de uma quadra poliesportiva inclusiva para atender crianças e adolescentes.
Janaína Cardoso Fernandina, vice-diretora da Associação Campo-grandense da Pessoa com Deficiência (ACPD), disse que o Funles vai possibilitar ampliar o espaço com a criação de uma sala atividades múltiplas para atendimento ao público. A ACPD está sediada no Conjunto Copa Vila II e atende cerca de 250 pessoas, oferecendo serviços de Saúde, Educação e Assistência.
Entidades da sociedade civil firmaram convênios com recursos do Funles
Histórico
Desde sua reativação, em 2016, o Funles já lançou sete editais e firmou dois convênios contemplando 176 entidades da sociedade civil e instituições públicas com mais de R$ 9 milhões. O Funles é gerido por um Conselho Gestor composto por quatro membros governamentais e quatro representantes de entidades civis; e é presidido pelo secretário da Semadesc, Jaime Verruck.
As receitas que compõem o Fundo são provenientes de indenizações decorrentes de condenações judiciais por danos causados a bens e direitos, multas judiciárias, indenizações e compensações previstas em acordos coletivos, inclusive termo de ajustamento de conduta, bem como multas por descumprimento desses acordos. O Fundo também pode receber contribuições e doações de pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras. Qualquer entidade, organismos oficiais e instituições de pesquisa podem apresentar projetos pleiteando recursos do fundo.
Posse
Na reunião dessa terça-feira (17), o secretário adjunto Artur Falcette empossou os novos membros do Conselho Gestor do Funles que representam as entidades da sociedade civil. Foram empossados, pela ACPD (Associação Campo-grandense de Pessoas com Deficiência), Elizabeth Bezerra Lira (titular) e Juliana Barbosa Lanzarini (suplente); pela ADVIMS (Associação dos Deficientes Visuais de Mato Grosso do Sul), Aurea Sena da Silva Sobrinho (titular) e Mirian de Anunciação Valente (suplente); pelo IMB (Instituto Manoel Bonifácio), Nilson Almiro Marques (titular) e Ivan Batista França (suplente); e pelo Instituto Arara Azul, Neiva Maria Robaldo Guedes (titular) e Eliza Mense (suplente).
Recursos serão usados para realização de projetos sociais
O Estado de Mato Grosso do Sul repetiu o processo bem-sucedido de 2023, cumprindo todas as etapas necessárias em ação da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), Segov (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica) e a Segem (Secretaria Executiva de Gestão Estratégica e Municipalismo), para o preenchimento do formulário e apresentação das ações realizadas em 2024.
A renovação da certificação MigraCidades reflete o compromisso do Estado com a governança migratória e a promoção dos direitos humanos.
A certificação MigraCidades, entregue no início deste mês, é uma iniciativa conjunta da OIM (Organização Internacional para as Migrações) – parte do Sistema das Nações Unidas – e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), com o apoio da Enap (Escola Nacional de Administração Pública).
MS concluiu todas as etapas necessárias para a obtenção do certificado
Este selo reconhece o engajamento de estados e municípios brasileiros na formulação e implementação de políticas migratórias alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promovendo uma migração ordenada, segura, regular e responsável.
O trabalho desenvolvido em Mato Grosso do Sul envolve ações integradas entre diversas secretarias e é coordenado pela Sead, por meio da Secretaria Executiva de Direitos Humanos. Essas ações abrangem iniciativas que promovem a integração social, cultural e econômica dos migrantes, contribuindo para a coesão social e fortalecendo a dignidade humana.
Certificação
O processo de certificação incluiu cinco etapas: inscrição, diagnóstico, priorização, certificação e monitoramento. Durante a avaliação, foram analisadas ações realizadas em 10 dimensões fundamentais para uma boa governança migratória, como participação social e cultural, acesso à educação, assistência social, proteção social e saúde. Relatórios detalhados das atividades e propostas de monitoramento também foram apresentados, consolidando o reconhecimento do Estado.
Entre as principais iniciativas desenvolvidas em prol dos migrantes estão o atendimento permanente por meio da Central de Atendimento em Direitos Humanos, apoio financeiro às OSC’s (Organizações da Sociedade Civil) que atuam com o público migrante, além de palestras e parcerias transversais entre secretarias do Governo. Estas ações reforçam o papel de Mato Grosso do Sul como um exemplo de inclusão e acolhimento no cenário nacional.
A entrega do Cepa (Certificado Estadual de Protetores de Animais) começou nesta semana, com a primeira ação realizada na sede da Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção à Vida Animal).
A certificação, promovida pela Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), tem como objetivo reconhecer entidades e protetores independentes, além de facilitar o acesso a programas estaduais de suporte e bem-estar animal, como o ‘MS Vida Animal’.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com cerca de 300 entidades de proteção animal. Para obter o certificado, é necessário enviar RG, CPF, comprovante de residência, certidão negativa criminal e a carteirinha de vacinação antirrábica dos animais – que é gratuita – para o e-mail vidaanimal@setesc.ms.gov.br.
O certificado é emitido digitalmente e tem validade de um ano, garantindo que os dados sejam atualizados periodicamente.
O secretário de Estado de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, destaca a importância da certificação para fortalecer a rede de proteção animal no estado.
“É um certificado que representa um grande avanço na valorização do trabalho dos protetores e das entidades que atuam na causa animal. Ao oferecer suporte e acesso a programas estaduais, garantimos que mais vidas sejam cuidadas com qualidade e responsabilidade”.
De acordo com o titular da Suprova, Carlos Eduardo Rodrigues, o certificado permitirá aos protetores acessar benefícios importantes, como a Caravana da Castração, programada para começar entre março e abril.
“A Caravana vai oferecer 25 vagas de castração por campanha às entidades certificadas. Hoje, as ONGs conseguem acesso por terem CNPJ, mas muitos protetores independentes não têm. Com o certificado, vamos interligá-los à ferramenta SigPet, que organiza o cadastro para as castrações”.
Outro benefício em fase de elaboração é a doação de rações. “Estamos trabalhando em um edital para compra de ração. O certificado nos ajudará a identificar a demanda real, como a quantidade de protetores e animais atendidos. Isso permitirá uma distribuição mais eficiente desse recurso”, afirma o titular da Suprova.
Sônia Marly Palhano, do Instituto Mãe de Pets, foi a primeira a receber o certificado. O Instituto abriga atualmente 222 cães e 32 gatos.
“Nosso maior desafio é manter a qualidade de vida dos animais. Temos altos custos com ração, medicação, atendimento veterinário e até energia elétrica. Esse certificado é um benefício gigantesco, porque vai nos ajudar com castrações, rações e até na redução de custos fixos. Ser protetora é enfrentar desafios diários, mas o amor pelos animais fala mais alto”.
A iniciativa da Suprova também busca incluir os protetores independentes, que muitas vezes têm mais animais sob seus cuidados do que as ONGs.
“Não havia nada no Estado que regularizasse a atuação dessas protetoras voluntárias. O certificado é uma forma de trazê-las para dentro das políticas públicas, garantindo que tenham acesso aos mesmos benefícios das entidades formalizadas”, finaliza Carlos Eduardo.
O Governo do Estado está realizando o Mapeamento de Criativos de Mato Grosso do Sul. A iniciativa da Superintendência de Economia Criativa e Políticas Integradas, vinculada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), busca identificar e cadastrar agentes criativos de diversos segmentos, promover um diálogo mais próximo com a comunidade e facilitar a formulação de políticas públicas.
Titular da Setesc, Marcelo Miranda, destacou a importância da ação para o fortalecimento do setor. “A economia criativa é uma das forças que impulsionam o desenvolvimento sustentável e a valorização cultural do nosso estado. Esse mapeamento será essencial para que possamos criar políticas públicas eficientes e inclusivas, que atendam às demandas reais dos nossos criativos”.
Luciana Azambuja, superintendente estadual de Economia Criativa, reforça a relevância da iniciativa. “Sem o mapeamento, não sabemos onde estão e quem são os criativos de Mato Grosso do Sul, e não podemos fazer políticas públicas sem dados, sem estatísticas. Por isso, essa ação é fundamental para a criação do banco de dados do MS + Criativo”.
O cadastro é realizado de forma on-line, por meio de um formulário (clique aqui para acessar). A proposta inclui os segmentos de artesanato, música, artes visuais, artes cênicas, design, moda, gastronomia, cultura geek/nerd, literatura, audiovisual, entre outros.
Os dados coletados servirão como base para consultas e eventuais convites a ações realizadas pela Secretaria, sem gerar vínculos obrigatórios de contratação. “Os formulários recebidos ficarão armazenados no setor, permitindo que conheçamos as iniciativas criativas existentes em Mato Grosso do Sul e promovendo o desenvolvimento do setor”, conclui a superintendente.