Em ritmo acelerado de crescimento, MS atrai cada vez mais trabalhadores de outras regiões do País
Um dos principais setores que contribuem para empregar cada vez mais homens e mulheres, sejam nativos ou de outros estados, é o de papel, celulose e florestas plantadas, concentrado na região Leste.
Terra de oportunidades em um cenário de crescimento econômico, Mato Grosso do Sul tem sido palco para um grande encontro de culturas com histórias de vida marcadas pelo desenvolvimento pessoal e profissional. Um dos principais setores que contribuem para empregar cada vez mais homens e mulheres, sejam nativos ou de outros estados, é o de papel, celulose e florestas plantadas, concentrado na região Leste.
De acordo com dados do SIGA-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), ligado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), a cadeia produtiva florestal em Mato Grosso do Sul gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos.
O Estado possui o maior parque industrial de base florestal do Brasil e além das ofertas atrativas de trabalho, já oferece o terceiro melhor salário médio do Brasil, cerca de R$ 3,4 mil mensais.
O jovem piauiense Eduardo de Castro Nunes sabe muito bem o que significa todo este crescimento econômico. Ele encontrou em terras sul-mato-grossenses um celeiro de prosperidade para conquistar seus sonhos.
Eduardo chegou ao Estado no início de 2024 em busca de trabalho e melhores condições de vida. “Eu nasci em Teresina, no Piauí, mas fui criado em Matões, no Maranhão. Eu vim para Mato Grosso do Sul atrás de emprego, pois tinha uma vida muito sofrida, sem perspectiva. No MS, eu encontrei uma oportunidade de crescimento”, diz o jovem, que hoje trabalha no cultivo de florestas no município de Ribas do Rio Pardo, região conhecida como Vale da Celulose.
Apenas para ilustrar como o cenário de oportunidades evolui rapidamente, o Projeto Cerrado, da empresa Suzano, gerou mais de 10 mil empregos no pico de construção e, desde o início das operações – em julho de 2024 – outros 3 mil colaboradores especializados trabalham nas atividades industrial, florestal e de logística da nova unidade em Ribas do Rio Pardo.
Já o Projeto Sucuriú, da empresa Arauco, em Inocência, deve gerar em torno de 14 mil empregos no auge da construção da unidade.
“Mato Grosso do Sul está vivendo um momento único, sendo o primeiro em investimento público no Brasil e ocupando o terceiro lugar em crescimento econômico. Com tantas oportunidades, nosso estado está atraindo pessoas de todo o país em busca de emprego e qualificação, oferecendo diversas vagas e programas”, destaca Esaú Rodrigues de Aguiar Neto, secretário-executivo de qualificação profissional e trabalho da Semadesc.
Ele ainda lembra que o governo já ofertou mais de 270 mil vagas em cursos de qualificação e disponibilizará muito mais em 2025. “As oportunidades estão aí, para a população sul-mato-grossense e muitos que estão enxergando aqui como um novo berço de crescimento profissional e pessoal”.
Percepção de cenário compartilhada pela diretora-presidente da Funtrab (Fundação do Trabalho), Marina Dobashi: “Mato Grosso do Sul sempre foi um Estado interessante para se iniciar uma carreira profissional, um bom lugar para se viver, muitas pessoas que vêm de fora para trabalhar, acabam construindo sua vida por aqui. E percebemos que o mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais atrativo para pessoas de outros estados, especialmente pela expansão de setores estratégicos, como o agroindustrial, comércio e serviços”.
Oportunidade – Eduardo conta que soube da vaga por meio de um primo que já estava na região Leste. “Eu comecei como ajudante de floresta, e hoje sou operador de trator”, descreve o jovem de 20 anos, cheio de orgulho da nova fase profissional.
E não foi só trabalho que ele encontrou por aqui. Apaixonou-se pela estudante corumbaense Lauriana Souza Pereira, de 26 anos.
Desde julho do ano passado, os dois jovens trocam experiências de vida, de hábitos e costumes culturais, que influenciaram na vontade de ficarem juntos. Recentemente, Eduardo e Lauriana intensificaram esta troca em viagens à Cidade Branca e ao Maranhão.
“A cultura corumbaense é muito rica. Também tem a cultura pantaneira, de fronteira com a Bolívia, e toda uma história da cidade”, conta Eduardo.
Lauriana descreve que o choque cultural foi intenso e positivo. Cursando o terceiro ano de Turismo na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, a estudante também abraçou as oportunidades que foram surgindo.
Por meio da instituição, ela conseguiu uma bolsa de estudo que serviu de auxílio para permanecer na capital e ajudar nas despesas com alimentação. A escolha pelo curso de Turismo foi inspirada pelas festividades da sua cidade natal: Banho de São João e Carnaval, entre tantos outros.
“Corumbá é repleta de histórias e manifestações culturais. E o turismo me possibilita trilhar por diversas áreas, mas me chama atenção o setor de eventos e com os quais já tive oportunidade de trabalhar como o Festival América do Sul”, acrescenta a estudante.
Eduardo também tem outros sonhos. Ele pretende estudar Geografia ou Física. “Eu me interesso muito por Física Quântica, é um sonho de infância”, diz entusiasmado o mais novo cidadão sul-mato-grossense de “coração”.
Para ampliar a fiscalização da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) o governador Eduardo Riedel entregou 23 novos veículos à instituição, que ainda vai contar com 29 novos médicos-veterinários, que vão atuar na função de fiscais estaduais agropecuários. Todo este reforço vai contribuir para que Mato Grosso do Sul receba o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A solenidade de entrega das chaves e apresentação dos novos servidores ocorreu nesta quinta-feira (16), na sede da Iagro, em Campo Grande. “Os novos veículos que chegaram são ferramentas importantes de trabalhos, preparados para chegar em qualquer lugar do nosso Estado, mesmo as áreas mais remotas como Pantanal e nossos técnicos farão bom uso dela. Assim a Iagro terá uma frota adequada, moderna e atual para atuar”, afirmou o governador.
A aquisição de 23 novos veículos é o resultado de um investimento de cerca de R$ 6 milhões em recursos estaduais. Eles serão distribuídos entre as 11 regionais da agência, com o objetivo de modernizar as operações e garantir maior eficiência nas ações de fiscalização.
“A questão da nova frota vai seguir usando os critérios da meritocracia. Temos um sistema que mostra que fiscal fez mais fiscalizações em determinada área, este servidor por exemplo vai ser presenteado com uma nova ferramenta, que seja mais adequada para seu trabalho. Esta ação segue nossa linha de meritocracia e inclusão do produtor dentro do nosso sistema de trabalho”, destacou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold.
Novos servidores
Durante o evento teve a apresentação dos novos fiscais estaduais agropecuários, que foram aprovados no último concurso público. São 29 médicos-veterinários, que vão atender 25 municípios do estado, para tornar a fiscalização da Iagro mais eficiente e assim promover o desenvolvimento sustentável das atividades agropecuárias.
Os municípios beneficiados são: Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Bodoquena, Camapuã, Sidrolândia, Paranaíba, Inocência, Coxim, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde, Deodápolis, Itaquiraí, Juti, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Bela Vista, Porto Murtinho, Água Clara e Santa Rita do Pardo.
“Hoje nós temos um sistema de vigilância que abrange todo o Estado, que define quais são os quadrantes de risco, que precisa de mais vigilância. Dentro disto todo este monitoramento direciona onde os técnicos devem atuar com eficiência e segurança. O momento é de dar boas-vindas aos nossos concursados, que acabaram de entrar na nossa instituição e farão parte deste trabalho”, explicou Ingold.
Reconhecimento
Todo este trabalho coletivo e reforço na fiscalização da Iagro vão contribuir para Mato Grosso do Sul buscar o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, que poderá ser concedido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), em maio na França.
“Uma conquista do Estado do Mato Grosso do Sul, onde a Iagro e Semadesc foram muito protagonistas. Assim como o produtor rural que no seu dia a dia fez o dever de casa, conquistou e fez por merecer este status, que é um benefício da própria produção, pois assim consegue atingir novos mercados e valorizar nossos produtos”, disse o governador.
O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Veruck, avalia que este reconhecimento poderá vir com todo um trabalho coletivo, que contou com um processo de qualificação da Iagro, já que ao tirar a vacina (aftosa), teve que fortalecer a vigilância.
“Quando o Estado tomou a decisão de ser uma zona livre de aftosa, sem vacinação, nós tivemos que cumprir uma série de requisitos, porque ao tirar a vacina, precisa qualificar a vigilância. Isto segue com uma educação do produtor rural, dispondo de um sistema robusto de inteligência para monitorar toda esta estrutura de rebanho no Estado”.
Ele destaca que este trabalho eficiente teve reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária, com a Iagro tendo a melhor nota do país em relação as agências de vigilância. “Todo este material é levado para Organização Mundial de Saúde Animal. Em maio vai ter esta avaliação internacional. O impacto disto é a abertura de mercado nacional e internacional”.
Mato Grosso do Sul está consolidando sua posição como um dos estados mais promissores do Brasil no setor de logística e transporte com a chegada de grandes investimentos em todo o seu território e em locais estratégicos no setor da celulose. O Governo Estadual, por meio da Seilog (Secretaria de Infraestrutura e Logística), investe em melhorias significativas na malha aeroviária, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico em todas as regiões.
Desde o início de 2023, o Plano Aeroviário Estadual tem direcionado esforços para transformar o setor aéreo do Estado. Com um investimento estimado de R$ 250 milhões até 2026, o plano contempla obras de construção, restauração e ampliação de aeroportos e aeródromos estratégicos, reforçando a conexão de Mato Grosso do Sul com os mercados nacionais e internacionais.
Mais logística, mais desenvolvimento
Entre 2023 e 2024, mais de R$ 19,3 milhões foram destinados a obras já concluídas, e outros R$ 42,5 milhões estão sendo aplicados em projetos em andamento. Dentre as iniciativas mais relevantes, destaca-se a ampliação da pista do Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, que terá mais 500 metros de extensão e novos equipamentos de segurança e navegação aérea, como o sistema de auxílio visual PAPI e uma estação meteorológica.
No Pantanal, região estratégica para o turismo e a preservação ambiental, será implantada uma pista no Porto São Pedro, ao pé da Serra do Amolar. A estrutura atenderá, inicialmente, demandas de combate aos incêndios florestais e, no futuro, impulsionará o turismo e a logística local.
Em Nova Alvorada do Sul, uma nova pista asfaltada está em fase de estruturação, atendendo às necessidades do setor produtivo. Já em Aquidauana, porta de entrada para o Pantanal, será pavimentada uma pista de 1.500 metros, fomentando o turismo e proporcionando maior segurança para voos comerciais e de pequenos aviões, atendendo a crescente demanda de turistas estrangeiros.
Modernização e expansão
Entre os projetos em andamento, estão a implantação do Aeroporto de Inocência, a restauração de aeródromos em Paranaíba, Camapuã e Cassilândia, além da ampliação do aeroporto de Naviraí.
Outro destaque é o Aeroporto Regional de Dourados – Francisco de Matos Pereira. Com um investimento estimado em R$ 39 milhões, o projeto inclui a construção de um novo terminal de passageiros e cargas. A obra foi recentemente aprovada pela Secretaria de Aviação Civil e deve ser licitada ainda no primeiro semestre de 2025.
“Mato Grosso do Sul está cada vez mais atraente para investidores, e nosso compromisso é proporcionar a segurança e a mobilidade necessárias para o desenvolvimento. Esses projetos dos aeroportos e aeródromos conectam regiões, trazem novas oportunidades econômicas, além de reafirmar os pilares de um Governo próspero, com sustentabilidade, e integrar o estado aos mercados globais. É um salto rumo a um futuro de muito desenvolvimento”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara, ao mencionar a importância desses investimentos.
Integrando regiões
O superintendente de Logística da Seilog, Derick Machado, ressalta o impacto positivo que o Plano Aeroviário já tem trazido ao Estado. “Esse robusto plano é um divisor de águas para o Estado. O setor logístico da Seilog possui uma equipe de inteligência para prospecção de novas infraestruturas aeroviárias, o que tem refletido em implantações e restaurações de pistas em locais estratégicos, trazendo desenvolvimento para regiões mais afastadas da Capital e conectando Mato Grosso do Sul ao restante do Brasil e com mercados internacionais. Estamos criando novas oportunidades e impulsionando o crescimento de maneira estratégica”.
Com a conclusão dessas obras e o lançamento de novas licitações, como as dos aeródromos de Água Clara e Maracaju, o Governo de Mato Grosso do Sul reforça seu compromisso em proporcionar desenvolvimento logístico e socioeconômico para todas as regiões do Estado, consolidando-se como um exemplo de gestão e inovação no setor aeroviário. A Seilog ainda dá seguimento a estudos para implantar aeródromos nos municípios de Mundo Novo e Amambai e ampliar o aeródromo de Nova Andradina e o aeroporto de Três Lagoas.
Além de conectar Mato Grosso do Sul ao mundo, os investimentos na infraestrutura aérea refletem o compromisso do Estado em transformar logística em um vetor de desenvolvimento sustentável, beneficiando não só o setor produtivo, mas também o turismo, meio ambiente e a qualidade de vida da população.
Crescimento industrial contribui para geração de emprego e aumento das exportações em MS
Somente em 2024, a 2ª edição do programa concedeu 63 benefícios fiscais em setores como saúde, social, indústria, agronegócio, comércio e infraestrutura.
Com investimentos que contribuem de forma significativa para a geração de empregos e para o aumento das exportações, a indústria é um dos principais setores responsáveis pelo crescimento de Mato Grosso do Sul. Indicadores econômicos que incluem exportações de industrializados, PIB industrial, número de trabalhadores nas indústrias (24% dos trabalhadores formais de MS) e a quantidade de estabelecimentos industrias confirmam a atual situação positiva do Estado.
Para apresentar um balanço do setor industrial de Mato Grosso do Sul durante o ano de 2024, e as projeções para 2025, o governador Eduardo Riedel participou – na manhã desta sexta-feira (20) – de uma coletiva de imprensa organizada pela Fiems (Federação das Indústrias de MS).
“Temos um ambiente seguro de desenvolvimento e crescimento, que é feito em parceria com instituições públicas e privadas, inclusive com a participação da Fiems. Temos desafios, mas o Governo do Estado tem criado condições para que diferentes empresas cheguem e invistam aqui”, afirmou Riedel.
As projeções do Sistema Fiems indicam um crescimento nominal de 8,5%, tanto para o PIB estadual, quanto para o PIB Industrial de MS em 2025 – R$ 213,5 bilhões e R$ 43,1 bilhões, respectivamente. Mato Grosso do Sul participa com 1,7% do PIB nacional, ocupando a 15ª posição entre os estados brasileiros e 6º lugar no PIB per capita.
“O Estado tem feito sua parte em mostrar o que tem para conduzir, num ambiente de negócios favorável. Isso é importante, para as empresas que colocam seus recursos com segurança”, disse Sérgio Longen, presidente da Fiems. Segundo a Federação, a projeção é que, até 2030, mais de R$ 89,9 bilhões em investimentos privados entrem em operação no Estado, gerando mais 11.515 vagas de emprego formal, em diferentes regiões e segmentos do setor agroindustrial.
Ações do Governo
Para aquecer e impulsionar a economia de MS, a atual gestão lançou em 2023 um pacote de redução e isenção de tributos em diversos setores. A 1ª edição do programa “Baixar Impostos para fazer dar certo” beneficiou pequenas e médias empresas em diversos setores, incluindo comércio, agro, indústria, supermercados, atacadistas e transportes, beneficiando 31 mil contribuintes e 28 mil estabelecimentos.
Somente em 2024, a 2ª edição do programa concedeu 63 benefícios fiscais em setores como saúde, social, indústria, agronegócio, comércio e infraestrutura.
Na indústria foram contemplados os setores de biodiesel B-100 e álcool, produtos alimentícios produzidos no Estado, industrialização de calçados e mandioca, assim como máquinas, aparelhos e equipamentos industriais.
Entre os segmentos em destaque na concessão de benefícios fiscais estão as indústrias de celulose, biogás e biometano, produtores de laranja e redução do ICMS nos itens da cesta básica.
Novos investimentos
Mato Grosso do Sul é o 15º estado do país em atração de investimentos estrangeiros (94 empresas em MS). Desde 2015, a política de incentivos fiscais do Governo do Estado possibilitou a vinda de R$ 84 bilhões em capital privado, sendo mais de R$ 43 bilhões em 2024, distribuídos em 60 novos empreendimentos industriais.
Os dados reforçam o posicionamento de Mato Grosso do Sul no cenário industrial brasileiro, especialmente com a contribuição das indústrias de transformação. Com seis grandes plantas industriais, algumas já em atividade e outras em fase de instalação, o Estado se consolida como o Vale da Celulose – até 2009 não havia produção e atualmente o MS é o segundo maior em área cultivada do país.
Seguimos com a estratégia de produção multiproteína, atraindo investimentos na avicultura, suinocultura e piscicultura. A tendência é que o setor de transformação continue a liderar esse crescimento no Estado, especialmente em áreas como alimentos, citricultura e biocombustíveis, que têm mostrado maior dinamismo tanto no mercado interno quanto externo.
Atualmente, a indústria tem a segunda maior contribuição no PIB do Estado, sendo responsável por 20% do PIB total, o que equivale a R$ 33,8 bilhões. Além disso, o setor emprega 160 mil trabalhadores de maneira formal, sendo o segundo que mais emprega, depois do de ‘serviços’ (269,5 mil empregos).