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Saúde

Em caminhada “Passos pela Vida”, famílias de MS dizem sim para doação de órgãos

Desde 2015, o instituto fundado pelo professor contabiliza quase 5 mil ações voltadas ao tema.

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Juntos para incentivar famílias a dizerem “sim” à doação de órgãos e córneas. Esta foi a principal mensagem levada pelos participantes da 1ª caminhada “Passos pela Vida” enquanto percorriam neste domingo (15), um trecho da Avenida do Poeta no Parque dos Poderes, em Campo Grande.

O principal entrave ainda é a autorização dos familiares de possíveis doadores. Segundo Claire Miozzo, coordenadora da CET/MS (Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul), o índice de repostas negativas segue alto no Estado, em torno de 70%. Quando perguntados sobre o motivo, os parentes costumam dizer que não sabem a vontade da pessoa que morreu.

Claire Miozzo

“Quando a pessoa morre, a família está enlutada, sofrendo, é o único momento que nós temos para solicitar a doação de órgãos e tecidos. Se a família desconhece a vontade da pessoa ela vai dizer não. Então o mais importante é você conversar, deixar claro para sua família em vida que você é um doador de órgãos”, esclarece Claire.

A professora aposentada Maria Munhoz, de 62 anos, perdeu o marido há 10 dias com câncer nos ossos. Na casa dela todos já deixaram muito clara a vontade em doar os órgãos.

Maria Munhoz

“Somos cientes de que nós devemos dar vida para outra vida, quando a nossa chegar ao fim tudo que for aproveitado para o próximo que estiver necessitando é bem recebido. Nós já conversamos isso”, conta a professora que tem três filhos e esteve na caminhada junto com participantes de um projeto chamado Idosos em Ação.

Foi o sim de uma família que permitiu a tão esperada cirurgia de Carlos Alberto Rezende, de 60 anos, conhecido como professor Carlão. Ele passou por um transplante de medula óssea e virou referência na luta pela conscientização em busca de doadores. Fundou o Instituto Sangue Bom.

“Eu comecei o projeto no leito do hospital. Quando eu fiquei doente recebi a maior doação de sangue para um paciente na história de Mato Grosso do Sul. Independentemente do tempo que eu tivesse de vida, naquele momento eu assumi um compromisso de gratidão”, diz.

Carlos Alberto Rezende

Desde 2015, o instituto fundado pelo professor contabiliza quase 5 mil ações voltadas ao tema. “Graças à tecnologia, a gente consegue chegar muito rápido e mais longe, mas ao mesmo tempo a tecnologia apenas leva uma mensagem. O que efetivamente salva uma vida no caso da doação de sangue e cadastro de medula é estender o braço. Então acredito que a solidariedade é o grande antídoto contra o individualismo, a intolerância e a indiferença humana que hoje infelizmente é acelerada pelas redes sociais. Aproxima o distante e distancia quem está próximo”, finaliza.

Josiane Pereira Lima

Em forma de agradecimento a tudo que a Central de Transplantes fez por ela e outras pessoas, Josiane Pereira Lima, fisioterapeuta e servidora pública de 46 anos, fez questão de participar da caminhada “Passos pela Vida”.

Aos quatro anos de idade, ela foi diagnosticada com uma doença na córnea chamada ceratocone. Aos 18 passou pelo primeiro transplante. Depois vieram outros dois por conta de complicações, incluindo um processo de rejeição. Em novembro do ano passado entrou novamente na fila em busca de um doador. Apesar de viver mais um momento de espera, desta vez pelo quarto transplante, ela comemora o que já recebeu.

“Eu não estaria trabalhando, ajudando as pessoas. Com meu trabalho de fisioterapeuta eu consigo ajudar muita gente e eu não estaria fazendo isso se alguém não tivesse tido a boa intenção de estar doando os órgãos do ente querido. Eu sei que é um momento ruim para as pessoas. É momento de dor, mas é um momento de salvar outras pessoas, de dar outro motivo para viver. No meu caso foi a luz que me deram”, destaca Josiane.

Com histórias assim, o que se viu na caminhada deste domingo foi uma grande corrente de solidariedade formada pela iniciativa da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).

Secretário Marcelo Miranda

“Sem dúvida alguma acho que essa ação do Governo do Estado de utilizar eventos esportivos e culturais para trazer temas como este é muito importante. A questão da doação de órgãos faz a diferença na vida de milhares de pessoas e a gente precisa criar essa conscientização”, disse o secretário Marcelo Miranda (Setesc).

A ação contou com a parceria da Assembleia Legislativa, de hospitais públicos, privados, planos de saúde, clínicas e laboratórios. Participaram também da mobilização os super-heróis da Liga do Bem e o atleta sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, dono de 4 medalhas paralímpicas.

Atualmente em todo o país em torno de 60 mil pessoas aguardam por um transplante. Em Mato Grosso do Sul são 415 pessoas na fila por um transplante de córnea, 207 de rim e 14 esperam por uma doação de fígado.

Central – Em agosto a CET/MS (Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul) celebrou 25 anos de atuação. Neste período contabilizou 19 transplantes de coração, 3.886 de córneas, 1 de fígado, 762 de rim, 64 de tecido músculo esquelético e 10 de medula óssea.

Campanhas educativas, ações em parceria com hospitais e a mobilização de profissionais de saúde são fundamentais para aumentar o número de doadores e, consequentemente, salvar vidas.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Saúde

Equoterapia em Mato Grosso do Sul une saúde, inclusão e reabilitação para pessoas com deficiência

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Parceria entre SES e Polícia Militar oferece atendimento gratuito e acompanhamento especializado a pessoas com deficiência

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem reforçado ações que unem saúde, inclusão e reabilitação por meio de parcerias estratégicas, como o Programa de Equoterapia da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, o projeto oferece atendimento gratuito a crianças com deficiências físicas, intelectuais e transtornos do desenvolvimento, promovendo ganhos significativos nos âmbitos físico, emocional e social.

O convênio firmado no início do ano passado entre a SES e a PMMS destina R$ 1,13 milhão para custeio de profissionais especializados, garantindo o acompanhamento clínico e terapêutico dos praticantes.

Para a gerente da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, Juliana Medeiros, o serviço representa um avanço significativo na consolidação da Rede.
“O Centro de Equoterapia da PMMS é um exemplo concreto de como o cuidado pode transformar vidas quando une técnica, sensibilidade e propósito. A equoterapia promove ganhos expressivos na reabilitação global das pessoas com deficiência, ampliando suas possibilidades de autonomia, integração social e dignidade. Essa parceria fortalece a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e reafirma o compromisso de Mato Grosso do Sul com políticas públicas efetivas, que fazem diferença real na vida das pessoas”, afirmou Juliana.

À direita, Capitão Lorensetti, coordenador do programa. (Foto: Divulgação PMMS)

O coordenador do programa, Capitão Lorensetti, explica que o projeto, desenvolvido pela Polícia Militar e mantido pelo Governo do Estado, é executado por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos, profissionais de serviço social, educação física, enfermagem, pedagogia e fonoaudiologia. A iniciativa visa promover o desenvolvimento global dos praticantes, combinando os benefícios do movimento do cavalo com o acompanhamento clínico e terapêutico.

“A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma ferramenta eficaz de reabilitação. O movimento tridimensional do cavalo estimula o equilíbrio, a coordenação, a postura e a concentração, além de gerar ganhos emocionais e cognitivos significativos. É uma terapia que trabalha corpo, mente e vínculo afetivo”, explica o oficial.

O cavalo como parceiro terapêutico

De acordo com a psicóloga e pedagoga Lilian Martins, o cavalo atua como mediador natural de estímulos físicos e emocionais. Seu andar se assemelha ao movimento humano, proporcionando respostas corporais e neurológicas que dificilmente seriam alcançadas em terapias convencionais. “Durante uma sessão de 30 minutos, o praticante realiza cerca de 9 mil ajustes musculares para manter o equilíbrio sobre o cavalo. Isso fortalece a musculatura, melhora o tônus e o controle postural, além de estimular a coordenação e a concentração”, explica Lilian.

Ela destaca ainda que cada atendimento é planejado de forma personalizada, considerando o tipo de cavalo, o ritmo da montaria e os objetivos terapêuticos. “Se o foco é reduzir a agitação, trabalhamos o relaxamento. Cada sessão tem intencionalidade e propósito. Além da parte física, a equoterapia desperta afetividade, autoconfiança e integração social”, afirma Lilian.

Histórias que inspiram

Ana Vitória participa do projeto há 14 anos.

Entre as histórias marcantes que passam pelo Centro está a de Ana Vitória Silva, de 20 anos, que nasceu com paralisia cerebral. Desde os dois anos de idade, ela participa da equoterapia e, há 14 anos, faz parte do projeto.

Moradoras de Chapadão do Sul, Ana e sua mãe, Rosaine Aparecida da Silva, viajam todas as semanas até Campo Grande para as sessões. “A evolução dela foi enorme, tanto física quanto emocionalmente. O que o cavalo faz na equoterapia, nenhum fisioterapeuta consegue reproduzir dentro de uma clínica. A Ana adora vir, é um momento de liberdade e felicidade”, relata Rosaine.

Outra história de superação vem do pequeno Davi, de 8 anos, diagnosticado com autismo nível 3, epilepsia e TDAH. Ele participa do programa há cerca de dois anos e meio e já apresenta grandes avanços. “Depois que começou a equoterapia, o Davi recuperou a fala, melhorou a coordenação e ganhou confiança. Hoje ele até participa das Paralimpíadas internas do projeto, adora competir e se sente muito feliz”, conta a mãe, Daniele Barilli.

Integração, inclusão e resultados concretos

Fundado em 3 de setembro de 2002, o Centro de Equoterapia da PMMS é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, sendo um serviço de referência em Mato Grosso do Sul. Atualmente atende cerca de 200 crianças, com expectativa de ampliar esse número para 300 até 2026. Além de fortalecer habilidades motoras, a equoterapia melhora a socialização, o autocontrole e a autoestima dos praticantes.

“A equoterapia vai muito além da reabilitação física. É um trabalho que transforma a forma como o praticante se relaciona com o próprio corpo, com os outros e com o mundo. Cada sorriso e cada conquista são vitórias compartilhadas entre a família, os terapeutas e o cavalo”, resume o Capitão Lorensetti.

André Lima, Comunicação SES
Fotos: André Lima

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Saúde

Hemosul alerta que estoques de sangue estão em nível crítico

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Doadores podem comparecer durante a manhã ou a tarde, conforme horários estabelecidos pela unidade – Crédito: Hemocentro/ Divulgação

O Hemosul de Dourados está alertando a população para a necessidade de reposição do estoque e faz um apelo para que as doações normalizem. De acordo com o órgão, os estoques de sangue estão em nível de alerta e a doação de todos os tipos sanguíneos se faz urgente — especialmente dos tipos O+ e O-, que são os mais utilizados em emergências.

Conforme a direção, os níveis do estoque se encontram em situação preocupante e diversos comunicados estão sendo publicados nos canais da instituição para alcançar os doadores já cadastrados e novos doadores.

“Não existe substituto para o sangue. Ele é insubstituível em cirurgias, acidentes, partos e tratamentos de doenças graves. Cada doação pode salvar até quatro vidas”, reforça a equipe do Hemosul.

Para ser doador, é simples: basta estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam de autorização dos responsáveis) e pesar mais de 51 quilos. É obrigatório apresentar um documento oficial com foto, e no dia da doação o voluntário deve estar bem alimentado.

Durante a reforma da sede oficial do Hemosul, na Vila Industrial, o atendimento está acontecendo temporariamente na Rua Oliveira Marques, nº 2.535 – Jardim Central. Os horários de funcionamento são: às segundas, quartas e sextas-feiras: das 7h às 12h30; e às terças e quintas-feiras: das 7h às 11h30 e das 13h às 17h.

O Hemosul reforça o convite para que novos e antigos doadores compareçam o quanto antes. Um pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença — doar sangue é compartilhar vida.

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Prefeitura entrega novos equipamentos na Unidade de Saúde do Izidro Pedroso

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Equipamentos entregues vão beneficiar principalmente o setor da odontologia, que recebeu equipamentos completos nas três salas de consultório. Foto: A. Frota

A Prefeitura de Dourados entregou nesta quarta-feira (10) novos equipamentos para a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Izidro Pedroso, reforçando a estrutura de atendimento e oferecendo melhores condições de trabalho aos profissionais da saúde. O prefeito Marçal Filho acompanhou a ação e chegou a ajudar no descarregamento do caminhão que saiu do Almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde lotado de materiais.

Durante a entrega, Marçal conversou com pacientes e funcionários da unidade. “Hoje viemos trazer cadeiras odontológicas, autoclaves, compressores, televisor e máquina de lavar”, afirmou o prefeito. “Estamos fazendo as entregas em várias unidades para que as pessoas recebam serviços de saúde de qualidade ainda melhor”, completou.

Além dos equipamentos gerais, a UBS também recebeu bebedouro e um conjunto completo de itens para o atendimento odontológico, como equipo com braço mecânico, refletor, mocho, cuspideira e fotopolimerizador. A unidade do Izidro Pedroso conta com três equipes de saúde e atende aproximadamente 10 mil moradores da região.

A moradora do bairro, Luciana Vieira, comemorou as melhorias. “Tenho acompanhado o trabalho de entrega de equipamentos nos bairros da cidade e em distritos”, enfatizou. “Isso é muito bom porque os profissionais precisam de melhores condições de trabalho e, com isso, o atendimento melhora e fica melhor pra gente”, destacou Luciana Vieira.

Durante a entrega, o prefeito também conversou com as dentistas Cleane, Rosângela e Natália, que aguardavam ansiosas pelos novos equipamentos. As profissionais agradeceram os investimentos, ressaltando que os materiais vão melhorar o desempenho dos serviços prestados.Os equipamentos fazem parte de um investimento de R$ 2 milhões, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Dourados e o Governo do Estado, com o apoio de emendas parlamentares de deputados estaduais. Diversas unidades de saúde do município já foram beneficiadas e as entregas irão continuar no município.

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