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Assistência Social

Distribuição de copos de água reforça hidratação de usuários do Centro POP

Segundo o superintendente de Proteção Social Básica, Artêmio Versoza, a orientação é para que as equipes fiquem atentas às crianças e idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos do calor.

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Os usuários do Centro POP, localizado na região central de Campo Grande, ganharam um reforço para amenizar o calor que há uma semana, não tem dado trégua. Em parceria com a Águas Guariroba, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria de Assistência Social (SAS) recebeu uma doação de três mil copos de água da concessionária, que serão entregues, nas próximas semanas, no Centro POP, unidade destinada a atender os moradores em situação de rua que recusam o acolhimento em uma das quatro unidades institucionais de acolhimento da Rede de Assistência Social.

A entrega teve início nesta quarta-feira (27) e será feita semanalmente. Os copos de água estão sendo distribuídos aos usuários que buscam pelos serviços sociais oferecidos no espaço, que também dispõem de bebedouros. De acordo com a psicóloga do Centro POP, Sabrina Martins, em média 100 usuários passam pela unidade diariamente. Com o forte calor, a maioria vai em busca de hidratação e pela oportunidade de utilizar o chuveiro para tomar banho.

O secretário de Assistência Social do município, José Mário Antunes, explicou que os copos serão levados apenas para o Centro POP porque o local é um ponto de apoio para os moradores em situação de rua. “É muito importante atender essas pessoas que não aceitam ir para um acolhimento e vindo aqui eles podem se hidratar, tomar banho, lavar roupas e ainda fazer três refeições por dia”, afirmou.

Usuária há anos do Centro POP, Joyce Rodrigues conta que já foi acolhida diversas vezes na UAIFA 1, mas até hoje procura pelos serviços da Assistência Social do município. “Hoje tenho meu canto, mas sempre venho aqui para conversar e pedir auxílio quando preciso. Achei ótima essa ideia de distribuir água porque o sol está muito forte para quem mora na rua”, ressaltou.

Serviços

O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) dispõe de profissionais que oferecem orientação individual e grupal e encaminhamentos dos usuários a outros serviços socioassistenciais e para as demais políticas públicas que possam contribuir na construção da autonomia, da inserção social e da proteção às situações de violência.

O local também promove acesso a espaços de guarda de pertences, higiene pessoal, alimentação e provisão de documentação civil, proporcionando endereço institucional para utilização, como referência, do usuário. Os técnicos alimentam também um sistema de registro dos dados de pessoas em situação de rua, permitindo a localização da família, parentes e pessoas de referência, possibilitando um melhor acompanhamento do trabalho social.

Foi em busca de acolhimento que a família do venezuelano José Manuel Ruiz chegou nesta quarta-feira ao Centro POP. Acompanhado pela esposa Niza Patricia Cajamarca e pelo filho de três anos, ele foi atendido pela psicóloga Sabrina Martins que providenciou o encaminhamento da família para uma das quatro unidades de acolhimento da Rede de Assistência Social do município.

“Quando eles chegam sem documentos, mas desejam ficar na cidade, nós fazemos os agendamentos para providenciarem os documentos. Caso a pessoa queira ir embora e não possua documentação, nós orientamos a registrar um boletim de ocorrência porque dessa forma eles podem viajar sem problemas”, explicou.

Também integra o trabalho do Centro POP, o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), que por meio de suas 11 equipes, atua 24 horas por dia, nos sete dias da semana, realizando abordagens em todas as sete regiões da Capital.

Por meio do Seas, os usuários que aceitam acolhimento são levados ao Centro POP para serem encaminhados a uma unidade de acolhimento. Neste período de calor intenso, as equipes do Seas também estão realizando uma abordagem diferenciada, orientando as pessoas em situação de rua a buscarem o Centro POP, especialmente nos horários de calor intenso ou aceitarem o acolhimento para evitar danos à saúde.

A gerente de Proteção de Média Complexidade, Mayza Reis, disse que as equipes do Seas estão intensificando as abordagens nos pontos da cidade onde há maior incidência de pessoas em situação de rua. “Não podemos realizar nenhum tipo de condução coercitiva ou obrigar que eles aceitem o acolhimento, por isso nossos profissionais, no momento da abordagem, estão falando sobre os riscos do calor excessivo”, ressaltou a gerente.

Para as pessoas que ainda assim recusam o acolhimento nas unidades, as equipes do Seas orientam e fazem o encaminhamento, caso exista o aceite do usuário, ao Centro POP, localizado na Rua Joel Dibo, 255, Centro.

O Serviço Especializado em Abordagem Social realiza atendimento à população de rua por meio de busca ativa e denúncias feitas através dos celulares (67) 99660 6359 e (67) 996601469, disponíveis para a população.

Idosos e crianças

Já nas 26 unidades de Cras, Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso onde são oferecidos o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), os cuidados têm sido redobrados com as crianças e idosos. Nos últimos dias, as atividades físicas foram transferidas para espaços internos e horários onde a temperatura é mais amena.

Nas unidades onde os exercícios ocorrem na área externa, os profissionais buscam uma boa sombra ou optam por atividades na piscina ou brincadeiras com balões de água e banhos com mangueira, como aconteceu no Cras Dom Antônio esta semana. Já no Cras Moema, a equipe adaptou a tradicional brincadeira de queimada com balões de água.

Segundo o superintendente de Proteção Social Básica, Artêmio Versoza, a orientação é para que as equipes fiquem atentas às crianças e idosos, que são mais suscetíveis aos efeitos do calor.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Assistência Social

Dourados realiza a 15ª Conferência Municipal de Assistência Social

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Conferência de Assistência Social reúne mais de 200 pessoas, entre delegados, convidados e observadores. Divulgação/Assecom

Desde ontem (03/), está sendo realizada, no anfiteatro do Bloco 10 da Unigran, a 15ª Conferência Municipal de Assistência Social de Dourados, que reúne mais de 200 participantes, entre delegados, convidados ou observadores.

Com o tema “20 anos do SUAS: construção, proteção social e resistência”, o evento discute políticas públicas e fortalece a participação popular na definição de propostas para a área. Delegados têm direito a voz e voto, enquanto convidados e observadores podem contribuir com debates. A Conferência segue até o início da tarde desta sexta-feira (04).

As discussões da conferência estão organizadas em torno de cinco eixos estratégicos, alinhados aoII Plano Decenal do SUAS, o Sistema Único de Assistência Social. Entre os temas em pauta estão a universalização do acesso aos serviços, com equidade e respeito à diversidade; o aperfeiçoamento da gestão e a valorização dos trabalhadores; a integração de benefícios e serviços para ampliar a inclusão social; o fortalecimento da gestão democrática e da transparência; e a busca por um financiamento sustentável e equitativopara o sistema.

As propostas aprovadas nesta conferência municipal serão consolidadas e enviadas para a etapa estadual, que ocorrerá entre 11 de agosto e 17 de outubro de 2025. O processo participativo, iniciado nas cidades, segue então para a Conferência Nacional em Brasília, de 6 a 9 de dezembro, quando serão estabelecidas as diretrizes que orientarão as políticas do SUAS em todo o país.

O presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) de Dourados, Ruan Jacob Bianchi Aguiar, afirmou que a conferência reforça a resistência do SUAS diante dos desafios e retrocessos dos últimos dez anos. “Trabalhadores do sistema, tanto do setor governamental quanto das organizações da sociedade civil, seguem na luta pela garantia dos direitos sociais”, diz ele. “Lidamos com vidas humanas e mantemos a esperança de uma transformação social efetiva, capaz de melhorar a qualidade de vida da população”, completou.

A conferência municipal de Dourados foi organizada pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, Unigran, OAB 4ª Subseção de Dourados e Itaporã, Centro de Integração do Adolescente “Dom Alberto” (Ceia), Ação Familiar Cristã, Instituto Fuzzyi e Uniasselvi.

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Assistência Social

Dourados discute políticas públicas para refugiados, migrantes e apátridas

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Reunião do comitê municipal vai discutir política de atendimento a refugiados e migrantes. Divulgação

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) começa, na segunda-feira, dia 9 de junho, a discutir políticas públicas para aprimorar o atendimento a refugiados, migrantes e apátridas que vivem no município. A primeira reunião ordinária do Comitê Municipal para Refugiados, Migrantes e Apátridas será às 8 horas, no auditório do Creas – Rua João Pedro Gordim, nº 55, Vila Santa Catarina.

Nesta primeira reunião, serão tratadas as demandas iniciais para consolidação do Comitê como a definição da mesa diretora e elaboração do regimento interno, para dar inicio à definição de prioridades para o aprimoramento das políticas públicas locais para o segmento.

O Comitê local foi instituído por meio do Decreto nº 246 de 09 de maio de 2025, sob a coordenação geral da Secretaria de Assistência Social e tem como objetivo principal realizar diagnóstico municipal e estabelecer parâmetros de coleta e análise dos dados para subsidiar elaboração do Plano Municipal de Políticas para Migrantes, Refugiados Apátridas.

Também são objetivos, a articulação da rede intersetorial na promoção de políticas públicas, para atendimento das demandas dos migrantes refugiados, promovendo acesso e acolhida nos serviços ofertados nas áreas de saúde, habitação, educação, assistência social, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda; e, ainda, viabilizar a pactuação do Plano Municipal de Políticas para Migrantes, Refugiados Apátridas.

A secretária municipal de Assistência Social, Shirley Flores Zarpelon considera que a criação do Comitê vem ao encontro das metas de certificação do MigraCidades, bem como da Conferência MigraCidades, realizada em outubro do ano passado. “O Comitê é um importante dispositivo para a estruturação e fortalecimento da Política Municipal de Atendimento ao Refugiado, Migrante a Apátrida no nosso município, envolvendo segmentos governamentais e sociedade civil”, afirma.

Ela observa que desde 2019, o crescimento migratório em Dourados, impulsionado pela Operação Acolhida, resultou na chegada de aproximadamente 5.400 venezuelanos ao município. “Hoje, Dourados ocupa o quinto lugar entre os municípios que mais acolheram no país, contudo, há afirmação de que esse número pode ser o dobro, considerando o deslocamento espontâneo, embora não possua um número exato para comprovação”, ressalta, apontando a necessidade da realização de um censo municipal para identificação mais consistente quanto ao número de migrantes residentes em Dourados.

FLUXO MIGRATÓRIO

De acordo com o Observatório de Migrações Internacionais (2024), nos últimos 14 anos, o Brasil vivenciou um expressivo aumento no fluxo migratório, abrangendo ao menos 117 nacionalidades distintas. Impulsionados por crises econômicas, ambientais humanitárias decorrentes de guerras civis em busca de melhores condições sociolaborais, número de solicitações de residência disparou de 345.626, em 2010, para impressionantes 2,3 milhões, em 2024.

Com a crescente diversificação dos fluxos migratórios tem exigido adaptações significativas nas políticas públicas, uma vez que envolve uma ampla gama de indivíduos, incluindo famílias com crianças adolescentes, idosos, pessoas com deficiência aquelas com diferentes identidades de gênero. Diante desse perfil cada vez mais heterogêneo, torna-se essencial que as esferas governamentais federal, estadual e municipal revisem e aprimorem os mecanismos de integração, inclusão social garantia de direitos.

MIGRACIDADES

A Plataforma MigraCidades foi criada para contribuir com a construção e gestão de políticas migratórias de forma qualificada e planejada e, em outubro do ano passado, realizou encontro virtual com representantes de 15 governos estaduais e municipais. No encontro foram debatidos o acesso à saúde, à educação, à assistência social e proteção social e ao mercado de trabalho das pessoas migrantes, além de acesso e acolhimento nos serviços de proteção e combate a violências baseadas em questões de gênero, raça e sexualidade.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre Agência da ONU para as Migrações (OIM) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com apoio da Escola Nacional de Administração Pública.

Com assessoria.

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Casa da Acolhida opera com capacidade máxima para proteger do frio intenso

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Prefeito Marçal Filho esteve na Casa da Acolhida na manhã mais fria do ano em Dourados – Foto: Assecom

Na manhã mais fria do ano, registrada nesta quinta-feira (29), o prefeito Marçal Filho esteve na Casa da Acolhida Elena Efigênia Pereira, em Dourados, que atualmente funciona com capacidade máxima para proteger do frio intenso aqueles que estão em situação de rua. O espaço abriga 37 pessoas, embora a estrutura tenha sido projetada para receber até 36 acolhidos. “Também estamos percorrendo as ruas durante a noite para entregar cobertores às pessoas que se recusam ao recolhimento à Casa da Acolhida, mas o trabalho realizado neste espaço é indispensável para a proteção daqueles que estão vulneráveis”, enfatizou o prefeito.

Localizada na Rua Jandaia, nº 1765, no Jardim Vista Alegre, região sul da cidade, a Casa da Acolhida é uma instituição pública municipal de acolhimento temporário voltada a adultos e famílias em situação de vulnerabilidade social. Crianças menores de idade só são aceitas acompanhadas pelos pais. O local está sob coordenação da Secretaria Municipal de Assistência Social, que não tem medido esforços para levar proteção aos desassistidos.

Durante a passagem pelo local, Marçal conversou com os acolhidos e elogiou o trabalho humanizado da equipe. Segundo ele, mesmo com o frio intenso, a movimentação na unidade segue constante, com a chegada e saída diária de duas a três pessoas. Caso necessário, a Prefeitura está preparada para criar novas vagas e atender à alta demanda nesse período de frio.

A coordenadora da instituição, Marli Maria Morgenrotti, informou que a maioria dos abrigados é composta por homens vindos de outros estados, principalmente do Paraná e São Paulo. Atualmente, há também uma mulher com três filhos na unidade. A Casa oferece acolhimento por períodos que variam de três dias a até seis meses, dependendo da situação de cada pessoa. “O perfil predominante é de pessoas que já romperam vínculos familiares”, explicou. “Aqui, além do abrigo, recebem refeições diárias como café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar”, ressaltou Marli.

Ela destacou ainda que muitos dos acolhidos desejam fixar residência em Dourados. Nesse sentido, a equipe trabalha para garantir a emissão de documentos, inserção no mercado de trabalho e encaminhamentos sociais, promovendo autonomia para que essas pessoas possam recomeçar suas vidas e conquistar independência.

A Casa da Acolhida tem como missão garantir proteção integral aos usuários, respeitando sua dignidade, promovendo o resgate de vínculos familiares e comunitários e a construção de novos projetos de vida. Além disso, a instituição busca inserir os acolhidos nas políticas públicas municipais, estaduais e federais, oferecendo suporte para sua reintegração social.

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