Evento acontecerá dia 12/07 em Naviraí e terá como destaques o lançamento de um e-book e seis apresentações sobre temas como plantio, novos materiais genéticos, plantas daninhas, novas tecnologias de pulverização, alta produtividade e mercado
Está marcado para o dia 12 de julho em Naviraí a quarta edição do Dia de Campo da Mandioca Copasul, um dos principais eventos da cultura em todo o Brasil. Em 2023, o encontro terá como destaque o lançamento de um livro, além de seis palestras abordando temas como manejo para o plantio, fatores que impactam na alta produtividade, apresentação de materiais genéticos inéditos de mandioca para o Cerrado, tendências de mercado, controle de plantas daninhas e novas tecnologias de pulverização com a demonstração prática do uso de drone na mandiocultura.
“Os participantes produtores que estiverem presentes no evento vão adquirir conhecimentos relacionados ao manejo de plantas daninhas, época de plantio e, principalmente, genética. A gente terá um espaço muito importante em parceria com a Embrapa, onde vamos falar sobre novas cultivares, novos materiais que estão vindo com carga genética de alto potencial produtivo. E como estaremos no início do plantio da safra de mandioca, o produtor certamente irá conseguir fazer os ajustes necessários para a sua lavoura”, resumiu o engenheiro agrônomo Cleiton Simão Zebalho, coordenador técnico da cultura da mandioca da Copasul.
LANÇAMENTO DE E-BOOK
Durante o 4º Dia de Campo da Mandioca, Zebalho fará uma palestra sobre “Fatores de manejo para altas produtividades de mandioca de indústria em Mato Grosso do Sul”, mesmo título do livro que trata da dissertação de seu mestrado em engenharia agrícola pela UFSM-RS.
De acordo com o mestre em engenharia agrícola, durante as pesquisas para sua dissertação, ele descobriu que há uma lacuna de até 44 toneladas por hectare entre a média atual de produtividade da mandioca em Mato Grosso do Sul e todo o seu potencial produtivo, que pode chegar a até 62 t/ha na região. Para se aproximar deste potencial, adubação, controle de plantas daninhas, genética e janela de plantio são os principais fatores que o agricultor deve melhorar em sua fazenda, conforme apontou seu trabalho.
ESTAÇÕES DE MANEJO E NOVAS CULTIVARES
Como consequência destas descobertas, a programação técnica do Dia de Campo da Mandioca Copasul 2023 vai tratar do preenchimento destas lacunas para alta produtividade da cultura.
Ainda na parte da manhã, após a palestra de Zebalho, o público presente será dividido em três grupos e cada um será direcionado para uma estação diferente. Em uma delas, o doutor em agronomia Emerson Fey, da Unioeste, vai falar sobre “Preparos conservacionistas para o plantio de mandioca”. Colega de Fey na Unioeste, o doutor em agronomia Neumárcio Vilanova da Costa tratará de “Alternativas de manejo de plantas daninhas na cultura da mandioca”.
A Embrapa terá uma estação dedicada para a apresentação de cultivares de mandioca inéditas. Os analistas Helton Fleck da Silveira e Hermínio Souza Rocha, além do pesquisador Rudiney Ringenberg, todos da Embrapa Mandioca e Fruticultura, vão ministrar palestra sobre “Desafios e avanços para obtenção de novas cultivares de mandioca da Embrapa”.
“Neste espaço, eles vão estar falando sobre novos clones, apresentando cinco materiais que estão sendo cultivados aqui (na Fazenda Alto da Mata, propriedade anfitriã do evento) para demonstrar para os produtores, que são a BRS 429, uma mandioca de mesa, a BRS Ocauçu, BRS Boitatá, BRS CS 1 e BRS 420. São os melhores materiais hoje para o mercado”, enalteceu Cleiton.
As cultivares BRS Ocauçu e Boitatá ainda não foram lançadas oficialmente para o mercado, mas haverá demonstração de campos de cultivo na fazenda anfitriã do evento. “Esse ano eles ainda não vão falar de lançamento, mas elas poderão ser lançadas no Dia de Campo da Mandioca 2024”, anunciou o agrônomo.
Atualmente, a Copasul tem um contrato de transferência de tecnologia ativo com a Embrapa Mandioca e Fruticultura, de forma que quando a empresa de pesquisa estuda novos clones da raiz, a Copasul recebe em primeira mão as amostras para testar e coletar dados que validem as pesquisas e o desenvolvimento de novos materiais.
MERCADO E NOVAS TECNOLOGIAS
Após o almoço, que será servido no próprio local do evento, a grade de palestras será retomada com a participação do mestre em engenharia de produção Fábio Isaías Felipe, que é pesquisador do CEPEA, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, falando sobre “Mercado da mandioca”.
Na sequência, o encerramento da parte técnica do Dia de Campo da Mandioca 2023 será feito com a apresentação de uma nova solução para pulverização nas lavouras, mantendo a tradição de trazer inovação ao cooperado. Assim, o engenheiro agrônomo Alessandro Pedrozo, da Protect Plant, fecha o encontro com o tema “Tecnologia de aplicação e demonstração da aplicação com o uso de drone agrícola”.
O encontro será encerrado em uma confraternização com churrasco e música ao vivo na Arec, a Associação Recreativa e Esportiva da Copasul em Naviraí.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)