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Política

Deputados debatem exigência de passaporte da vacinação e fala de secretário

Assunto foi puxado na tribuna pelo deputado Coronel David

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Os deputados estaduais usaram a tribuna virtual durante sessão plenária desta terça-feira (28),  para comentar o discurso do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, em debate na Câmara de Vereadores de Campo Grande, sobre a exigência ou não do passaporte de vacinação contra a Covid-19.

O assunto foi puxado pelo deputado Coronel David (Sem partido), que lamentou o secretário ter chamado a plateia,que o vaiava, de fascistas e nazistas. “Uma fala desrespeitosa e odiosa. Minha solidariedade aos cidadãos. E quanto ao passaporte penso que o Poder Público tem que ficar distante. E se organizar para que a vacina chegue a quem quer vacinar e não estipular sobre esse direito de escolha individual. Isso sim é ditadura. Os empresários já foram muitos castigados pela Covid-19 e agora deveriam respeitá-los, para que possam ter o direito de trabalhar e atender todos seus consumidores de forma indistinta”, afirmou Coronel David.

Neno Razuk (PTB) concordou que o secretário teria se exaltado. “Sou favorável à vacinação, mas a imposição do passaporte isso sim é considerado autoritário e fascista. Acho que o secretário errou. Lamentável a arrogância, me surpreendeu. O Estado é o maior vacinador, ele tem seu mérito, mas ele precisa ir visitar os hospitais e parar de brigar com a população. Nunca poderia ter dirigido essas palavras”, lamentou.

O deputado Zé Teixeira (DEM) disse que Geraldo Resende errou ao generalizar. “Eu discordo do secretário, que de fato está fazendo um bom trabalho na pandemia, mas generalizou ontem a cor verde e amarela. Muitos que protestavam no dia 7 de setembro estavam pedindo socorro por um Brasil com mais democracia. Não estamos questionando a vacina ou o passaporte, era muito mais simples o secretário aconselhar. O problema é que ele equiparou os que foram às ruas como fascistas. As pessoas são livres para escolher”, ressaltou.

Por outro lado, alguns deputados pediram compreensão à exaltação na fala do secretário de Saúde. “Acredito que o secretário possa ter se excedido no calor do debate, mas essa não é a personalidade dele. O MS está sempre à frente. Somos a favor de respeitar quem não queira, mas não é o calor do momento que ganhará do trabalho que ele prestou pela população”, ponderou Eduardo Rocha (MDB).

Da mesma forma interpretou Barbosinha (DEM), que relembrou que, por vezes, Resende chorou em público se solidarizando com as famílias que perderam entes para a Covid-19. “Ele está trabalhando incansavelmente dia e noite. Se desdobrava pensando em como arrumar leito de UTI antes da vacina, quando a situação estava crítica. Compreendo o sentimento de indignação. Aquela foi a reação do ser humano, médico, que várias vezes o vi chorando. Mas entendo que o Poder Público precisa intervir sim diante de graves crises, devido a supremacia do interesse público. A pessoa tem a liberdade individual de não se vacinar, mas faça igual ao presidente [Bolsonaro em Nova York], coma do lado de fora, pois para adentrar ao recinto com outras pessoas é preciso se vacinar sim. Em uma piscina se exige o exame médico para usar”, comparou o deputado.

Os deputados Pedro Kemp (PT) e Amarildo Cruz (PT) estavam presentes na audiência pública no Legislativo Municipal no dia de ontem e contaram que o debate era inviável, devido aos gritos de protestos e que, portanto, não foi possível outra reação do secretário.

“Quero parabenizar o secretário, porque ele foi afrontado o tempo todo e grande parte das pessoas que estavam lá não tem educação, de tanto que gritavam e não permitiram que as pessoas falassem. Sequer leram o projeto. O comércio não vai ser prejudicado. Vivemos na era da fakenews, um fala e o resto acredita. Só tem uma linha da iniciativa privada, ao exigir o passaporte para festivais com grande concentração de pessoas. No passado, na matrícula escolar era exigido o documento de vacinação e ninguém falava que era ditadura. É isso que esse projeto está fazendo: para matricular, para o servidor público frequentar dentro da administração pública. Isso é perfeitamente possível e necessário”, disse Pedro Kemp.

Amarildo Cruz trouxe o dado da audiência, em que a Secretaria de Saúde de Campo Grande afirmou que 15% das pessoas que vivem na Capital não se vacinaram. “Estes não podem colocar em risco a vida dos demais entrando no mesmo ambiente dos 85% que sabem da gravidade dessa pandemia. Está de parabéns o Governo, que é para isso, para enfrentar, senão para quê Governo? O secretário foi xingado, desrespeitado a todo o momento. Tinha uma turma ali que não estava interessada em discutir a vacinação, queriam apenas tumultuar. Se tivessem zelo à vida estariam atentos à fala do secretário que mais se destacou no combate à pandemia”, elogiou Amarildo, que também apresentou indicação à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para que a Casa de Leis também exija a carteira imunização para quem trabalha e deseja adentrar ao Legislativo. Eduardo Rocha, que estava no exercício da presidência, disse que vai enviar o pedido para análise do setor jurídico.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Política

Congresso encerra sessões e reforça segurança após explosões no STF

Segundo Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa ajuda na apuração

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As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram encerradas na noite desta quarta-feira (13) após o registro de explosões perto do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato. 

Ele também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada. “É o momento de se aferir as circunstâncias e todos terem as cautela e as precauções devidas. É natural que, diante do acontecimento que foi noticiado, é óbvio que toda força de segurança tem que estar em alerta nesse instante”.

Pacheco lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. “Lamento se tem uma pessoa morta, manifestamos toda a nossa solidariedade e lamentamos sem conhecer as circunstâncias”.

Ele também lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram o prédios públicos de brasília. “Foi muito triste e relevante e mudou todos os padrões de segurança dos Três Poderes”.

O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), suspendeu a sessão depois de receber as informações das explosões e da morte. “Estamos com seguranças em todos os acessos para garantir a nossa saída daqui a nossos lares”, afirmou.

Explosão

Policiais militares fazem uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite de hoje perto do prédio do STF. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de uma pessoa.

A perícia também está no local.

O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Política

PEC 6×1: cresce a pressão pela aprovação da proposta

Emenda já recebeu 134 apoios para começar a tramitação

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O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) agitou as redes sociais e a imprensa nos últimos dias com a proposta de fim da escala de 6 dias de trabalho por 1 dia de folga, a chamada escala 6×1. O tema está entre os mais comentados da plataforma X. 

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

De autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a proposta foi apresenta em 1º de maio deste ano inspirada no movimento VAT que, por meio de uma petição online, já recolheu mais de 2,3 milhões de assinaturas na internet a favor do fim da escala 6 por 1.

“[A jornada 6×1] tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, argumentou Erika Hilton em uma rede social.

“A carga horária abusiva imposta por essa escala de trabalho afeta negativamente a qualidade de vida dos empregados, comprometendo sua saúde, bem-estar e relações familiares”, alerta a petição online.

Outras propostas

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Apresentada em 2019 pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), a PEC 221/2019 propõe uma redução, em um prazo de dez anos, de 44 horas semanais por 36 horas semanais de trabalho sem redução de salário.

A PEC aguarda a designação do relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Se a PEC da deputada Erika Hilton atingir as 171 assinaturas, ela deve ser apensada à proposta do deputado Reginaldo Lopes.

A PEC 221 inclui um novo dispositivo no artigo 7º da Constituição definindo que o trabalho normal não deve ser “superior a oito horas diárias e trinta e seis semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

Apesar de a proposta não vetar a escala 6×1, o parlamentar tem defendido uma jornada de até 5 por 2.

“[Domingo] é o dia sagrado que o trabalhador tem livre da labuta. Mas é muito pouco. Já passou da hora de o país adotar uma redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas e esse deve ser o centro de um governo popular. O Brasil tem que adotar um modelo de 4×3 ou 5×2, sem redução de salário”, defende o parlamentar.

Outra proposta que reduz a jornada de trabalho em tramitação no Congresso Nacional é a PEC 148, de 2015, de autoria do senador Paulo Paim (PT/RS). A PEC define uma redução de 44 horas para 40 horas semanais no primeiro ano. Em seguida, a jornada seria reduzida uma hora por ano até chegar às 36 horas semanais.

Em uma rede social, Paim comemora que o tema tenha voltado ao debate. “É muito bom ver que novos parlamentares, como a deputada federal Erika Hilton, estão sintonizados com as demandas históricas dos trabalhadores. Uma luta antiga. Espero que a Câmara dos Deputados vote essa proposta e que o Senado também vote iniciativas com a mesma temática”, destacou o senador.

Sindicatos

A redução da jornada de trabalho no Brasil é uma demanda histórica de centrais sindicais. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre pautou a redução da jornada de 44 horas para 40 horas semanais.

“Durante décadas, trabalhadores e entidades sindicais têm reivindicado a redução de jornadas extenuantes e o fim de escalas que desconsideram a saúde e o direito ao descanso dos trabalhadores”, defende a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), em nota apoiando o fim da jornada 6×1.

Críticas

A proposta para o fim da escala 6×1 também recebeu críticas de parlamentares e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade patronal onde atuam boa parte dos trabalhadores que trabalham na escala 6 por. 1.

“A imposição de uma redução da jornada de trabalho sem a correspondente redução de salários implicará diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas. Esse aumento inevitável na folha de pagamento pressionará ainda mais o setor produtivo, já onerado com diversas obrigações trabalhistas e fiscais”, afirmou a CNC.

O deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) avalia que tende a achar que o fim da escala 6×1 vai prejudicar a economia, mas que está aberto para ser convencido do contrário. “O requerimento de PEC discutido NÃO é pelo fim da escala 6×1, mas sim pelo estabelecimento de uma escala de quatro dias na semana (ou seja, a priori, nem segunda a sexta). 80% dos empregos formais do Brasil são oriundos de MICRO ou pequenas empresas, minha gente”, disse em uma rede social.

Ministro

O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, por sua vez, defendeu que a jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho, quando patrão e trabalhadores negociam as regras do contrato firmado entre as partes.

“A pasta considera, contudo, que a redução da jornada para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva. O MTE tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, disse Marinho em uma rede social.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Proposta sobre fim da jornada 6×1 movimenta redes sociais

“Escala 6×1 é desumana”, diz deputada que apresenta PEC

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O fim da jornada de trabalho de 6 dias trabalhados por um dia de descanso ganhou destaque neste domingo (10) nas redes sociais. O debate sobre a proposta ficou em primeiro lugar nos assuntos mais discutidos pelos internautas na rede social X, antigo Twitter.

A extinção da jornada 6×1 faz parte de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela deputada Érica Hilton (PSOL-SP) na Câmara dos Deputados.

A parlamentar tem se engajado nas redes sociais para pressionar os deputados a assinarem o requerimento de apoio à PEC, que precisa de 171 assinaturas para ser apresentada oficialmente. Até o momento, Érica conseguiu metade dos apoiamentos necessários.

Segundo a deputada, a escala 6×1 é desumana. “Isso tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6×1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, disse a deputada nas redes sociais.

A proposta do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSOL-RJ), recebeu o apoio da deputada para pressionar os parlamentares. O movimento já conseguiu a adesão de 1,3 milhão de assinaturas da petição online em defesa da proposta.

Pelo texto da Constituição e da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada de trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, sendo facultada a compensão de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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