A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da superintendência de Atenção à Saúde, realizou nesta sexta-feira (4) o lançamento da campanha Outubro Rosa com o tema “Cultura do cuidado: Saúde em cada decisão”. Durante a cerimônia de abertura, voltada aos servidores, foi apresentado o resultado de um inquérito interno sobre os hábitos de saúde dos colaboradores, elaborado com base nas recomendações do INCA (Instituto Nacional de Câncer) para a prevenção do câncer de mama.
O levantamento destacou aspectos importantes dos hábitos dos servidores, como a alimentação, a prática de atividades físicas e o consumo de álcool e tabaco, fatores que podem influenciar o risco de desenvolvimento da doença. A pesquisa mostrou que, embora haja um crescente interesse por hábitos mais saudáveis, ainda há desafios significativos para garantir a adesão completa às recomendações de prevenção.
Na ocasião, o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, reforçou a importância da conscientização e do autocuidado. “Queremos construir uma verdadeira cultura do cuidado, onde cada decisão em nossa rotina, seja na alimentação ou no estilo de vida, reflita o compromisso com a nossa saúde e bem-estar. A prevenção começa em cada escolha que fazemos”, afirmou.
Para a superintendente de Atenção à Saúde, Angélica Cristina Segatto Congro, a iniciativa busca não apenas reforçar a importância do autocuidado, mas também fomentar uma mudança cultural na maneira como as pessoas lidam com a saúde diariamente.
O tema escolhido – “Cultura do cuidado: Saúde em cada decisão” – reflete a abordagem holística da campanha, que considera a saúde como resultado da construção de bons hábitos e boas escolhas.
A campanha Outubro Rosa da SES terá ao longo do mês uma série de ações voltadas à promoção da saúde feminina, com foco na conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.
Outubro Rosa é um movimento global que busca alertar a população sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil e no mundo.
Outubro Rosa
Com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a campanha Outubro Rosa ajuda a fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença e, desta forma, contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.
Para este ano, a campanha traz o tema: ‘Mulher: Seu corpo, sua vida’. Ainda que seja um tema complicado de tratar, falar abertamente sobre o câncer pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar o conhecimento e diminuir o medo associado à doença.
Conforme dados do INCA o câncer de mama, depois do câncer de pele, é o mais incidente na população feminina brasileira. Para o ano de 2023 foram estimados 73.610 novos casos de incidência por 100 mil habitantes. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa é que ocorra 910 novos casos de incidência por 100 mil habitantes. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres.
Câncer de mama
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. É uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor capaz de tomar outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, e outros, não. A maioria dos casos tem bons resultados ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.
Alguns tipos de câncer, entre eles o de mama, apresentam sinais e sintomas em suas fases iniciais. Detectar os sinais e sintomas precocemente traz melhores resultados no tratamento e ajuda a reduzir a mortalidade. É importante lembrar que o câncer de mama não acomete somente mulheres, raras vezes, homens também estão suscetíveis à doença.
Sinais e Sintomas
Entre os principais sinais e sintomas de câncer de mama o caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor é a principal manifestação da doença, estando presente em mais de 90% dos casos. Também podem ocorrer alterações no bico do peito (mamilo), pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço, saída espontânea de líquido de um dos mamilos e a pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
Fatores de risco
Obesidade e sobrepeso;
Sedentarismo;
Consumo de bebida alcoólica;
Exposição frequente a radiações;
Não ter tido filhos;
Primeira gravidez após os 30 anos;
Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
Ter feito uso de pílula anticoncepcional por tempo prolongado;
Histórico familiar de câncer de ovário, câncer de mama em homens, câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos.
Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama. Qualquer caroço na mama em mulheres com mais de 50 anos deve ser investigado e em mulheres mais jovens, qualquer caroço deve ser investigado se persistir por mais de um ciclo menstrual.
Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. Grande parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. Em caso de alterações, procure pelo serviço de saúde do seu município.
Câncer do colo do útero
O câncer do colo do útero inicia com presença de lesões nos tecidos ao redor do colo uterino, logo após infecções persistentes. É caracterizada como uma lesão com presença de alteração celular que tem como agente causador alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV) oncológicos, se estendendo para toda região vaginal, do reto e bexiga.
A principal forma de prevenção é a vacinação contra o HPV, que protege contra os subtipos oncogênicos 6, 11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. A recomendação atual é de dose única para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual.
Além do HPV, entre os principais fatores de risco do câncer de colo do útero estão múltiplos parceiros, início precoce da vida sexual, histórico familiar, tabagismo, o uso prolongado de anticoncepcionais e imunossupressores.
Sintomas
A doença é silenciosa em seu início e sinais e sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da doença. Por isso, realizar periodicamente o Papanicolau – exame preventivo – para a identificação precoce de lesões reduz significativamente as chances de a mulher desenvolver o câncer de colo do útero e, quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são expressivas.
O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.
Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.
“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.
De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.
“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.
Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.
Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.
Intensivistas
O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.
De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.
Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.
Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.
O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.
No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.
“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.
Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.
Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.
“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.
Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.
No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.
Mato Grosso do Sul já registrou 19.429 casos prováveis de Dengue, sendo 16.012 casos confirmados, em 2024. Estes dados foram apresentados no boletim referente à 45ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta terça-feira (19). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.
Nos últimos 14 dias, Porto Murtinho, Amambai, Caarapó e Itaquiraí tiveram casos confirmados para doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.
Vacinação
Ainda conforme o boletim, 100.999 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida em bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 189.910 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.
Chikungunya
Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.