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Economia

Contenção de R$ 15 bi em despesas demonstra compromisso com o arcabouço fiscal

Ao explicar o bloqueio e o contingenciamento necessários para cumprir as regras, secretários do MPO e do MF reiteram ambiente de crescimento com estabilidade e previsibilidade

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O Governo Federal está bloqueando R$ 11,2 bilhões em despesas, em decorrência do aumento dos gastos obrigatórios com Benefícios de Prestação Continuada (BPC) e de Previdência. O bloqueio ocorre para que se cumpra uma das regras do Regime Fiscal Sustentável, que limita a despesa primária neste ano em R$ 2,1 trilhões.

Outros R$ 3,8 bilhões estão sendo contingenciados, para que se cumpra outra regra do Regime, que estabelece que o déficit primário não poderá ser maior do que R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do PIB, ao fim de 2024. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias determina que o valor a ser contingenciado é o que exceder esse limite.

Dessa forma, a contenção total de gastos anunciada no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do terceiro bimestre deste ano é de R$ 15 bilhões. “Este é um número global. O detalhamento por órgão, assim como acontece em todos os relatórios, é apresentado apenas no decreto de programação orçamentária e financeira. Ele será publicado até o dia 30”, disse o secretário de Orçamento Federal substituto, Clayton Montes, em entrevista coletiva para explicar os números nesta segunda-feira (22/7).

“Este relatório traz o compromisso do Governo Federal com as regras fiscais. Os limites da despesa serão rigorosamente observados e, como o presidente da República declarou hoje, se for necessário fazer bloqueios, eles serão feitos”, destacou o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, também presente à coletiva. “Há um compromisso e um alinhamento entre todas as áreas de governo quanto a isso”, assegurou.

BPC, Previdência e revisão de gastos

A projeção para as despesas com BPC cresceu R$ 6,4 bilhões em relação ao relatório do segundo bimestre, principalmente por causa do esforço para diminuir a fila e do aumento da quantidade de requerimentos novos e analisados. Já o aumento da estimativa para Benefícios Previdenciários foi de R$ 4,9 bilhões em relação ao relatório de maio.

Montes destacou que o valor previsto para a revisão de gastos neste ano é de R$ 9 bilhões e que essas medidas já produzem efeito. “Já sentimos o efeito das medidas de revisão de gastos em 2024, e em 2025 a tendência é que este número seja maior”, afirmou o secretário do Orçamento.

Ou seja, sem a revisão, o crescimento de R$ 4,9 bilhões das despesas com previdência, um valor residual diante da dotação de R$ 927 bilhões para essa rubrica, poderia ter sido maior. O trabalho de revisão, apontou Montes, passa pelo Atestemed, pela reavaliação dos benefícios por incapacidade temporária, pela prevenção e contenção de fraudes e irregularidades e pela prevenção de ataques cibernéticos, entre outros. “São medidas claras, objetivas”, disse.

Despesas sob controle, ambiente de estabilidade e previsibilidade

O secretário de Orçamento também reiterou a situação controlada das despesas. “A despesa primária se mantém em 19,4% do PIB em 2024, sendo que a média anual desde 2015, descontado o ano de 2020, está em 19,2%. Isso mostra o controle das despesas primárias”, destacou Montes.

“O gráfico mostra uma estabilidade da despesa pública em relação ao PIB na década. E esse é naturalmente o caminho que o marco fiscal traz, ele olha para o médio e longo prazo e permite um ajuste gradual”, disse Ceron. “O caminho continua o mesmo e estamos aqui reforçando essa mensagem”, acrescentou o secretário do Tesouro, chamando atenção ainda para a melhora das projeções para PIB e massa salarial, com inflação controlada. “Estamos num ambiente econômico muito saudável, com estabilidade e previsibilidade”, disse.

Arrecadação em alta

Também na entrevista, o secretário da Receita Federal do Brasil, Robinson Barreirinhas, detalhou as medidas de incremento de arrecadação, que juntas devem responder por um aumento de R$ 87,1 bilhões nas receitas do governo no segundo semestre deste ano. “As receitas atingiram as metas previstas em junho, tivemos um aumento real (acima da inflação) de 11% em relação a junho de 2023”, adiantou Barreirinhas. No período de janeiro a junho, a receita cresceu 9% em termos reais em relação a igual intervalo do ano passado. Os números serão detalhados pela RFB no dia 24.

Barreirinhas chamou atenção para o fato de que, ainda que a receita venha apresentando um bom desempenho, ela não tem sido suficiente para cobrir as despesas por causa de desonerações. “Neste bimestral pesa bastante a desoneração dos municípios”, explicou. São R$ 5,2 bilhões que estão sendo retirados da projeção de receita por causa disso, aponta o relatório.

Montes, por sua vez, lembrou que o detalhamento dos bloqueios e limites, das despesas que estão sujeitas a restrições e da execução da ajuda destinada ao Rio Grande do Sul podem ser acompanhados por meio de visualizações específicas dentro do Painel do Orçamento Federal . O painel acaba de ganhar mais uma tela, que mostra a evolução dos recursos aplicados nas Rotas de Integração Sul-Americana. Todas as visualizações são públicas e não requerem o uso de senha.

(Fonte: Agência Gov. Foto: Reprodução)

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Economia

Conab vai doar sementes de arroz para agricultores familiares do RS

Compra será feita por leilão eletrônico nesta quinta-feira

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou a aquisição de 480,4 mil quilos de sementes de arroz para doar às associações de agricultores familiares nos municípios gaúchos de Nova Santa Rita, Eldorado do Sul e Viamão. A compra do produto da safra de 2023/2024 será feita por meio de leilão eletrônico, nesta quinta-feira, 5, à partir das 9h. O leilão será realizado a partir de oito Avisos de Compra Pública, disponíveis no site da Conab.

Os recursos foram destinados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que disponibilizou um crédito orçamentário de R$ R$ 2,5 milhões para a Companhia operacionalizar a compra das sementes para a agricultura familiar.

As empresas fornecedoras de sementes de arroz que desejarem participar das operações de leilão deverão atender às exigências previstas nos editais.

edital exige que as empresas estejam cadastradas perante uma Bolsa de Mercadorias, em  situação  regular  no Sistema  de  Cadastramento  Unificado  de Fornecedores  (Sicaf), registradas no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais e demais agentes (Sican) da Conab e possuam o Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) emitido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

Municípios atendidos

Para o município de Nova Santa Rita/RS, está prevista a aquisição de 127.500 kg de sementes de arroz tipo EPAGRI 108, sendo 85.000 kg para entrega no Assentamento Capela, em benefício da Cooperativa Agropecuária de Nova Santa Rita (Coopan), e 42.500 kg para entrega no Assentamento Santa Rita de Cássia II e entidade recebedora a Cooperativa Agropecuária Sete de Julho.

Outros dois editais estabelecem a compra de 12.500 kg de sementes de arroz tipo Z SCS 122 MIURA para entrega no Assentamento Capela, tendo como entidade recebedora a Coopan, e mais a compra de 85.000 kg de sementes de arroz tipo IRGA 409 para entrega no Assentamento Santa Rita de Cássia II, e entidade recebedora a Cooperativa Agropecuária Sete de Julho.

Para o município de Eldorado do Sul/RS, os avisos definem a compra de 30.000 kg de sementes de arroz do tipo precoce BRS precoce PAMPA CL para entrega no Assentamento Integração Gaúcha e entidade recebedora a Associação Dezenove de Setembro; a compra de 45.000 kg de sementes de arroz do tipo IRGA 431 CL certificado irrigado em casca sul longo fino natural sendo 20.000 kg para entrega no Assentamento Integração Gaúcha e 25.000 kg para entrega no Assentamento Apolônio de Carvalho, ambos com entidade recebedora a Associação Dezenove de Setembro; e por fim, a compra de 50.000 kg de sementes de arroz do tipo IRGA 424 RI certificado irrigado em casca sul longo fino natural, com entrega no Assentamento Apolônio de Carvalho e entidade recebedora a Associação Dezenove de Setembro.

Nos dois avisos destinados ao município de Viamão/RS, o primeiro indica a compra de 35.000 kg de sementes de arroz do tipo BRS A705, e o segundo, a compra de 95.480 kg de sementes de arroz do tipo BRS Pampeira com entregas no Assentamento Filhos de Sepé, e entidade recebedora a Associação dos Moradores Filhos de Sepé (AAFISE).

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Orçamento de 2025 não prevê reajuste na tabela do Imposto de Renda

Isenção para faixa de até dois salários mínimos exigirá compensações

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A continuidade da isenção de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até dois salários mínimos exigirá compensações, como corte de gastos ou aumento de outros tributos. O projeto de lei do Orçamento de 2025, enviado ao Congresso Nacional na sexta-feira (30), não prevê o reajuste na tabela.

“Não está previsto no Orçamento. Mantendo a faixa de isenção de dois salários mínimos, será preciso medida compensatória para isso”, disse o secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas, em entrevista coletiva para detalhar a proposta orçamentária.

Atualmente, não pagam IRPF os trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824 em valores atuais). Oficialmente, o limite máximo da alíquota zero está fixado em R$ 2.259,20. No entanto, para garantir a isenção para a faixa de dois salários mínimos, há um desconto simplificado de R$ 564,80 da renda sobre a qual deveria incidir o imposto. Esse desconto corresponde à diferença entre os dois valores: limite de isenção e dois salários mínimos.

Esse desconto simplificado é opcional. Para quem tem direito a deduções maiores pela legislação atual, como dependentes, pensão alimentícia, gastos com educação e saúde, nada muda.

A faixa de R$ 2.259,21 a R$ 2.826,65 é tributada em 7,5%. De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05, a tributação corresponde a 15%. Entre R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68, o imposto cobrado é de 22,5%. Acima de R$ 4.664,68, a alíquota é de 27,5%.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Economia

Taxação de compras até US$ 50 renderá R$ 700 milhões neste ano

Receita Federal ainda não tem estimativa para 2025

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Em vigor desde agosto, a taxa para as compras pela internet de produtos de até US$ 50 deverá arrecadar R$ 700 milhões este ano. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, confirmou a estimativa em entrevista coletiva para detalhar a proposta do Orçamento de 2025.

“O Remessa Conforme já foi aprovado. Não tem esforço legislativo, mas vai permitir cerca de R$ 700 milhões a mais neste ano que pode entrar nesta conta”, disse Durigan. O secretário acrescentou que esse número foi usado pelo Senado para aprovar o pacote de medidas que compensam a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para pequenos municípios.

Para 2025, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que o governo ainda não tem uma estimativa. Segundo ele, o governo aguarda o desempenho do Programa Remessa Conforme nos próximos meses para fazer um cálculo mais preciso para o próximo ano.

“Estamos bem conservadores na projeção do ano que vem, exatamente porque não temos histórico. O mês de agosto foi o primeiro de arrecadação. A partir do resultado de agosto, podemos ter algum elemento, mas provavelmente daqui a uns dois ou três meses para termos um histórico razoável”, justificou Barreirinhas.

Em junho deste ano, o Congresso aprovou a alíquota de 20% nas compras de produtos importados de até US$ 50 em sites que aderiram ao Programa Remessa Conforme. Os produtos com valores entre US$ 50,01 e US$ 3 mil terão taxação de 60%, com uma dedução fixa de US$ 20 no valor total do imposto. Para as compras nos sites que não fazem parte do Remessa Conforme, o Imposto de Importação corresponde a 60%, caso seja comprovada transação comercial.

Após um ano de isenção, a cobrança de Imposto de Importação para as compras de até US$ 50 foi retomada em agosto. Além da taxa de importação, as compras em sites do exterior pagam, desde julho do ano passado, 17% de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto arrecadado pelos estados.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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