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Economia

Consumo de carne em queda empurrou preço para baixo, do produtor ao consumidor

Dados mais recentes do IPCA mostram índice negativo no valor dos cortes bovinos, com redução média de 10,15%

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O baixo consumo de carne fez o preço do item cair desde o produtor até o consumidor. Chama atenção nos dados mais recentes do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) o índice negativo no valor dos cortes bovinos, com redução média de 10,15% desde janeiro. Em 12 meses, o percentual é de – 10,79%.

O corte que teve maior queda foi a costela, que no ano, reduziu 15,67%. Em seguida o músculo caiu 11,70% e a capa de filé 10,40%. Veja nesta página o índice de redução de outros cortes.

Conforme o vice-presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Sérgio Capuci, o único movimento visível para essa redução de preços é o baixo consumo de carne pela população. Por outro lado, a oferta se manteve alta no pasto e no abate, mas sem a compra, os produtores e frigoríficos foram obrigados a baixar o preço. A informação é corroborada pelo presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Guilherme Bumlai.

“Caiu o consumo de carne per capita no Brasil e provavelmente por questão econômica mesmo, não vejo como questão ideológica não. Porque obviamente, há uma questão econômica de baixo poder aquisitivo da população”, comentou Capuci.

 

Bumlai, por sua vez, afirma que “há muitos animais sendo ofertados e uma diminuição no consumo, mas de alguma forma esse consumo já deveria ter aumentado um pouco, mas isso ainda não é uma realidade”. Ele avalia que o varejo (açougues e mercados) não reduziram tanto o preço da carne na mesma medida em que ele caiu para o produtor e para os frigoríficos.

“O produtor repassa, em média, o quilo da carne a R$ 13,00 pro frigorífico e para o consumidor chega a R$ 30,00. Dava pra estar mais barato isso aí, pelo menos uns 10%”, avalia. Caso isso ocorresse, segundo ele, o consumo já teria aumentado e os preços estariam mais equilibrados. Bumlai reclama que ano passado, a arroba do boi chegou a R$ 300,00, mas agora está em R$ 210,00, queda de 30%. Entretanto, o preço ao consumidor caiu bem menos que isso, cerca de 10%.

Mesmo assim, Mato Grosso do Sul é o estado onde a arroba está mais cara entre os demais produtores, porque houve a capacidade de reduzir o número de abates em relação a Rondônia ou São Paulo, por exemplo. Neles, a arroba está em média R$ 200,00, segundo o vice-presidente do Sicadems.

Por conta disso, há movimentação de produtores para redução ainda maior no número de abates para tentar reduzir as perdas e não haver mais baixas no preço. “Há uma movimentação para a redução no número de abates, porque a saída é reduzir oferta do produto e sabemos também que há margem para que o preço da carne na ponta (açougues e mercados) reduza”, cita o presidente da Acrissul.

Corte de carne sendo preparado para compra. (Foto: Osmar Daniel Veiga)
Por fim, Capuci comenta que ninguém previu que a queda no preço, principalmente ao produtor, seria tão grande. “É muito difícil prever, ninguém imaginava cair tanto assim. Mesmo os melhores analistas de mercado acertaram essa queda tão brusca assim, acho que porque o problema maior mesmo é o baixo consumo por falta de poder aquisitivo”, avalia.

Nos açougues – O eletricista de automóvel Waldecir Dias da Silva, de 60 anos, afirma que sentiu no bolso a queda no preço da carne. “Teve uma queda sim, o meu bolso percebeu, e olha que eu não compro aqui direto. Às vezes compro em outros açougues e percebi que baixou lá também”, afirmou. Ele estava em açougue no bairro Tiradentes, assim como os demais ouvidos abaixo.

Conforme o consumidor, houve diferença entre R$ 10,00 e R$ 12,00 para menos dependendo do  corte. “Na paleta e no coxão mole deu pra perceber”, citou, reforçando que “antes, quando o preço da carne tava alto eu dava um jeitinho com o frango e linguiça, tinha que usar a criatividade”, riu.

A vendedora e dona de casa Lavínia Lima, 25 anos, disse que tem se alimentado mais com frango ultimamente justamente porque a carne estava muito cara. “O preço não está muito barato, mas em comparação do que era há uns meses atrás, já está mais acessível pro churrasco do fim de semana”, sustenta.

Por fim, dona de açougue e dona de casa, Dayana Solano, de 42, comentou que a dica para a dona de casa é pesquisar preço e tentar comprar a carne mais barata. “Tipo às segundas, a oferta é agulha moída, que é boa pra pra fazer  com batatinha e dá pra economizar”, disse. Os cortes mais caros, como para bife, “tem o coxão duro, então o segredo é is pesquisando e calculando”.

 

(Fonte: Campo Grande News. Foto: Reprodução)

Economia

Pesquisa mostra diferença de preço de 32,25% no etanol e de 22,98% na gasolina em MS

No caso da gasolina comum, a menor média encontrada foi de R$ 5,74 em Campo Grande; e a maior de R$ 7,05, em Corumbá.

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Os preços médios da gasolina comum e do etanol comum apresentam diferença de, respectivamente, 22,98% e 32,25% entre as diferentes regiões do Estado.

É o que mostra a pesquisa de novembro de preços de combustíveis realizada pelo Procon Mato Grosso do Sul, instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos).

No caso da gasolina comum, a menor média encontrada foi de R$ 5,74 em Campo Grande; e a maior de R$ 7,05, em Corumbá.

Já em relação ao etanol comum, o melhor preço médio ao consumidor foi de R$ 3,75, também em Campo Grande, e o maior de R$ 4,96, na cidade pantaneira.

O Procon também fez o levantamento dos preços da gasolina e etanol aditivados, diesel S500 e S10, comum e aditivado, e GNV (Gás Natural Veicular). A pesquisa foi realizada em 53 postos de combustíveis, na Capital e também em Coxim, Ponta Porã, Três Lagoas, Jardim, Aquidauana e Corumbá.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Economia

Lucro da Caixa sobe 21,6% e chega a R$ 9,4 bilhões em 2024

Despesas de pessoal e administrativas aumentaram 10% no período

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O lucro líquido da Caixa Econômica Federal (Caixa) nos nove primeiros meses de 2024 atingiu R$ 9,4 bilhões, montante 21,6% superior ao registrado pelo banco no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (13) pelo banco.

As despesas de pessoal e administrativas da Caixa totalizaram R$ 33 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2024, um aumento de 10,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, segundo o banco, foi influenciado pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela instituição. Desconsiderando o efeito do PDV, em curso, o aumento nas despesas seria de 7,2% para o período.

No terceiro trimestre de 2024 (julho, agosto e setembro), o lucro líquido da instituição foi de R$ 3,3 bilhões, 0,7% acima do registrado nos mesmos meses do ano passado e 0,7% abaixo do lucro do segundo trimestre de 2024 (abril, maio, junho). Nesse período, as despesas de pessoal e administrativas chegaram a R$ 10,8 bilhões, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado e de 0,3% quando comparado ao segundo trimestre de 2024.

Carteira de crédito

A carteira de crédito da Caixa encerrou setembro de 2024 com saldo de R$ 1,2 trilhão, crescimento de 10,8% em relação a setembro de 2023 e de 3% quando comparado a junho de 2024. O destaque, segundo o banco, foram os aumentos, nos últimos doze meses, de 14,7% no setor imobiliário, de 13,8% no agronegócio, e de 3,9% no saneamento e infraestrutura.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, foram concedidos R$ 465,5 bilhões em créditos totais pelo banco, aumento de 15,3% na comparação com mesmo período de 2023. No terceiro trimestre de 2024, foram concedidos R$ 163,4 bilhões, elevação de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, e 2,7% em comparação com o segundo trimestre de 2024.

O índice de inadimplência da carteira de crédito da Caixa encerrou setembro de 2024 em 2,27%, redução de 0,40 pontos percentuais (p.p.) em relação a setembro de 2023 e aumento de 0,07 p.p. quando comparado a junho de 2024.

Crédito imobiliário

O crédito imobiliário da Caixa é o mais representativo na composição do crédito total do banco, com 67,2% de participação e saldo de R$ 812,2 bilhões em setembro de 2024, crescimento de 14,7% em comparação a setembro de 2023 e de 3,6% em relação a junho de 2024.

Desse saldo, R$ 474,9 bilhões utilizaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), aumento de 17,3% em comparação a setembro de 2023 e de 4% quando comparado a junho de 2024. Outros R$ 337,3 bilhões utilizaram recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), crescimento de 11,3% em comparação a setembro de 2023 e de 3,1% em relação a junho de 2024.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2024, as contratações habitacionais totalizaram R$ 176 bilhões, um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. No terceiro trimestre, foram R$ 63,4 bilhões em contratações, elevação de 23,4% em relação ao mesmo período de 2023 e de 3,5% em comparação ao segundo trimestre de 2024.

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Economia

Vendas no comércio crescem 0,5% em setembro e igualam patamar recorde

Setor cresce 3,9% em 12 meses, diz IBGE

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As vendas no comércio brasileiro cresceram 0,5% na passagem de agosto para setembro. Esse desempenho coloca o setor de volta ao nível mais alto da série, atingido anteriormente em maio de 2024.

A constatação faz parte da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado positivo volta a colocar o comércio brasileiro no campo positivo na comparação entre meses imediatamente seguidos, uma vez que tinha recuado 0,2% na passagem de julho para agosto.

Na comparação com setembro de 2023, o setor avançou 2,1%. No acumulado de 2024, o ganho somado é de 4,8%. Em 12 meses, o setor cresce 3,9%. Observando dados trimestrais, o terceiro trimestre de 2024 se expandiu 0,3% ante o conjunto dos meses abril, maio e junho. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, a alta é de 4%.

Atividades

Quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram resultados positivos: outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5%), combustíveis e lubrificantes (2,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,3%).

Por outro lado, móveis e eletrodomésticos (-2,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,8%), tecidos, vestuário e calçados (-1,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) tiveram queda.

O IBGE destaca que, ao longo de 2024, o desempenho dos supermercados e artigos farmacêuticos têm sustentado crescimento.

As vendas nos supermercados têm o maior peso na pesquisa do IBGE, 55,6%. Já os artigos farmacêuticos figuram como terceiro maior peso (11%), perdendo para combustíveis e lubrificantes.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, classifica o resultado como “bastante expressivo”. Ele enfatiza que o desempenho tira o comércio de uma zona de estabilidade em um nível já alto.

“Se a gente está circundando o nível recorde, mais ou menos, desde maio, a gente está em uma base alta”, aponta.

Ele explica que fatores como aumento de crédito para a pessoa física, expansão do número de pessoas ocupadas e crescimento da massa salarial dos trabalhadores ajudaram a impulsionar o comércio brasileiro. “Esse cenário vem puxando o ano de 2024.”

Veículos e motos

O IBGE também divulga dados do chamado varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. Com esses setores agregados, o comércio cresceu 1,8% na passagem de agosto para setembro, superando o maior patamar da série histórica, atingido em agosto de 2013.

“Também teve a questão do crédito para aquisição de veículos, que foi bastante forte, de 2,4% de agosto para setembro”, diz.

Na comparação com setembro de 2023, o comércio ampliado se expandiu 3,9%. Em 12 meses, o ganho acumulado é de 3,8%.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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