Todos os dias a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul atende ao menos um caso de abuso sexual infantil. A informação é da defensora pública-geral do Estado, Patrícia Cozzolino Oliveira, que esteve na manhã desta quarta-feira (3) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) apresentando um substitutivo ao Projeto de Lei 186/2018 para apreciação dos deputados estaduais. O objetivo é ampliar a rede de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.
Ela foi recebida pelo presidente da ALEMS, deputado Paulo Corrêa (PSDB) e estava acompanhada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), do secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula e da consultora legislativa do Governo, Ana Carolina Ali. A proposta já está em tramitação na Casa de Leis e com o substitutivo volta à análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). “Faremos o possível para a aprovação do projeto, que é de suma importância”, destacou o presidente Paulo Corrêa.
De acordo com a defensora pública-geral, a proposta visa reestruturar o quadro da Defensoria Pública, de forma a contemplar a contratação de assistentes sociais e psicólogos para atuação em todas as comarcas em que atende e também para iniciar o atendimento específico nas unidades chamadas Fácil – Central de Atendimento ao Cidadão, localizadas em Campo Grande.
“Hoje a atual estrutura não comporta a quantidade de demanda de serviços e com os novos profissionais teremos a certeza de um melhor serviço e uma rede ainda mais capacitada para atender a população. Com os atendimentos nos Fáceis da Capital também possibilitaremos àquele que não tem condições de ir até o centro em uma defensoria poder ser atendido nos bairros. Agradeço a união dos poderes para esforços de ampliação da rede de combate, pois todos os dias recebemos denúncias”, explicou a defensora pública-geral Patrícia Cozzolino Oliveira.
O governador reforçou que com as voltas às aulas, as vítimas têm conseguido denunciar mais. “Os números são preocupantes, pois 80% dos casos o abuso ocorre dentro das casas, por pessoas próximas. Com a pandemia a coisa piorou, mas o retorno às aulas possibilitou mais denúncias. É preciso avançar na prevenção dos casos, mas também na punição dos agressores e esse projeto da defensoria melhora o atendimento para continuarmos o conjunto de esforços para isso”, ressaltou Reinaldo Azambuja, que explicou que a proposta visa uma reestruturação do quadro sem ampliação de gastos. Acompanhe a tramitação deste e dos demais projetos pelo Sistema Legislativo clicando aqui.
Denuncie – além das Defensorias Públicas, a pessoa que precisar denunciar violência sexual contra crianças e adolescentes pode ligar para o Disque 100, número de denúncia de violação de direitos humanos ou para o Disque 180, de violência contra a mulher, ambas garantem anonimato se preciso. Em situações de flagrante ligue para a polícia militar pelo 190 ou procure a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) na Rua Dr. Arlindo de Andrade, 145, Bairro Amambaí, em Campo Grande.
A requisição de pequeno valor (RPV), que é o pagamento que o ente público é condenado a pagar por meio de processo judicial, poderá ter como teto 40 salários mínimos em Mato Grosso do Sul. É o que estabelece o Projeto de Lei 276/2024, protocolado na Assembleia Legislativa (ALEMS) nesta terça-feira (26) pela deputada Gleice Jane (PT).
A proposta altera a Lei 2.586/2002, que define a obrigação de pequeno valor. O RPV vigente, conforme disposto nessa lei, tem o limite de 515 Unidades Fiscais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms). Na redação proposta, o valor passa a ser igual ou inferior a 40 salários mínimos. A alteração, segundo justifica Gleice Jane, atende ao parágrafo terceiro do artigo 100 da Constituição Federal.
O projeto “visa garantir maior efetividade na prestação jurisdicional, ao assegurar que os créditos de menor valor, reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado, sejam pagos de forma célere e eficaz”, afirma a parlamentar. A mudança também “é necessária para atualizar os valores à realidade econômica atual, corrigindo defasagens que prejudicam os credores de menor porte e, consequentemente, a própria eficácia da Justiça”, acrescenta.
A previsão é que a proposta seja apresentada na sessão ordinária desta quarta-feira (27). Depois, fica em período de pauta para recebimento de emendas e segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se o parecer quanto à constitucionalidade for favorável, continua tramitando com votações nas comissões de mérito e no Plenário.
Nos últimos anos, a falta de água potável tem se tornado um problema cada vez mais grave nas aldeias indígenas de diversas regiões do Estado. O acesso à água, recurso essencial para a saúde, é uma luta para muitas dessas comunidades e tem sido constantemente debatida pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Na sessão desta terça-feira (26), os parlamentares voltaram a cobrar uma solução do governo.
Pedro Kemp (PT) foi o primeiro a tratar sobre o tema, solicitando uma força-tarefa das autoridades federais e estaduais para sanar a crise hídrica nas aldeias Bororó e Jaguapiru, localizadas no município de Dourados. “Moradores têm relatado a falta de água para beber, cozinhar, lavar roupas e tomar banhos, condições que afetam o dia a dia dessas pessoas, fazendo, inclusive, com que as crianças percam aula por falta de roupa limpa.
Conforme Kemp, os reservatórios das aldeias estão vazios, as crianças estão coletando água em córregos, o que agrava ainda mais a situação diante da contaminação por agrotóxico. “Diante de toda a situação de calamidade, os índios estão bloqueando rodovias em forma de protesto. Em 2023, o Governo do Estado, através da Sanesul, elaborou um projeto para solucionar a crise hídrica nas aldeias de Dourados. Orçado em R$ 35 milhões, foi inserido no PAC [Programa de Aceleração e Crescimento], entretanto, até o presente momento ainda não há notícias de que tenha sido colocado em prática”, informou.
Lia Nogueira (PSDB) também cobrou uma ação rápida do governo. “Isso já se arrasta há mais de 20 anos. Existe projeto para que água seja levada às aldeias e outros municípios, como Paranhos e Amambai, mas não sai do papel. Não dá mais para esperar, chegou ao limite. O governo precisa intensificar os esforços para garantir o acesso à água nas comunidades indígenas”, disse a deputada.
As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram encerradas na noite desta quarta-feira (13) após o registro de explosões perto do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato.
Ele também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada. “É o momento de se aferir as circunstâncias e todos terem as cautela e as precauções devidas. É natural que, diante do acontecimento que foi noticiado, é óbvio que toda força de segurança tem que estar em alerta nesse instante”.
Pacheco lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. “Lamento se tem uma pessoa morta, manifestamos toda a nossa solidariedade e lamentamos sem conhecer as circunstâncias”.
Ele também lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram o prédios públicos de brasília. “Foi muito triste e relevante e mudou todos os padrões de segurança dos Três Poderes”.
O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), suspendeu a sessão depois de receber as informações das explosões e da morte. “Estamos com seguranças em todos os acessos para garantir a nossa saída daqui a nossos lares”, afirmou.
Explosão
Policiais militares fazem uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite de hoje perto do prédio do STF. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de uma pessoa.
A perícia também está no local.
O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.
Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.