O Projeto ‘MS Saúde: Mais Saúde, Menos Filas’ realizou as primeiras 29 cirurgias de pterígio (membrana que cresce em volta dos olhos) em pacientes de seis municípios no último sábado (8), no Hospital da SIAS (Sociedade Integrada de Assistência Social), em Fátima do Sul. Além disso, teve mutirão de consultas de pré-operatório nos municípios de Bataguassu e Santa Rita do Pardo.
Para a diretora-geral de Gestão Estratégica da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e coordenadora do MS Saúde, Maria Angélica Benetasso, “o atendimento foi rápido, com qualidade, atendimento humanizado”. “O acolhimento feito pelos profissionais desses municípios aos pacientes que vieram de outras cidades e isto foi bem positivo e todos saíram muito satisfeitos”.
A diretora executiva do Hospital SIAS, Rosa Conceição da Costa Villas Boas, destaca a importância da realização das cirurgias eletivas. “Fazer parte de um projeto como o MS Saúde é extremamente gratificante, pois temos a oportunidade de contribuir com a qualidade de vida das pessoas no que diz a respeito à saúde e cumprir com a nossa missão de ser um hospital resolutivo e humanizado”.
Na ocasião foram atendidos no Hospital da SIAS pacientes dos municípios de Aral Moreira, Caarapó, Caracol, Ivinhema, Taquarussu e de Fátima do Sul. Dos 34 pacientes indicados para fazer a cirurgia de pterígio, cinco não compareceram.
No final do mês de junho, 99 pacientes passaram por avaliação de pré-operatório no hospital de Fátima do Sul, deste total: 57 pacientes receberam a indicação médica para a realização da cirurgia de pterígio, 27 outros tipos de encaminhamentos e 15 faltaram a consulta médica.
Mutirões oftalmológicos
No sábado (8) e no domingo (9), 397 pacientes passaram por avaliação médica nas consultas de pré-operatório de pterígio e catarata em Bataguassu e Santa Rita do Pardo. Desse quantitativo, 347 pacientes receberam indicação médica para cirurgia que deverão ser realizadas na primeira semana de agosto. As consultas foram realizadas no Hospital Santa Casa, em Bataguassu, e na Unidade Mista de Saúde Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Santa Rita do Pardo.
Representando o governador Eduardo Riedel, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Arlei Caravina, acompanhou de perto o atendimento realizado à população. “É uma honra acompanhar essa etapa do MS Saúde aqui em Bataguassu, esse programa que é fundamental para zerar as filas de cirurgias eletivas em diversas especialidades. A Regionalização da Saúde é uma das prioridades do Governo Eduardo Riedel, e o governo do Estado tem priorizado investimentos para levar consultas, exames e cirurgias à população dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul”.
No sábado (8), o município de Bataguassu estava com 245 consultas de pré-operatórios agendadas para pterígio. Deste total, 182 pacientes foram atendidos, 63 faltaram a consulta e 176 pessoas receberam indicação médica para cirurgia. Na ocasião, estavam programados pacientes dos seguintes municípios: Água Clara, Alcinópolis, Bela Vista, Brasilândia, Bodoquena, Bonito, Corguinho, Coxim, Dourados, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Rio Verde de Mato Grosso, Terenos e de Bataguassu. As cirurgias de pterígio estão agendadas para ocorrerem nos dias 5 e 6 de agosto.
No domingo (9), foi a vez do município de Santa Rita do Pardo onde estavam agendadas 215 consultas de pré-operatório de catarata. Deste total, 44 faltaram a consulta e 171 receberam a indicação para a cirurgia. Estavam agendados pacientes dos seguintes municípios: Alcinópolis, Água Clara, Amambai, Bataguassu, Batayporã, Bodoquena, Ivinhema, Japorã, Paranaíba, Taquarussu e Santa Rita do Pardo. As cirurgias de catarata estão agendadas para ocorrem nos dias 2, 3 e 4 de agosto.
Para a diretora-geral de Gestão Estratégica da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e coordenadora do MS Saúde, Maria Angélica Benetasso, o atendimento foi rápido, com qualidade, atendimento humanizado. “O acolhimento feito pelos profissionais desses municípios aos pacientes que vieram de outras cidades foi bem positivo e todos saíram muito satisfeitos”.
Sobre o Projeto MS Saúde
Para o Ano I do Projeto MS Saúde, 37 estabelecimentos de Saúde de 32 municípios fizeram a adesão ao programa para a realização de cirurgias eletivas. E mais 33 estabelecimentos de saúde de 19 municípios fizeram a adesão para a realização de exames com a finalidade diagnóstica. Com recurso federal, há 22 estabelecimentos de saúde de 20 municípios que estão credenciados para a realização de cirurgia eletiva.
O Projeto MS Saúde prevê que prefeituras e estabelecimentos de saúde estabeleçam convênios que vão garantir a realização de 15 mil cirurgias eletivas em diversas especialidades, entre elas: oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia vascular, cirurgia geral e ortopedia.
Também estão previstas a realização de 42,5 mil exames diagnósticos como ressonância magnética com contraste, ressonância magnética (sedação), tomografia computadorizada, endoscopia, densitometria, colonoscopia, holter 24 horas, cintilografia, entre outros.
O Governo do Estado disponibilizou R$ 45 milhões de recursos próprios e R$ 7,9 milhões de recursos federais para atender à população.
O número de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 52% no Brasil na última década, passando de 47.846 em 2014 para 73.160 em 2024. A alta mais expressiva se deu em 2021 e 2022, durante a pandemia de covid-19.
Os dados fazem parte do estudo A Medicina Intensiva no Brasil: perfil dos profissionais e dos serviços de saúde, divulgado nesta terça-feira (19) pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Em nota, a entidade avalia que, apesar do aumento considerado significativo, a distribuição permanece “gravemente desigual”, tanto pelo aspecto territorial, quanto pelo social.
“Uma análise crítica sobre as informações do estudo demonstra a necessidade de adoção de políticas públicas que promovam uma distribuição mais justa da infraestrutura hospitalar e de profissionais intensivistas pelo país”.
De acordo com a Amib, a disparidade começa pela comparação entre a oferta de leitos para a rede pública e para rede privada de saúde. Em 2024, do total de leitos de UTI existentes no Brasil, 51,7% ou 37.820 são operados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os demais 48,3% ou 35.340 estão no sistema suplementar.
“Apesar da proximidade dos números de leitos de cuidados intensivos disponíveis entre as redes pública e privada, a diferença entre a população atendida pelos dois universos evidencia o problema”, completou a associação.
Os números mostram que no SUS, sistema do qual dependem 152 milhões de pessoas, há 24,87 leitos por 100 mil habitantes. Já na rede privada, que tem 51 milhões de beneficiários de planos de saúde, a disponibilidade de leitos de UTI é de 69,28 por 100 mil beneficiários.
Outra disparidade é verificada entre as regiões brasileiras. Enquanto o Norte apresenta 27,52 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o Sudeste registra 42,58 leitos. Em todo o país, a densidade de leitos por 100 mil habitantes é de 36,06. Entretanto, 19 dos 27 estados da federação estão abaixo desse patamar – os extremos vão de 20,95, no Piauí, a 76,68, no Distrito Federal.
Intensivistas
O estudo destaca ainda que, enquanto o número total de médicos, com ou sem especialidade, cresceu 51% entre 2011 e 2023 em todo o país, a quantidade de médicos especialistas em medicina intensiva cresceu 228% no mesmo período – foram contabilizados 8.091 intensivistas em 2023, e 2.464 em 2011.
De acordo com a Amib, a maior parte dos médicos intensivistas em atividade no Brasil se formou há mais de 10 anos, sendo que mais de 75% acumulam entre 10 e 39 anos de prática profissional.
Dentre os intensivistas, a maioria é do sexo masculino (60%) e a faixa etária predominante fica entre 35 e 64 anos, com uma idade média de 52 anos. As mulheres estão as médicas mais jovens, “sugerindo uma possível tendência de aumento da participação feminina na especialidade ao longo do tempo”.
Apesar do crescimento geral da especialidade, Norte e Nordeste registram uma média inferior de intensivistas por habitante quando comparadas às demais regiões, acompanhando a tendência apresentada pela presença menor de leitos de UTI. O Sudeste soma 6.239 registros profissionais, enquanto o Centro-Oeste tem 899 registros. Já o Norte conta com 348 registros.
O Distrito Federal responde pela maior densidade de médicos intensivistas no país, com 14,06 especialistas para cada 100 mil habitantes. O índice representa quase o dobro da densidade do Sudeste (7,35) e quase três vezes a densidade do Mato Grosso do Sul (4,9), que tem base populacional semelhante.
No outro extremo, o Amapá conta com cinco intensivistas, “o que gera uma densidade praticamente nula de especialistas para cada 100 mil habitantes”.
“Nas capitais, a probabilidade de encontrar esse profissional é significativamente maior. A densidade de intensivistas nas 27 capitais brasileiras (14,28) é cinco vezes maior do que a encontrada na soma de todos os outros municípios (2,84)”, concluiu a Amib.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a inclusão da vacina LC16m8 contra a mpox à lista de insumos de uso emergencial. Este é o segundo imunizante aprovado pela entidade para controle e prevenção da doença, declarada emergência global em agosto.
Dados da entidade revelam que, em 2024, foram notificados casos de mpox em pelo menos 80 países, incluindo 19 nações africanas. A República Democrática do Congo, país mais atingido, responde pela maioria de casos suspeitos.
Nas redes sociais, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a vacina LC16m8 é a primeira aprovada para uso em crianças menores de 1 ano que vivem em localidades onde se registra surtos de mpox.
“Este é um passo vital para proteger populações vulneráveis, principalmente crianças, à medida em que a mpox continua a se espalhar”, escreveu.
Segundo Tedros, ao longo dos últimos dois meses, metade dos casos suspeitos contabilizados na República Democrática do Congo foram identificados entre menores de 12 anos. “O número total de casos suspeitos ultrapassou 40 mil este ano, com 1,2 mil mortes reportadas”.
No post, o diretor-geral da OMS alertou que os surtos da doença no Burundi e em Uganda estão em plena expansão. A entidade convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo.
Mato Grosso do Sul já registrou 19.429 casos prováveis de Dengue, sendo 16.012 casos confirmados, em 2024. Estes dados foram apresentados no boletim referente à 45ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta terça-feira (19). Segundo o documento, 30 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.
Nos últimos 14 dias, Porto Murtinho, Amambai, Caarapó e Itaquiraí tiveram casos confirmados para doença. Já os óbitos registrados ocorreram nos municípios de Maracaju, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Dourados, Laguna Carapã, Naviraí, Sete Quedas, Amambai, Paranhos, Ponta Porã, Iguatemi, Itaquiraí, Aparecida do Taboado, Mundo Novo, Campo Grande e Bonito. Entre as vítimas, 15 delas possuíam algum tipo de comorbidade.
Vacinação
Ainda conforme o boletim, 100.999 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida em bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 189.910 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.
Chikungunya
Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 3.280 casos prováveis, sendo 917 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.