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FAS 2023

Com licença do rap, Criolo toca samba, dedica show a professores e faz praça cantar com a alma

No palco, além de agradecer aos fãs por estarem ali pelo samba, Criolo ainda deixou um abraço a todos os artistas e mestres da cidade, em especial aos professores.

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Às 22h45, o Criolo do rap subiu ao palco para fazer samba, e pouco importava os graus que faziam em Corumbá. O Palco Integração, na Praça General Ponce, fazia jus ao nome, unindo artista e público. Num show intimista, Criolo parecia cantar para cada um, individualmente.

As três primeiras canções foram o suficiente para conquistar o afeto de quem não conhecia o rapper, mas saberia sentir as músicas – afinal, era samba na terra do Carnaval – e quem aprendeu entre o ritmo e a poesia que “as pessoas não são más, elas só estão perdidas”.

“Nas águas do mar eu vou me benzer, vou me banhar. Nas águas do mar eu vou pedir perdão, pra abençoar”, foi o que abriu o show e “casou” perfeitamente com a energia de Corumbá, às margens do Rio Paraguai.

Em seguida veio “Linha de Frente”, e “Desde que o samba é samba”, de Caetano e Gil, para num respiro de poesia, Criolo esbanjar simpatia ao cumprimentar o público.

“Esse festival é maravilhoso, é um prazer estar aqui na cidade de vocês. A gente pede licença com todo o respeito e com todo o carinho pra cantar esses sambas que eu amo, eu amo tanto rap. Rap é a minha escola, é a minha vida e eu amo tanto samba. A gente que nasce em favela ama rap, ama samba, ama funk, ama forró. A gente ama tudo que é a música do povo”, diz.

No palco, além de agradecer aos fãs por estarem ali pelo samba, Criolo ainda deixou um abraço a todos os artistas e mestres da cidade, em especial aos professores. “Esse show é dedicado a cada professor e professora dessa cidade, vamos combinar, fechou? É uma coisa singela, simbólica, mas importante. Tem muita coisa pra acontecer, tem muita coisa pra acontecer, tem muita mudança pra acontecer”, mandou o músico, que de quebra emendou; “eu não quero viver assim, mastigar desilusão / Este abismo social requer atenção / Foco, força e fé, já falou meu irmão / Meninos mimados não podem reger a nação”, que logo ganhou coro na Praça.

Criolo sempre fez parte dos artistas que mandam a real e levam conscientização aos palcos por onde passam. Em Corumbá, não foi diferente: direitos humanos e meio ambiente não ficaram de fora e, depois das palmas, o músico cantou que, se depender dele, “o samba agoniza, mas não morre”.

Entre o público, um senhor chamava a atenção. Em pé, mesmo tendo cadeiras à disposição na área voltada para pessoas idosas e com deficiência ou mobilidade reduzida, seu Carlos Roberto Vieira Torres só mudava de posição para trocar o celular de mão, quando o braço cansava.

Assim como Criolo, ele também estava ao vivo em uma live para os seus amigos do Facebook. “Tudo o que tem música ao vivo eu gravo no Facebook e jogo ao vivo. Tenho seguidores”, explica.

O aposentado confesso que não conhecia muito Criolo, mas estava impressionado. “Ele tem umas músicas bem filosóficas, que mexem com a pessoa, né? Eu vou tentar seguir mais na internet, estou gostando muito”, conta.

Criolo relembrou que esteve em Corumbá em 2018, e que não pode ficar tanto tempo assim sem ser convidado.

A medida em que o público se acalorava diante do samba, o artista dizia que estava louco pra mandar um rap, e não se aguentou. A plateia agradeceu e foi à loucura ao ver e ouvir “Ainda há tempo”.

Fotógrafo, Leonardo Carmona confessa que ama as duas “versões” de Criolo. “Mas como eu acabei de ver o samba, já sentia saudades do rap. “Tanto que teve uma hora que ele puxou ‘Ainda há tempo’, aí eu fiquei pensando, se ele puxa, ‘Grajauex’ depois, assim, na sequência, meu Deus”…

Criolo deixou fãs de rap e de samba encantados e uniu um só coro quem canta de todo o coração:

“Antes de me despedir
Deixo ao sambista mais novo O meu pedido final
Não deixe o samba morrer
Não deixe o samba acabar
O morro foi feito de samba
De samba para gente sambar”.

Galeria de imagens disponível no site: https://www.festivalamericadosul.ms.gov.br/Geral/galeria-de-imagens/

Atenção imprensa POOL de imagens disponível: https://drive.google.com/file/d/1DmYgcnkw0y3qiQEyzMgRFQQaewdY7ny_/view?usp=sharing

FAS 2023

Tetê Espíndola e Orquestra de Maestro Martinelli brilham na Catedral em Corumbá

O sobrenome Espíndola é muito forte no Estado e por onde passa arrasta sua multidão.

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A Catedral de Nossa Senhora da Candelária teve o privilégio de receber uma das vozes mais angelicais de Mato Grosso do Sul, na manhã de sexta-feira (10). A combinação perfeita de um ambiente sagrado, com a sinfonia da Orquestra de Câmara do Pantanal, comandada pelo Maestro Eduardo Martinelli e o entoar da voz aguda de Tetê Espíndola abrilhantaram ainda mais o dia em Corumbá.

O sobrenome Espíndola é muito forte no Estado e por onde passa arrasta sua multidão. Não foi diferente no projeto Catedral Erudita, que reuniu um grande público de todas as idades, desde crianças a idosos. Os olhos brilhantes dos fãs estavam vidrados na artista, que abriu a apresentação com o sucesso ‘Cuñataiporã’, do seu irmão Geraldo Espíndola.

A artista já se apresentou em Corumbá muitas vezes, mas no Festival América do Sul é a primeira vez. Ela diz admirar a pluralidade que o evento traz. “Isso é uma responsabilidade, representar o som do local, do País, cada coisa diferente, cada um com a sua cultura. É muito importante, tomara que isso continue, cada vez melhor”.

Criador de Arte

O maestro Martinelli exaltou como é fundamental fazer arte em um festival tão grandioso como o FAS. “A arte, a criação artística, é uma coisa que a gente pode ver que, de toda a natureza, só o homem faz. Então, se a gente for pensar bem, é uma maneira do homem ser feito à imagem e semelhança do próprio Deus, que é um criador. Então, você vê o ser humano, através da sua arte, ele também se sente um criador, e a arte faz com que a gente se reconheça enquanto humanidade, enquanto espécie, enquanto povo”, enfatizou o maestro.

A apresentação de Tetê Espíndola e da Orquestra de Câmara do Pantanal encerrou com o sucesso ‘Escrito nas estrelas’. Quando a artista iniciou com os versos “Você pra mim foi o Sol / De uma noite sem fim / Que acendeu o que sou /E renasceu tudo em mim”, a plateia vibrou e cantou junto até o final, aplaudindo de pé o espetáculo.

Galeria de imagens disponível no site: https://www.festivalamericadosul.ms.gov.br/espetaculo-tete-espindola-e-orquestra-de-maestro-martinelli/,

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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FAS 2023

Festival América do Sul terá programação que vai ser uma miscelânea cultural

Nos quatro dias de festival, a América Latina, em meio a biodiversidade pantaneira, terá a oportunidade de respirar e pulsar Arte, Cultura, História, Esporte e muito mais

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A programação do Festival América do Sul 2023 traz uma rica diversidade que remete ao nosso coração latino. Na área de artes cênicas (dança, teatro e circo), já no 1º dia de festival, 9 de novembro, o público vai poder conferir o show de palhaçaria com Yoyo Sebastian Godoy, da Argentina, às 9 horas. Às 13h30 será a vez da Caravana Tapioca, grupo de circo, teatro, música e riso do Ceará. Já às 15h, será a vez do espetáculo de dança Be a Bach. Às 17h30, haverá o show de mímica Rapshody – Hugo Soares; às 18 horas Fronte[i]ras/Fracas[i]so – Clowns de Shakespeare, companhia do Rio Grande do Norte, e o Teatro de Los Andes, da Bolívia.

Haverá o cortejo de abertura, às 19h30, no formato de uma Diablada. A Diablada é uma dança tradicional de Bolívia criada em Oruro. Caracteriza-se pela máscara de demônio usada pelos dançarinos. A dança é uma mistura de apresentações teatrais dos espanhóis e cerimônias religiosas andinas tais como a dança Llama Llama em honra do deus uru das minas, lagos e rios, Tiw e o ritual dos mineiros aimarás para Anchanchu, um espírito das cavernas e de outros locais isolados.

Música

Na área de música, o Festival traz ao público atrações que revelam a diversidade de Mato Grosso do Sul e do nosso País. No dia 10, sexta-feira, 2º dia de Festival, se apresentará a cantora Tetê Espíndola com a Orquestra do Pantanal; às 19 horas, Lucas Gomes, de São Paulo, vai se apresentar no Casarão Cultural e, à 1h30, no Palco do Porto, se apresenta Moral Distraída, do Chile. As atrações musicais nacionais que vão se apresentar no Festival já estão confirmadas: Amado Batista no dia 9; Neguinho da Beija Flor, no dia 10; Criolo no dia 11 e Frejat no dia 12.

No dia 11, sábado, a pluralidade de culturas da nossa região será contemplada com diversas atrações. Às 9 horas, na Feira Livre de Ladário, apresentam-se o Coletivo Nopok com um espetáculo circense, a Orquestra Indígena e a Orquestra de Câmara de Santa Cruz, da Bolívia. Haverá diversas atrações circenses ao longo do dia, bem como durante todo o Festival. Na área de música, sobem ao palco do Casarão Cultural, às 18 horas, Luiz Meira, de Santa Catarina, e Vanessa Moreno, de São Paulo. Das 14 horas até a meia-noite, no Palco do Porto, o público poderá conferir a Batalha de break, MCs, ADL, Forid e Reilow.

No último dia do Festival, no domingo, dia 12 de novembro, às 9 horas, na Catedral Erudita, apresentam-se o Côro Lírico Cant’Arte e a Orquestra Sinfônica de Campo Grande. Logo depois, ainda na Catedral Erudita, será a vez do Papi Galan Trio. Às 15 horas, no Centro de Convenções, será apresentado o espetáculo El Cuarto de Los Espiritus, de Los Pantolocos, da Colômbia, e às 16 horas, na Praça da Independência, será a vez de Sebastian Godoy. Contemplado nosso Estado irmão de Mato Grosso, o Grupo de Dança e Canto da Cultura Popular Flor Ribeirinha (MT) se apresenta às 17h30 no Palco do Porto, seguido dos músicos bolivianos Alejandro e Rodrigo Huanca.

Artesanato

E para abrilhantar ainda mais a programação, durante todo o Festival, no Pavilhão dos Países, serão expostos e comercializadas peças artesanais de Mato Grosso do Sul e artesanatos internacionais da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela.

Serão ministradas oficinas de artesanato da técnica de modelagem utilizando as referências culturais da região do pantanal na confecção das peças. Os ministrantes são mestres reconhecidos pelo domínio de sua técnica artesanal, repassando os conhecimentos para domínio do grupo. As peças utilizarão as referências regionais e culturais com originalidade e criatividade no desenvolvimento dos produtos: aves, animais e casarios.

Nos quatro dias de festival, a América Latina, em meio a biodiversidade pantaneira, terá a oportunidade de respirar e pulsar Arte, Cultura, História, Esporte, Turismo e Cidadania, gerando integração, troca de conhecimento e valorização do potencial humano com sustentabilidade econômica e social, chamando a atenção para o respeito e cuidado com a natureza e com o meio em que vivem.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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FAS 2023

TBT: Em sua 17ª edição, Festival faz parte da história cultural de Corumbá

Neste ano, o evento será realizado entre os dias 9 e 12 de novembro, em Corumbá.

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O Festival América do Sul chega a sua 17° edição. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 9 e 12 de novembro, em Corumbá.

Trazendo culturas divergentes, unindo os povos e movimentando a Avenida General Rondon e o Porto Geral da Cidade Branca, o evento tornou-se um marco da região, e a expectativa de público para este ano é de 140 mil pessoas nos quatro dias.

O FAS produz ações que contribuem para a valorização da diversidade cultural e a promoção de debates de temas relativos à cidadania, meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Além disso, é um espaço onde os artistas podem mostrar seu trabalho e expressar seus sentimentos por meio da música, poesias e artesanatos.

A exemplo disto, o festival dá espaço à cultura das ruas através da Batalha do Porto, que faz parte do evento desde 2019 com disputas de danças e rimas. A Mc La Brysa, de Dourados, foi campeã na batalha de rima em 2022 e recorda dos bons momentos que viveu em Corumbá.

“Eu amei demais o evento. Não só o evento em si, mas toda a vivência que a gente teve dentro da batalha, tanto na de MCs quanto na batalha de All Style (dança). A quantidade de mulheres e LGBTs que tinham também me deixou muito feliz. Eu nunca tinha ido a Corumbá, achei a cidade muito linda e a gente foi super bem recebido.”

La Brysa também lembra de outro momento que marcou sua passagem no FAS 2022 após vencer a Batalha do Porto. “Quando eu ganhei, veio um monte de criança me abraçar. Tinha muita criança assistindo o festival, muitas famílias também e foi muito ‘da hora’ ver a molecada crescer com isso”.

A MC reflete sobre a importância do Festival levar as batalhas para um palco tão importante. “É muito importante porque, crendo ou não, a gente ainda é muito marginalizado. A cultura já salvou muitas vidas das drogas, do crime. E levar isso para um público, de certa forma, leigo, que não entende a nossa visão, é muito importante para abranger realmente aonde a gente precisa estar”.

Na memória mais recente do festival, também participaram da edição passada a banda de reggae Rockers Sound System. Diego Manciba, um dos membros do grupo, recorda das vivências e do público que interagiu de forma surpreendente.

“Participar do Festival América do Sul foi uma experiência incrível e fundamental para nós, do Rockers Sound System. Levar a cultura do reggae para um Festival tão renomado é mais do que uma simples apresentação, é uma oportunidade de compartilhar as vibrações positivas e a mensagem de respeito, união e autenticidade que o reggae representa.”

Diego também conta que o evento proporcionou um palco significativo para difundir a paixão pelo reggae e celebrar a riqueza da cultura periférica que tanto os inspira. “O Festival foi uma etapa significativa em nossa jornada para espalhar essas mensagens positivas por meio da linguagem universal da música. E acho importante falar também que foi uma oportunidade valiosa para quebrar estereótipos e combater a marginalização muitas vezes associada ao reggae”.

Nascido e criado em Corumbá, João Gabriel Nascimento frequenta o FAS desde as primeiras edições, quando ainda tinha 14 anos de idade, e conta as experiências que viveu no evento. “Minha mãe me levava para alguns shows, oficinas, peças, na época eram dez dias de festival e eu preenchia meu tempo com todas as atividades que podia ir. Eu cheguei a ver palestras com o MV Bill, peças da Argentina, Uruguai, Bolívia, e daqui do País, Estado e cidade, cortejo do Cordel do Fogo Encantado, oficinas de malabares, audiovisual e graffiti.”

João, que gosta de participar da maioria das atividades proporcionadas pelo FASP, relata que a atmosfera da cidade se transforma quando o festival se aproxima. “Eu sinto que muda o clima da cidade porque traz para nós acesso a manifestações culturais e artísticas que fogem do nosso cotidiano. Embora Corumbá seja uma cidade essencialmente folclórica e expressiva nas suas manifestações culturais e tradicionais, quando rola um festival do porte do América do Sul é como se a gente pudesse potencializar essas manifestações mostrando para quem vem de fora, recebendo e tendo acesso às culturas que os outros países trazem para cá. Uma troca bem bacana, bem vivida eu diria porque costumo aproveitar cada atividade que é proporcionada”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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