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Com foco na prevenção, ações voltadas à saúde mental são desenvolvidas em presídios de MS

Homens e mulheres que cumprem pena participam desde palestras educativas à dinâmicas em grupo e rodas de conversa

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No Brasil, estima-se que em cada 100 pessoas pelo menos 30 delas tenham ou venham a ter problemas de saúde mental. Nesse contexto, ações são desenvolvidas em unidades penais de Mato Grosso do Sul. Homens e mulheres que cumprem pena participam desde palestras educativas à dinâmicas em grupo e rodas de conversa.

As iniciativas visam incentivar a prevenção de doenças, incluindo os transtornos mentais mais comuns, como depressão, ansiedade e pânico; e foram intensificadas durante a Campanha do Janeiro Branco, no último mês, visando construir, fortalecer e disseminar a cultura da saúde mental e emocional dos indivíduos.

Para o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, ações que visem a melhoria da saúde mental são indispensáveis e devem ser fortalecidas. “E essa atenção deve ir além da população carcerária, também é necessário ser promovida com os servidores e colaboradores”, destaca.

Auriculoterapia realizada no EPFIIZ.

Na capital, por exemplo, no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”, foi realizada aplicação de Auriculoterapia para ansiedade, com cinco participantes no projeto desenvolvido pelas policiais penais Liliane Amarilha (assistente social) e Liléia Leite (psicóloga). Esse trabalho terá continuidade no decorrer do ano, buscando abranger o maior número de internas, com escuta ativa e ênfase na saúde emocional. A técnica consiste na utilização de pontos nas orelhas para tratamento de diversos sinais e sintomas comuns em diferentes patologias e atua no âmbito físico, mental e emocional do paciente.

Já na unidade feminina de regimes semiaberto e aberto de Campo Grande, as mulheres participaram de palestra sobre violência psicológica e reflexão. Além de oficinas de relacionamento interpessoal em parceria com a Subsecretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, e dinâmica sobre a expectativa de futuro e novos desafios. Um trabalho em grupo também foi realizado e contou com a presença da professora de yoga, Fabrícia Bento Sampaio, que proporcionou momentos de relaxamento e meditação.

Utilizadas como fonte de bem-estar, músicas foram transmitidas aos reeducandos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II através do sistema de autofalantes, abrangendo todos os pavilhões, e, ao final, mensagens de reflexão e ações práticas a serem desenvolvidas em favor da saúde mental foram repassadas.

Palestras ministradas aos reeducandos da capital.

Além disso, cinco sessões de cinema foram realizadas com a transmissão do filme “Demolição”, que aborda as dificuldades do ator em expressar as emoções e ter estratégias para o enfrentamento assertivo frente a sua dor. No final foi falado sobre a inteligência emocional e a importância para a saúde mental. Ao todo, 100 internos participaram. Palestras alusivas também abrangeram reeducados da Gameleira I.

Já no Módulo de Saúde do Complexo Penitenciário, palestra alusiva foi ministrada sobre como manter a saúde mental, principais problemas de saúde, como procurar ajuda e, ao final, foram entregues informativos impressos.

Interior

Em Aquidauana, reeducandos que atuam no projeto de Remição pela Leitura participaram de uma roda de conversa sobre conflitos e distanciamento do homem com a alma e o espírito. Além disso, foram abordadas estatísticas crescentes de pessoas com depressão, crises de ansiedade, fobias e síndrome do pânico. Desta forma, foi reforçada a necessidade de busca por profissionais da área e prática de leitura, o que ajuda a superar as doenças da mente.

Penitenciária Estadual de Dourados.

Já em Dourados, o setor psicossocial da Penitenciária Estadual ministrou palestras nos pavilhões, no intuito de abranger o maior número de presos. Para as mulheres em regime semiaberto, foi feita apresentação sobre a temática Saúde Mental pela doutora em Psicologia, Silvia Mara Paliuzo Muraki.

A importância do autoconhecimento e de uma rotina saudável, mesmo com limitações na situação prisional, foi bordada com internos do Estabelecimento Penal de Paranaíba. Ao final, foram distribuídos folders informativos a todos.

Estabelecimento Penal Feminino de São Gabriel do Oeste.

Em São Gabriel do Oeste, a psicóloga Sabrina Batista Mamede ministrou palestra às reeducandas em regime fechado, visando alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional das privadas de liberdade, partindo da prevenção das doenças decorrentes do estresse, ansiedade, depressão e pânico.

Foram abordados diversos assuntos, compartilhando suas vivências e gatilhos mentais com a profissional, que realizou escuta assistida e fez orientações quanto à importância de um acompanhamento psicológico.

No Estabelecimento Penal de Três Lagoas, a campanha alusiva ao Janeiro Branco contou com palestras e distribuição de panfletos informativos nos pavilhões. E no presídio feminino, o evento teve a participação de representantes da Igreja Quadrangular.

Atenção aos servidores

Ações voltadas aos policiais penais também fazem parte dos trabalhos promovidos pela Agepen, em especial por meio do Núcleo de Atenção Psicossocial ao Servidor Penitenciário, além de atividades realizadas diretamente pelas administrações dos presídios, como é o caso do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. Na unidade, também é desenvolvido projeto voltado à qualidade de vida dos profissionais com atividades de terapia ocupacional, iniciativa que ganhou destaque nacional este mês. A unidade também promove palestras e rodas de conversas com os servidores.

Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Nesse mesmo sentido, “a primeira meta é cuidar da gente mesmo” foi tema de ações voltadas aos policiais penais da Penitenciária Estadual de Dourados, durante o “Janeiro Branco”,  com palestras realizadas pelas psicólogas Jhuliane Rodrigues Ferreira e Joslaine dos Santos Nunes. Também foram entregues mensagem e chocolate com a divulgação da importância dos cuidados com a saúde mental.

“Um policial penal mentalmente saudável compreende que não existe a perfeição e que todos os seres humanos possuem limites. Isso melhora o relacionamento interpessoal, aperfeiçoa a percepção da perspectiva de mudança da própria instituição”, destaca o diretor da PED, Rangel Schveiger.

A campanha também foi voltada aos servidores da Penitenciária da Gameleira II, onde a ação contou com a participação do doutor em Psicologia José Ricardo Nunes e a Banda do Corpo de Bombeiros Militar de MS. Atividade semelhante também foi realizada na Gameleira I.

As iniciativas voltadas à saúde mental nas unidades prisionais da Agepen são coordenadas pela Diretoria de Assistência Penitenciária e desenvolvidas com apoio das direções e setores psicossociais dos presídios.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Especial de Dia das Mães, 21ª Feira Artesão Livre inicia nesta terça-feira de forma presencial e online

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Peças artesanais confeccionadas por pessoas privadas de liberdade em Mato Grosso do Sul estarão à venda na 21ª edição da Feira Artesão Livre – Especial Dia das Mães. O evento será realizado de 6 a 8 de maio, das 13h às 17h, no Fórum de Campo Grande, localizado na Rua da Paz, nº 14 – Jardim dos Estados.

Acesse o grupo pelo QR Code acima.

Além da exposição física, haverá comercialização online, por meio de um grupo de WhatsApp (clique aqui), ampliando o alcance da iniciativa e facilitando o acesso do público interessado. São produtos como amigurumis e bolsas de crochê, panos de prato, tapetes, sousplat, toalha de chá bordadas e, como novidade desta edição, os pesos de porta; tudo produzido com criatividade, dedicação e o desejo de recomeçar.

O objetivo é promover a ressocialização por meio do trabalho e oportunizar uma fonte de renda digna para os reeducandos. A feira é resultado de uma parceria entre a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e o Ministério Público Estadual, por meio de sua 50ª Promotoria de Justiça, com o apoio do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Conselho da Comunidade, Instituto Ação pela Paz e Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP.

Ao todo, 66 reeducandos participaram da confecção das mais de 300 peças que serão expostas durante a feira. Dentre as unidades penais participantes estão da capital e do interior do estado.

A iniciativa reforça a importância de projetos que vão além da custódia, investindo em ações transformadoras. “É uma oportunidade de capacitação, geração de renda e fortalecimento da autoestima para quem cumpre pena, colaborando diretamente com o processo de reintegração social e redução da reincidência criminal”, destaca o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini.

O valor arrecadado com as vendas é revertido para os próprios autores das peças, seguindo critérios estabelecidos pela Lei de Execução Penal, que permite o trabalho remunerado de detentos.

A feira tem se consolidado como uma vitrine do potencial artístico e produtivo de homens e mulheres em situação de prisão, além de ser uma excelente opção de presente com significado social para o Dia das Mães e o Natal (época em que a feira acontece também). Os trabalhos são coordenados pela Diretoria de Assistência Penitenciária da Agepen, por meio de sua Divisão do Trabalho Prisional.

Comunicação Agepen

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Presídios de Mato Grosso do Sul recebem 7ª fase da Operação MUTE

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Unidades prisionais de Mato Grosso do Sul estão passando por vistorias rigorosas esta semana como parte da sétima fase da Operação Mute. A ação, coordenada pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, acontece em todo o território nacional e tem como principal objetivo combater a comunicação entre organizações criminosas dentro das unidades prisionais, contribuindo para a redução da violência nas ruas.

inspeções são organizadas pela Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e pela DOP (Diretoria de Operações) da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). A operação também conta com a participação de operacionais do COPE (Comando de Operações Penitenciárias) e a supervisão de um representante da Senappen.

Durante a operação, policiais penais realizam revistas minuciosas em celas e pavilhões em busca de aparelhos celulares, frequentemente utilizados por criminosos para coordenar atividades ilícitas de dentro das prisões. Além das buscas por dispositivos móveis, em alguns estados também estão sendo realizadas ações para recapturar foragidos da Justiça.

A Operação Mute é considerada a maior já realizada pela Senappen, tanto pelo número de estados participantes quanto pela quantidade de policiais penais federais e estaduais envolvidos. No total, mais de 20 mil agentes estão atuando em mais de 500 unidades prisionais em todo o Brasil, onde estão custodiadas mais de 400 mil pessoas privadas de liberdade.

Impactos da comunicação ilícita no sistema prisional

A comunicação entre detentos por meio de celulares tem sido um dos principais desafios para a segurança pública no país. Para enfrentar essa problemática, a Dipen (Diretoria de Inteligência Penitenciária), da Senappen, propõe não apenas a Operação Mute, mas também a implementação de rotinas e procedimentos específicos nos estabelecimentos prisionais, alinhados com as estratégias das inteligências penitenciárias estaduais, como vem ocorrendo em Mato Grosso do Sul. Essas ações têm mostrado impacto direto na redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais no Brasil.

Somando os resultados das seis fases anteriores da Operação Mute, a expectativa é de que, ao fim desta sétima fase, o número de celulares apreendidos chegue a seis mil unidades no país. A ação se destaca como um dos principais esforços no combate ao crime organizado dentro das prisões e na tentativa de reduzir a violência nas ruas.

Com a continuidade dessas ações, a expectativa é de que o controle sobre as comunicações ilegais dentro dos presídios seja cada vez mais eficaz, garantindo maior segurança para a população brasileira.

Com informações da Senappen.

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Em 18 meses, Polícia Penal de MS realiza mais de 21 mil escoltas e garante segurança em 40 unidades prisionais

A cada dia, homens e mulheres enfrentam desafios complexos para garantir a segurança dentro e fora dos presídios

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Em um cenário de constante desafio, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul, se destaca pela sua atuação incansável na garantia da segurança pública. Nos últimos 18 meses, a instituição apresentou números expressivos, que demonstram o seu compromisso com a sociedade.

Com mais de 21 mil escoltas realizadas, 8.875 transferências e progressões, e 2.800 custódias hospitalares, os policiais penais atuam como verdadeiros guardiões da ordem nas 40 unidades prisionais do estado.

A cada dia, homens e mulheres enfrentam desafios complexos para garantir a segurança dentro e fora dos presídios. As escoltas, que envolvem o transporte de presos para audiências judiciais, consultas médicas e outros procedimentos, são uma das principais atividades desenvolvidas pelos profissionais. Além disso, as transferências e progressões penais exigem um planejamento rigoroso e uma equipe altamente qualificada.

As custódias hospitalares também representam um desafio significativo, pois exigem que os policiais penais acompanhem os presos durante o tratamento médico, garantindo a segurança tanto do paciente quanto dos profissionais de saúde e população em geral.

Outro aspecto importante da atuação da Polícia Penal é o monitoramento eletrônico. Nos últimos 18 meses, foram realizadas 1.387 inspeções in loco em monitorados por tornozeleiras, o que demonstra o compromisso da instituição em garantir o cumprimento das medidas alternativas à prisão. Além disso, 157 mandados de prisão foram cumpridos e mais de 2,8 mil deslocamentos foram realizados, prestando relevantes serviços à justiça de Mato Grosso do Sul.

Desafio da custódia

Com pouco mais de 18 mil custodiados em presídios e 3,7 mil monitorados eletronicamente, a Polícia Penal de Mato Grosso do Sul enfrenta o desafio de garantir a segurança em um sistema prisional cada vez mais complexo.

Para o diretor-presidente da Agepen em substituição legal, policial penal Flávio Rodrigues Marques, os números apresentados demonstram a importância do trabalho da Polícia Penal para a segurança pública de Mato Grosso do Sul.

“Nossos policiais penais são profissionais dedicados e qualificados continuamente pela Escola Penitenciária, que atuam em condições adversas para garantir a ordem e a justiça. É fundamental fortalecer a parceria entre a Agepen, sociedade civil e os demais órgãos do sistema de justiça para a construção de uma sociedade cada vez mais segura”, destacou Flávio, que atua como diretor de Operações da agência penitenciária.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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