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Verde / Sustentável

Com foco na preservação do Pantanal, especialistas avaliam situação das áreas úmidas de MS

Entre as 23 metas globais acordadas durante a COP15 estão: proteção de 30% da biodiversidade e das funções dos ecossistemas do Planeta;

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A Conferência da ONU para a Biodiversidade (COP15) realizada em dezembro de 2022 em Montreal, Canadá, estabeleceu 23 metas globais a serem cumpridas até 2030 e quatro objetivos que precisam ser concretizados ainda na primeira metade do século por todas as nações. O Brasil está entre os mais de 200 países que concordaram em perseguir essas metas e objetivos, com objetivo de proteger e restaurar a natureza, garantindo seu uso sustentável e estimulando uma economia global verde.

O Marco Kunming-Montreal, como é conhecido o conjunto de metas e objetivos traçados durante a COP15, foi tema de Seminário realizado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com a Abema (Associação Brasileira de Entidades Ambientais), nessa quinta-feira (26), em Campo Grande. Pesquisadores apresentaram estudos que mostram a situação das áreas úmidas, da biodiversidade e dos recursos hídricos de Mato Grosso do Sul e das regiões circunvizinhas, fornecendo subsídios para o desenvolvimento de medidas e políticas públicas no sentido de buscar atingir as metas e objetivos propostos na COP15.

Entre as 23 metas globais acordadas durante a COP15 estão: proteção de 30% da biodiversidade e das funções dos ecossistemas do Planeta; anular a perda de áreas de alta importância para a biodiversidade, incluindo ecossistemas de alta integridade ecológica, como é o caso do Pantanal; restauração de 30% dos ecossistemas terrestres e marinhos degradados; interrupção da extinção de espécies ameaçadas induzida pelo homem; uso, colheita e comércio de espécies silvestres sustentáveis, seguros e legais.

O cumprimento dessas metas até 2030 seria capaz de levar o Planeta a atingir pelo menos quatro objetivos globais ambiciosos, que são: manutenção, melhoria ou restauração da integridade, conectividade e resiliência de todos os ecossistemas, incluindo a interrupção da extinção induzida pelo homem e a manutenção da diversidade genética; uso sustentável da biodiversidade; compartilhamento justo e equitativo de benefícios associados ao uso de recursos da natureza e proteção do conhecimento das comunidades tradicionais e indígenas; e a garantia de que recursos financeiros, técnicos e conhecimento científico destinados à implementação de ações cheguem onde são necessários.

Seminário

O 1° Seminário Estadual sobre Áreas Úmidas no Contexto Kunming-Montreal reuniu no auditório LivingLab do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) dezenas de especialistas e interessados na temática, tendo sido também foi transmitido pelo Youtube, em que chegou a atingir 243 visualizações. O secretário executivo de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Artur Falcette, fez a abertura destacando a importância do debate para subsidiar o poder público e a sociedade na tomada de decisões assertivas e eficientes, diante do quadro de alterações graves nas condições climáticas que interferem diretamente na dinâmica dos ecossistemas das áreas úmidas.

A seguir, cinco palestrantes trouxeram suas contribuições para o tema: os professores doutores Arnildo Pott, Sylvia Torrecilha, Verônica Maioli, Fábio de Oliveira Roque e Paulo de Tarso. Pott traçou um panorama da situação das áreas úmidas presentes no Estado, citando as fitofisionomias dessas áreas e da biodiversidade que abrigam. Torrecilha detalhou os acordos firmados na COP15 e as ações que Mato Grosso do Sul já tem adotado e que estão sendo desenvolvidas nesse sentido.

Citou como exemplos a implantação do PSA (Programa de Serviços Ambientais) Usos Múltiplos Rios Cênicos, que recompensa ações de sustentabilidade adotadas por proprietários rurais estabelecidos nas bacias dos rios Prata, Formoso, Salobra e Bertione. Também o inventário climático de emissões dos GEEs (Gases causadores do Efeito Estufa) por todas as atividades econômicas e o PSA específico para o Pantanal que está em elaboração. “Mato Grosso do Sul tem papel precursor e de liderança nesse processo”, assegurou Torrecilha.

Verônica Maioli apresentou estudos que mostram as condições das áreas que concentram as cabeceiras dos principais cursos d´água que correm para o Pantanal e que revelam graus preocupantes de degradação, demandando um esforço ampliado para recuperação. Já Fábio Roque centrou-se nas potencialidades ambientais e econômicas da região e afirmou que, apesar da quantidade razoável de estudos científicos sobre o tema, ainda faltam conexões dos aspectos econômicos, sociais e da biodiversidade locais com iniciativas e políticas públicas.

O último palestrante, Paulo de Tarso, apresentou o vínculo entre água, energia e alimentos que reconhece as interconexões entre os sistemas hídrico, energético e alimentar como uma estratégia integrada que seja eficiente e sustentável, propondo que isto ocorra dentro de processos de governança. Trouxe um panorama da situação dos recursos hídricos, revelando problemas e apontando medidas capazes de mitiga-los. Tarso demonstrou estudo que revela a interconexão entre os rios e os aquíferos e a importância do manejo adequado do uso e cobertura da terra para a manutenção dos serviços ecossistêmicos providos pelas áreas úmidas.

Fazendo uma síntese das discussões, o secretário executivo Artur Falcette afirmou que o seminário forneceu subsídios técnicos e científicos para que as iniciativas e políticas públicas possam ser conduzidas de forma mais assertivas, “frente às metas ambiciosas e desafiadores no combate a perda de biodiversidade, das funções ecológicas e dos serviços ecossistêmicos”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Verde / Sustentável

Atenção: pecuaristas devem atualizar cadastro de rebanhos na Iagro até o dia 30 de novembro

O objetivo é atender as ações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, rumo a obtenção da área livre de aftosa sem vacinação.

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A campanha de atualização dos rebanhos no MS termina no 30 novembro. A atualização é obrigatória para todos os produtores rurais com animais de produção de qualquer espécie sob sua guarda.

De acordo com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO),  a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) somente poderá ser realizada após a realização da declaração, com exceção da movimentação de animais para abate nos frigoríficos. E a Iagro informa que não haverá prorrogação do prazo.

O objetivo é atender as ações estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, rumo a obtenção da área livre de aftosa sem vacinação.

“O documento assegura a manutenção do status sanitário do nosso rebanho e atender aos mais altos padrões de qualidade”, explica o presidente da Iagro Daniel Ingold.

Ele salienta que a atualização cadastral é feita em duas campanhas, nos meses de maio e agora em novembro. Nestes períodos os produtores devem fazer a atualização dos dados cadastrais e de seus rebanhos.

A declaração é obrigatória para criadores de bovinos, bubalinos, galinha, galinha-d’angola, ganso, marreco, pato, peru, ratitas, perdiz, aves não destinadas à produção de carne ou ovos (ornamentais/silvestres), codorna, suíno, caprino, ovino, equino, asinino, muar, abelha, bicho da seda e animais aquáticos.

A Iagro disponibiliza um telefone para retirar as dúvidas dos produtores por meio do 0800-647 67 13.

Notificações

A Iagro também informa que qualquer notificação de suspeita ou ocorrência de doença em animais deve ser informada ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). Isto vale aos cidadãos, organização ou instituição que tenham animais sob sua responsabilidade.

Ingold ressalta que quanto mais cedo o serviço veterinário toma conhecimento de suspeita de doenças em animais, mais ágil é a intervenção, evitando um problema mais grave.

COMO NOTIFICAR?

Emergência Sanitária ou denúncias

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Sustentabilidade: florestas plantadas em MS contribuem para a meta de carbono neutro

Pesquisadora local conduziu estudo, financiado pela Fundect, que aponta para tal situação

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A engenheira agrônoma Larissa Pereira Ribeiro Teodoro participa de uma pesquisa inédita financiada pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) e que revela a contribuição que florestas plantadas de eucalipto podem dar para que Mato Grosso do Sul alcance a meta de ser carbono neutro até 2030. O estudo  também confirma que a diversidade microbiológica do solo não é afetada pela cultura.

Este resultado gerou um artigo, que projetou o Mato Grosso do Sul em uma das revistas científicas mais importantes da Europa.

“Após dois anos de estudo, novamente se comprovou que a cultura de eucalipto emitiu menos CO2, quando comparado aos outros usos também avaliados e de forma similar à mata nativa. Isto é um resultado muito importante quando a gente pensa em termos de estratégias econômicas, que aliam economia e sustentabilidade para o Estado”, avalia a pesquisadora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), no campus Chapadão do Sul.

Outra informação importante indicada pelo estudo que a doutora em Genética e Melhoramento participa diz respeito à diversidade microbiológica do solo.

“Muitos defendem que culturas agrícolas podem afetar e diminuir a diversidade microbiológica do solo. O que seria algo extremamente maléfico para o meio ambiente, até porque os microrganismos fazem parte de todo esse balanço de carbono. Porém, foi observado [na cultura de eucaliptos] que a diversidade é muito similar a áreas que nunca sofreram antropização como a uma mata nativa. Ou seja, sem ação humana sobre a natureza”.

A pesquisadora ainda enfatiza a importância da preservação de áreas nativas.

“A vegetação nativa é de extrema relevância para a biodiversidade e também para alcançarmos as metas de neutralidade de carbono. Nossos resultados visam contribuir para criar estratégias mais sustentáveis dentro do setor agropecuário e florestal, substituindo sistemas de produção com maior emissão de carbono, como pastagens degradadas, ou aumentar as áreas em sistemas de integração pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta. Todos caminhos promissores”.

O projeto

O projeto, financiado pela Fundect é liderado pelos professores Paulo Teodoro, da UFMS, e Carlos Antonio Silva Junior, da Unemat/Sinop (Universidade do Estado de Mato Grosso).

Muito elogiado por especialistas, o estudo foi publicado no periódico Journal of Cleaner Production, que é publicada pela editora holandesa Elsevier, especializada em conteúdo científico e sustentável, técnico e médico. O artigo científico na revista projetou Mato Grosso do Sul como sendo pioneiro em elaboração de estratégias de mitigação de gases de efeito estufa.

Recentemente, Larissa Ribeiro recebeu um prêmio Fundação Bunge, considerado um dos mais prestigiados reconhecimentos de mérito científico do Brasil na área de agropecuária. Ela venceu na categoria Juventude. A premiação foi conquistada pelo trabalho da pesquisadora em diversos projetos, incluindo o intitulado ‘Predição do fluxo de CO2 e desempenho fisiológico de soja utilizando aprendizagem de máquina e sensor hiperespectral’, desenvolvido com o apoio da Fundect.

Veja neste link o artigo (em inglês) publicado na revista científica.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Piracema: reforço da fiscalização no feriado termina com prisões e apreensão de materiais

. A fiscalização também se estendeu ao sul do Estado, como na região do Porto Vilma e Ipezal, no município de Deodápolis.

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As ações de fiscalização ambiental foram intensificadas em Mato Grosso do Sul durante o feriado prolongado da Proclamação da República, com  PM (Policia Militar), PMA (Polícia Militar Ambiental) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) promovendo barreiras e patrulhas em diversas regiões do Estado, visando proteger os recursos pesqueiros durante o período de defeso.

Empregando tecnologias de georreferenciamento por meio do sistema SIGIA, drones com câmeras termais e monitoramento OVN, foi possível identificar pontos de difícil acesso, fortalecendo o combate às práticas ilegais. Barreiras estratégicas foram montadas em rodovias e pontos de comercialização de pescado, com ações educativas e repressivas.

Durante o feriado, barreiras foram realizadas conjuntamente pela PMA e pelo Imasul na BR-262, próximo a Terenos, e no posto Taquarussu, em Aquidauana. A fiscalização também se estendeu ao sul do Estado, como na região do Porto Vilma e Ipezal, no município de Deodápolis.

Além de fiscalizar, também as ações tiveram foco educativo, alertando sobre as restrições ambientais, especialmente com a aproximação das festas de fim de ano e aumento de turistas no Estado. Ao todo foram abordadas 628 pessoas, sendo que seis foram encaminhadas para a delegacia e diversos materiais de pesca e até armas de fogo foram apreendidos.

As unidades da PMA apreenderam 48 molinetes, nove varas de pesca, 24 anzóis de galho, três tarrafas, cinco redes de pesca e cinco armas de fogo em 249 pontos de fiscalização georreferenciados conforme previsto no plano estratégico. Também foram fiscalizados 68 estabelecimentos comerciais e 27 pesqueiros e ranchos, resultando em multas que somaram R$ 23.314 e na apreensão de 680,38 kg de pescado irregular.

Flagra em ‘incluencers’

Um caso chamou atenção na região de Rochedo próximo a confluência do rio São João com o Aquidauana, onde quatro homens foram flagrados praticando pesca irregular no rio Aquidauana. Eles alegaram estar produzindo conteúdo para redes sociais e canais no YouTube. Detidos, eles receberam multa de R$ 2.800,00 e foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Rochedo.

Também foram fiscalizados 68 estabelecimentos comerciais e 27 pesqueiros e ranchos, resultando em multas que somaram R$ 23.314 e na apreensão de 680,38 kg de pescado irregular, sendo a maior apreensão no bairro Jupiá, em Três Lagoas, onde foram confiscados 393,68 kg de pescado irregular.

A Polícia Militar, em ações paralelas, resgatou dois papagaios e um tucano em situação de maus-tratos nas regiões de Bela Vista e Aquidauana. Os responsáveis foram autuados em R$ 6.000 e os animais encaminhados ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).

Fique atento às regras durante o defeso

BACIA DO RIO PARAGUAI

– Pesca de subsistência: Permitida para populações tradicionais, com limite de 3 kg ou um exemplar por dia, exclusivamente para consumo.

– Pesca científica: Autorizada mediante permissão ambiental.

– Pesca esportiva (pesque e solte): Permitida a partir de 1º de fevereiro de 2025

BACIA DO RIO PARANÁ

– Pesca em reservatórios: Permitida para captura de espécies exóticas ou híbridas, com cota de 10 kg mais um exemplar.

– Regras específicas: Proibida a menos de 1.500 metros de usinas hidrelétricas.

– Equipamentos autorizados: Linha de mão, vara, anzol, molinete ou carretilha com iscas naturais ou artificiais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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