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Operação Pantanal 2024

Chuva de 20 mm chega a várias regiões do Pantanal e ajuda a controlar incêndios florestais em MS

Fumaça densa reduziu visibilidade e impediu combate aéreo, além de atrapalhar tráfego na BR-262

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Com chuva desde a madrugada desta quinta-feira (8), as áreas com incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, tiveram redução da temperatura e em alguns pontos houve o controle e até a extinção das chamas. Nas regiões de Albuquerque, Miranda e Abobral a chuva colaborou para o controle dos focos. Já na fazenda Santa Clara, mesmo com a queda na temperatura e bastante orvalho, o vento continua e é um risco diante da permanência do fogo.

Na fazenda Cáceres a temperatura também caiu e o fogo está controlado. No Nabileque houve queda de temperatura e garoa. O fogo também está controlado na fazenda Tupanceretã, onde um caminhão em chamas provocou o incêndio florestal de grande proporção há duas semanas, atingindo mais de 270 mil hectares. Lá, a temperatura caiu e o tempo está fechado, com indícios de chuva. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros ainda atua na região do Porto da Manga.

“Ontem (7) ao meio-dia fez 37,3°C em Corumbá, mas agora [às 10h desta quinta] está 16°C. A última chuva significativa no município aconteceu em 16 de abril, então são praticamente quatro meses de muita seca. Hoje conforme a atualização do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) já são 20 mm acumulados”, explica a coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Valesca Fernandes.

Valesca é meteorologista e está à frente do Cemtec, órgão do Governo de Mato Grosso do Sul vinculado à Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) que é responsável pelas previsões do tempo diárias, semanais e prognósticos de períodos maiores – como a previsão já em fevereiro deste ano sobre o longo período de seca que seria enfrentado em todo o Estado, em especial na região pantaneira.

O trabalho do Corpo de Bombeiros na quarta-feira (7) foi amplo, dividido em várias localidades. Uma delas foi a região do Salobra, às margens da BR-262 e entre os municípios de Miranda e Corumbá. Ali, atuaram oito equipes de bombeiros de Mato Grosso do Sul, além dos bombeiros do Paraná que auxiliam na Operação Pantanal 2024.

A área onde as chamas eram mais intensas, ao longo de aproximadamente 15 quilômetros, foi onde os trabalhos se concentraram. Com o auxílio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), o tráfego de veículos ficou suspenso em ambos os lados da via. Enquanto bombeiros e equipes do Ibama/Prevfogo atuavam para conter as chamas, a rodovia foi tomada por fuligem e fumaça.

“O incêndio florestal no Pantanal sul-mato-grossense atingiu as margens da rodovia. As nossas equipes fizeram a segurança e o combate. Se você precisar trafegar por aqui, muita atenção. Está extremamente perigoso”, explica a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul.

Os ventos fortes na região, acima de 50 km/h, intensificaram a propagação das chamas. A situação climática extrema impossibilitou a atuação das aeronaves no trabalho.

“Para a proteção das pessoas que trafegam na rodovia foi necessário fazer farias interrupções do tráfego. Fizemos o combate direto, com veículos autotanque e com autobomba tanque florestal”, comenta o capitão do Corpo de Bombeiros, Hamad Pereira, que coordenava as equipes em solo.

A força do vento, altas temperaturas e a fumaça muito densa dificultaram não só o combate ao fogo, mas também a respiração da população e dos combatentes, além da visibilidade.

Fumaça encobrindo o solo e impedindo identificação de locais com fogo (Foto: Natalia Yahn)

Combate aéreo comprometido

Cada vez mais os incêndios florestais se intensificam diante da situação climática, cenário que deve persistir nos próximos meses. Fora isso, a intensificação dos ventos é um fator negativo também para o combate aéreo, dificultando todo o trabalho considerado crucial para as equipes em terra no enfrentamento às chamas, que avançam com mais força.

“Estamos em um período mais crítico. Os meses de agosto e setembro são de estiagem que, nesse ano, a tendência é bem mais severa, com baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e a velocidade do vento acima de 50 km/h”, disse a tenente-coronel.

Inoue completa ainda que além das chamas de atingem a vegetação, a fumaça densa também se torna um elemento de perigo muito grande. “As nossas aeronaves ficam impossibilitadas de efetuar aqueles lançamentos de água nas linhas de fogo, porque a fumaça densa não dá visibilidade para os pilotos. Então, nesse momento, todos os nossos combates estão com a equipe de solo fazendo o combate direto”, conclui a oficial sul-mato-grossense.

“Devido ao vento e o incêndio ao norte de Corumbá, a fumaça acabou condensando. Nestes casos a gente tem que voar mais baixo, reduzido. Os aviões de combate a incêndio, nesse momento, não conseguem voar, ficam em solo diante dessa condição. De todo o período que a gente está aqui, talvez esta quarta foi o pior dia, pois juntou esses fatores de vento, temperatura e essa quantidade de fumaça bastante expressiva”, revela Cassius Marodin, piloto que atua na CGPA (Coordenaria Geral de Policiamento Aéreo).

Tenente-coronel e piloto da PM (Polícia Militar) do Estado, Amador Colletes conta que o combate a incêndio exige voo diferenciado e os fatores citados acabam influenciando no voo.

“A alta temperatura, a densidade e a visibilidade, isso tudo é alterado por questões do fogo. Faz com que o piloto tenha que ter uma atenção redobrada, porque voamos um pouco mais baixo e mais lento. Precisamos tomar cuidado com as aves. Isso gera uma maior preocupação. Nós temos as aeronaves de combate e incêndio, também tem o recurso do ‘helibalde’ quando a gente utiliza o helicóptero. Esse tipo de aeronave facilita para chegar próximo a esses pontos de incêndio”, complementa o piloto da PM de Mato Grosso do Sul.

Trabalho contínuo

Com apoio da Força Nacional e de bombeiros de diversos estados do Brasil, o trabalho de combate aos incêndios já completa 129 dias em Mato Grosso do Sul. “Toda a nossa corporação está voltada às atividades no Pantanal. Solicitamos apoio de outras corporações com especialistas porque a nossa área é muito extensa e de difícil acesso”, diz Tatiane Inoue.

Integrantes da Força Nacional, Corpo de Bombeiros de outros estados, Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, PrevFogo/Ibama e ICMBio estão entre as diversas agências que estão atuando ao lado das forças sul-mato-grossenses na força-tarefa da Operação Pantanal 2024. O investimento de Mato Grosso do Sul na estrutura de combate ao fogo no bioma passa dos R$ 50 milhões. Já o Governo Federal liberou recentemente R$ 137 milhões.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Incêndios florestais se intensificam em biomas de MS, e na fronteira com a Bolívia combate continua

Já o monitoramento é realizado nas regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.

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Com previsão de continuidade da estiagem em Mato Grosso do Sul, aliado a baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, os incêndios florestais se intensificam em todos os biomas no Estado.

Atualmente o combate é feito nas regiões do Paiaguás, Paraguai Mirim, Nabileque, Porto Índio, Miranda, Aquidauana, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Porto Murtinho, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema).

Já o monitoramento é realizado nas regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.

A região do Pantanal sul-mato-grossense enfrenta condições climáticas que potencializam o risco de incêndios florestais. A previsão para os próximos dias continua sendo de estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas. Diante deste cenário, as equipes mantêm as ações de vigilância nas áreas atingidas e também nas regiões onde estão instaladas as 12 bases avançadas.

As temperaturas na região estão em condições extremas, com registros que chegam a 40°C, vento com rajadas de quase 50 km/h e umidade relativa do ar em 10% na maior parte do Estado.

Com atuação para controle e extinção das chamas nos diferentes biomas presentes em MS – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – o trabalho do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) é intenso em Miranda, onde foi realizado alijamento (soltura de água para contenção das chamas) com o apoio da aeronave KC-390, nas três frentes microrregião do Salobra, Betione e Retiro Chora, que contam com combatentes e como prioridade de proteger os moradores ribeirinhos.

Na região do Paiaguás, é realizado combate a focos ativos que estão próximos à divisa com o estado do Mato Grosso, onde o fogo está às margens do Rio Piquiri.

Na área do Paraguai Mirim desde terça-feira (9) os bombeiros fazem o combate aos focos que ameaçavam a comunidade local.

Outro local que demanda atuação constante das equipes é na região do Porto Índio, na fronteira com a Bolívia, onde os bombeiros atuam há sete dias. Um segundo foco – mais ao sul, também próximo ao país vizinho – tem acompanhamento dos militares desde domingo (8). A área em chamas no Porto Índio é de difícil acesso e mobiliza transporte de militares com uso de aeronaves.

A Operação Pantanal 2024 completa 162 dias com trabalho que envolve militares de diversos estados, além de outras forças de segurança estadual e federal, com apoio de diversas aeronaves, além de equipes por água e ar.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Voluntários chegam ao interior do Pantanal para levar ajuda e dar assistência aos ribeirinhos

Este grupo faz parte da primeira Operação Humanitária aos ribeirinhos do Pantanal desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Defesa Civil.

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Ajudar o próximo, levar dignidade e acolher quem precisa de apoio. Com este sentimento dezenas de voluntários estão no interior do Pantanal para promover ação social e humanitária aos ribeirinhos. Eles vieram para fazer a diferença, com o lema de não deixar ninguém para trás.

Este grupo faz parte da primeira Operação Humanitária aos ribeirinhos do Pantanal desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Defesa Civil. Nesta semana os moradores da região do Taquari vão receber cestas básicas, água potável e atendimento médico e social. Mais de 230 famílias serão contempladas.

“Sempre gostei de ajudar o próximo, ser uma pessoa útil, por isso me interessei em ser voluntária da Defesa Civil. Minha vida é ajudar o próximo. Os ribeirinhos sofreram com as queimadas e ainda tem a distância”, afirmou Lúcia Barrios Conti, voluntária da Operação no Pantanal.

Fazendo parte da área de logística, Kelly Rolon Batistoti conta que aprendeu muito na ação social no Rio Grande do Sul e que agora é hora de ajudar o seu povo. “Aqui o sentimento será mais especial, pois são nossos irmãos. É um sentimento único acolher estas pessoas que estão em locais isolados, esperando ajuda. Isto é levar dignidade a quem precisa”.

Um dos pilares desta ação humanitária é o atendimento a saúde dos ribeirinhos. A voluntária Isabella Dalla, coordenadora da equipe de saúde, conta que foi convidada para operação e que aceitou está missão especial.

“Pantanal faz parte de todos nós, por isso prontamente aceitei o desafio. Estamos com uma equipe de cinco profissionais, entre médicos, enfermeiros, auxiliar de enfermagem e até veterinários para dar todo apoio necessário”.

A coordenadora de saúde explicou que será feito um atendimento primário, com entrega de medicamentos. Caso seja necessário exames ou continuidade de tratamento haverá parceria com o município de Corumbá para dar prosseguimentos as ações de saúde pública. “É extremamente gratificante fazer parte deste quadro voluntário, muda a vida das pessoas. Não tem preço que pague, nada preenche este sentimento”.

Benefício social

Para ajudar na renda mensal dos ribeirinhos, o programa Mais Social estará presente, com o cadastro de famílias que estão em situação de vulnerabilidade dentro do Pantanal. Quem atender aos critérios vai receber seu cartão social, no valor de R$ 450,00 por mês. Para realização compra de alimentos e produtos de higiene.

Márcia Arguelho da Silva será a responsável por fazer este cadastro, desta vez focada nos ribeirinhos. “O programa atende a pessoa que precisa deste apoio no momento difícil. Vamos fazer cadastro nas comunidades e quem atender os requisitos vai ganhar seu cartão social. Trazer esta ajuda é uma satisfação pessoal, em uma região que sou apaixonada”.

Percurso e expectativa

Com uma comitiva de oito caminhonetes, as equipes da Operação Humanitária saíram na segunda-feira (26) de Corumbá, rumo a base operacional, dentro da região do Paiaguás no Pantanal.

Foram quase oito horas de viagem, sendo a maioria de estrada de chão, tendo trajeto de balsa, passando por areiero, e conferindo de perto uma comitiva pantaneira tradicional, com a locomoção de gado no coração do Pantanal.

Junto com as belezas naturais, também nota-se a dificuldade de acesso para chegar até estas comunidades isoladas, que na região do Taquari tiveram que lidar com a seca rio, sua principal fonte de renda e sobrevivência.

No caminho o verde e a natureza típica entra em contraste com seca prolongada que se instala no Pantanal neste ano. O ânimo e o empenho dos voluntários e profissionais que seguem para ajuda humanitária no entanto continuam firme e com grande expectativa para esta semana de trabalho.

“Percorremos praticamente 200 km, mas devido o acesso a viagem chega a 8 horas, de Corumbá até a região do Paiaguás. Chegamos na nossa base avançada e a partir de terça começa a ajuda humanitária aos ribeirinhos. Este trajeto nos mostra como é difícil para eles saírem das suas comunidades e chegar às cidades”, afirmou o capitão da Defesa Civil, Maxwelbe de Moura Fé.

Responsável pela logística da Operação, o capitão Carlos Roledo (Defesa Civil) destaca que para realização destes trabalhos houve um planejamento para hospedagem, transporte e alimentação de toda está equipe. “Pantanal é diferente, exige veículos adequados para adentrar a região e motoristas experientes que conhecem as estradas. Toda a ação vai contemplar as famílias que moram aqui, com a contribuição de mais de 30 pessoas envolvidas”.

A partir desta terça-feira serão atendidas as comunidades do Corixão, Cedrinho, João Banana, Escola Nazaré, Porto Rolon e Fazenda Santa Aurélia. As atividades seguem até o dia 31 de agosto na região do Taquari.

Moradora da região há 44 anos, Ana Regina, conhecida como “Dona Noca”, reconhece que esta ação vai ajudar muitas pessoas que precisam de apoio. “Aqui é muito difícil o transporte e este atendimento de saúde será importante”.

Dona Noca garante que apesar de todas as dificuldades, não tem a menor intenção de deixar o Pantanal. “Morei aqui a vida inteira, quando fico uma semana na cidade, já quero voltar. Nunca vou deixar o Pantanal, aqui moram pessoas humildes de bom coração”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Bombeiros de Santa Catarina também auxiliarão equipes de MS no combate ao fogo no Pantanal

Quem agora soma esforços no bioma pantaneiro é o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

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O combate aos incêndios florestais que atingem o Pantanal continuam em Mato Grosso do Sul, unindo esforços de equipes sul-mato-grossense e reforços federais e de estados que estão colaborando com o trabalho coordenado realizado pelo Governo do Estado. Quem agora soma esforços no bioma pantaneiro é o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

A confirmação do envio de 20 militares com equipamentos completos, divididos em seis viaturas, foi dada nesta terça-feira (27) pelo governador catarinense Jorginho Mello ao governador sul-mato-grossense Eduardo Riedel, em mensagem entre os chefes de Executivo.

Os combatentes que em breve desembarcarão no Pantanal chegam já com todo o EPI (Equipamento de Proteção Individual) necessário para esse tipo de trabalho. As seis viaturas ainda trazem mais 84 itens, entre eles assopradores, roçadeiras, motosseras e motobombas de água limpa, além de abafadores, batedores, facões e enxadas.

“Conte com Santa Catarina”, frisa o governador Jorginho na mensagem. Todos os esforços oferecidos ao Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios são bem vindos, diante da situação enfrentada no bioma pantaneiro, considerado um dos mais importante.

Recentemente uma equipe do Rio Grande do Sul também chegou ao Estado para reforçar o trabalho de combate aos incêndios no Pantanal. Ao todo 11 bombeiros militares especializados no enfrentamento desse tipo de ocorrência chegaram no fim de semana. Junto com eles vieram ainda quatro picapes e diversos equipamentos para realizar o combate.

(Com: assessoria. Foto: Divulgação)

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