Com quatro décadas de história em favor da cultura do Estado, o Centro Cultural José Octávio Guizzo está novamente de portas abertas. Desta vez com o prédio todo revitalizado, com uma estrutura moderna, acessível e preparada para receber os grandes artistas regionais e nacionais. O investimento da obra foi de R$ 10,5 milhões do Governo do Estado.
A inauguração da reforma ocorreu na terça-feira (2), com a presença do governador Eduardo Riedel. “O nosso Estado não poderia ficar sem este espaço, que é um templo da cultura sul-mato-grossense. Hoje é dia de celebrar a retomada de um espaço que pertence a cultura do Mato Grosso do Sul. Uma história que estamos reinaugurando de uma época em que a cultura florescia. Vamos cuidar do José Otávio Guizzo com todo carinho que ele merece”, afirmou o governador.
Riedel destacou o papel da cultura para construir a identidade do Estado. “O papel da cultura no processo de inclusão é fundamental, para quem acha que é um investimento deixado para segundo plano engana-se profundamente, pelo contrário, é a cultura que lidera nossa identidade e futuro. Ela que faz esta mola propulsora para sentirmos orgulho do nosso Estado, da nossa gente e das nossas raízes”.
A obra teve a duração de 671 dias e contou com a revitalização de vários espaços, entre eles a recepção, galerias, salas de dança, ensaios e música, ateliês, estruturas administrativas e demais cômodos. Um espaço pensado na diversidade cultural e na acessibilidade, com adaptações em toda estrutura.
O prédio permite a mobilidade em todos os andares, com três elevadores à disposição. Foram instaladas poltronas para pessoas com deficiência visual, espaço para seus cão-guias, assim como poltronas a obesos e espaços aos cadeirantes. Ao todo serão 266 (poltronas) no Teatro Aracy Balabanian. Os camarins têm banheiros adaptados e existem vagas de estacionamento exclusivos para atender esse público.
“Uma noite linda tão especial para cultura sul-mato-grossense. Fico muito feliz em participar de uma cerimônia com tanta representatividade. Recebemos a responsabilidade de comandar esta pasta tão importante. Agradecer ao Governo do Estado que possibilitou fazer uma entrega como esta, com muito empenho e carinho preparou esta grande obra. Todos vão se encantar com a qualidade desta revitalização”, afirmou o secretário estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda.
Estrutura e novidades
O Centro Cultural vai dispor de uma nova sala de ensaios para teatro e dança, mas que atende especialmente a área de dança com espelhos, dispondo ainda de barras e piso contra impacto. Também teve a ampliação dos camarins, implementação de teatro de bolso, adequação da acústica, novas salas para artes, assim como mudança do mobiliário e na cenotécnica e sonorização do teatro.
O acesso ao fluxo de entrada dos artistas foi otimizado e o local conta com um sistema cenográfico, dispondo de áudio, vídeo, mecanismos cênicos. O prédio conta com quatro andares (subsolo, térreo, hall superior e auditório. O Centro abriga salas de personalidades como Teatro Aracy Balabanian, Sala de Convenções Rubens Corrêa, Sala de Ensaios Conceição Ferreira, Galerias de Exposições Wega Nery e Ignês Corrêa da Costa
Localizado na área central da cidade (Rua 26 de Agosto), o espaço oferece além de grandes espetáculos e apresentações, a realização de oficinas de dança, música, teatro e artes plásticas, exposições, palestras eventos do setor. Também é conhecido por fomentar o cenário cultural e ser um ponto de encontro dos artistas para produção de muito conteúdo que vai da música, cinema e artes cênicas.
“Um projeto tão audacioso, onde tivemos que vencer muitos desafios no dia a dia. A entrega desta obra é a realização de um sonho idealizado por toda nossa classe artística, neste espaço que fica na rua mais antiga da cidade. Um Centro Cultural tão importante, de fácil acesso. Aqui temos várias frentes culturais como a música, dança, teatro, circo e todas as artes que aqui são representadas”, descreveu o diretor-presidente Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes.
Também participaram do evento os deputados estaduais Roberto Hashioka, Mara Caseiro e Lídio Lopes, o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, o diretor-presidente da Fundesporte, Herculano Borges, o diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling, assim como a primeira-dama Mônica Riedel e a ex-senadora Marisa Serrano.
“Viver com dignidade é direito humano”, esse é o tema da 14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, que acontece em 27 cidades, até 30 de novembro. A ideia é promover o diálogo sobre temas como igualdade, justiça social e respeito à diversidade. E é de graça. Cada uma das produções locais vai ser conduzida por professores-produtores de instituições federais de ensino.
A mostra traz em sua programação mais de 20 filmes, entre curtas e longas-metragens, além de sessões infantis e debates mediados com convidados. A promoção é do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Entre os filmes selecionados, o destaque é para produções que abordam temas como identidade, justiça social, inclusão e direitos humanos.
Em Brasília, o festival vai ser aberto nesta quarta-feira (20), no Cine Brasília, às sete horas da noite, com apresentação cultural e a presença de representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, e da homenageada desta edição, a montadora Cristina Amaral. A mostra vai ser exibida até próximo sábado, dia 23,na capital federal.
Mato Grosso do Sul é rico em cultura e, durante dezembro, uma das principais festas folclóricas é realizada em Porto Murtinho. Então já fica a dica aqui para se programar para um bate e volta prolongado com Toro Candil e a chance de conhecer os atrativos da cidade.
Maracada para os dias 7 e 8 de dezembro, a festa reúne a comunidade pelas ruas. Confira abaixo todos os detalhes.
O que é a festa de Toro Candil?
Patrimônio imaterial e cultural, a festa de Toro Candil é um evento de rua que resgata o folclore, sincretismo e a união entre Brasil e Paraguai. Na prática, há o duelo entre dois touros, uma herança espanhola baseada em uma antiga lenda. Há uma mistura entre dança e teatro.
Além disso, com o cunho religioso, Nossa Senhora de Caacupê é homenageada. Com o preparo começando dias antes, a comunidade se envolve na produção do figurino, com máscaras, e o desenvolvimento dos bois.
No dia da festa, há uma procissão da santa que chega pelo Rio Paraguai. Na caminhada, as devotas da virgem e os personagens mascarados (representando a alegria e a festividade) seguem o trajeto.
E não dá para esquecer da “pelota tatá”, uma brincadeira com bola de fogo.
Como ir até Porto Murtinho?
Saindo de Campo Grande, a empresa Cruzeiro do Sul possui ônibus no terminal rodoviário às 11h30min e às 23h. Em média, são 8 horas de viagem.
Com essa empresa, o valor da passagem custa a partir de R$ 190. Já quem quiser ir com veículo próprio, a viagem leva em torno de 5h20min para cruzar os 440 km entre a Capital e Porto Murtinho.
É claro que tudo depende do movimento do trânsito, então não esqueça de checar as condições das vias e se planejar bem.
O que mais fazer na cidade?
Nas indicações da Prefeitura de Porto Murtinho sobre atrativos, se destaca a natureza. Então, quando estiver na cidade, aproveite para conhecer também:
Morro Pão de Açúcar:
O morro tem cerca de 550 metros de altura e conta com uma trilha para chegar ao topo. Segundo o município, é um dos pontos mais altos da região, sendo um bom mirante para para ver o Pantanal do Nabileque, do Chaco e as áreas que limitam Brasil e Paraguai.
Fecho dos Morros:
Atraindo quem gosta de água, esse é um dos pontos mais altos do Rio Paraguai. Por ali, é possível ter uma vista panorâmica para observar animais silvestres e contemplar a fauna e a flora.
Cachoeira do APA
Localizado no Parque Municipal Cachoeira do Apa, na divisa entre os países. Mas as cachoeiras ficam a 80 quilômetros de Porto Murtinho, então é necessário ter veículo próprio. Além das cachoeiras, há área para camping e trilhas ecológicas.
Cachoeiras do Rio Aquidaban
Mais distante ainda, a 300 km, fica a Fazenda Baía das Garças e é uma das mais antigas do município. Ao todo, são onze cachoeiras e possui visão panorâmica da Serra. O passeio tem um percurso de 800 metros.
Começa nesta terça-feira (19), em Campo Grande, o 25º Encontro do Proler (Programa Nacional de Incentivo à Leitura), que neste ano traz como tema “Literatura, leitura e escrita em tempos de inteligência artificial”. O evento se estende até 30 de novembro, com uma programação repleta de palestras, oficinas e rodas de conversa gratuitas. As atividades serão realizadas na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaías Paim e no MIS (Museu da Imagem e do Som).
Organizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da FCMS (Fundação de Cultura) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), em parceria com o Sistema Estadual de Bibliotecas, o Proler atrai profissionais de diversas áreas, como professores, acadêmicos, bibliotecários, escritores e gestores públicos, além de todos os interessados em literatura.
A abertura oficial será nesta terça-feira (19), às 19h, no auditório do MIS, com palestras que discutem as transformações tecnológicas no universo literário. Amanda Justino apresenta “Página virada: Livros físicos vs digitais – Quem conquista seu coração?”, uma análise sobre as diferenças e impactos dos dois formatos. Em seguida, Fernanda B. Riveros Oliveira abordará em “Inteligência Artificial: Será que sabemos menos com ela?” as mudanças no aprendizado e no conhecimento individual causadas pela IA. Fechando a noite, Pablo S. Cavalcante explora a ferramenta ResearchRabbit, destacando como a inteligência artificial pode otimizar pesquisas acadêmicas.
Nos dias seguintes, o Proler contará com atividades como o lançamento do livro “A literatura nas políticas públicas de estado do Brasil e de Mato Grosso do Sul”, de Vanderlei José dos Santos, oficinas práticas de audiodescrição e escrita criativa, e vivência voltada à contação de histórias para a primeira infância.
Para o público interessado em literatura negra, a roda de conversa Escrevivências – a literatura negra e a construção identitária reunirá autores como Maria Carol, Rafael Belo e Alessandra Coelho para discutir a relação entre literatura e identidade. A programação também inclui o Clube de Leitura – Página 60, mediado por Carmem Lúcia, e a oficina de Aldravias, que introduz participantes a essa forma minimalista de poesia brasileira.
Confira aqui a programação completa do 25º Proler. As inscrições para todas as oficinas e palestras podem ser feitas pelo link.