Na reta final, a Campanha de Vacinação Antirrábica de casa em casa realizada pela Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ) deve ser concluída ainda este mês com mais de 300 mil imóveis visitados. Atualmente, as equipes estão finalizando a vacinação nos bairros da Região Urbana do Prosa. A região Central deverá ser a última a ser atendida.
Conforme a médica veterinária, Maria Aparecida Conche Cunha, juntamente com a vacinação está sendo realizada uma nova contagem da população de cães e gatos, para que seja realizada uma nova estimativa em relação à quantidade de animais existentes no município. “Isso é fundamental para podermos definir estratégias e ações mais assertivas voltadas ao controle de zoonoses e populacional destes animais”, pondera.
De acordo com levantamento do órgão, até o momento foram visitados mais de 260.000 imóveis, sendo vacinados 125.000 cães e 48.000 gatos, inclusive da zona rural do município. A campanha de vacinação de casa em casa teve início em agosto do ano passado.
A veterinária da CCZ explica que a vacinação dos animais é de extrema importância, visto a presença do vírus da Raiva nos morcegos, os quais acidentalmente podem transmitir aos cães, gatos e ao homem. A vacinação nos animais serve como um bloqueio no avanço da doença. “Não há outras contraindicações à vacina antirrábica, inclusive ela é a única vacina obrigatória, conforme estabelecido em lei”, diz. Para receber a vacina o cão ou gato deve ter no mínimo três meses e estar saudável.
Apesar de não haver novos casos de raiva em cães e gatos há mais de uma década, a vacina antirrábica é obrigatória em todo território nacional e Campo Grande é vigilante na cobertura vacinal de cães e gatos, haja visto ser uma área com morcegos diagnosticados positivos para a doença.
“Estes animais são parte da fauna sinantrópica urbana e isso nos traz o alerta de que, embora esteja controlada nos nossos pets, esta doença permanece circulante em outros mamíferos e não pode ser negligenciada pelos tutores”, comenta.
Caso o tutor não esteja em casa no momento em que a equipe estiver no bairro será deixado um comunicado para o tutor levar o animal ao CCZ para a aplicação da vacina antirrábica. O índice de imóveis fechados é de aproximadamente 42%. O órgão funciona aos sábados, domingos e feriados, das 07h às 21h (segunda a sexta) e das 06h às 22h (sábados, domingos e feriados).
Em Campo Grande, o último caso de Raiva Humana foi registrado em 1968. Já em cães e gatos, o último registro havia sido no ano de 1988, onde após 23 anos, ocorreu no ano de 2011 um caso isolado de Raiva Canina, cujo cão adquiriu a doença através do contato com um morcego contaminado com o vírus.
Doença
A Raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. É uma doença infecciosa viral aguda que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda, levando à morte em quase a totalidade dos infectados, sendo de grande relevância para a saúde pública.
A CCZ esclarece que há morcegos positivos para a Raiva no município, sendo primordial a vacinação de cães e gatos, uma vez que estes podem entrar em contato com morcegos que também podem transmitir a doença.
As campanhas de vacinação de cães e gatos associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva (vacinas pré-exposição e pós-exposição), resultaram em significativa redução de casos da doença em seres humanos. Como medidas de prevenção, a orientação é que morcegos ou outros animais silvestres jamais sejam tocados, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Caso algum morcego seja encontrado vivo ou morto em situação anormal (por exemplo, caído no chão ou pendurado em janelas, cortinas, em cima da cama, entre outros locais ou comportamentos não habituais) é necessário solicitar seu recolhimento ao CCZ.
Se for possível capturar o animal até a chegada da equipe do CCZ, o recolhimento deve ser feito utilizando panos, caixas de papel, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado. O órgão orienta ao morador nunca tocar nos morcegos ou deixar crianças e animais domésticos terem contato.
Serviço
A CCZ está localizado na Avenida Filinto Muller, 1601 – Vila Ipiranga.
#Pratodosverem A imagem que ilustra a matéria mostra um homem, agente de endemias, de camisa azul com mangas longas e chapéu, aplicando a vacina antirrábica em um cachorro caramelo de porte pequeno.
Parceria entre SES e Polícia Militar oferece atendimento gratuito e acompanhamento especializado a pessoas com deficiência
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) tem reforçado ações que unem saúde, inclusão e reabilitação por meio de parcerias estratégicas, como o Programa de Equoterapia da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). Localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande, o projeto oferece atendimento gratuito a crianças com deficiências físicas, intelectuais e transtornos do desenvolvimento, promovendo ganhos significativos nos âmbitos físico, emocional e social.
O convênio firmado no início do ano passado entre a SES e a PMMS destina R$ 1,13 milhão para custeio de profissionais especializados, garantindo o acompanhamento clínico e terapêutico dos praticantes.
Para a gerente da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da SES, Juliana Medeiros, o serviço representa um avanço significativo na consolidação da Rede.
“O Centro de Equoterapia da PMMS é um exemplo concreto de como o cuidado pode transformar vidas quando une técnica, sensibilidade e propósito. A equoterapia promove ganhos expressivos na reabilitação global das pessoas com deficiência, ampliando suas possibilidades de autonomia, integração social e dignidade. Essa parceria fortalece a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e reafirma o compromisso de Mato Grosso do Sul com políticas públicas efetivas, que fazem diferença real na vida das pessoas”, afirmou Juliana.
À direita, Capitão Lorensetti, coordenador do programa. (Foto: Divulgação PMMS)
O coordenador do programa, Capitão Lorensetti, explica que o projeto, desenvolvido pela Polícia Militar e mantido pelo Governo do Estado, é executado por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos, profissionais de serviço social, educação física, enfermagem, pedagogia e fonoaudiologia. A iniciativa visa promover o desenvolvimento global dos praticantes, combinando os benefícios do movimento do cavalo com o acompanhamento clínico e terapêutico.
“A equoterapia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma ferramenta eficaz de reabilitação. O movimento tridimensional do cavalo estimula o equilíbrio, a coordenação, a postura e a concentração, além de gerar ganhos emocionais e cognitivos significativos. É uma terapia que trabalha corpo, mente e vínculo afetivo”, explica o oficial.
O cavalo como parceiro terapêutico
De acordo com a psicóloga e pedagoga Lilian Martins, o cavalo atua como mediador natural de estímulos físicos e emocionais. Seu andar se assemelha ao movimento humano, proporcionando respostas corporais e neurológicas que dificilmente seriam alcançadas em terapias convencionais. “Durante uma sessão de 30 minutos, o praticante realiza cerca de 9 mil ajustes musculares para manter o equilíbrio sobre o cavalo. Isso fortalece a musculatura, melhora o tônus e o controle postural, além de estimular a coordenação e a concentração”, explica Lilian.
Ela destaca ainda que cada atendimento é planejado de forma personalizada, considerando o tipo de cavalo, o ritmo da montaria e os objetivos terapêuticos. “Se o foco é reduzir a agitação, trabalhamos o relaxamento. Cada sessão tem intencionalidade e propósito. Além da parte física, a equoterapia desperta afetividade, autoconfiança e integração social”, afirma Lilian.
Histórias que inspiram
Ana Vitória participa do projeto há 14 anos.
Entre as histórias marcantes que passam pelo Centro está a de Ana Vitória Silva, de 20 anos, que nasceu com paralisia cerebral. Desde os dois anos de idade, ela participa da equoterapia e, há 14 anos, faz parte do projeto.
Moradoras de Chapadão do Sul, Ana e sua mãe, Rosaine Aparecida da Silva, viajam todas as semanas até Campo Grande para as sessões. “A evolução dela foi enorme, tanto física quanto emocionalmente. O que o cavalo faz na equoterapia, nenhum fisioterapeuta consegue reproduzir dentro de uma clínica. A Ana adora vir, é um momento de liberdade e felicidade”, relata Rosaine.
Outra história de superação vem do pequeno Davi, de 8 anos, diagnosticado com autismo nível 3, epilepsia e TDAH. Ele participa do programa há cerca de dois anos e meio e já apresenta grandes avanços. “Depois que começou a equoterapia, o Davi recuperou a fala, melhorou a coordenação e ganhou confiança. Hoje ele até participa das Paralimpíadas internas do projeto, adora competir e se sente muito feliz”, conta a mãe, Daniele Barilli.
Davi durante a sessão de equoterapia.
Integração, inclusão e resultados concretos
Fundado em 3 de setembro de 2002, o Centro de Equoterapia da PMMS é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, sendo um serviço de referência em Mato Grosso do Sul. Atualmente atende cerca de 200 crianças, com expectativa de ampliar esse número para 300 até 2026. Além de fortalecer habilidades motoras, a equoterapia melhora a socialização, o autocontrole e a autoestima dos praticantes.
“A equoterapia vai muito além da reabilitação física. É um trabalho que transforma a forma como o praticante se relaciona com o próprio corpo, com os outros e com o mundo. Cada sorriso e cada conquista são vitórias compartilhadas entre a família, os terapeutas e o cavalo”, resume o Capitão Lorensetti.
Doadores podem comparecer durante a manhã ou a tarde, conforme horários estabelecidos pela unidade – Crédito: Hemocentro/ Divulgação
O Hemosul de Dourados está alertando a população para a necessidade de reposição do estoque e faz um apelo para que as doações normalizem. De acordo com o órgão, os estoques de sangue estão em nível de alerta e a doação de todos os tipos sanguíneos se faz urgente — especialmente dos tipos O+ e O-, que são os mais utilizados em emergências.
Conforme a direção, os níveis do estoque se encontram em situação preocupante e diversos comunicados estão sendo publicados nos canais da instituição para alcançar os doadores já cadastrados e novos doadores.
“Não existe substituto para o sangue. Ele é insubstituível em cirurgias, acidentes, partos e tratamentos de doenças graves. Cada doação pode salvar até quatro vidas”, reforça a equipe do Hemosul.
Para ser doador, é simples: basta estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos (menores de idade precisam de autorização dos responsáveis) e pesar mais de 51 quilos. É obrigatório apresentar um documento oficial com foto, e no dia da doação o voluntário deve estar bem alimentado.
Durante a reforma da sede oficial do Hemosul, na Vila Industrial, o atendimento está acontecendo temporariamente na Rua Oliveira Marques, nº 2.535 – Jardim Central. Os horários de funcionamento são: às segundas, quartas e sextas-feiras: das 7h às 12h30; e às terças e quintas-feiras: das 7h às 11h30 e das 13h às 17h.
O Hemosul reforça o convite para que novos e antigos doadores compareçam o quanto antes. Um pequeno gesto pode fazer uma enorme diferença — doar sangue é compartilhar vida.
Equipamentos entregues vão beneficiar principalmente o setor da odontologia, que recebeu equipamentos completos nas três salas de consultório. Foto: A. Frota
A Prefeitura de Dourados entregou nesta quarta-feira (10) novos equipamentos para a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Izidro Pedroso, reforçando a estrutura de atendimento e oferecendo melhores condições de trabalho aos profissionais da saúde. O prefeito Marçal Filho acompanhou a ação e chegou a ajudar no descarregamento do caminhão que saiu do Almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde lotado de materiais.
Durante a entrega, Marçal conversou com pacientes e funcionários da unidade. “Hoje viemos trazer cadeiras odontológicas, autoclaves, compressores, televisor e máquina de lavar”, afirmou o prefeito. “Estamos fazendo as entregas em várias unidades para que as pessoas recebam serviços de saúde de qualidade ainda melhor”, completou.
Além dos equipamentos gerais, a UBS também recebeu bebedouro e um conjunto completo de itens para o atendimento odontológico, como equipo com braço mecânico, refletor, mocho, cuspideira e fotopolimerizador. A unidade do Izidro Pedroso conta com três equipes de saúde e atende aproximadamente 10 mil moradores da região.
A moradora do bairro, Luciana Vieira, comemorou as melhorias. “Tenho acompanhado o trabalho de entrega de equipamentos nos bairros da cidade e em distritos”, enfatizou. “Isso é muito bom porque os profissionais precisam de melhores condições de trabalho e, com isso, o atendimento melhora e fica melhor pra gente”, destacou Luciana Vieira.
Durante a entrega, o prefeito também conversou com as dentistas Cleane, Rosângela e Natália, que aguardavam ansiosas pelos novos equipamentos. As profissionais agradeceram os investimentos, ressaltando que os materiais vão melhorar o desempenho dos serviços prestados.Os equipamentos fazem parte de um investimento de R$ 2 milhões, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Dourados e o Governo do Estado, com o apoio de emendas parlamentares de deputados estaduais. Diversas unidades de saúde do município já foram beneficiadas e as entregas irão continuar no município.