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Meio Ambiente

Bombeiros combatem três novos focos de incêndio no Pantanal em MS

Na região do Rio Negro, o trabalho de combate é realizado por 35 bombeiros, porém todo o efetivo dos municípios pantaneiros estão em alerta, e caso seja necessário serão convocados para atuar.

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O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atua no controle e extinção de três incêndios florestais no Pantanal. No foco de maior proporção, na região pantaneira do Rio Negro onde a área queimada já é de aproximadamente 400 hectares, o trabalho é realizado há três dias.

Em pouco mais de dois meses em alerta – período que teve início no dia 17 de julho –, o Corpo de Bombeiros Militar já atuou em sete grandes incêndios florestais no Estado, seis deles em diferentes regiões do Pantanal e um em Bonito – que foi extinto na sexta-feira (22), após cinco dias de combate.

“Estamos atuando em três focos de incêndio no Pantanal. São na região do Paiaguás, onde estamos em monitoramento, e outro próximo a Corumbá, onde estamos com duas guarnições de especialistas em combate a incêndio florestal. O terceiro é na região do Rio Negro. Lá estamos com duas guarnições de especialistas, e o grupamento aéreo foi mobilizado para esse combate”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, que é chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental).

As condições atmosféricas são adversas e severas – baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e ventos fortes –, e por isso a atuação dos bombeiros ganha reforços a partir de hoje, com o apoio da aeronave ‘air tractor’ que tem capacidade de transportar até três mil litros de água e é usada no combate ao fogo em áreas de difícil acesso.

“O gerenciamento de toda operação é feito pelo Sistema de Comando de Incidentes, no Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros. O monitoramento diário é realizado com imagens de satélite, acompanhando o aparecimento e evolução dos focos de calor em todo o Estado”, explicou a chefe do CPA.

Na região do Rio Negro, o trabalho de combate é realizado por 35 bombeiros, porém todo o efetivo dos municípios pantaneiros estão em alerta, e caso seja necessário serão convocados para atuar.

“Neste incêndio fomos acionados no domingo (23), duas guarnições foram deslocadas. A região é uma área de preservação e dá acesso para a gente fazer alguns aceiros, e vamos atuando com técnicas diretas e indiretas de combate a incêndio florestal. Tem muitas lagoas e esta manhã deslocamos uma aeronave para reforçar as atividades na região do Rio Negro”, explicou a tenente-coronel Tatiane.

A responsável pelo CPA também pontuou sobre as dificuldades do combate a incêndios florestais nesta época do ano. “O período é de estiagem e altas temperaturas, principalmente quando vai aproximando o meio dia até fim da tarde, as condições atmosféricas acabam favorecendo a propagação do fogo. Isso porque a temperatura aumenta e a velocidade do vento também. E ainda tem o desgaste dos próprios combatentes”.

Alerta permanente

Desde o dia 17 de julho, o Corpo de Bombeiros Militar de MS está em alerta para atuar em caso de incêndios florestais no Pantanal, e também no Cerrado e Mata Atlântica, biomas presentes no Estado.

Na prática, com o alerta, publicado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), foram suspensas as autorizações ambientais de “queima controlada”, até 31 de dezembro deste ano.

O monitoramento constante contribui para a preservação do Pantanal, além do Cerrado e Mata Atlântica – biomas presentes em Mato Grosso do Sul – com atuação rápida e eficiente do Corpo de Bombeiros (já em prontidão na Operação Pantanal) em todo o Estado.

Com drones, além do monitoramento via satélite com uso de plataformas da Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, o trabalho é realizado de forma específica, garantindo a segurança das equipes e da população, além de mitigar os dados causados pelos incêndios florestais.

O CPA (Centro de Proteção Ambiental) do Corpo de Bombeiros funciona em Campo Grande e é o responsável por monitorar os focos e direcionar as guarnições para os pontos mais sensíveis em que há necessidade de atuação dos bombeiros. O monitoramento é feito pelo Sistema de Comando do Incidente em Campo Grande, com imagens de satélite que são analisadas 24h por dia. Assim é possível fazer o acompanhamento em caso de aparecimento e evolução dos focos de calor.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Meio Ambiente

Situação de seca em MS intensifica incêndios florestais e trabalho de combate em todos os biomas

No Pantanal, a redução da área alagada intensifica a seca e prejudica ainda mais as ações de combate.

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Com ações permanentes de combate aos incêndios florestais no Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica, biomas presentes em Mato Grosso do Sul, o CBMMS (Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul) e os demais envolvidos no trabalho de controle e extinção das chamas, atuam em diferentes frentes para mitigar os impactos do fogo.

O Governo do Estado transmitiu as informações dos combates, nesta quinta-feira (5) – ao vivo pela internet (veja na íntegra no final do texto) –, no boletim semanal da Operação Pantanal 2024.

No Pantanal, a redução da área alagada intensifica a seca e prejudica ainda mais as ações de combate. A situação é crítica também por conta da seca na Amazônia que interfere nos ciclos do bioma pantaneiro, pois parte da chuva que chega ao Mato Grosso do Sul é formada na floresta amazônica.

“A cobertura da superfície com água tem diminuído. Além disso, o Pantanal sofre também interferências de outros biomas. A floresta amazônica está tendo, ano a ano, desmatamento e aumento de queimadas. Em 2023 a situação no Pantanal já foi extremamente crítica, teve uma seca em outubro que perdura até agora. Então falta um mês para completar um ano de seca no Pantanal e isso prejudica bastante as operações de combate a incêndio, já que a vegetação está seca, com altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar. Isso interfere nas estratégias, nas técnicas e na quantidade de recursos que são necessárias para o combate a incêndio”, explicou Márcio Yule, coordenador do Prevfogo/MS.

Mesmo com os esforços do Governo do Estado, com o apoio de diversos órgãos de outros estados e da União, os focos de incêndios estão ativos em diversos locais e atingem todos os biomas – São Gabriel do Oeste, Miranda, Naviraí, Porto Murtinho, Paranaíba, Corumbá (Nabilque), Chapadão do Sul. Além disso, estão em monitoramento áreas no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari (Costa Rica), Aquidauana, Corumbá (Serra do Amolar, Passo do Lontra, Porto da Manga, Forte Coimbra, Porto Esperança, e Albuquerque); no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Coxim e Miranda (Betione).

O representante do Ibama também destacou que a situação do Pantanal demanda esforços que vão além de recursos, já empregados pelo Estado e também pela União. “Esse ano, e infelizmente nos anos vindouros, só recurso não vai resolver o problema de incêndio florestal. O manejo integrado do fogo e queima prescrita tem que envolver a todos para conscientizar as pessoas de não ascender e não colocar fogo no período da proibição. Inclusive, que este ano o Governo do Estado antecipou para maio, e mesmo assim tivemos um mês de junho extremamente crítico. A régua de Ladário (que mede o nível do Rio Paraguai) assusta bastante, entrou em setembro em menos 20 (metros em relação à média histórica), nunca esteve tão seco, nunca começou a baixar tão antes”, disse Yule.

Enquanto os esforços continuam a ser empregados para mitigar os efeitos do fogo, a previsão climática é desfavorável – com risco extremo ou muito alto para a ocorrência de incêndios florestais – mesmo com a chegada de uma frente fria a partir de hoje (5) no Estado – com registros de chuvas nas regiões sul, sudeste e sudoeste.

“Para os próximos dias, uma intensa massa de ar quente e seco deve se estabelecer. Então, entre sábado (7) até quarta-feira (12), vamos ter temperaturas acima da média, que podem ficar entre 38°C e 43°C. E a humidade relativa do ar também estará muito baixa, entre 5% e 20%. Vai ser um período muito quente e muito seco, e todas as condições atmosféricas favorecem a ocorrência de incêndios florestais”, explicou a meteorologista e coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Templo e do Clima), Valesca Fernandes.

Atuação

As condições climáticas extremas e desfavoráveis intensificam fenômenos específicos, que contribuem para a propagação rápida das chamas. Esta semana, na região de Aquidauana, durante atuação em áreas com chamas, o Corpo de Bombeiros registrou redemoinhos pós-fogo em um campo que havia sido devastado, e também queima de turfa com fogo subterrâneo em uma área que já tinha queimado e recebido aceiro e outras medidas de contensão – inclusive quatro caminhões de água, que foram despejados na área para resfriamento do solo.

Além do trabalho diário para combater e extinguir as chamas o CBMMS e demais envolvidos na Operação Pantanal também atuam para resgatar animais nas áreas atingidas pelo fogo.

“Em meio a toda essa dinâmica do combate do incêndio florestal, a gente se depara com os animais. Aqueles que a gente consegue fazer com que volte para um ambiente seguro ali próximo mesmo, já fazemos isso de imediato. Mas quando a gente se depara com animais que precisam de tratamento, a gente faz o encaminhamento para o centro de recuperação mais próximo. Também a temos o Gretap, que é o Grupo de Resgate Técnico de Animais, que durante toda a operação trabalha em conjunto com a gente. São diversos resgates que esse grupo realiza em situações de desastres”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, que é diretora de Proteção Ambiente do CBMMS e responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul.

Durante esta semana os bombeiros auxiliaram no resgate de diversos animais – tartaruga, preá (roedor), aves –. E ontem na região de Miranda, durante uma ação de combate às chamas, um grupo de cervos pantaneiras foi flagrado pela equipe acompanhando o trabalho dos bombeiros.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Meio Ambiente

Com seca intensificada, MS mantém mobilização para combate aos incêndios florestais em biomas

A expectativa é de que a ocorrência de incêndios florestais seja intensificada durante o mês de setembro, que é considerado o período mais crítico

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Mato Grosso do Sul enfrenta condições de seca – com grau severo, grave e moderado – em todos os biomas presentes no Estado – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – e a previsão meteorológica é de que a estiagem vai continuar, aliada a outros fatores que contribuem e intensificam a ocorrência de incêndios florestais.

O trabalho de controle e combate ao fogo é realizado pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) com apoio de diversas forças de segurança pública do Estado e da União, especialmente dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que formam o Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul).

A projeção climática do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) e a situação crítica dos incêndios florestais em todo o Estado foram abordados na transmissão – ao vivo pela internet (veja na íntegra no final do texto) – do boletim semanal da Operação Pantanal 2024, onde também foram apresentados dados das ações de combate ao fogo no Estado.

A expectativa é de que a ocorrência de incêndios florestais seja intensificada durante o mês de setembro, que é considerado o período mais crítico. A previsão é de que até sábado (31), as temperaturas seguem altas, podendo atingir 38°C e as mínimas devem ficar entre 20°C e 26°C, com umidade relativa do ar entre 10% e 20%.

“Todas as condições metrológicas favorecem a ocorrência de incêndios florestais. O perigo de fogo para os próximos dias está entre muito alto e extremo, e essas condições são de difícil combate até por meios aéreos e têm a questão da alta velocidade de propagação dos incêndios florestais”, pontua Valesca Fernandes, meteorologista e coordenadora do Cemtec.

Entre sábado (31) e a segunda-feira (2), há previsão da chegada de uma frente fria, com uma leve queda nas temperaturas – que deve registrar mínimas entre 14°C e 20°C e máximas entre 25°C e 34°C –, mas sem probabilidade de chuvas. “Tudo isso é a previsão para a região de Corumbá e Porto Murtinho. Em relação à umidade relativa do ar, por conta da entrada de nuvens e não ter previsão de chuvas, dá uma leve melhora e pode ficar 20% e 30%. A partir de terça-feira, 3 de setembro, as temperaturas já sobem consideravelmente, com revisão de ficarem entre 38°C e 40°C na região pantaneira”, explicou a meteorologista.

O mês de setembro é considerado o mais crítico em relação aos incêndios florestais, e deve permanecer sem chuva. A média histórica de precipitação no mês de setembro é entre 80 e 100 milímetros no Estado, e para a região pantaneira é de 40 a 80 milímetros. Mas a análise de um conjunto de modelos meteorológicos aponta que as chuvas devem ficar abaixo da médica histórica em setembro deste ano, intensificando ainda mais as condições de seca nos biomas.

“Em grande parte do Estado, ao longo dos meses as condições de secas foram se intensificando. No mês de julho, as condições de secas ficaram entre grave, moderada e fraca. E todo o Estado está com condições de seca, com situação crítica. A gente tem chuvas abaixo da média histórica e temperaturas acima da média histórica, esse é o cenário ideal para propagação de incêndios. E para os próximos dias não tem previsão de chuva”, disse a coordenadora do Cemtec.

A consolidação da previsão de estiagem, com intensificação da seca no Estado ocorre quase seis meses após a situação ser apontada. Em fevereiro, o Cemtec já havia apontado que a situação climática extrema e atípica em Mato Grosso do Sul – com chuvas abaixo da média em todo o Estado desde dezembro de 2023 – poderia causar danos ambientais, com ampliação de área seca e intensificação de casos de incêndios florestais.

Com a possibilidade de piora na situação, com aumento da ocorrência de incêndios florestais, o Governo do Estado mantém ativas todas as frentes de combate ao fogo, e ainda expande o trabalho em outras regiões de MS – especialmente nos biomas do Cerrado e Mata Atlântica, na divisa com os estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Todo o trabalho é coordenado e realizado pelo CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) com o apoio de agentes de segurança da Força Nacional, Forças Armadas, brigadistas, além de bombeiros dos estados que formam do ParanáSanta Catarina e Rio Grande do Sul.

“As condições climáticas para o mês de setembro, são ainda mais complexas e rígidas do que nós tivemos em 2020. Então a situação é de alerta, por isso toda a estrutura do Governo do Estado continua mobilizada. Estamos com elevado número de focos no Pantanal, além da Mata Atlântica e Cerrado”, explicou o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck.

O trabalho preventivo e educativo, realizado ao longo do ano, também contribui para a efetividade das ações de combate aos incêndios florestais em todo o Estado, para conter as chamas nos diferentes biomas.

“A queima está proibida em Mato Grosso do Sul, desde maio. Todas as autorizações foram suspensas. Então é importante a gente destacar para todas as pessoas que nenhum produtor, nenhuma indústria, ninguém está autorizado a fazer qualquer tipo de queimada. Todas as medidas propostas, tanto do STF (Supremo Tribunal Federal) e também da União, já foram tomadas no Estado. Além disso é importante o apoio de todos, essa ação conjunta deve se manter presente”, disse Verruck.

Operação Pantanal

A atuação do CBMMS e demais envolvidos no trabalho de combate aos incêndios florestais ocorre em todo o Estado, inclusive na área urbana. A atividade é arriscada e perigosa, por isso a tenente-coronel Tatiane Inoue – que é diretora de Proteção Ambiente do CBMMS e responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul –, alerta para que em caso de incêndios, a população chame os bombeiros.

Ontem (28), durante uma ocorrência de combate a incêndio em terreno baldio, em Campo Grande, o soldado João Vitor sofreu queimaduras em 20% do corpo. “É uma atividade extremamente perigosa, de risco, no meio urbano e também no caso de incêndios florestais. O ambiente, ele está totalmente inóspito e propenso a propagação dos focos. É importante lembrar que atear fogo é crime ambiental, e pode causar até mortes como a do brigadista na semana em Sonora, e o caso do nosso militar que aconteceu na cidade, não é algo distante”, explicou.

A Operação Pantanal 2024 completa 150 dias nesta quinta-feira (29), e as ações continuam voltadas para contenção das chamas em alguns pontos de combate localizados nos municípios de Coxim, Naviraí (no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), Terenos e Miranda. Outros pontos são monitorados na região de Paranaíba, Corumbá – Passo do Lontra, Serra do Amolar, Porto da Manga, Forte Coimbra, Porto Esperança –, Miranda – Salobra –, além do Parque Estadual das Nascentes do Taquari, localizado na divisa com o Mato Grosso, e também na região do Nabileque.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Meio Ambiente

Com tratamento específico, onças-pintadas se recuperam e Miranda pode voltar à natureza em 30 dias

Por dia, ambos são alimentados com aproximadamente 13 kg de carne bovina e de frango – e devem começar a receber refeições a base de peixe –, entre 5 e 8 kg para ele e entre 3 e 5 kg para ela.

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As duas onças-pintadas, Miranda e Antã, que foram resgatadas na semana passada em Mato Grosso do Sul com ferimentos nas patas provocados pelos incêndios no Pantanal, seguem em recuperação no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande. Com o atendimento veterinário adequado e o tratamento das queimaduras realizado com pomadas específicas e ozônio, a previsão dos veterinários é de que uma das onças-pintadas pode voltar ao habitat natural em até um mês.

O governador Eduardo Riedel esteve no local na manhã desta terça-feira (20), para acompanhar o atendimento aos animais silvestres, que é realizado no Hospital Veterinário Ayty. “Eu parabenizo toda a equipe do CRAS, porque é um trabalho difícil que está sendo feito, acima de tudo, com muito carinho, dedicação e conhecimento técnico. Elas estavam com as patas bastante comprometidas, em função dos incêndios do Pantanal. A Miranda, uma fêmea já identificada de dois anos, e o Antã, um macho de oito anos, estão em plena recuperação”, afirma Riedel.

A estimativa é de que a fêmea, que recebeu o nome de Miranda em homenagem ao município onde ela foi encontrada, seja devolvida a natureza em 30 dias. Ela chegou ao CRAS na quinta-feira (15), pouco mais de 24 horas após ser avistada por trabalhadores de uma fazenda, que observaram o animal mancando.

Já o macho, Antã, foi resgatado no sábado (17), na região do Passo do Lontra. Debilitado, ele praticamente não reagiu ao resgate. Os dois animais já se recuperam bem, inclusive se alimentam de maneira satisfatória e apresentam melhoria geral nos ferimentos das patas. O tratamento é feito com pomadas específicas para queimadura, além do uso de ozônio que contribui para a regeneração mais rápida da pele.

“A Miranda recebeu o primeiro atendimento no resgate. E no sábado fizemos exames nela. Mesmo tirando os curativos das patas, ela arrancou tudo, a gente observa que já está bem melhor. Vamos fazer uma nova bateria de procedimentos nela ainda esta semana. Já o Antã, atendemos também como o ozônio ontem (19), e apesar de ser um caso mais delicado, também está progredindo bem”, explica a médica-veterinária e a coordenadora do CRAS, Aline Duarte.

Por dia, ambos são alimentados com aproximadamente 13 kg de carne bovina e de frango – e devem começar a receber refeições a base de peixe –, entre 5 e 8 kg para ele e entre 3 e 5 kg para ela.

“Para a alimentação, a gente observa. Ontem a Miranda não quis os 5 kg, então hoje já vamos diminuir a quantidade. Estes animais, quando estão na natureza, não comem todos os dias. Por semana eles consomem entre 35 e 40 kg de carne, mas caçam. E quando foram resgatados, ambos estavam debilitados, pois a área onde estavam tinha queimado e possivelmente a oferta de alimento estava escassa. E no caso do Antã, a condição física dele estava delicada, muito desidratado. Agora ambos estão bem”, disse a médica-veterinária Jordana Toqueto, que acompanha os animais e participou do resgate da onça-pintada Miranda.

O tratamento dos ferimentos é essencial para que os animais retornem ao habitat natural e possam viver em segurança. “Eles estavam com a mobilidade reduzida por conta das patas feridas. Afeta em tudo, especialmente em relação a caça e a fuga, além da alimentação. No caso do macho, o ferimento é de terceiro grau, os ossos da pata estavam expostos. Mas com o tratamento, o mais rápido possível vamos devolvê-lo para natureza, na região onde ele foi encontrado”, explica Jordana.

A equipe de médicos-veterinários que acompanha os animais, ainda prevê realizar outros exames, mas com foco na rápida reabilitação de ambos, uma verdadeira força-tarefa é montada para garantir que todo o atendimento seja feito com rapidez e de forma eficiente. Por isso todo o atendimento aos animais ocorre de maneira que eles tenham o mínimo de contato possível com os seres humanos. “A gente toda todos os cuidados, até de cobrir o recinto caso necessário, para não terem contato visual. Eles são animais selvagens e queremos que continuem assim”, disse Aline.

Os dois resgates foram realizados pela equipe do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal), com apoio da PMA (Polícia Militar Ambiental) e do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente). As ações integram as iniciativas coordenadas e em cooperação da Operação Pantanal 2024.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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