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Cultura

Boca de Cena 2023 inicia com performance teatral e Seminário para discutir políticas públicas

O evento é uma realização da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul

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Começaram as atividades da Mostra Boca de Cena 2023, Semana de Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul, na manhã desta segunda-feira (27), na sede da Companhia Fulano di Tal, que fica na Rua Rui Barbosa. O evento é uma realização da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, do Governo do Estado, e que vai fazer a cidade de Campo Grande respirar o melhor do teatro e do circo do Estado.

O gerente de Difusão Cultural da Fundação de Cultura de MS, Marcio Veiga, abriu os trabalhos da Mostra. “É uma semana comemorativa em que congregamos espetáculos de companhias de teatro e circo de várias vertentes, de várias linguagens numa grande festa que será oferecida para o público através de 38 apresentações artísticas gratuitas e mais algumas atividades como o Seminário Estadual de Teatro, oficinas, e nós teremos ainda debates e discussões e possibilitar que esta semana seja também um espaço aberto para discussão sobre as políticas públicas para o teatro e circo aqui no Estado de Mato Grosso do Sul”.

O último Boca de Cena organizado pela Fundação de Cultura foi em 2018, porém ano passado houve uma experiência que foi totalmente organizada e produzida pelos artistas, com o financiamento da Fundação de Cultura. “E a Fundação de Cultura, agora, retoma a produção 100% do evento, tanto em financiamento quanto em organização, mas é claro, sempre com a participação ativa dos colegiados setoriais de teatro e de circo”.

O Boca de Cena abre tradicionalmente o Seminário Estadual de Teatro e Circo, que começou na manhã desta segunda-feira e vai durar três dias. “Esse espaço de discussão é uma assembleia livre para que os artistas, produtores, gestores de cultura de outros municípios possam discutir propostas para o governo, para que o governo possa apreciar e executar algumas ações que são os anseios da própria classe. É um espaço organizado de forma horizontal, onde todos têm direito à fala, onde as pessoas discutem, por meio de um Fórum presencial, sobre todas as perspectivas, expectativas com relação ao fazer teatral, acessibilidade, à democratização do teatro e circo, e ao final do seminário é feito um documento, é uma carta que é oferecida à Fundação de Cultura, ao Governo do Estado, para implementar algumas políticas que foram discutidas durante este espaço”, finaliza Marcio.

Para iniciar os trabalhos do Seminário, nada melhor do que uma performance cênica. Alessandra Tavares apresentou aos presentes a peça “Donzela”, que fala sobre violência doméstica, psicológica, violência física e também feminicídio. “Por si só, o fato de ser hoje o dia do teatro, o dia do circo, de a gente estar aqui discutindo as políticas públicas para o nosso Estado, por si só já é importante, então imagina para mim, como atriz, estar aqui fazendo a abertura e ainda mais falar de um tema que é tão importante e necessário, que é a violência contra a mulher, o feminicídio. Mato Grosso do Sul e Roraima são os dois Estados do Brasil com o maior índice de violência doméstica, de feminicídio, a cada seis horas é uma morte. Então poder levar a ‘Donzela’, que é um texto extremamente forte, para Campo Grande e também para vários municípios do Estado, é muito importante, porque através da arte a gente pode também tentar mudar este percentual tão trágico”.

A artista ressalta a importância da Fundação de Cultura do Estado em promover a Mostra e que este ano o evento vai ser um marco na cultura do Estado. “O Boca de Cena é feito pela instituição Fundação de Cultura, se não ele não existiria, porque é complexo você trazer pessoas do interior, hospedar, alimentar. Eu acho que este evento é fundamental para a Fundação conhecer, para a gente se conhecer. Eu vejo este Boca de Cena como um possível marco para que ele seja constante. Acho que isso é uma coisa que a gente tem que tirar daqui: a obrigatoriedade de o Estado manter o Boca de Cena, um evento para estar dentro do cronograma do Estado, como acontece com o Festival América do Sul Pantanal, como acontece com o de Bonito, como estão querendo fazer o Campão Cultural acontecer todo ano, que o Boca de Cena possa ser uma coisa permanente. E ainda poderia ser o Boca de Cena que rodasse o Estado, que acontecesse no Estado inteiro”.

O bailarino Marcelo Mariano, que há 38 anos atua na área da dança em Coxim, veio para o Seminário com a ideia de refletir o que os artistas passaram durante a pandemia, para haver uma retomada dos trabalhos. “Há muito tempo a gente está ilhado de toda essa coisa que aconteceu, como pandemia, e tudo, eu acho que… quais são os anseios? O que que é o agora? Eu acho muito importante este recomeço porque agora a gente pode ver o que que cada um de nós passou, o quais são os objetivos, o que a gente pode agora construir mais. Porque a gente ficou em frangalhos, principalmente os artistas. Chegou um momento em que a gente não entendia mais quem éramos nós. E acho este momento muito legal. Principalmente pela região Norte, onde está muito fragilizado lá, porque antigamente tinha um movimento muito grande, tinha a Festa do Peixe, grupos de teatro e de dança, milhões de outras coisas, e tudo foi se derretendo. E é isso que a gente quer: voltar com isso, ver essa coisa do coletivo, porque nós aqui de Mato Grosso do Sul temos sim que voltar com esse coletivo, a gente trazer, ouvir, e a partir daí a gente criar as nossas metas”.

Bianca Machado, da Companhia de Teatro Maria Mole, de Corumbá, disse que esse primeiro dia do Seminário é um dia para rememorar: “Tanto que tem uns papéis aqui mostrando desde 2014 um pouco da nossa lembrança. Nós vamos acabar descobrindo que nós estamos debatendo uma mesma, ou três, quatro, cinco pautas há anos e que a gente tem avançado pouco. Então é por isso que a gente tem que primeiro, agora, rememorar os últimos seminários para ver o que a gente avançou e o que a gente não avançou. Porque na verdade nós avançamos pouco. Essa é a realidade. Aonde está o problema? Esse primeiro momento vai ser de avaliação e de encontro, mesmo. E depois da pandemia, agora é a primeira vez que a gente reencontra todo mundo. O seminário é muito importante por causa desse reencontro. Eu consigo ver o trabalho das outras pessoas”.

Marcílio Caetano, de Nova Andradina, faz um trabalho no município e no distrito de Casa Verde, que segundo ele, é carente de cultura. “O trabalho do sarau cultural tem dado muito certo, tanto que estou lá há mais de 15 anos. A grande discussão que eu tenho trazido é a carência dos municípios com cultura. Bacana ter o Estado, a Fundação de Cultura voltando com formatar essa questão da cultura. Quanto mais a gente puder formatar isso aqui, é muito bom, mas poder levar isso para os municípios é melhor ainda, porque a gente vê a necessidade dos municípios e entende a carência muitas vezes até do próprio gestor, que não tem essa visão da cultura. Então se a gente tem isso aqui no Estado e tem essa possibilidade de levar isso para os municípios é muito bom. Que bom que passou a pandemia, que a gente está retornando, acho que o Boca de Cena é maravilhoso porque traz essa questão artística dos municípios, que tem municípios fazendo essa formatação cultural, trazer esses artistas para o evento fortalece isso. E que isso não possa parar mais”.

Para quem gosta de teatro e circo, o Boca de Cena 2023 é aberto ao público e com entrada franca. Confira a programação completa em: www.fundacaodecultura.ms.gov.br/bocadecena.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Cultura

Concurso de quadrilha vai movimentar a 46ª Festa Festa Junina de Dourados

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Haverá premiação para as quadrilhas que ficarem entre as três melhores colocadas. Arquivo/Assecom

Muita alegria e tradição vão marcar a 46ª Festa Junina de Dourados, que começa nesta sexta-feira (13), às 16h, e vai até domingo (15), no Centro de Convenções Antonio Tonnani, no Parque Alvorada. Ao som do “anarriê” vão ocorrer apresentações de quadrilhas em todos os dias de festa, além de shows nacionais e regionais, feira de artesanato, parque de diversões e muitas barracas e food trucks com comidas típicas. A organização é da Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Um ambiente temático e ‘instagramável’ está sendo preparado para receber milhares de pessoas do município e da região nos três dias. As famílias e os amigos já podem se preparar para acompanhar as apresentações das quadrilhas dos Centros de Educação Infantil Municipal e Escolas Municipais e Escolas Estaduais.

Na sexta-feira (13), a partir das 16h, a programação contará com apresentação das quadrilhas dos Ceim’s Kátia Marques Barbosa, Professora Zeli da Silva Ramos, Recanto da Criança e escolas municipais Arthur Campos Mello, Sócrates Câmara e Clori Benedetti de Freitas.

No sábado (14), também a partir das 16h, se apresentam as quadrilhas das escolas municipais Professora Avani Cargnelutti Fehlauer, Professora Iria Lúcia Wilhem Konzem, Januário Pereira de Araújo, Aurora Pedroso de Camargo, Prefeito Ruy Gomes, e escolas estaduais Ministro João Paulo dos Reis Veloso, Professora Floriana Lopes.

Haverá premiação para as melhores apresentações, agrupadas em categorias, sendo R$ 1 mil para o primeiro lugar, R$ 700 para o segundo lugar e R$ 300 para o terceiro lugar. Também haverá premiação para os professores responsáveis pelas quadrilhas que alcançarem o primeiro lugar.

MUITA MÚSICA

Já as atrações musicais tomam o palco a partir 19h, nos três dias, sendo que na sexta terá Maria Eduarda, Grupo Terra Seca e a dupla Júlia & Rafaela; no sábado, Grupo Postal Sul, Brenno Reis & Marco Viola e João Camaleão. O encerramento no domingo fica por conta de Grupo Surungo Bueno, ForróDiando e Alex & Yvan.

ARTESANATO, COMÉRCIO E MAIS

A diversidade de produtos em geral, variedade gastronômica, artesanatos está garantida. Dezenas de comerciantes e ambulantes já confirmaram participação. O momento é grandioso para economia local. Haverá ainda parque de diversões para as crianças.

Para manter limpeza e conforto, uma empresa contratada cuidará da coleta de lixo orgânico e reciclável durante toda a festa, que também conta com arena coberta para as apresentações e área de circulação totalmente decorada.

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Cultura

Festa Junina começa hoje com shows de Maria Eduarda, Terra Seca e Julia & Rafaela

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Festa Junina de Dourados começa nesta sexta-feira com grandes shows, comidas típicas e muita animação. Foto: A. Frota

A 46ª Festa Junina de Dourados começa nesta sexta-feira (13), no Centro de Convenções Antonio Tonnani, com grandes shows nacionais e regionais, concurso de quadrilhas, feira de artesanatos, parque de diversões e muitas barracas e food trucks com comidas típicas. O evento é realizado pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) e segue até o domingo (15). A solenidade oficial de abertura será comandada pelo prefeito Marçal Filho, a partir das 18h30, mas o espaço estará aberto ao público bem mais cedo.

Já a partir das 16h30, as atividades terão início no evento que conta com uma mega estrutura para receber milhares de pessoas do município e da região e foi planejado em cada detalhe para ser agradável para as famílias. Os shows terão início às 19h, com a artista Maria Eduarda. Posteriormente o Grupo Terra Seca, que é referência no forró nordestino, vai embalar o público. Na sequência, a dupla Julia & Rafaela, as irmãs do sertanejo que têm conquistado o país, vão animar os presentes.

Muita dança e animação estão confirmadas nesta sexta-feira (13), com as quadrilhas dos Centros de Educação Infantil Municipal (Ceim’s) Kátia Marques Barbosa, Professora Zeli da Silva Ramos, Recanto da Criança e escolas municipais Arthur Campos Mello, Sócrates Câmara e Clori Benedetti de Freitas.

A Praça de Alimentação será formada por 34 barracas de comidas típicas que prometem agradar todos os paladares, além de 15 food trucks que servirão cardápios mais elaborados. “Teremos opções de comidas típicas e outros pratos para atender toda população”, ressalta a secretária municipal de Cultura, Gisella Silva Melo.

Ela destacou que o público contará com uma festa temática, que está sendo preparada com muito carinho, contando com o apoio da artista Maria José Simplício, a “Pinduca”, para construção de lindos espaços para registros e com um ambiente voltado para a alegria entre família e amigos. “Toda nossa equipe trabalhou para construir lindos espaços para que as famílias façam muitas fotos e aproveitem bastante”, disse, ao pontuar também sobre sustentabilidade: “temos muitas peças de itens recicláveis e reaproveitadas, que a Pinduca transforma com muito talento e beleza”.

Destaque também para a Feira de Artesanato, que neste ano terá um espaço especial, todo coberto, com banheiros e atrações musicais. Além disso, o Parque de Diversões promete ser um dos mais completos, proporcionando lazer e diversão para todos os públicos.

Amanhã abrilhantam o evento o grupo Postal Sul, João Camaleão e a dupla Brenno Reis e Marco Viola, que promete envolver o público com clássicos  como “Pode voltar paixão”, “Piracicabano” e “Faca que não corta”. Para o domingo (15) estão confirmadas as atrações Surungo Bueno, Forrodiando e a dupla Alex e Yvan.

A Festa Junina de Dourados é um dos eventos mais tradicionais da cidade e nesta edição promete atrair um grande público, o que fomenta a economia, gerando visibilidade aos artesãos e comerciantes locais e ser ainda uma vitrine dos talentos regionais.

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Cultura

Festa Junina de Dourados terá três dias de música, dança, arte e sabores típicos

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Montagem da estrutura de palco e de estandes da festa Junina segue para a etapa final – Fotos: A. Frota

O Centro de Convenções Antônio Tonnani, no Parque Alvorada, já exibe decorações que anunciam a 46ª Festa Junina de Dourados, marcada para iniciar na sexta-feira (13) e que seguirá até domingo (15), sempre das 16h à meia-noite. Realizado pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Cultura, o evento reúne shows nacionais e regionais, concurso de quadrilhas, feira de artesanato, parque de diversões e muitas barracas e food trucks com comidas típicas.

Na manhã desta quarta-feira (11), o prefeito Marçal Filho percorreu o local ao lado da secretária de Cultura, Gisella Silva Melo, inspecionando palco, estandes e brinquedos do parque de diversões, e garantiu que “quase tudo está pronto” para receber o público. “É uma festa para toda família. Terá muitas atrações e diversões durante os três dias de festa”, disse o prefeito. Ele informa que, para reduzir custos, a prefeitura fez parceria com o empresariado local e Governo do Estado.

Prefeito Marçal Filho vistoriou nesta quarta-feira a montagem da estrutura da festa Junina

O evento reunirá feira de artesanato, exposição de produtos regionais, dezenas de barracas de comidas típicas, food trucks, concurso de quadrilhas escolares com premiação e música ao vivo em dois ambientes – no palco principal e no salão interno que abriga os artesãos.

Para manter limpeza e conforto, uma empresa contratada cuidará da coleta de lixo orgânico e reciclável durante toda a festa, que também conta com arena coberta para as apresentações e área de circulação totalmente decorada.

As quadrilhas vão dar o pontapé logo após a abertura diária na sexta e no sábado. Já as atrações musicais tomam o palco a partir 19h, sendo que na sexta terá Maria Eduarda, Grupo Terra Seca e a dupla Júlia & Rafaela; no sábado, Grupo Postal Sul, Brenno Reis & Marco Viola e João Camaleão. O encerramento no domingo fica por conta de Grupo Surungo Bueno, ForróDiando e Alex & Yvan.

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