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Política

Bancada federal de MS tem 4 favoráveis ao fim de empréstimo ligado ao FGTS

Emenda propõe acabar com linha de crédito via recursos da antecipação do saque-aniversário do FGTS

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Pode ter fim a possibilidade de usar o saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como garantia para empréstimos bancários, se emenda à MP (medida provisória) do Minha Casa, Minha Vida for aprovada.

Apresentada pelo deputado Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), a proposta quer limitar o uso dos recursos às situações essenciais já definidas por lei, e ao financiamento de imóveis – daí estar relacionada à MP do programa habitacional recriado pelo governo federal.

Entre os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul que deverão analisar essa emenda, seis anteciparam seus posicionamentos e dois, Beto Pereira (PSDB) e Luiz Ovando (PP), não quiseram responder.

Dos outros seis, são quatro os favoráveis ao fim do uso do saque-aniversário como garantia de empréstimos, e dois os contrários.

A favor – Da base do governo, Vander Loubet (PT) reconhece que a população enxerga de forma positiva a possibilidade de obter empréstimos tendo o fundo como garantia. “A gente entende que o trabalhador vê essa modalidade como uma vantagem”, começa.

O deputado petista, no entanto, quer a preservação do FGTS porque “[o empréstimo via saque-aniversário] foge à principal finalidade do fundo, que funciona como uma espécie de poupança para o trabalhador em caso de perda de emprego”, continua. E finaliza: “Então, é do interesse público que o governo e o Parlamento atuem no sentido de defender e preservar os recursos do FGTS, uma coisa que não era motivo de preocupação para o governo anterior, que criou esse saque-aniversário e que causa, justamente, uma redução de recursos do fundo”, opinou.

A deputada Camila Jara tem posicionamento semelhante: “O FGTS é uma reserva a longo prazo que vem sendo atacada com o saque-aniversário. As pessoas estão sacando uma quantidade de dinheiro importante para seu futuro para pagarem dividas atuais e custearem suas vidas. Essa não é a sua finalidade do FGTS, muito menos dar acesso a microcréditos. Precisamos garantir que essa renda atinja uma quantia significante para o trabalhador ter recursos para comprar uma casa para sua família, por exemplo”

Geraldo Resende (PSDB) compartilha a visão sobre o FGTS estar sofrendo desvio em seus princípios. “Ele foi concebido como uma poupança compulsória do trabalhador e como um fundo para políticas habitacionais. Ao longo do tempo, políticas de governos foram desvirtuando esses princípios. Essas possibilidades de saque atingem esses dois fundamentos”, observa.

O parlamentar do PSDB analisa que a concessão de crédito associada ao FGTS pode mais atrapalhar, do que ajudar. “O trabalhador, que utiliza esses saques, acaba ficando sem essa poupança no momento em que mais precisa. Quando esse saque pode servir para contratação de empréstimos com juros, tendo a acreditar que será ainda mais prejudicial para o trabalhador”, afirmou.

É também favorável ao fim dos empréstimos utilizando o fundo o deputado Dagoberto Nogueira (PDT). Ele argumenta que o fim dos empréstimos nessa modalidade “é uma saída das saídas encontradas pelo governo atual para garantir recursos para políticas de habitação, que ficaram paradas no governo anterior”.

Contra – Os dois deputados que se manifestaram contra à MP são Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL).

Pollon enfatiza que o dinheiro pertence ao trabalhador: “O FGTS tem rendimento aquém da inflação, então, essa questão do FGTS é mais grave quando o governo pretende retirar a possibilidade de usar esse recurso fora da casa própria e em prol da sociedade”. Ele classifica “a situação do FGTS” como absurda e diz que é preciso “combatê-la de forma firme”.

Já Rodolfo Nogueira defende a manutenção não somente da linha de crédito com recursos do saque-aniversário, mas também do próprio saque-aniversário. “O saque-aniversário do FGTS foi criado pelo ex-presidente. Acredito que ele deva ser mantido, pois esse recurso dá mais poder de compra para os cidadãos, sem contar que o dinheiro do povo fica na mão do povo”, falou.

Nogueira acredita que o trabalhador sabe utilizar e investir o recurso, e é contra intervenções. “O governo diz que o trabalhador não pode gastar esse dinheiro do FGTS do jeito que quiser pois, com o saque aniversário, o valor fica disponível para todos, mas eu penso que o trabalhador tem consciência o suficiente para decidir se quer sacar e como quer investir seu recurso. O governo não pode interferir nas decisões pessoais”, conclui.

Prazo – Os demais deputados federais eleitos em Mato Grosso do Sul, Beto Pereira (PSDB) e Luiz Ovando (PP), não se manifestaram sobre a emenda.

A MP do Minha Casa, Minha Vida tem 14 de junho como o prazo máximo para ser analisada pela Câmara. Com o relançamento do programa, o governo federal espera entregar 2 milhões de moradias.

Outras emendas – Até o momento, são 298 as emendas apresentadas à MP. Entre elas, há duas sugeridas pelo deputado Beto Pereira.

A primeira sugere que a União seja autorizada a transferir até R$ 2 bilhões para o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, em 2023, para construção de unidades habitacionais em municípios com população de até 50 mil habitantes, atendendo famílias com renda bruta mensal de até três salários mínimos, por meio do poder público ou de agentes financeiros.

A outra emenda propõe aperfeiçoar procedimentos retificatórios de propriedades com a publicação de edital on-line, para melhor publicidade, com intimação e prazo para manifestação.

Linha de crédito – O saque-aniversário do FGTS foi instituído pela Lei 13.932/19, permitindo ao trabalhador sacar parte do saldo de suas contas no fundo, anualmente, em data próxima ao aniversário.

A possibilidade de obter microcrédito a partir da antecipação dos recursos a serem sacados a cada ano ainda existe.

Criador da emenda que pretende por fim à linha de microcrédito, o deputado Sílvio Costa Filho justificou que “qualquer iniciativa de redirecionamento destes recursos, mesmo que para objetivos nobres, reduz a capacidade do país de equacionar tais gargalos” e que “a revogação da política de microcrédito com recursos do FGTS busca salvaguardar os recursos para habitação e infraestrutura”.

(Fonte: CampoGrandeNews. Foto: Divulgação)

 

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Política

Projeto redefine em 40 salários o teto das obrigações de pequeno valor

A previsão é que a proposta seja apresentada na sessão ordinária desta quarta-feira (27).

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A requisição de pequeno valor (RPV), que é o pagamento que o ente público é condenado a pagar por meio de processo judicial, poderá ter como teto 40 salários mínimos em Mato Grosso do Sul. É o que estabelece o Projeto de Lei 276/2024, protocolado na Assembleia Legislativa (ALEMS) nesta terça-feira (26) pela deputada Gleice Jane (PT).

A proposta altera a Lei 2.586/2002, que define a obrigação de pequeno valor. O RPV vigente, conforme disposto nessa lei, tem o limite de 515 Unidades Fiscais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms). Na redação proposta, o valor passa a ser igual ou inferior a 40 salários mínimos. A alteração, segundo justifica Gleice Jane, atende ao parágrafo terceiro do artigo 100 da Constituição Federal.

O projeto “visa garantir maior efetividade na prestação jurisdicional, ao assegurar que os créditos de menor valor, reconhecidos por decisão judicial transitada em julgado, sejam pagos de forma célere e eficaz”, afirma a parlamentar. A mudança também “é necessária para atualizar os valores à realidade econômica atual, corrigindo defasagens que prejudicam os credores de menor porte e, consequentemente, a própria eficácia da Justiça”, acrescenta.

A previsão é que a proposta seja apresentada na sessão ordinária desta quarta-feira (27). Depois, fica em período de pauta para recebimento de emendas e segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se o parecer quanto à constitucionalidade for favorável, continua tramitando com votações nas comissões de mérito e no Plenário.

(Com assessoria. Foto: Divulgação)

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Deputados cobram ações urgentes para resolver crise hídrica nas aldeias indígenas

Pedro Kemp solicitou uma força-tarefa das autoridades para sanar a crise hídrica nas aldeias Bororó e Jaguapiru

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Nos últimos anos, a falta de água potável tem se tornado um problema cada vez mais grave nas aldeias indígenas de diversas regiões do Estado. O acesso à água, recurso essencial para a saúde, é uma luta para muitas dessas comunidades e tem sido constantemente debatida pelos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Na sessão desta terça-feira (26), os parlamentares voltaram a cobrar uma solução do governo.

Pedro Kemp (PT) foi o primeiro a tratar sobre o tema, solicitando uma força-tarefa das autoridades federais e estaduais para sanar a crise hídrica nas aldeias Bororó e Jaguapiru, localizadas no município de Dourados. “Moradores têm relatado a falta de água para beber, cozinhar, lavar roupas e tomar banhos, condições que afetam o dia a dia dessas pessoas, fazendo, inclusive, com que as crianças percam aula por falta de roupa limpa.

Para Lia, o governo precisa intensificar os esforços para garantir o acesso à água

Conforme Kemp, os reservatórios das aldeias estão vazios, as crianças estão coletando água em córregos, o que agrava ainda mais a situação diante da contaminação por agrotóxico. “Diante de toda a situação de calamidade, os índios estão bloqueando rodovias em forma de protesto. Em 2023, o Governo do Estado, através da Sanesul, elaborou um projeto para solucionar a crise hídrica nas aldeias de Dourados. Orçado em R$ 35 milhões, foi inserido no PAC [Programa de Aceleração e Crescimento], entretanto, até o presente momento ainda não há notícias de que tenha sido colocado em prática”, informou.

Lia Nogueira (PSDB) também cobrou uma ação rápida do governo. “Isso já se arrasta há mais de 20 anos. Existe projeto para que água seja levada às aldeias e outros municípios, como Paranhos e Amambai, mas não sai do papel. Não dá mais para esperar, chegou ao limite. O governo precisa intensificar os esforços para garantir o acesso à água nas comunidades indígenas”, disse a deputada.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Política

Congresso encerra sessões e reforça segurança após explosões no STF

Segundo Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa ajuda na apuração

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As sessões plenárias da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram encerradas na noite desta quarta-feira (13) após o registro de explosões perto do prédio do Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a Polícia Legislativa das duas casas está ajudando na apuração das circunstâncias do fato. 

Ele também afirmou que a segurança nas duas casas está sendo reforçada. “É o momento de se aferir as circunstâncias e todos terem as cautela e as precauções devidas. É natural que, diante do acontecimento que foi noticiado, é óbvio que toda força de segurança tem que estar em alerta nesse instante”.

Pacheco lamentou o ocorrido e a morte de uma pessoa. “Lamento se tem uma pessoa morta, manifestamos toda a nossa solidariedade e lamentamos sem conhecer as circunstâncias”.

Ele também lembrou os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de pessoas invadiram e depredaram o prédios públicos de brasília. “Foi muito triste e relevante e mudou todos os padrões de segurança dos Três Poderes”.

O 2º vice-presidente da Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), suspendeu a sessão depois de receber as informações das explosões e da morte. “Estamos com seguranças em todos os acessos para garantir a nossa saída daqui a nossos lares”, afirmou.

Explosão

Policiais militares fazem uma varredura na Praça dos Três Poderes após duas explosões terem ocorrido na noite de hoje perto do prédio do STF. O Corpo de Bombeiros confirmou a morte de uma pessoa.

A perícia também está no local.

O acesso de pedestres e carros à Esplanada dos Ministérios foi fechado em decorrência das explosões, que ocorreram por volta das 19h30.

Em nota, o STF disse que foram “ouvidos dois fortes estrondos ao final da sessão e os ministros foram retirados do prédio com segurança”. “Os servidores e colaboradores também foram retirados por medida de cautela”, acrescenta. O público que participava da sessão que analisava ação sobre letalidade policial em favelas foi retirado às pressas. As explosões foram ouvidas após o encerramento da sessão.

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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