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Verde / Sustentável

Balanço: fiscalizações da Operação Piracema já apreenderam 270 kg de pescado irregular

Em Aquidauana, as ações foram ainda mais intensas. Em apenas 24 horas, a PMA flagrou três casos de pesca predatória.

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Com o início do período de defeso em 5 novembro, as autoridades ambientais do Mato Grosso do Sul intensificaram as operações de fiscalização, com o objetivo de proteger os recursos hídricos e garantir a reprodução das espécies aquáticas no Estado.

A Polícia Militar Ambiental (PMA), em parceria com o Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e o Comando de Policiamento Rural, tem realizado patrulhas fluviais, inspeções em estabelecimentos comerciais e bloqueios terrestres em todo o Estado.

Nas últimas semanas, as equipes de fiscalização já registraram 68 fiscalizações em peixarias e comércios de pescado, resultando em três autuações com multas que somam mais de R$ 11,4 mil e na apreensão de quase 270 kg de pescado em situação irregular.

Em Aquidauana, as ações foram ainda mais intensas. Em apenas 24 horas, a PMA flagrou três casos de pesca predatória. Um homem foi visto utilizando tarrafa, outro armando anzóis de galho em uma canoa e um terceiro transportava 12 kg de pescado de diversas espécies. Em todos os casos, os infratores foram autuados e os equipamentos apreendidos.

A pesca ilegal durante o período de defeso causa um grande impacto na biodiversidade aquática do Pantanal, comprometendo a reprodução das espécies e a sustentabilidade dos recursos pesqueiros. Além disso, a atividade gera prejuízos econômicos para os pescadores profissionais que respeitam as leis ambientais.

A prática da pesca predatória é um crime ambiental com penas previstas na Lei Federal nº 9.605/1998. Os infratores podem ser condenados a penas de um a três anos de prisão, além de multas que variam de R$ 700 a R$ 100 mil, mais R$ 20 por quilo de pescado irregular.

Além da pesca

As operações de fiscalização não se limitam à pesca ilegal. Durante uma ação conjunta da Polícia Militar Rural, PMA e IAGRO, na região conhecida como Copo Sujo, uma carreta transportando 28 equinos sem a devida Guia de Transporte Animal (GTA) e apresentando sinais de maus-tratos foi interceptada. Os animais, que tinham como provável destino o Paraguai, foram apreendidos e o motorista encaminhado à delegacia.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Sustentabilidade: florestas plantadas em MS contribuem para a meta de carbono neutro

Pesquisadora local conduziu estudo, financiado pela Fundect, que aponta para tal situação

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A engenheira agrônoma Larissa Pereira Ribeiro Teodoro participa de uma pesquisa inédita financiada pela Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) e que revela a contribuição que florestas plantadas de eucalipto podem dar para que Mato Grosso do Sul alcance a meta de ser carbono neutro até 2030. O estudo  também confirma que a diversidade microbiológica do solo não é afetada pela cultura.

Este resultado gerou um artigo, que projetou o Mato Grosso do Sul em uma das revistas científicas mais importantes da Europa.

“Após dois anos de estudo, novamente se comprovou que a cultura de eucalipto emitiu menos CO2, quando comparado aos outros usos também avaliados e de forma similar à mata nativa. Isto é um resultado muito importante quando a gente pensa em termos de estratégias econômicas, que aliam economia e sustentabilidade para o Estado”, avalia a pesquisadora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), no campus Chapadão do Sul.

Outra informação importante indicada pelo estudo que a doutora em Genética e Melhoramento participa diz respeito à diversidade microbiológica do solo.

“Muitos defendem que culturas agrícolas podem afetar e diminuir a diversidade microbiológica do solo. O que seria algo extremamente maléfico para o meio ambiente, até porque os microrganismos fazem parte de todo esse balanço de carbono. Porém, foi observado [na cultura de eucaliptos] que a diversidade é muito similar a áreas que nunca sofreram antropização como a uma mata nativa. Ou seja, sem ação humana sobre a natureza”.

A pesquisadora ainda enfatiza a importância da preservação de áreas nativas.

“A vegetação nativa é de extrema relevância para a biodiversidade e também para alcançarmos as metas de neutralidade de carbono. Nossos resultados visam contribuir para criar estratégias mais sustentáveis dentro do setor agropecuário e florestal, substituindo sistemas de produção com maior emissão de carbono, como pastagens degradadas, ou aumentar as áreas em sistemas de integração pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta. Todos caminhos promissores”.

O projeto

O projeto, financiado pela Fundect é liderado pelos professores Paulo Teodoro, da UFMS, e Carlos Antonio Silva Junior, da Unemat/Sinop (Universidade do Estado de Mato Grosso).

Muito elogiado por especialistas, o estudo foi publicado no periódico Journal of Cleaner Production, que é publicada pela editora holandesa Elsevier, especializada em conteúdo científico e sustentável, técnico e médico. O artigo científico na revista projetou Mato Grosso do Sul como sendo pioneiro em elaboração de estratégias de mitigação de gases de efeito estufa.

Recentemente, Larissa Ribeiro recebeu um prêmio Fundação Bunge, considerado um dos mais prestigiados reconhecimentos de mérito científico do Brasil na área de agropecuária. Ela venceu na categoria Juventude. A premiação foi conquistada pelo trabalho da pesquisadora em diversos projetos, incluindo o intitulado ‘Predição do fluxo de CO2 e desempenho fisiológico de soja utilizando aprendizagem de máquina e sensor hiperespectral’, desenvolvido com o apoio da Fundect.

Veja neste link o artigo (em inglês) publicado na revista científica.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Piracema: reforço da fiscalização no feriado termina com prisões e apreensão de materiais

. A fiscalização também se estendeu ao sul do Estado, como na região do Porto Vilma e Ipezal, no município de Deodápolis.

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As ações de fiscalização ambiental foram intensificadas em Mato Grosso do Sul durante o feriado prolongado da Proclamação da República, com  PM (Policia Militar), PMA (Polícia Militar Ambiental) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) promovendo barreiras e patrulhas em diversas regiões do Estado, visando proteger os recursos pesqueiros durante o período de defeso.

Empregando tecnologias de georreferenciamento por meio do sistema SIGIA, drones com câmeras termais e monitoramento OVN, foi possível identificar pontos de difícil acesso, fortalecendo o combate às práticas ilegais. Barreiras estratégicas foram montadas em rodovias e pontos de comercialização de pescado, com ações educativas e repressivas.

Durante o feriado, barreiras foram realizadas conjuntamente pela PMA e pelo Imasul na BR-262, próximo a Terenos, e no posto Taquarussu, em Aquidauana. A fiscalização também se estendeu ao sul do Estado, como na região do Porto Vilma e Ipezal, no município de Deodápolis.

Além de fiscalizar, também as ações tiveram foco educativo, alertando sobre as restrições ambientais, especialmente com a aproximação das festas de fim de ano e aumento de turistas no Estado. Ao todo foram abordadas 628 pessoas, sendo que seis foram encaminhadas para a delegacia e diversos materiais de pesca e até armas de fogo foram apreendidos.

As unidades da PMA apreenderam 48 molinetes, nove varas de pesca, 24 anzóis de galho, três tarrafas, cinco redes de pesca e cinco armas de fogo em 249 pontos de fiscalização georreferenciados conforme previsto no plano estratégico. Também foram fiscalizados 68 estabelecimentos comerciais e 27 pesqueiros e ranchos, resultando em multas que somaram R$ 23.314 e na apreensão de 680,38 kg de pescado irregular.

Flagra em ‘incluencers’

Um caso chamou atenção na região de Rochedo próximo a confluência do rio São João com o Aquidauana, onde quatro homens foram flagrados praticando pesca irregular no rio Aquidauana. Eles alegaram estar produzindo conteúdo para redes sociais e canais no YouTube. Detidos, eles receberam multa de R$ 2.800,00 e foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Rochedo.

Também foram fiscalizados 68 estabelecimentos comerciais e 27 pesqueiros e ranchos, resultando em multas que somaram R$ 23.314 e na apreensão de 680,38 kg de pescado irregular, sendo a maior apreensão no bairro Jupiá, em Três Lagoas, onde foram confiscados 393,68 kg de pescado irregular.

A Polícia Militar, em ações paralelas, resgatou dois papagaios e um tucano em situação de maus-tratos nas regiões de Bela Vista e Aquidauana. Os responsáveis foram autuados em R$ 6.000 e os animais encaminhados ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).

Fique atento às regras durante o defeso

BACIA DO RIO PARAGUAI

– Pesca de subsistência: Permitida para populações tradicionais, com limite de 3 kg ou um exemplar por dia, exclusivamente para consumo.

– Pesca científica: Autorizada mediante permissão ambiental.

– Pesca esportiva (pesque e solte): Permitida a partir de 1º de fevereiro de 2025

BACIA DO RIO PARANÁ

– Pesca em reservatórios: Permitida para captura de espécies exóticas ou híbridas, com cota de 10 kg mais um exemplar.

– Regras específicas: Proibida a menos de 1.500 metros de usinas hidrelétricas.

– Equipamentos autorizados: Linha de mão, vara, anzol, molinete ou carretilha com iscas naturais ou artificiais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Fórum de Mudanças Climáticas de MS está com inscrições abertas: participação é gratuita

Haverá uma programação extensa com palestrantes renomados abordando diversos assuntos dentro do tema ‘mudanças climáticas’

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Interessados em participar do II Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, nos dias 27 e 28 de novembro, já podem fazer a inscrição totalmente gratuita e garantir assento no evento. O Fórum é promovido pelo Governo de Mato Grosso do Sul, através da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), e será realizado no auditório do Sebrae (Serviço Brasileiro de Micros e Pequenas Empresas) em Campo Grande.

O governador Eduardo Riedel e o titular da Semadesc, Jaime Verruck, farão pronunciamentos na abertura detalhando os compromissos do Estado com a sustentabilidade e o enfrentamento das mudanças climáticas. Importantes estudiosos do tema foram convidados para palestrar no evento, que contará ainda com rodadas de conversa e reuniões técnicas.

Nessa segunda edição do Fórum, a intenção é avançar no debate e criar “oportunidade para o fortalecimento das políticas ambientais em níveis estadual e municipal, a partir do momento em que propicia a troca de experiências e a integração de práticas sustentáveis”, ponderou o secretário-executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette.

Haverá uma programação extensa com palestrantes renomados abordando diversos assuntos dentro do tema ‘mudanças climáticas’. No primeiro dia (27) acontecem as palestras e no dia 28 as câmaras técnicas do Fórum se reúnem para discutir, dentro de um processo de mediação, a definição das principais diretrizes dos trabalhos e demais direcionamentos resultantes dos debates.

O I Fórum Estadual de Mudanças Climáticas foi realizado em abril deste ano, também em Campo Grande, e teve como um dos principais palestrantes o pesquisador Daniel Vargas, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em sua exposição, Vargas ofereceu elementos para provocar uma reflexão sobre a postura que o Brasil e outros países tropicais devem adotar nos fóruns mundiais que criam as regras ambientais. Vargas salientou que o Brasil tem muito a oferecer para o equilíbrio mundial das emissões de GEE (gases do Efeito Estufa), no entanto é tratado como parte do problema.

Serviço:

II Fórum Estadual de Mudanças Climáticas.
Data: 27 e 28 de novembro de 2024.
Local: Sebrae/MS – Av. Mato Grosso, 1661, Campo Grande – MS.
Inscrições: acesse o site oficial do evento.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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