A prefeita Adriane Lopes, acompanhada da diretora-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf) se reuniu, na noite desta quarta-feira (15), em regime de urgência, com 120 moradores da comunidade Osvaldo Aranha, localizada no Jardim Monumento, para anunciar a nova rede de energia elétrica na região, no mesmo dia em que efetivou a parceria entre Prefeitura de Campo Grande e a Energisa para regularizar as ligações até então clandestinas nas comunidades atendidas por projetos de regularização fundiária.
Adriane Lopes explicou que a constituição da ligação regular no local é uma de suas prioridades e que, como mulher, sua responsabilidade é ainda maior, já que a maioria da comunidade abriga mães chefes de família.
“A nossa equipe não tem hora para parar. A prefeita está à disposição 24 horas por dia. Eu e toda a nossa equipe estamos trabalhando pela nossa cidade com muito empenho e dedicação. Hoje estamos cumprindo o que prometemos ali atrás. Aqui, a maioria são mães chefes de família que sofreram com o corte de energia. Isso não doeu só em vocês, doeu na gente também. Vocês me procuraram por uma solução permanente. O resultado de uma reunião de 2 horas de duração com a Energisa foi a garantia de que todos os moradores daqui da comunidade terão acesso à energia regular, com justiça social”.
Maria Helena Bughi, diretora-presidente da Amhasf, acrescentou que este é um momento de mudança efetiva para a comunidade. “Todos vocês querem a mesma coisa: a documentação da moradia de vocês, a rede de energia e água regularizada, para que todos estejam de acordo com a legislação e vocês só não fizeram isso antes por falta de oportunidades. Nós fomos provocados a agir em relação a esse caso. A prefeita prontamente esteve em uma agenda com a Energisa. Nós, então, conseguimos evoluir nessa questão para poder ajudá-los rapidamente”.
Paulo Ângelo de Souza, presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã-i (CDDH-MS), que também esteve presente no encontro, reiterou o apoio da instituição em parceria com a Prefeitura. “Eu já venho acompanhando a luta de todos pela moradia digna aqui na região. A prefeita Adriane e a Maria Helena, que tem sido companheiras de lutas, são pessoas sérias que vão tratar com todo cuidado a questão da moradia. O CDDH vai acompanhar essas famílias até o final, pois ainda vamos comemorar juntos essa regularização.”
De acordo com Mary Moreira Gomes, 40, cozinheira, moradora há dez anos na região e liderança na luta pela regularização, comemorou as novas mudanças que estão chegando. “Eu moro aqui há quase 10 anos e fico muito feliz com esse apoio da prefeita e da Maria Helena. Essa regularização será uma conquista, uma vitória, não só para mim, mas para todos nós da comunidade.”
Para Marta de Souza Moura, 40, pastora de uma igreja evangélica instalada na comunidade, moradora há dez anos na área que será contemplada pela regularização, a medida vai evitar as ligações clandestinas, que colocam em risco a vida e a integridade dos moradores, sobretudo em períodos de chuvas. “É muito boa essa iniciativa de regularizar a energia daqui da comunidade, pois a gente precisa e evita que as pessoas façam ‘gambiarras’ nas ligações”, considerou.
Já Ado Marcos da Rocha, 52 anos, operador de máquinas, de maneira muito lúcida, enfatizou que os moradores têm a consciência de que fizeram errado ao puxar a energia de maneira irregular, porém, trata-se de uma situação delicada, já que no local há muitas crianças e idosos que necessitam do serviço básico para sua sobrevivência e subsistência.
“A gente recebe essa notícia de bom grado porque estamos nessa luta há quase 10 anos e queremos ter dignidade. Ninguém está se recusando a pagar energia, mas a gente precisa que passem a rede aqui. Estamos dispostos a pagar pelo padrão e teremos a oportunidade de corrigir uma falha nossa, pois sabemos que estamos errados, mas era o único meio de dar algum conforto para nossa família, para não ficar no escuro”, explicou o morador da comunidade.
Cadastramento
Agora, nesta quinta-feira (16) as equipes da Amhasf retornam ao local para recolher os dados cadastrais dos moradores para enviar a listagem à concessionária de energia. Conforme esclarece Maria Helena, este passo é fundamental para solicitar a urgência da ligação. “A recomendação é que as pessoas permaneçam no local hoje para que as equipes da Amhasf recolham os dados com os nomes que serão encaminhados à Energisa e, assim, efetuem, o mais rápido possível, as ligações, dessa vez, devidamente regularizadas”, finalizou.
(Com assessoria. Fotos: Divulgação)