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Operação Pantanal 2024

Ajuda aos ribeirinhos, novas aeronaves em ação e ‘respiro’ da chuva: live atualiza dados da Operação Pantanal

Serão levadas cestas básicas, água potável e haverá atendimento médico às famílias afetadas pelos incêndios florestais.

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Durante a live semanal nesta quinta-feira (8) com atualização das ações de combate ao fogo no Pantanal de Mato Grosso do Sul, a Defesa Civil trouxe detalhes de como será a ação inédita de assistência humanitária para ajudar três mil ribeirinhos da região pantaneira.

Serão levadas cestas básicas, água potável e haverá atendimento médico às famílias afetadas pelos incêndios florestais. Vão participar da missão pediatras, cardiologistas, geriatras, pneumologistas e infectologistas, além de enfermeiros. A ação vai até novembro nas regiões do Taquari, Alto e Baixo Pantanal.

“A gente tem o cronograma da visita a essa população ribeirinha, iniciando dia 25 de agosto e já temos o plano dessa ação se tornar perene. Como há esse novo comportamento do clima no Pantanal, sabemos que a população ribeirinha está passando por dificuldade”, explica o coordenador-geral da Defesa Civil, coronel Hugo Djan Leite.

Recentemente, o governo estadual conseguiu através do MDR (Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional) a liberação de R$ 13,4 milhões para execução de ações de resposta da Defesa Civil no enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal. Aeronaves e equipamentos alugados como a verba federal já estão em campo. São 7 aviões, além de tratores, esteiras, equipamentos de proteção individual, caminhões e caminhonetes.

Combate aos incêndios no Pantanal (Foto: Bruno Rezende)

A área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul desde o início deste ano até 6 de agosto chega a 1.089.600 hectares, o que representa aumento de 118,1% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 499,4 mil hectares (considerada até então, a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS). Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Quanto aos focos de calor detectados por satélite, já são 5.400 em 2024, ou seja, 47,1% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 3.672, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).

O coronel Adriano Rampazo, subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros e chefe das operações de combate a incêndios, também participou da live.

“Tivemos uma semana bastante difícil, um combate em situação severa. Além dos focos que já vínhamos atendendo perto da Serra do Amolar e Porto da Manga, aquele que eu mostrei semana passada iniciado com um caminhão se estendeu por várias fazendas. Condições de vento muito fortes. Estive in loco para ajudar. Conseguimos proteger principalmente as sedes de fazendas”, detalhou.

Na terça-feira (23), um caminhão de transporte de gado atolado na areia da região da Nhecolândia pegou fogo e as chamas se alastraram rapidamente. Este foi o foco mais preocupante da semana e chegou até a BR-262.

Antes de chegar na estrada o fogo passou por uma área onde os combatentes não tinham acesso, por isso uma equipe ficou aguardando a chegada dele na rodovia para proteger toda a comunidade do Salobra e as propriedades no entorno.

“Os bombeiros não vão parar por conta da chuva de hoje. Nossas equipes a partir de agora vão trabalhar no rescaldo desta região e das outras que nós estávamos combatendo. A população acha que choveu, acabou o fogo. Pode ter amenizado, diminuído a fumaça, mas ainda tem muita brasa. Vamos fazer todo o trabalho de rescaldo nos próximos dias”, completou o coronel Rampazo.

Atualmente 106 bombeiros de Mato Grosso do Sul seguem nas ações de combate. Existe também o apoio efetivo de integrantes da Força Nacional de Segurança Pública, militares da LIGABOM, Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira, Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, além de 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Estão à disposição das equipes 23 aeronaves dos Governos Estadual e Federal. A frota ainda conta com 53 veículos (caminhonetes, caminhões e similares) e 7 embarcações.

Questões climáticas 

No começo na manhã desta quinta-feira (8) já havia chovido 13 milímetros em várias partes da região pantaneira, incluindo as cidades de Porto Murtinho, Aquidauana, Miranda e Corumbá. Deve continuar chovendo até amanhã. A previsão indica avanço de uma frente fria com aumento de nebulosidade e queda acentuada nas temperaturas.

“Vamos observar mínimas entre 9 e 15°C na região pantaneira e máximas entre 16 e 23°C. Isso ajuda a melhorar os índices de umidade relativa do ar, são esperados acima de 50%. Com a passagem desta frente fria o perigo de fogo fica em condições baixas. Essas condições devem se estender até 10 agosto. A partir de 11 e 12 de agosto as temperaturas devem se elevar e isso aumenta a probabilidade de fogo novamente”, explicou Valesca Fernandes, coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul).

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Incêndios florestais se intensificam em biomas de MS, e na fronteira com a Bolívia combate continua

Já o monitoramento é realizado nas regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.

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Com previsão de continuidade da estiagem em Mato Grosso do Sul, aliado a baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, os incêndios florestais se intensificam em todos os biomas no Estado.

Atualmente o combate é feito nas regiões do Paiaguás, Paraguai Mirim, Nabileque, Porto Índio, Miranda, Aquidauana, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Porto Murtinho, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema).

Já o monitoramento é realizado nas regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.

A região do Pantanal sul-mato-grossense enfrenta condições climáticas que potencializam o risco de incêndios florestais. A previsão para os próximos dias continua sendo de estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas. Diante deste cenário, as equipes mantêm as ações de vigilância nas áreas atingidas e também nas regiões onde estão instaladas as 12 bases avançadas.

As temperaturas na região estão em condições extremas, com registros que chegam a 40°C, vento com rajadas de quase 50 km/h e umidade relativa do ar em 10% na maior parte do Estado.

Com atuação para controle e extinção das chamas nos diferentes biomas presentes em MS – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – o trabalho do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) é intenso em Miranda, onde foi realizado alijamento (soltura de água para contenção das chamas) com o apoio da aeronave KC-390, nas três frentes microrregião do Salobra, Betione e Retiro Chora, que contam com combatentes e como prioridade de proteger os moradores ribeirinhos.

Na região do Paiaguás, é realizado combate a focos ativos que estão próximos à divisa com o estado do Mato Grosso, onde o fogo está às margens do Rio Piquiri.

Na área do Paraguai Mirim desde terça-feira (9) os bombeiros fazem o combate aos focos que ameaçavam a comunidade local.

Outro local que demanda atuação constante das equipes é na região do Porto Índio, na fronteira com a Bolívia, onde os bombeiros atuam há sete dias. Um segundo foco – mais ao sul, também próximo ao país vizinho – tem acompanhamento dos militares desde domingo (8). A área em chamas no Porto Índio é de difícil acesso e mobiliza transporte de militares com uso de aeronaves.

A Operação Pantanal 2024 completa 162 dias com trabalho que envolve militares de diversos estados, além de outras forças de segurança estadual e federal, com apoio de diversas aeronaves, além de equipes por água e ar.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Voluntários chegam ao interior do Pantanal para levar ajuda e dar assistência aos ribeirinhos

Este grupo faz parte da primeira Operação Humanitária aos ribeirinhos do Pantanal desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Defesa Civil.

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Ajudar o próximo, levar dignidade e acolher quem precisa de apoio. Com este sentimento dezenas de voluntários estão no interior do Pantanal para promover ação social e humanitária aos ribeirinhos. Eles vieram para fazer a diferença, com o lema de não deixar ninguém para trás.

Este grupo faz parte da primeira Operação Humanitária aos ribeirinhos do Pantanal desenvolvida pelo Governo do Estado, por meio da Defesa Civil. Nesta semana os moradores da região do Taquari vão receber cestas básicas, água potável e atendimento médico e social. Mais de 230 famílias serão contempladas.

“Sempre gostei de ajudar o próximo, ser uma pessoa útil, por isso me interessei em ser voluntária da Defesa Civil. Minha vida é ajudar o próximo. Os ribeirinhos sofreram com as queimadas e ainda tem a distância”, afirmou Lúcia Barrios Conti, voluntária da Operação no Pantanal.

Fazendo parte da área de logística, Kelly Rolon Batistoti conta que aprendeu muito na ação social no Rio Grande do Sul e que agora é hora de ajudar o seu povo. “Aqui o sentimento será mais especial, pois são nossos irmãos. É um sentimento único acolher estas pessoas que estão em locais isolados, esperando ajuda. Isto é levar dignidade a quem precisa”.

Um dos pilares desta ação humanitária é o atendimento a saúde dos ribeirinhos. A voluntária Isabella Dalla, coordenadora da equipe de saúde, conta que foi convidada para operação e que aceitou está missão especial.

“Pantanal faz parte de todos nós, por isso prontamente aceitei o desafio. Estamos com uma equipe de cinco profissionais, entre médicos, enfermeiros, auxiliar de enfermagem e até veterinários para dar todo apoio necessário”.

A coordenadora de saúde explicou que será feito um atendimento primário, com entrega de medicamentos. Caso seja necessário exames ou continuidade de tratamento haverá parceria com o município de Corumbá para dar prosseguimentos as ações de saúde pública. “É extremamente gratificante fazer parte deste quadro voluntário, muda a vida das pessoas. Não tem preço que pague, nada preenche este sentimento”.

Benefício social

Para ajudar na renda mensal dos ribeirinhos, o programa Mais Social estará presente, com o cadastro de famílias que estão em situação de vulnerabilidade dentro do Pantanal. Quem atender aos critérios vai receber seu cartão social, no valor de R$ 450,00 por mês. Para realização compra de alimentos e produtos de higiene.

Márcia Arguelho da Silva será a responsável por fazer este cadastro, desta vez focada nos ribeirinhos. “O programa atende a pessoa que precisa deste apoio no momento difícil. Vamos fazer cadastro nas comunidades e quem atender os requisitos vai ganhar seu cartão social. Trazer esta ajuda é uma satisfação pessoal, em uma região que sou apaixonada”.

Percurso e expectativa

Com uma comitiva de oito caminhonetes, as equipes da Operação Humanitária saíram na segunda-feira (26) de Corumbá, rumo a base operacional, dentro da região do Paiaguás no Pantanal.

Foram quase oito horas de viagem, sendo a maioria de estrada de chão, tendo trajeto de balsa, passando por areiero, e conferindo de perto uma comitiva pantaneira tradicional, com a locomoção de gado no coração do Pantanal.

Junto com as belezas naturais, também nota-se a dificuldade de acesso para chegar até estas comunidades isoladas, que na região do Taquari tiveram que lidar com a seca rio, sua principal fonte de renda e sobrevivência.

No caminho o verde e a natureza típica entra em contraste com seca prolongada que se instala no Pantanal neste ano. O ânimo e o empenho dos voluntários e profissionais que seguem para ajuda humanitária no entanto continuam firme e com grande expectativa para esta semana de trabalho.

“Percorremos praticamente 200 km, mas devido o acesso a viagem chega a 8 horas, de Corumbá até a região do Paiaguás. Chegamos na nossa base avançada e a partir de terça começa a ajuda humanitária aos ribeirinhos. Este trajeto nos mostra como é difícil para eles saírem das suas comunidades e chegar às cidades”, afirmou o capitão da Defesa Civil, Maxwelbe de Moura Fé.

Responsável pela logística da Operação, o capitão Carlos Roledo (Defesa Civil) destaca que para realização destes trabalhos houve um planejamento para hospedagem, transporte e alimentação de toda está equipe. “Pantanal é diferente, exige veículos adequados para adentrar a região e motoristas experientes que conhecem as estradas. Toda a ação vai contemplar as famílias que moram aqui, com a contribuição de mais de 30 pessoas envolvidas”.

A partir desta terça-feira serão atendidas as comunidades do Corixão, Cedrinho, João Banana, Escola Nazaré, Porto Rolon e Fazenda Santa Aurélia. As atividades seguem até o dia 31 de agosto na região do Taquari.

Moradora da região há 44 anos, Ana Regina, conhecida como “Dona Noca”, reconhece que esta ação vai ajudar muitas pessoas que precisam de apoio. “Aqui é muito difícil o transporte e este atendimento de saúde será importante”.

Dona Noca garante que apesar de todas as dificuldades, não tem a menor intenção de deixar o Pantanal. “Morei aqui a vida inteira, quando fico uma semana na cidade, já quero voltar. Nunca vou deixar o Pantanal, aqui moram pessoas humildes de bom coração”.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Bombeiros de Santa Catarina também auxiliarão equipes de MS no combate ao fogo no Pantanal

Quem agora soma esforços no bioma pantaneiro é o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

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O combate aos incêndios florestais que atingem o Pantanal continuam em Mato Grosso do Sul, unindo esforços de equipes sul-mato-grossense e reforços federais e de estados que estão colaborando com o trabalho coordenado realizado pelo Governo do Estado. Quem agora soma esforços no bioma pantaneiro é o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina.

A confirmação do envio de 20 militares com equipamentos completos, divididos em seis viaturas, foi dada nesta terça-feira (27) pelo governador catarinense Jorginho Mello ao governador sul-mato-grossense Eduardo Riedel, em mensagem entre os chefes de Executivo.

Os combatentes que em breve desembarcarão no Pantanal chegam já com todo o EPI (Equipamento de Proteção Individual) necessário para esse tipo de trabalho. As seis viaturas ainda trazem mais 84 itens, entre eles assopradores, roçadeiras, motosseras e motobombas de água limpa, além de abafadores, batedores, facões e enxadas.

“Conte com Santa Catarina”, frisa o governador Jorginho na mensagem. Todos os esforços oferecidos ao Mato Grosso do Sul no combate aos incêndios são bem vindos, diante da situação enfrentada no bioma pantaneiro, considerado um dos mais importante.

Recentemente uma equipe do Rio Grande do Sul também chegou ao Estado para reforçar o trabalho de combate aos incêndios no Pantanal. Ao todo 11 bombeiros militares especializados no enfrentamento desse tipo de ocorrência chegaram no fim de semana. Junto com eles vieram ainda quatro picapes e diversos equipamentos para realizar o combate.

(Com: assessoria. Foto: Divulgação)

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