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Meio Ambiente

Ações de conservação devolvem floresta a 1,5 mil hectares degradadas e integradas a parques estaduais

O maior projeto do Brasil de conservação da natureza dentro de um parque estadual acontece em Mato Grosso do Sul.

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Ações executadas diretamente pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), ou em parcerias com organizações da sociedade civil e empresas privadas, garantem a restauração do solo e recomposição florestal com o plantio de 2,5 milhões de mudas em cerca de 1,5 mil hectares de áreas degradadas que foram integradas a unidades de conservação estaduais. São diversos projetos em andamento nos Parques Estaduais das Nascentes do Prosa e Matas do Segredo, em Campo Grande; das Nascentes do Rio Taquari, na região Norte, em Costa Rica e Alcinópolis; e das Várzeas do Rio Ivinhema, na região Sudeste, nos municípios de Taquarussu, Jateí e Naviraí.

Como ato simbólico do compromisso do Governo do Estado com a conservação da biodiversidade, 21 mudas de árvores nativas do Cerrado foram plantadas na manhã dessa quinta-feira (21), Dia da Árvore, na área em recuperação do Parque Estadual do Prosa onde se abriu uma enorme cratera pela erosão afetando as nascentes do Córrego Joaquim Português. O secretário adjunto da Semadesc, Walter Carneiro Junior, o diretor-presidente do Imasul, André Borges; o secretário executivo de Meio Ambiente da Semadesc, Artur Falcette; o presidente da Agência Estadual de Regulação (Agems), Sérgio Assis, e o prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Junior, presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul, participaram do plantio.

“Esse é um ato simbólico. A ação do Governo do Estado na conservação da biodiversidade vai muito além. Só no Parque do Taquari vamos plantar mais de 2 milhões de árvores em 1.300 hectares de área que estão sendo recuperados. Tomamos esse ato como um exemplo para chamar a atenção da sociedade sobre a importância da árvore para o equilíbrio ambiental, e num momento em que sentimos as fortes consequências do aquecimento global. O Governo do Estado tem agido com energia tanto no controle quanto na recuperação ambiental, mas essa é uma luta de toda humanidade, todos somos responsáveis e podemos ajudar”, destacou o presidente do Imasul.

Na mesma direção foi a fala do secretário executivo da Semadesc: “É importante que as pessoas se conscientizem de que suas ações individuais têm impacto e comecem a adotar práticas sustentáveis em casa, como a coleta seletiva e a gestão adequada dos resíduos sólidos. Além disso, é essencial cobrar o poder público por medidas de conservação ambiental e educar as novas gerações sobre essa temática”, disse Artur Falcette.

Erosão

A área escolhida para o plantio simbólico no Dia da Árvore soma cerca de 3 mil metros quadrados. Ali havia uma enorme erosão com aproximadamente 140 metros de comprimento, 40 metros de largura em algumas partes e até 6 metros de profundidade. Toda terra e vegetação do lugar foi arrastada pela enxurrada e se acumulou no lago principal do Parque das Nações Indígenas, cerca de 2 quilômetros abaixo. Essa degradação aconteceu de forma lenta desde o ano 2000 e se acelerou no final da última década com a pavimentação das áreas altas nas proximidades, o que fez com que as águas pluviais escoassem com mais volume e velocidade, ampliando o processo erosivo.

Em 2020 foram retirados 150 mil metros cúbicos de terra e resíduos do lago principal do Parque das Nações Indígenas, serviço que consumiu R$ 1,5 milhão e demandou sete meses de trabalho. Iniciaram-se as obras para resolver definitivamente o problema da erosão nas nascentes do córrego Joaquim Português com a construção de uma bacia de contenção com capacidade para 36 milhões de água no lado oposto da rua. Após isso foram implantados 184 metros de tubos com 1,2 metros de diâmetro nas laterais da Avenida do Poeta e outros 730 metros de tubos com diâmetro variado na região, para direcionar a água pluvial à bacia de contenção; e outros 65 metros de tubos com 1,4 metro de diâmetro atravessam a Avenida do Poeta, ligando a lagoa de contenção à canalização subterrânea implantada no fundo da vala formada pela erosão. Essa canalização se estende por 120 metros com tubos de 1,2 metro de diâmetro, em desnível leve, para impedir a velocidade da água.

Depois de tudo canalizado, foi feito o trabalho para aterrar a erosão e devolver a área novamente nivelada do Parque, o que demandou o transporte de 20 mil metros cúbicos de terra – material que havia sido removido para construir a lagoa de contenção. E foi nessa clareira onde já crescem centenas de espécies do Cerrado que outras 21 mudas doadas pela empresa Flora Pantanal foram plantadas nesse Dia da Árvore. A natureza ainda deve demandar alguns anos para reintegrar a área à floresta do Parque, prevê a engenheira florestal Adriana Santos Damião, fiscal ambiental do Imasul. “Mas a nossa parte já foi feita”, completou.

Outros projetos

O maior projeto do Brasil de conservação da natureza dentro de um parque estadual acontece em Mato Grosso do Sul. O Projeto Sementes do Taquari consiste no plantio de 2 milhões de mudas de mudas de espécies do Cerrado, recobrindo de vegetação nativa uma área de 1.300 hectares de pastagem degradada localizados na região do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari. O Parque cobre uma área bem maior, são 33 mil hectares. Esses 1.300 hectares pertenciam à Fazenda Continental que foi desapropriada e anexada à unidade de conservação.

No Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema são desenvolvidos três projetos de recuperação florestal: um projeto em parceria com a empresa CCR-MS Vias consiste na restauração de 40 hectares; outro com apoio do BNDES-Mater Natura, integra a rede do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná e abrange área de 100 hectares. O plantio aconteceu há cerca de 3 anos e o monitoramento traz resultados preliminares surpreendentes com o aumento da circulação de animais no local, conforme destacou o gerente de Unidades de Conservação do Imasul, Leonardo Tostes Palma.

O terceiro projeto é financiado pela WWF e parceiros e está em fase de plantio. Estende-se por 50 hectares ocupados por pastagens que passarão por processo de preparação do solo utilizando protocolos viáveis para devolver a fertilidade e possibilitar a regeneração natural. O Parque das Várzeas do Taquari está em território do bioma da Mata Atlântica, portanto todas as espécies introduzidas no local são desse bioma.

No Parque Estadual das Matas do Segredo foram feitos diversos plantios ao longo de uma década, conforme Palma. Ao todo, englobam cerca de 20 hectares que estão em fase de regeneração.

“O governo tem, constantemente, feito as boas práticas de integração, de replantio e recomposição de áreas degradadas em várias partes de Mato Grosso do Sul. É um trabalho contínuo e que, esperamos, seja finito e o mais breve possível. Quanto mais e melhor conservada a natureza, as águas, o solo, as matas, melhor a vida de todos nós”, pontuou o secretário adjunto da Semadesc, Walter Carneiro Junior.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Meio Ambiente

No Dia Mundial do Meio Ambiente, prefeito faz plantio de Ipês na Marcelino Pires

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Mudas de ipê em breve vão colorir a avenida Marcelino Pires, trecho próximo ao Parque Antenor Martins- Crédito: A. Frota

Nesta quinta-feira, 05 de junho, data em que é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Dourados fez o plantio de mudas de ipês na Avenida Marcelino Pires. A ação teve como objetivo tornar a cidade ainda mais bonita e sustentável, foi coordenada pelo Instituto do Meio Ambiente (Imam) e acompanhada pelo prefeito Marçal Filho.

No trecho inicial da avenida, próximo ao Parque Antenor Martins, foram plantadas mudas de ipês amarelo, branco e roxo. O prefeito Marçal Filho destacou que em Dourados as equipes técnicas vêm suprimindo árvores que apresentam riscos de queda e fazendo o plantio de espécies diversas para compensar.

“Nossas equipes tem removido árvores que podem cair ou já estão condenadas e plantando outras no local”, enfatizou. “Esse é um cuidado da gestão para evitar incidentes com quedas de árvores quando ocorrem fortes chuvas e fortes ventos e ainda deixar a cidade mais bonita” apontou o prefeito.
Na data que marca conscientização com o meio ambiente, o prefeito Marçal Filho ainda aproveitou para convidar a população a ajudar na preservação das belezas naturais de Dourados. “Você que tem comércio ou mora aqui perto de onde foram plantados os ipês, aproveita para ajudar a regar; faz diferença”, convidou. “E sempre é válido lembrar, plantar árvores ajuda a ter menos calor, traz mais sustentabilidade”, citou.

O diretor-presidente do Imam, arquiteto Fábio Luís da Silva, citou que nesta semana foram distribuídas cerca de 2 mil mudas de árvores e outras atividades diversas continuam visando o momento de reforço à conscientização. “Esse trabalho de conscientização envolve vários segmentos, como escolas, associações, e hoje temos o dia todo de ações na Casa da Cultura da Uems – Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul -, temos a entrega do Prêmio Marco Verde, que é uma ação que premia quem fez algo relevante pelo meio ambiente e que merecem o nosso reconhecimento”, lembrou.

Interessados em adquirir mudas para plantio, de forma gratuita, juntamente ao Imam, devem entrar em contato via email: arborizacao.imam@dourados.ms.gov.br.

Para o empresário Antônio Carlos Dias Maciel, 49, que é proprietário de um comércio na Avenida Marcelino Pires, próximo ao Parque Antenor Martins, o plantio de árvore no canteiro central fará a diferença para a região. Ele cita que uma cidade bem cuidada representa muito para quem reside nela e para os que são de outros locais e pretendem investir.

“É visível que nestes cinco meses a prefeitura tem investido em limpeza, arborização, estão de parabéns e isso é muito importante não só para nós que moramos aqui e vemos outro ar na nossa cidade, mas para quem por exemplo visita a região pensando em abrir um negócio ou mudar para cá, é outro ambiente”, destaca.

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Meio Ambiente

Elias Ishy aborda plano de arborização e coleta seletiva com diretor do Meio Ambiente

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Vereador Elias Ishy conversou com o diretor interino do Imam, Fábio Luis (Foto: João Pires/Assessoria/CMD)
Com o propósito de contribuir com questões ambientais, o vereador Elias Ishy (PT) esteve na última sexta-feira (28) com o diretor-presidente interino do Instituto de Meio Ambiente (IMAM), Fábio Luis da Silva. Durante o encontro, foram discutidos e apresentados projetos relacionados ao plano municipal de arborização, bem como à ampliação e destinação da coleta seletiva.

Na reunião, o vereador reforçou a necessidade da revisão e efetivação do PDAU (Plano Diretor de Arborização Urbana), incluindo um mapeamento e manejo de árvores doentes, além de ações de plantio de espécies nativas. “O PDAU foi aprovado em 2020, após diversos debates e encaminhamentos dos diversos segmentos relativos ao tema. Desta forma, é necessário que o plano seja revisto e suas ações retomadas, já que não foram implementadas neste período”, enfatizou.

Ishy também abordou a necessidade de investimentos na Agecold (Associação dos Agentes Ecológicos), responsável na destinação final e separação de resíduos sólidos, onde recentemente fez visita e constatou a situação precária de trabalho, devido à falta de infraestrutura.  “Este local precisa de adequações urgentes, com espaço físico compatível e estrutura necessária para que os resíduos sólidos sejam separados na totalidade, onde, segundo consta, metade do material coletado não é totalmente reaproveitado”, apontou.

Segundo Fábio Luís, que é secretário de Planejamento e ocupa interinamente o comando do IMAM, a administração municipal pretende expandir o sistema de coleta e reconhece a necessidade de adequar um local para a destinação desses resíduos. Em relação ao plano de arborização, afirmou que estão sendo elaboradas ações de plantio, poda e supressão em áreas centrais com deficiência de cobertura arbórea. Além disso, outras atividades deverão ocorrer com a participação da comunidade escolar.

Elias Ishy reforça que o envolvimento da sociedade nas questões ambientais é fundamental, com uma política ambiental participativa com todos os segmentos, tais como escolas, universidades, entidades públicas e privadas e igrejas.  “Os desafios ambientais estão entre as prioridades do mandato, e desta forma iremos acionar o governo municipal e fortalecer o diálogo com a sociedade civil organizada para que possamos ampliar e fortalecer as políticas públicas de meio ambiente do nosso município”, completou o vereador.

Fonte:Assessoria/CMD

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Meio Ambiente

Comissões do Meio Ambiente da Câmara e da OAB Dourados consolidam parceria

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Encontro marcou as primeiras ações das comissões de meio ambiente das instituições. (Foto: Divulgação)

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Dourados, conduzida pelos vereadores Elias Ishy (PT), Karla Gomes (PODE) e Franklin Schmalz (PT), se reuniu na quinta-feira (13), no plenarinho da Câmara, com os membros das comissões de Meio Ambiente e de Direito Agrário da OAB/Dourados/Itaporã, representadas pelos advogados Fábio Aparecido Julio, Leonardo Amaral Garcia, João Waimer Moreira Filho, Francielo Juliano Moraes, Edgar Gonçalves Fernandes e Roberto Henrique Franco.

O encontro teve o propósito de consolidar parcerias, apresentar demandas e traçar metas de atuação entre a Comissão do Meio Ambiente da Câmara e comissões da Ordem dos Advogados. Entre os principais temas abordados estão relacionados ao acesso e efetivação da legislação ambiental, acompanhamento dos planos municipais de arborização, políticas ambientais, saneamento básico.

O presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB, Fábio Aparecido Julio, enfatizou a importância da parceria nas questões ambientais do município e apontou desafios a serem enfrentados junto à sociedade organizada. “Enquanto comissão queremos contribuir com política ambiental do meio ambiente, fortalecendo o debate junto com o legislativo municipal, entidades governamentais e instituições públicas”, afirmou.

Já o presidente da Comissão Direito Agrário, João Waimer Moreira Filho, demonstrou preocupação com relação ao limite territorial entre os municípios de Dourados e Itaporã, “Estamos dispostos a prestar auxílio, com nosso conhecimento, tendo em vista que se não for resolvida esta questão de atuação, a tendência é só aumentar a dificuldade de atuação jurídica”, disse.

Para o vereador Franklin Schmalz, membro da Comissão de Meio Ambiente, o momento é oportuno para a plena efetivação da lei de emergência climática, que prevê medidas de enfrentamento das consequências climáticas no município. “Temos condições extremas no clima, como áreas alagadas pelo excesso de chuvas, que resultam inclusive no impacto da produção agrícola”, alertou.

A vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Karla Gomes, reforçou a importância da participação da sociedade nas discussões que envolvem o tema, incluindo os conselhos representativos, como na elaboração de leis e campanhas de conscientização. “Muitas vezes a legislação não funciona porque a sociedade não participa através dos conselhos e órgãos representativos”, afirmou ao exemplificar algumas ações relativas à causa animal.

O vereador Elias Ishy apontou ainda a necessidade de envolver as universidades, por meio de convênios com as instituições, nas ações que envolvem políticas públicas ambientais e enfatizou a importância da transparência e acesso às leis. “Nós temos condições de trabalhar com todos os segmentos e, cabe a nós criarmos ferramentas para a participação da sociedade”, concluiu.

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