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Meio Ambiente

Ação integrada e treinamento contribuem para prevenção de incêndios florestais em MS

O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema foi o local escolhido para uma ação inédita

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Para garantir segurança aos biomas de Mato Grosso do Sul e evitar incêndios florestais de grandes proporções no Pantanal e Cerrado – como os que ocorreram em 2019 e 2020 –, o Governo do Estado realiza trabalho pioneiro, integrado e preventivo, que envolve o Corpo de Bombeiros Militar e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema foi o local escolhido para uma ação inédita de manejo integrado do fogo com o apoio do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) – por meio do PrevFogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) e brigadistas –, e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Na ação piloto, em área de preservação estadual, foi realizada a queimada controlada de 14 hectares do parque, onde serão plantadas espécies nativas como parte do plano de recuperação de áreas degradadas.

“Esta é a primeira iniciativa do Governo do Estado em realizar o manejo integrado do fogo nas unidades de conservação. É uma forma de evitar os grandes incêndios florestais que acontecem nessas áreas, fazendo esse manejo, que o fogo ele se torne como a gente chama, um ‘fogo bom’, que vem na temperatura adequada e que não vai trazer problemas para o solo, vegetação e fauna”, explicou Leonardo Tostes Palma, gerente de Unidades de Conservação do Imasul.

Além de atuar para evitar possíveis catástrofes naturais e contribuir para a recuperação do bioma a ação também serviu para o treinamento das equipes – bombeiros militares e brigadistas – que atuam em parques estaduais, municipais e terras indígenas, no combate aos incêndios florestais em todo o Estado.

“Esse treinamento no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema é uma das atividades de prevenção e combate a incêndios em Mato Grosso do Sul. É uma iniciativa conjunta com várias entidades. O Estado se articula dentro de um comitê, principalmente para executar ações que vão prevenir e mitigar consequências dos incêndios florestais. A gente capacita os profissionais do Corpo de Bombeiros, a população local, proprietários, e levamos orientação e técnicas de combate a incêndio florestal”, afirmou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar de MS.

 

O trabalho foi realizado entre quarta-feira (28) e sexta-feira (30) e nesta semana será replicado no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari. As unidades de conservação são criadas para proteger o meio ambiente, e com isso a tendência é que nestes locais exista maior quantidade de matéria orgânica, combustível para as queimadas.

“A gente está aplicando o fogo prescrito, uma ferramenta do manejo integrado do fogo, que é um conjunto de ações para conseguir manter a unidade de conservação segura, e sem ocorrência de grandes incêndios florestais. Então a braquiária também é um fator de perigo para incêndio florestal porque ela acumula muita biomassa, e num evento de fogo descontrolado, isso vai servir como um propago para todas as áreas do parque”, explicou o doutor em Biologia Vegetal e professor da UFMS, Geraldo Alves Damaceno Júnior.

O plano é que a área, até então, tomada por braquiária, receba mudas de árvores nativas nos próximos meses. “Esta é uma área de conservação, e a gente tem algumas espécies que são exóticas e invasoras dentro no parque. No caso a braquiária, que é usada como pasto, aqui ela é um problema. Então o método que está sendo usado para tirar desse ambiente é a queima. Mas depois outros métodos vão ter que ser aplicados para proporcionar o crescimento de outras mudas que vão ser plantadas”, disse o professor da UFMS.

Prevenção

A queima controlada da área no parque reflete o momento atual de planejamento e preparação do Estado para evitar incêndios florestais de grandes proporções e mitigar possíveis prejuízos ambientais, caso eles ocorram em Mato Grosso do Sul.

“Depois dos incêndios ocorridos em 2019 e a temporada de 2020, que foi severa para os incêndios florestais aqui no Estado, esta articulação tomou força. Nós programamos este tipo de atividades antes mesmo que o fogo aconteça, em períodos que são mais amenos”, pontuou a tenente-coronel Tatiane.

Além do treinamento, o Estado investe em monitoramento, tecnologia e equipamentos, o que contribui para prevenção e redução de danos. “Temos uma sala de situação que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana dentro do Centro de Proteção Ambiental e lá nós fazemos o monitoramento diário dos possíveis incêndios florestais”, disse o tenente Alexandre de Oliveira, especialista em Engenharia Ambiental.

“Esse treinamento é importante porque ele é mais um instrumento dentro do manejo integrado do fogo. Nós estamos executando dentro de uma unidade de conservação do Estado, fazendo essa queima prescrita, em um momento que não é de estiagem, para a gente reduzir a quantidade de combustível, se caso houver algum incêndio não seja tão severo e agrida tanto o meio ambiente”, afirmou a tenente-coronel Tatiane.

Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema

A área de preservação na Bacia do Rio Paraná, tem 73,3 mil hectares com abrangência nos municípios de Taquarussu, Jateí e Naviraí. Criado em 1998 como compensação da obra da Usina Hidroelétrica Engenheiro Sérgio Motta/CESP (Companhia Energética de São Paulo), o parque abriga inúmeras espécies da fauna brasileira, inclusive onças pintadas e pardas que constantemente são avistadas por funcionários do parque, e está em processo de recuperação florestal.

Durante muitos anos, as terras foram usadas como pastagem e ainda possuem características da atividade. Para dar continuidade ao trabalho de reflorestamento e garantir a preservação ambiental necessária, será feita ação de plantio de espécies nativas com o apoio de instituições e ONGs (Organizações Não Governamentais).

No Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, que tem 30,6 mil hectares nos municípios de Alcionópolis e Costa Rica, o treinamento e a queimada controlada serão realizados entre quarta-feira (5) e sexta-feira (7). “A ideia é fazer o manejo integrado para diminuir a possibilidade de grandes queimadas”, explicou a responsável pelo parque, Martha Gil.

Com 26 anos de experiência no combate aos incêndios florestais em Mato Grosso do Sul, o subtenente Clodoaldo da Silva, do Corpo de Bombeiros de Corumbá, atuou no combate ao fogo em 2019 e 2020 no Pantanal e na Serra do Amolar e confirma a importância do treinamento realizado na área de preservação estadual. “Esse tipo de treinamento é um marco na história do Corpo de Bombeiros. Nós estamos aprendendo novas técnicas e que o fogo pode ser um aliado na prevenção, na conservação da vegetação. Eu adquiri agora esse conhecimento e vou aplicar na região do Pantanal. E tenho certeza absoluta de que vai ajudar muito no combate aos incêndios florestais”.

Márcio Yule, coordenador estadual do Prevfogo do Ibama em MS, pontua importância na cooperação entre as instituições nos treinamentos e combate ao fogo. “O manejo integrado do fogo, leva em consideração e é extremamente importante, a integração das instituições. Ninguém sozinho consegue combater os incêndios florestais, então uma instituição ajuda a outra. A segurança da ação fica mais forte. Com o conhecimento do território e maneja do fogo antes do período crítico, vai diminuir os incêndios e o gasto no combate ao incêndio florestal.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Meio Ambiente

Elias Ishy aborda plano de arborização e coleta seletiva com diretor do Meio Ambiente

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Vereador Elias Ishy conversou com o diretor interino do Imam, Fábio Luis (Foto: João Pires/Assessoria/CMD)
Com o propósito de contribuir com questões ambientais, o vereador Elias Ishy (PT) esteve na última sexta-feira (28) com o diretor-presidente interino do Instituto de Meio Ambiente (IMAM), Fábio Luis da Silva. Durante o encontro, foram discutidos e apresentados projetos relacionados ao plano municipal de arborização, bem como à ampliação e destinação da coleta seletiva.

Na reunião, o vereador reforçou a necessidade da revisão e efetivação do PDAU (Plano Diretor de Arborização Urbana), incluindo um mapeamento e manejo de árvores doentes, além de ações de plantio de espécies nativas. “O PDAU foi aprovado em 2020, após diversos debates e encaminhamentos dos diversos segmentos relativos ao tema. Desta forma, é necessário que o plano seja revisto e suas ações retomadas, já que não foram implementadas neste período”, enfatizou.

Ishy também abordou a necessidade de investimentos na Agecold (Associação dos Agentes Ecológicos), responsável na destinação final e separação de resíduos sólidos, onde recentemente fez visita e constatou a situação precária de trabalho, devido à falta de infraestrutura.  “Este local precisa de adequações urgentes, com espaço físico compatível e estrutura necessária para que os resíduos sólidos sejam separados na totalidade, onde, segundo consta, metade do material coletado não é totalmente reaproveitado”, apontou.

Segundo Fábio Luís, que é secretário de Planejamento e ocupa interinamente o comando do IMAM, a administração municipal pretende expandir o sistema de coleta e reconhece a necessidade de adequar um local para a destinação desses resíduos. Em relação ao plano de arborização, afirmou que estão sendo elaboradas ações de plantio, poda e supressão em áreas centrais com deficiência de cobertura arbórea. Além disso, outras atividades deverão ocorrer com a participação da comunidade escolar.

Elias Ishy reforça que o envolvimento da sociedade nas questões ambientais é fundamental, com uma política ambiental participativa com todos os segmentos, tais como escolas, universidades, entidades públicas e privadas e igrejas.  “Os desafios ambientais estão entre as prioridades do mandato, e desta forma iremos acionar o governo municipal e fortalecer o diálogo com a sociedade civil organizada para que possamos ampliar e fortalecer as políticas públicas de meio ambiente do nosso município”, completou o vereador.

Fonte:Assessoria/CMD

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Meio Ambiente

Comissões do Meio Ambiente da Câmara e da OAB Dourados consolidam parceria

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Encontro marcou as primeiras ações das comissões de meio ambiente das instituições. (Foto: Divulgação)

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Dourados, conduzida pelos vereadores Elias Ishy (PT), Karla Gomes (PODE) e Franklin Schmalz (PT), se reuniu na quinta-feira (13), no plenarinho da Câmara, com os membros das comissões de Meio Ambiente e de Direito Agrário da OAB/Dourados/Itaporã, representadas pelos advogados Fábio Aparecido Julio, Leonardo Amaral Garcia, João Waimer Moreira Filho, Francielo Juliano Moraes, Edgar Gonçalves Fernandes e Roberto Henrique Franco.

O encontro teve o propósito de consolidar parcerias, apresentar demandas e traçar metas de atuação entre a Comissão do Meio Ambiente da Câmara e comissões da Ordem dos Advogados. Entre os principais temas abordados estão relacionados ao acesso e efetivação da legislação ambiental, acompanhamento dos planos municipais de arborização, políticas ambientais, saneamento básico.

O presidente da Comissão do Meio Ambiente da OAB, Fábio Aparecido Julio, enfatizou a importância da parceria nas questões ambientais do município e apontou desafios a serem enfrentados junto à sociedade organizada. “Enquanto comissão queremos contribuir com política ambiental do meio ambiente, fortalecendo o debate junto com o legislativo municipal, entidades governamentais e instituições públicas”, afirmou.

Já o presidente da Comissão Direito Agrário, João Waimer Moreira Filho, demonstrou preocupação com relação ao limite territorial entre os municípios de Dourados e Itaporã, “Estamos dispostos a prestar auxílio, com nosso conhecimento, tendo em vista que se não for resolvida esta questão de atuação, a tendência é só aumentar a dificuldade de atuação jurídica”, disse.

Para o vereador Franklin Schmalz, membro da Comissão de Meio Ambiente, o momento é oportuno para a plena efetivação da lei de emergência climática, que prevê medidas de enfrentamento das consequências climáticas no município. “Temos condições extremas no clima, como áreas alagadas pelo excesso de chuvas, que resultam inclusive no impacto da produção agrícola”, alertou.

A vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Karla Gomes, reforçou a importância da participação da sociedade nas discussões que envolvem o tema, incluindo os conselhos representativos, como na elaboração de leis e campanhas de conscientização. “Muitas vezes a legislação não funciona porque a sociedade não participa através dos conselhos e órgãos representativos”, afirmou ao exemplificar algumas ações relativas à causa animal.

O vereador Elias Ishy apontou ainda a necessidade de envolver as universidades, por meio de convênios com as instituições, nas ações que envolvem políticas públicas ambientais e enfatizou a importância da transparência e acesso às leis. “Nós temos condições de trabalhar com todos os segmentos e, cabe a nós criarmos ferramentas para a participação da sociedade”, concluiu.

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Meio Ambiente

Imam, Defesa Civil, Semsur e Bombeiros debatem remoção de árvores com risco de queda

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Organismos municipais e de segurança definem critérios para atender chamados de remoção de árvores com mais agilidade em Dourados – Foto: A. Frota

Agentes do Instituto Municipal do Meio Ambiente (Imam), Defesa Civil, Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) e Corpo de Bombeiros debateram nesta quinta-feira (30) formas de agilizar a remoção de árvores com risco de queda em Dourados. O encontro ocorrido na sede do Imam foi solicitado pelo prefeito Marçal Filho, com o pedido de que as entidades adotassem medidas para otimizar o atendimento para a população, bem como atuarem de forma conjunta na prevenção, com a extração de árvores que já ofereçam risco aparente de queda.

Foi definida a otimização do processo de remoção das árvores em Dourados, o que será feito por meio da alteração do artigo 32, da Lei n 4.698 de 2021, que “Dispõe sobre o monitoramento da vegetação arbórea e estímulos à preservação das áreas verdes no Município de Dourados-MS, e dá outras providências.”

Conforme detalha o diretor-presidente do Imam, Fábio Luis, o texto aponta a necessidade da autorização prévia do instituto para retirada de árvores na cidade e, diante da nova definição aprovada pelas entidades, essa não será mais necessária, o que passará a valer, após os trâmites jurídicos que envolvem a mudança. O impacto é positivo, principalmente pelo fato que rajadas de vento, acompanhadas com chuvas, durante o verão, tem gerado diversos incidentes em 2025, com registros de algumas árvores que caem e atrapalham o trânsito na rua e em outros casos atingiram veículos.

“O Imam já trabalha de forma alinhada com a Defesa Civil, Semsur e Corpo de Bombeiros e com essa alteração será possível encaminhar essas retiradas de forma mais rápida, o que era um pedido do prefeito Marçal Filho, tanto em casos de atendimentos a chamados de urgência com queda de árvore durante eventos climáticos adversos ou de forma preventiva”, destaca o diretor.

A análise da condição da árvore será feita pelos próprios agentes das entidades, após capacitações do Imam, a respeito destes processos, e do que levar em consideração para ‘condenar’ ou não a espécie.  A definição passará por tratativas com o departamento jurídico do Imam, Procuradoria Geral do Município e posteriormente será colocada em pauta na Câmara Municipal, para posterior sanção do prefeito Marçal Filho.

Fábio Luis recorda que além desta modificação, recentemente, a Prefeitura de Dourados publicou edital do Imam para a contratação de empresa especializada no mapeamento e manejo de árvores doentes no município. O contrato prevê a supressão de árvores em estado crítico, ou seja, aquelas que apresentam risco eminente de tombar sobre casas e carros, bem como o plantio de mil mudas nativas do bioma local, com o objetivo de revitalizar e preservar a arborização da cidade.

De acordo com o edital, divulgado no Diário Oficial do Município, o trabalho também inclui a trituração e remoção de resíduos vegetais, realização de tomografia 3D para diagnóstico preciso e tratamento fitossanitário de árvores tombadas como patrimônio histórico.

com assessoria.

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