Espaço da música autoral de Mato Grosso do Sul, o projeto Som da Concha, abriu na noite de domingo (12) sua temporada 2021 com o primeiro show híbrido depois do início da pandemia. Além da transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook da Fundação de Cultura, os shows de Alexandre Kenji e Karina Marques também permitiram público presencial, respeitando os protocolos de biossegurança e com ocupação de apenas 25% da capacidade de lotação da Concha Acústica Helena Meirelles.
Quem optou por assistir as apresentações no local, manifestou sua alegria com o retorno do projeto e da permissão de plateia presencial. A estudante de Educação Física Michele Pereira Fernandes transbordava alegria. Ela convidou as amigas Letícia Cristaldo, estudante, e Kyvia Rayssa, atendente, mãe do pequeno Davi, que toparam na hora acompanhar o show diretamente da Concha Acústica. “Eu estou super animada. Nesta pandemia, a gente sente falta de ter algo para fazer. Tomara que tenha todo fim de semana”, diz Michele.
Os irmãos Paulo e Aline Almeida vieram assistir ao show para prestigiar o músico Alexandre Kenji. Aline é namorada do tecladista da banda, Pedro Fernandes. Eles estavam pela primeira vez na Concha Acústica Helena Meirelles. “Está legal aqui. A gente está se readaptando à nova realidade do show presencial, estamos nos acostumando novamente”, diz Aline. Seu namorado Pedro completa: “é sempre melhor tocar com público”.
A maquiadora Lu Okumoto e a psicóloga Adriana Prevedelo decidiram prestigiar o show porque são amigas da cantora e compositora Karina Marques, e ficaram sabendo do show pelas redes sociais. “O fato de este show ser presencial é fantástico, maravilhoso. Depois de quase dois anos sem poder fazer e não tinha nem expectativa, hoje estamos aqui, firmes e fortes”.
Os músicos que se apresentaram na noite deste domingo compartilharam com o público a experiência e a alegria de um show com público presencial. Acostumado a tocar em outros locais, em projetos culturais, o cantor e compositor Alexandre Kenji afirma que “a sensação de estar no palco é diferente, e no show ao vivo as coisas fluem, é tudo perfeito do jeito que acontece”.
Para Kenji, o artista tem que ter muita “coragem” para mostrar música autoral. “Eu geralmente componho primeiro o arranjo, depois vem a letra. Sempre faço canções sobre coisas que mexem comigo, como questões políticas, crises de relacionamento. As músicas que apresentei no show deste domingo foram escritas de 2012 a 2016. Eu falo muito sobre o que eu estou vivenciando, sobre coisas que estão acontecendo no cenário hoje”.
Kenji acredita que o músico autoral precisa criar o seu espaço com o que ele tem diante de si. “Nos editais você vê artistas novos surgindo, aqui no projeto Som da Concha você vê isso. Essa abertura do show é para inspirar outros artistas a também mostrar o seu trabalho”.
A veterana Karina Marques era pura euforia no retorno do projeto. Animada, a cantora fez vídeos e posts nas redes sociais informando sobre a possibilidade de público presencial, convidando amigos, fãs e o público em geral a comparecer. “Foi tudo sensacional, estou numa alegria só. Eu fiquei muito feliz com a presença das pessoas. O projeto por si só já é importante, mas a saudade que todo mundo estava de um show presencial é inegável. Deu tudo certo.
Sobre o fato de fazer música autoral, a compositora afirma que tem uma “galera” que gosta, que até pede para ela tocar nos locais em que se apresenta. “Eu vivo tocando música de outras pessoas. E aqui, a proposta é essa, a música autoral, o momento é esse, aqui na Concha. O projeto dá visibilidade ao artista sul-mato-grossense”.
(Com assessoria. Foto: Divulgação)