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Educação

Candidatos contam dificuldades do segundo dia de provas do Enem

Número de questões e final da Copa do Brasil desafiaram concentração

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Vários estudantes que prestaram, neste domingo (10), o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), deixaram o local de aplicação de provas assim que os fiscais avisaram que já se havia passado duas horas, às 15h30, tempo mínimo para os candidatos deixassem o local sem levar o caderno de questões. Foram 90 questões sobre matemática e ciências da natureza (química, física e biologia). A prova termina às 18h30. 

Os primeiros candidatos que saíram do Enem na Faculdade Uninassau, no Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, consideraram difícil as questões de ciências da natureza (química, física e biologia) e de matemática.

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - O estudante Vinicius Augusto sai do local de prova. Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 – O estudante Vinicius Augusto é um dos primeiros a deixar local de prova do Enem. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

“Ciências da natureza eu já esperava que fosse algo mais complicado até porque não é a área que eu tenha mais aprofundamento. Mas estava tranquilo de fazer. Matemática foi mais difícil. Eu quero estudar humanas, então semana passada foi mais fácil do que hoje. A de hoje como eu não sabia muito da matéria eu acabei fazendo de qualquer jeito”, disse Vinicius Augusto, de 17 anos, que, com sua jaqueta flamenguista, admitiu que a final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-MG, que foi disputada durante a aplicação da prova, acabou pesando um pouco para sair mais cedo.

Mery Cristina Rosa, de 24 anos, está em seu terceiro Enem. Ela quer cursar psicologia.

“Eu achei difícil a prova hoje, apesar de ter estudado. Fui melhor na semana passada, quando fui uma das últimas a entregar a prova na minha sala. Mas estou esperançosa. Estou melhor preparada”.

Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 - Mery Cristina Rosa, sai do local de prova. Primeiros estudantes deixam o local de prova no segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, na universidade UNINASSAU, no Flamengo, zona sul da cidade.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro(RJ), 10/11/2024 – Mery Cristina Rosa quer cursar psicologia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em Brasília, a Agência Brasil conversou com alguns dos estudantes que encerraram a prova em uma universidade da Asa Norte, bairro central da capital federal. As explicações para a rapidez variaram.

Houve quem disse que, por ainda não ter concluído o ensino médio e estar fazendo a prova apenas para conhecer o teste, não tinha o compromisso de responder todas as questões. E também quem admitiu que, por não saber as respostas, “chutou”.

A primeira pessoa a deixar o local e conversar com a reportagem foi Pedro Henrique Lima Cardoso, 27 anos. Professor de língua portuguesa, ele contou que há quatro anos se coloca à prova apenas para sentir, em algum grau, o que os estudantes experimentam.

“Elas exigiam conhecimento de áreas do saber que eu não domino. O que demonstra que não é verdade que o Enem é uma prova puramente interpretativa. Não é. É uma prova exigente e que exige uma série de competências e habilidades. E é também uma prova de resistência”, acrescentou, dizendo ter achado a prova deste ano “um pouco mais complexa” que as anteriores.

“E acho que o segundo dia [hoje] é sempre mais tenso para a maioria dos candidatos, por envolver questões de exatas. A maioria dos estudantes tem mais dificuldade em disciplinas como matemática, física, química”, destacou.

Estudante da rede pública de ensino, Kris Rian, 18 anos, achou que a prova seria mais difícil.

“Algumas das questões eu achei fáceis. Física e matemática pega mais, são um pouco mais difíceis. Na primeira prova, eu acho que fui melhor. Agora é esperar [pelos resultados]”, disse o jovem, que deixou a sala ansioso para chegar em casa a tempo de assistir à partida entre Flamengo e Atlético-MG, pela final da Copa do Brasil. “Agora é ver o jogo. Eu estava lá, fazendo a prova, e aí vinha o Flamengo à mente. E eu pensava: “Não! Foco na prova. Foca!”, brincou Rian.

Já a terapeuta Rebeca Lacerda, 25 anos, avaliou que a prova está mais difícil em comparação aos processos seletivos de anos atrás. “Vim sem pressão. Se conseguir uma boa nota, vou tentar obter um bom desconto em uma universidade particular, mas como já tenho minha profissão; o privilégio de poder pagar uma faculdade particular e estou decidida a estudar pedagogia porque gosto muito de estudar e isso será um plus para o meu trabalho. Vim mais para me testar, ver como estão meus conhecimentos e como é a prova hoje em dia. E vi que ela é muito diferente de quando eu terminei o ensino básico, mais complexa”, afirmou.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Educação

Alesp aprova projeto que proíbe uso de celular nas escolas do estado

Texto segue para sanção do governador

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A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou nesta terça-feira (12) projeto de lei que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e particulares. A nova lei restringe a utilização de celulares, tablets, relógios inteligentes e similares, exceto em situações que tenham relação com o aprendizado, inclusive para estudantes com deficiência. O projeto segue para sanção do governador Tarcísio de Freitas.  

O projeto foi aprovado em regime de urgência, por consenso e sem emendas. Proposto pela deputada da Rede, Marina Helou, teve coautoria de parlamentares da direita e da esquerda e angariou 42 votos. O Projeto de Lei 293/2024 altera a legislação atual, vigente desde 2007. Agora, o alcance das normas foi ampliado, abrangendo a rede particular e as unidades municipais.

A proposta restringe o uso até fora das salas de aula, como no recreio e em eventuais horários que os alunos não tiverem aula.

“O uso constante de dispositivos móveis durante as aulas tem sido associado a uma diminuição significativa na capacidade de concentração e desempenho acadêmico”, disse Marina Helou, durante a sessão de aprovação do projeto. O governo estadual ainda não sinalizou quando será a sanção.

O projeto prevê criação de protocolos de guarda de equipamentos nas redes de ensino e independência das escolas particulares para regularem como o farão. Também está prevista responsabilização dos próprios estudantes por danos e extravios, mesmo quando os aparelhos estiverem guardados.

Pesquisas recentes apontaram que 80% dos adultos concordam com proibição ao uso de celulares nas escolas.

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe o uso de telefone celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis por alunos da educação básica em escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas. Para proteger a criança de até 10 anos de idade de possíveis abusos, o texto proíbe também o porte de celular por alunos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Educação

Brasil aumenta investimento público em educação

Maior crescimento dos últimos dez anos no país foi em 2022

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O Brasil teve, em 2022, o maior aumento dos investimentos em educação pública pelo menos dos últimos dez anos. Neste ano, país destinou R$ 490 bilhões à educação, o que representou um aumento de 23% em relação a 2021. Desde 2013, as despesas com educação pública, ou caíram, ou aumentaram até cerca de 2% de um ano para o outro.

Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica, lançado nesta quarta-feira (13), pelo programa Todos Pela Educação, pela Fundação Santillana e pela Editora Moderna. A publicação reúne dados públicos da educação brasileira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Educação, além de análises das informações.

Os valores se referem a despesas do governo geral, que incluem as três esferas: União, estados e municípios. Segundo a publicação, os gastos do governo brasileiro com educação cresceram 8%, em valores já deflacionados, no período de 2013 a 2022, passando de R$ 452 bilhões para R$ 490 bilhões.

Dentro do volume de gastos com educação, em 2022, a educação básica – etapa que engloba a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio – respondeu por 73,8% do total, o que equivale a R$ 361 bilhões.

Em relação ao que representam em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de toda as riquezas produzidas pelo país –, as despesas com educação mantiveram-se estáveis de 2013 a 2018, chegando a 5% do PIB. A partir de 2019, as despesas tiveram redução, mas voltaram a representar 4,9% do PIB em 2022.

Para o gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação, Ivan Gontijo, o aumento foi impulsionado pelo Novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica no Brasil, reunindo recursos provenientes de diversos impostos além de uma complementação da União. Entre as medidas do Novo Fundeb está o aumento dos recursos repassados pela União, que ocorre gradativamente, partindo de 10% até atingir 23% em 2026.

Outro fator, segundo Gontijo é o aumento da arrecadação de impostos. A Constituição exige que os estados e municípios apliquem ao menos 25% de sua receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da educação. Com o aumento da arrecadação, aumenta também o investimento.

“Esses dois fatores explicam o crescimento, que é uma notícia bastante positiva. O Brasil melhorou muito no financiamento educacional, mas ainda existem muitas possibilidades de melhoria porque a gente ainda gasta, por aluno, um valor bem abaixo da média dos países mais ricos e que têm melhores resultados de aprendizagem no Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]”, diz Gontijo.

Em uma comparação com outros países, o gasto médio por aluno na educação básica no Brasil ainda está aquém. O Brasil gastava cerca de US$ 3,5 mil por ano em 2020, enquanto a média entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) era de US$ 10,9 mil. Comparando com países da América Latina, o México gastava cerca de US$ 2,7 mil, a Argentina, US$ 3,9 mil, e o Chile, cerca de US$ 6,7 mil.

Custo por aluno

Observando os custos por estudante da educação básica, estimativas do Todos Pela Educação apontam que o Brasil investe, em média, R$ 12,5 mil por aluno, por ano, de acordo com os dados de 2023. Esse valor é maior que o de 2013, quando o país investia R$ 8,3 mil. Em 2023, a média variava de R$ 9,9 mil, no Amazonas, até R$ 15,4 mil, em Roraima.

De acordo com o anuário, considerando os municípios, em 2013, 45,9% do total gastaram até R$ 8 mil por aluno da educação básica. Em 2023, os valores aumentaram e o percentual caiu para apenas 1,7% dos municípios pagando R$ 8 mil ou menos. O relatório atribui tal aumento a políticas de financiamento mais redistributivas, como o Fundeb.

Gontijo diz que  o país tem o desafio tanto de aumentar a quantidade de recursos disponíveis para educação quanto de melhorar a gestão desse dinheiro.

“Garantir que os recursos sejam aplicados nas políticas educacionais mais efetivas que se transformam em mais acesso e mais aprendizagem para os estudantes. O Brasil vem melhorando essa trajetória de gastos e os resultados vêm aparecendo, mas não na velocidade com que a gente poderia avançar”, enfatiza.

O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024 está disponível na íntegra na internet

 

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

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Educação

Pré-matrículas das escolas estaduais já somam 700 atendimentos presenciais em Campo Grande

A pré-matrícula pode ser realizada de três maneiras, pelo site, por telefone ou de forma presencial

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Aberto desde segunda-feira (11), o período de pré-matrículas para as escolas da REE/MS (Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul) é a etapa necessária para a reserva das vagas para o ano letivo de 2025. A pré-matrícula pode ser realizada de três maneiras: pelo portal www.matriculadigital.ms.gov.br, pelos telefones 0800-647-0028 (fixo) e 3314-1212 (celular), ou de forma presencial na sede da Central de Matrículas (rua Joaquim Murtinho, 2.612, Itanhangá Park).

No primeiro dia, mais de 400 pessoas foram atendidas presencialmente na Central de Matrículas em Campo Grande, como foi o caso da Geovânia Silvéria Coelho, que se dirigiu até o local para garantir uma vaga para a filha que vai ingressar no Ensino Médio em 2025. Já na manhã desta terça (12) foram 700 atendimentos.

“Eu vim cedo já no primeiro dia para garantir a vaga na escola que queremos, fui a primeira a ser atendida e o atendimento foi excelente, tirei todas as minhas dúvidas e volto para casa tranquila”, afirma Geovânia.

Ao todo, serão ofertadas 210 mil vagas disponíveis em 348 unidades escolares presentes em todos os municípios de Mato Grosso do Sul, além de 120 extensões. Hoje, a REE é responsável por atender mais de 190 mil estudantes.

Gabrielly Cestari tentou fazer a pré-matrícula do irmão pela internet, mas não conseguiu avançar no site pois necessitava do código de usuário, a qual ela estava sem. Então, ela decidiu ir até a Central de Matrículas, onde o problema foi resolvido – a SED orienta que, em dificuldade no atendimento online e por telefone, seja procurada a central na Capital ou as escolas no interior.

“Eu não estava conseguindo fazer em casa, porque pedia um código que eu não tinha, vim aqui e fui muito bem atendida, a moça me orientou sobre quais serão os próximos passos, me passou o código e a senha e agora é só aguardar a próxima etapa”, ressaltou Gabrielly.

Para 2025 uma das novidades será a ampliação da oferta de vagas para o Ensino em Tempo Integral em todo o Estado, serão 12 mil novas vagas, com destaque para turmas de Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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