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Saúde

Alergia grave: pesquisadores criam 1ª caneta de adrenalina brasileira

Estimativa é que a caneta chegue ao mercado custando cerca de R$ 400

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Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu a primeira caneta de adrenalina autoinjetável do país. A medicação, quando disponibilizada nesse tipo de dispositivo, é aplicada pelo próprio paciente, em casos de reação alérgica grave e potencialmente fatal, quadro médico conhecido como anafilaxia.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), a adrenalina figura atualmente como o único medicamento disponível no mercado capaz de tratar casos de anafilaxia. O modelo autoinjetável, entretanto, só pode ser adquirido no Brasil por importação, o que torna o custo extremamente elevado.

Rio de Janeiro 08/11/2024 - O pesquisador da Fiocruz e neurofisiologista Renato Rozental, fala sobre a primeira caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O pesquisador da Fiocruz e neurofisiologista Renato Rozental fala sobre a 1ª caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O médico Renato Rozental coordena a equipe responsável pela caneta nacional. Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que, apesar de ser o primeiro protótipo brasileiro, não se trata de uma “inovação radical”. “Você encontra essa caneta com facilidade na Europa, na América do Norte, na Ásia, na Oceania”.

“A grande pergunta é: por que demorou tanto tempo pra termos isso acontecendo no Brasil?”, questionou o pesquisador da Fiocruz.

Rozental lembrou que, desde 2018, com a quebra do monopólio, opções genéricas da caneta no mercado externo fizeram com que o preço do dispositivo caísse substancialmente. “Mas continuava exorbitante”.

“Pra quem tem seguro de saúde, caríssimo lá fora, o preço chega a US$ 100. Quem não tem seguro paga até US$ 700. No Brasil, pessoas que têm condições, por meio de processos de judicialização, conseguem importar, mas o preço ainda está nas alturas. Importar uma caneta por R$ 3 mil ou R$ 4 mil é algo fora da realidade brasileira.”

“A maior parte da população brasileira, não apenas via Sistema Único de Saúde (SUS) mas também na rede privada, não tem acesso. O que fizemos foi estruturar, observando canetas já existentes no mercado. O processo é muito rápido. Começamos a conversar no ano passado e já temos um protótipo funcional agora.”

Anvisa

Rozental ressaltou que, há poucos meses, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fechou um acordo de bilateralidade com a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA). A proposta é agilizar a entrada, no Brasil, de medicamentos já aprovados nos Estados Unidos.

“A Anvisa teria acesso a esses resultados de forma direta, apesar de serem confidenciais. Isso facilitaria muito a aprovação de qualquer dispositivo no Brasil. É um processo que vamos discutir na semana que vem, em Salvador, onde teremos um representante da Anvisa que lida especificamente com isso”, disse, ao se referir ao debate agendado para a próxima sexta-feira (15) no Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia.

“Do nosso lado, teríamos condições de, em 11 meses, ter essa caneta de adrenalina pronta para distribuição no país. Mas vai depender dessa discussão na próxima semana, do reconhecimento e da liberação pela Anvisa. Não está nas nossas mãos.”

Anafilaxia

À Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Fábio Chigres, alertou para um “aumento exponencial” de alergias no Brasil – incluindo casos de anafilaxia.

“Há 30 anos, em hospitais públicos especializados no tratamento de alergia, referência para esses casos, a gente via oito ou dez casos por ano de crianças com alergia a leite de vaca. Hoje, vejo isso em uma semana”.

Brasília (DF) 08/11/2024 - Fábio Chigres, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
Fábio Chigres, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). – Fábio Chigres/Divulgação

Segundo ele, os alimentos figuram, no país, como a principal causa de alergia entre crianças – sobretudo leite e ovo. “Não é lagosta ou algo que se come eventualmente”, destacou.

“E essa criança com alergia alimentar fica muito mais exposta na rua do que quando está dentro de casa. Com isso, a qualidade de vida de toda a família fica muito ruim. Eles vivem esperando uma reação grave. Temos casos de crianças que caminham pela sessão de laticínios do mercado e têm reação”.

Já entre adultos, a principal causa de alergia, de acordo com Chigres, são medicamentos – sobretudo analgésicos e anti-inflamatórios, remédios que sequer exigem pedido médico no ato da compra. Antibióticos também respondem por um número considerável de casos de alergia na população adulta, além de alimentos como crustáceos e mariscos.

“No caso específico da anafilaxia, trata-se de uma reação alérgica muito grave e que se desenvolve rapidamente”, disse. “Essa reação causa choque anafilático, uma queda de pressão abrupta e muito grande, que faz com que o sangue não circule pelo corpo e não chegue ao cérebro. O organismo libera uma substância chamada histamina, que causa uma reação generalizada e pode afetar pele e pulmão, além de causar broncoespasmo e edema de glote, fechando as vias aéreas superiores.”

“A adrenalina reverte todos esses sintomas. Se eu começo a ter uma reação dessa e aplico a adrenalina, no prazo de um a cinco minutos, reverto quase totalmente o quadro de anafilaxia – ou permito que essa pessoa vá ao hospital completar o tratamento”, destacou Chigres.

“Não é só sobre o acesso à adrenalina. Preciso de um dispositivo que facilite o uso. E a caneta brasileira pode ser aplicada, na parte lateral da coxa, por uma pessoa que não tem formação em saúde.”

Segundo Chigres, a estimativa é que a caneta de adrenalina autoinjetável desenvolvida por pesquisadores brasileiros chegue ao mercado nacional custando em torno de R$ 400.

(Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução)

Saúde

Ministro e Geraldo assinam ordem de serviço para 2ª etapa em hospital de Dourados

Durante a cerimônia que contou com a participação de diversas autoridades, o Governador Eduardo Riedel elogiou a bancada sul-mato-grossense

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Em cerimônia realizada na manhã desta quarta-feira, 13 de novembro, no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, o Ministro da Educação Camilo Santana, junto com o Deputado Federal Geraldo Resende (PSDB-MS) e o Presidente da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), Arthur Chioro, assinaram a ordem de serviço que dá início às obras da segunda etapa do Hospital da Mulher e da Criança de Dourados.

Durante a cerimônia que contou com a participação de diversas autoridades, o Governador Eduardo Riedel elogiou a bancada sul-mato-grossense: “Não existe bancada federal mais comprometida com investimentos, do que a de Mato Grosso do Sul”, salientou, complementando: “Nossa gratidão ao Geraldo Resende por pensar com maturidade em nosso Estado”.

Os investimentos para essa nova fase, que começou a ser levantada há poucos dias, somam R$ 28 milhões, e foram conquistados pelo Deputado Geraldo, foi ele quem garantiu a inclusão dos valores no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. Com o novo bloco, serão construídos 80 leitos, sendo 20 leitos de UTI Pediátrica (térreo), 30 leitos de UCI – Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal convencional, e 10 leitos de UCI Neonatal Canguru (no primeiro pavimento superior) e 20 leitos de UTI Neonatal (no segundo piso).

Ao todo, serão investidos R$ 33 milhões na estrutura do Hospital Universitário de Dourados, esses R$ 5 milhões a mais, além dos R$ 28 milhões do PAC, também foram viabilizados por meio de intervenções do Deputado Geraldo Resende. O reitor da UFGD, Jones Dari Goettert destacou a relevância do parlamentar sul-mato-grossense nessa conquista. “Esse é um momento importante e eu quero ressaltar o papel do Deputado Geraldo Resende, que representou a Universidade e os interesses da saúde pública junto com a gente no MEC e no Governo Federal. Um grande parceiro!”

Reformas e ampliações

Além da construção do novo bloco do Hospital da Mulher e da Criança, o aumento da oferta de serviços com a segunda etapa vai demandar a reforma e ampliação de duas estruturas atuais do HU (Hospital Universitário): a farmácia e a lavanderia hospitalar, ambas já com recursos disponíveis.

As obras de revitalização da farmácia do HU de Dourados e da lavanderia preveem, entre outros objetivos, a ampliação para suportar a expansão de leitos e serviços assistenciais advindos da obra do Hospital da Mulher e da Criança (fase 1 e fase 2). A farmácia vai demandar investimento de R$ 2,2 milhões com prazo estimado de execução de nove meses. Já a reforma e ampliação da lavanderia vai demandar recursos de R$ 1,04 milhão, e o prazo de entrega é de oito meses.

Primeira etapa

A primeira etapa do Hospital da Mulher e da Criança, em funcionamento, foi ativada em janeiro de 2022, e demandou um investimento, em recursos federais, da ordem de R$ 37,4 milhões.

A estrutura existente consiste em Pronto Atendimento Pediátrico (sete leitos), Pronto Atendimento Ginecológico e Obstétrico (oito leitos), Clínica Obstétrica (maternidade) com 35 leitos, Centro Obstétrico com quatro salas cirúrgicas e cinco leitos; e Centro de Parto Normal com cinco quartos de internação PPP, em uma área de edificação de 7.093,63 metros quadrados.

Nova conquista

O Deputado Geraldo Resende comemora: “Lutamos e conseguimos edificar, em Dourados, a primeira fase do Hospital da Mulher e da Criança, que é uma unidade hospitalar com altíssimo padrão de estrutura física e atendimento. Agora, conquistamos essa nova fase, o segundo bloco, que vai completar o sonho que acalentamos há mais de quinze anos e proporcionar aqui, o que sempre pregamos: a oferta de serviços de alto padrão para todas as pessoas que usam a saúde pública, que é o SUS”.
 

(Fonte: DouradosNews. Foto: Divulgação)

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Saúde

Saúde na fronteira Brasil-Paraguai é tema de livro lançado por pesquisadores, com apoio da Fundect

A ponte binacional em construção, ligando o município a Carmelo Peralta, no Paraguai, já é um marco para a rota e impacta a vida da população dos dois lados da fronteira.

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As práticas de cuidado e educação em saúde na região de fronteira são temas do livro “Saúde na fronteira Brasil-Paraguai: territorialidades e intersetorialidades nas estratégias de cuidado e educação em saúde”, organizado pela professora e pesquisadora Luciane Pinho de Almeida, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).  A publicação apresenta os resultados da pesquisa “Rede intersetorial de políticas públicas: saúde, saberes e diversidades no município fronteiriço de Porto Murtinho/MS”, que recebeu fomento da Fundect através da Chamada nº 08/2020 – PPSUS.

Nos últimos anos, a fronteira Brasil – Paraguai, em especial a região de Porto Murtinho, vem ganhando protagonismo devido à implantação do Corredor Rodoviário Bioceânico que atravessa Mato Grosso do Sul, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. A ponte binacional em construção, ligando o município a Carmelo Peralta, no Paraguai, já é um marco para a rota e impacta a vida da população dos dois lados da fronteira.

“Este livro vem contribuir com a Epidemiologia na fronteira Brasil – Paraguai ao abordar temas relevantes para a saúde da população ali residente. Além de apontar problemas existentes no setor saúde, educação e assistência social, traz a reflexão sobre as dificuldades que poderão vir – e virão – com a construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. Provavelmente, essas consequências já estejam acontecendo e foram apontadas por esta pesquisa tão rica nos seus resultados”, ressalta a organizadora no prefácio.

O estudo reuniu pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento vinculados a quatro Instituições de Ensino Superior: Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Luciane Almeida destaca que a equipe, formada por 12 pesquisadores, fez um estudo participativo e qualitativo, ouvindo os trabalhadores (as) que atuam no dia-a-dia das políticas de saúde, educação e assistência social, o que o diferencia de pesquisas mais tradicionais. As principais questões levantadas como saúde pública, saúde mental, saúde da mulher, dos trabalhadores e o diálogo com saberes e comunidades tradicionais foram amplamente discutidas para buscar respostas às demandas sociais.

“A publicação vem contribuir sensivelmente para uma discussão sobre a fronteira Brasil – Paraguai, procurando discutir suas particularidades com vistas a colaborar com os gestores públicos na construção e efetivação de políticas públicas intersetoriais e de educação em saúde. Porto Murtinho pode assim ser fonte de inspiração para outros municípios fronteiriços, na medida em que a discussão se amplie numa vertente de articulação e efetivação de políticas públicas transfronteiriças “, reforça a pesquisadora.

Clique aqui para baixar a versão digital do livro.

 

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Saúde

Saúde Bucal em Mato Grosso do Sul recebe prêmio nacional por desempenho e inovação

Com iniciativas que vão desde campanhas educativas até atendimentos em comunidades rurais, o projeto premiado se destaca como um modelo a ser seguido por outras regiões do Brasil.

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A saúde bucal em Mato Grosso do Sul foi reconhecida em nível nacional, conquistando uma premiação que destaca as melhores práticas e inovações no setor. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) entregou na terça-feira (12), em Brasília, o ‘Prêmio Nacional CFO de Saúde Bucal’, uma iniciativa que visa valorizar os esforços e as conquistas dos municípios brasileiros na implementação de políticas públicas voltadas para a saúde bucal.

O município de Deodápolis foi o grande vencedor na categoria Organização dos Serviços, na região centro-oeste em cidades de até 20 mil habitantes, recebendo o primeiro lugar por suas iniciativas inovadoras e eficazes na gestão da saúde bucal.

Com iniciativas que vão desde campanhas educativas até atendimentos em comunidades rurais, o projeto premiado se destaca como um modelo a ser seguido por outras regiões do Brasil. Como premiação, o município vai ganhar um consultório odontológico completo

Para o prefeito de Deodápolis, Valdir Sartor, o CFO valoriza a importância da gestão participativa, que envolve a comunidade e os gestores na implementação de políticas de saúde que atendam às necessidades locais.

“Um reconhecimento importante para a cidade que se destacou por suas ações na promoção da saúde bucal no município. A valorização do trabalho dos profissionais e a participação ativa dos gestores, são fundamentais para a construção de uma saúde bucal mais acessível e eficaz para todos os cidadãos”, afirma o prefeito.

O Prêmio Nacional CFO de Saúde Bucal foi instituído com o objetivo de reconhecer não apenas os profissionais da odontologia que se dedicam ao avanço da saúde bucal, mas também os municípios que buscam a excelência na saúde pública.

Durante a cerimônia, a secretária-adjunta de Saúde de Mato Grosso do Sul, Crhistinne Maymone foi homenageada com a medalha de honra ao mérito odontológico nacional, na categoria B: contribuição honorífica, no plano do desempenho social, político e nos serviços.

“A saúde bucal é um direito de todos, e a atuação dos municípios é fundamental para que possamos alcançar um sistema de saúde mais justo e inclusivo. O prêmio é uma forma de reconhecer e estimular o esforço coletivo e o comprometimento de cada cidade que se empenha em promover a saúde de seus cidadãos”, ressalta Maymone.

A secretária-adjunta enfatiza que o reconhecimento de Deodápolis é um exemplo inspirador para outros municípios do Estado, mostrando que com planejamento, dedicação e a participação da sociedade, é possível alcançar resultados significativos na saúde pública.

O Prêmio Nacional CFO de Saúde Bucal é uma iniciativa que reforça o compromisso com a melhoria contínua dos serviços de saúde bucal no Brasil, incentivando a inclusão social e a qualidade no atendimento.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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