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Operação Pantanal 2024

Pantanal de MS tem quatro focos de incêndios ativos e trabalho de combate no bioma completa 198 dias

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso.

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Com quatro focos ativos de incêndios florestais no Pantanal sul-mato-grossense, o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, com o apoio das demais forças de segurança nacionais e estaduais empenhadas na Operação Pantanal 2024 há 198 dias, mantém ações de combate ao fogo nas regiões do Paiaguás e Abobral (Passo do Lontra).

Um dos principais focos está na divisa com o Mato Grosso. O incêndio já registrou, ontem, uma linha de fogo de aproximadamente 40 quilômetros de extensão. As chamas passaram para o Mato Grosso do Sul vindas do estado vizinho, iniciada no Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense.

Também estão em monitoramento focos em Corumbá (nas regiões pantaneiras do Paiaguás, Nabileque, Paraguai-Mirim, Forte Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque), Rio Negro (Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro), Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Dourados, Coxim, Inocência, Paranaíba, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema), Miranda, Porto Murtinho, Nioaque e Aquidauana.

Um novo ciclo de trabalho na temporada de incêndios florestais teve início ontem (15), inclusive com a troca de dez bombeiros militares do Rio Grande do Sul, estado que continua a apoiar as ações de controle e extinção do fogo no Pantanal.

As ações contam com o apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), que auxiliam os militares que fazem o combate direto em solo. As equipes continuam a realizar o monitoramento nas áreas impactadas e nas localidades onde estão instaladas as 12 bases avançadas, que contribuem para uma resposta mais ágil para o início do combate, em caso de ocorrência de fogo.

As chuvas que ocorreram desde o fim de semana passada contribuíram para aliviar a situação, especialmente após o período de seca. Porém o Pantanal ainda enfrenta condições climáticas adversas, principalmente em relação as altas temperaturas e variação dos ventos, que elevam os riscos de incêndios florestais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

Operação Pantanal 2024

Operação Pantanal: ações contra incêndios florestais continuam com força máxima em MS

Na terça-feira (24), mais dez bombeiros do Rio Grande do Sul chegaram ao Estado para contribuir no trabalho.

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A situação climática no Pantanal de Mato Grosso do Sul continua extrema, com temperaturas altas, umidade relativa do ar baixa e fortes ventos, o que facilita a ocorrência de incêndios florestais. Mesmo com previsão da chegada de uma frente fria entre hoje (26) e sábado (28) – o que deve provocar chuva e queda de temperaturas – a situação não terá mudança significativa.

O Governo do Estado transmitiu as informações dos combates e também a previsão do tempo para os próximos dias, nesta quinta-feira (26), ao vivo pela internet (veja na íntegra no final do texto), no boletim semanal da Operação Pantanal 2024, que a partir de agora será realizado a cada 15 dias (o próximo está marcado para acontecer no dia 10 de outubro).

A estrutura de combate aos incêndios florestais permanece ativa em todos os biomas – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – e continua a receber reforços das forças de segurança nacional e dos demais estados parceiros. A situação climática interfere de maneira direta nas ações de controle e extinção dos incêndios, no Pantanal e também nos demais biomas presentes no Estado.

Regiões como Cipolândia (Aquidauana), Coxim, Inocência e Dourados concentram atualmente os combates. Já as ações de monitoramento ocorrem em Corumbá – Paiaguás, Nabileque, Paraguai Mirim, Coimbra, Serra do Amolar, Albuquerque – e nas regiões de Porto Murtinho, Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema (Naviraí).

Nos municípios de Rio Negro, Aquidauana, Cassilândia, Costa Rica, Aparecida do Taboado, São Gabriel do Oeste, Brasilândia, e região do Areado, também passam por tal monitoramento, assim como as bases avançadas do Redário e Santa Mônica, onde o trabalho é dirigido a um foco próximo à divisa com o Mato Grosso.

“Mesmo com as condições atmosféricas de 2024 sendo mais severas, a gente conseguiu reduzir essa área queimada [em relação a 2020]. A gente está vendo a Bolívia com muitos focos de calor. Mesmo que a gente tenha registrado nos últimos dias uma redução desses focos, a gente não retroagiu a nossa estrutura, esse trabalho de operação presença, estar no local, também faz a diferença nos índices que a gente vê nos focos de calor. E não só no Pantanal, a gente tem a estrutura distribuída no Estado todo”, explicou a diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Tatiane Inoue.

Na terça-feira (24), mais dez bombeiros do Rio Grande do Sul chegaram ao Estado para contribuir no trabalho.

Atenção ao termômetro

A partir de domingo (29) e até quarta-feira (2 de outubro), as temperaturas devem voltar a subir, e podem atingir novamente em torno de 40°C, como foi registrado durante esta semana no Estado. Ontem (25) ocorreram recordes de temperatura no ano de 2024, com registro de 20 municípios com temperatura máxima acima de 40°C. O município de Água Clara registrou a temperatura mais alta do país com 43,1°C.

Enquanto nos próximos dois dias, caso as chuvas ocorram, a umidade relativa do ar deverá subir para entre 40% e 60%, e as temperaturas devem variar entre 27°C e 35°C (máximas) e 19°C e 25°C (mínimas), já no início da próxima semana as condições climáticas mudam novamente.

“Então, as temperaturas devem ficar acima da média, se espera tempo quente e seco, com sol. As máximas devem ficar entre 36°C a 43°C na região pantaneira, e as mínimas entre 23°C a 31°C, a umidade relativa do ar, novamente, deverá ter uma queda significativa de 7% a 25%. A gente observa, nos próximos dias, um elevado risco de fogo, extremo, onde as condições climáticas são favoráveis, há aumento de velocidade de propagação do fogo, difícil combate até por vias aéreas. Toda essa condição, mesmo com a entrada da frente fria, não deve se reverter na região da Bacia do Alto Paraguai”, explicou a meteorologista e coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Templo e do Clima), Valesca Fernandes.

O prognóstico para o trimestre – dos meses de outubro, novembro e dezembro –, mostrou pela primeira vez, em aproximadamente dez meses, que as chuvas no período podem ficar dentro da média histórica.

“Nas condições de tempo quente e seco, as temperaturas acima da média, baixos valores de umidade relativa, as condições são propícias para ocorrência de incêndios florestais, afetando também a qualidade do ar. Como a gente viu hoje em Campo Grande, estamos embaixo de fumaça”, disse a meteorologista.

Condições adversas e esperança

Em meio às condições adversas, a tenente-coronel Tatiane Inoue relata que estava no Pantanal, onde até ontem o termômetro da viatura em que estava registrada 46°C.

“Continua muito seco, a gente vê os animais disputando pequenas poças de água, pequenas lagoas, então a situação ali é ainda muito crítica. E várias pessoas também vivenciam essas condições e estão muito preocupados com essa fumaça. Mesmo com todo esse aparato de combate que temos, essa condição no bioma Pantanal, não só do lado do Brasil e Mato Grosso do Sul, persiste. O nosso Estado está muito tomado por essa fumaça, de situações que estão acontecendo em outros países, em outros estados”, explicou.

Imagem registrada pela tenente-coronel

Contudo, a esperança de melhora continua e motiva o trabalho dos Bombeiros, ainda mais sabendo a capacidade do bioma em se renovar. Essa resiliência do Pantanal também foi registrada, com uma imagem.

“Eu fiz questão de trazer essa foto, que tirei ontem na região de Miranda, nas margens da rodovia BR-262, onde a gente teve um incêndio no começo do mês de agosto, muito grave. E aí a gente vê como é a resiliência do bioma Pantanal. A gente observa aqui as árvores, a vegetação queimada, as cinzas. Estou com o cheiro das cinzas no meu EPI, mas a gente vê o lírio brotando, a vegetação ali insistindo em viver. Então é por isso que a gente trabalha tanto e se dedica para continuarmos vendo esse milagre acontecendo aqui”, finaliza Inoue.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Governo de MS faz monitoramento dos rios e intensifica combate a incêndios nos três biomas

O boletim semanal informou que no Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro deste ano foram 7.309 focos de calor no Pantanal. Já no Cerrado no mesmo período foram 3.517 (focos) e na Mata Atlântica 937 (focos).

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Com período de estiagem intenso em Mato Grosso do Sul, os órgãos estaduais fazem o controle e monitoramento do nível dos rios, assim como intensificam o combate aos incêndios florestais nos três biomas (Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica). Outra ação é a orientação aos produtores rurais em relação ao cuidado com os animais (doméstico) e até a realização de aceiros, que também são usados rotas de passagens dos animais silvestres.

Apresentação na live Operação Pantanal

Esta situação foi apresentada durante a live da “Operação Pantanal”, que apresenta o boletim semanal do combate aos incêndios no Estado. O gerente de recursos hídricos do Imasul (Instituto de Meio Ambiente do MS), Leonardo Sampaio, explicou que o órgão dispõe de 14 estações de monitoramento dos rios, e que a situação neste ano é preocupante.

“Fazemos este monitoramento desde 2014 e neste ano o nível está abaixo na maioria dos rios do Estado, inclusive tem diminuído em média 2 cm por dia. Fazemos um boletim diário para toda sociedade e enviamos informações à Defesa Civil. Esta estiagem e seca reflete diretamente nesta situação. Com menos chuva, mas dificuldade para os animais terem acesso a água. No Pantanal se a vegetação fica mais seca, favorece os incêndios florestais”, explicou Sampaio.

Neste cenário o Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) realiza o trabalho não apenas de resgate, mas de orientação para proteção da fauna. “Trata-se de um trabalho pré, durante e após o fogo, pois também orienta os proprietários rurais para que sejam feitos aceiros, que além de evitar a propagação do fogo, sirvam como rota para que os animais possam sair”, afirmou o secretário-executivo de Meio Ambiente, Arthur Falcette.

Ele destacou que os trabalhos do Gretap tiveram reforço e ajuda de fundos internacionais, com doação de medicamentos, assim como outras instituições que contribuem com alimentos e outros itens. “Importante também orientar os produtores para que não falte água principalmente ao gado na região do Pantanal”, completou.

Trabalho dos bombeiros no Pantanal (Foto: Álvaro Rezende)

Estrutura e combate

Além da região do Pantanal que conta com 13 bases avançadas do Corpo de Bombeiros, os outros dois biomas (Cerrado e Mata Atlântica) também estão com estruturas montadas para o combate aos incêndios florestais, inclusive com diversas ações nos últimos meses.

“Nossa estrutura está distribuída por todos os biomas, concentrada no Pantanal, por ser uma área de difícil acesso com bases avançadas, mas temos estruturas em outros locais, como a Mata Atlântica e o Cerrado, que é a região mais seca do Estado, por isso reforçamos nossas guarnições”, afirmou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiente do CBMMS.

Ela destacou que o Cerrado tem apresentado altos índices de focos de calor, no entanto por sua características próprias, não se propagam tanto como no Pantanal. “A estiagem prejudica inclusive a estrutura de combate aos incêndios, já que muitas vezes nosso acesso é pelos rios e a navegabilidade fica comprometida”.

O boletim semanal informou que no Mato Grosso do Sul de janeiro a setembro deste ano foram 7.309 focos de calor no Pantanal. Já no Cerrado no mesmo período foram 3.517 (focos) e na Mata Atlântica 937 (focos).

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Governos discutem incêndios florestais e MS recebe destaque por integração no trabalho contra o fogo

O governador também comenta que a União tem feito a parte dela no apoio contra o fogo, e assim os resultados têm se concretizado

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Governadores e vices de 10 estados brasileiros, entre eles o de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, se reuniram nesta quinta-feira (19) em Brasília (DF) para discutir a situação dos incêndios florestais no país com ministros do Governo Federal. Durante a reunião o trabalho realizado pelo Governo sul-mato-grossense foi elogiado pela integração existente nas frentes de campo contra o fogo e também na coordenação de ações estratégicas.

Desde o início do enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal neste ano, algo que já vem sendo planejado desde dezembro de 2023 devido ao prognóstico de intensa seca em 2024, Mato Grosso do Sul busca atuar em parceria com a União e com o apoio de outros estados para reforçar e ampliar a efetividade do trabalho contra o fogo.

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva participou do evento e elogiou esse trabalho integrado encabeçado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o que para o governador Eduardo Riedel é apenas fruto de ações focadas em atingir objetivos em comum.

“Se tivermos alinhados em torno do objetivo, facilita muito atingir o objetivo, que é o que temos feito. Talvez a referência da ministra seja nesse sentido, pois nós trabalhamos juntos sob uma única coordenação, todos focados em minimizar os efeitos dos incêndios florestais no Pantanal e combater esses incêndios”, frisa Riedel, completando ainda que apesar de estar chegando proximo do fim da temporada do fogo, o trabalho segue no bioma.

O governador também comenta que a União tem feito a parte dela no apoio contra o fogo, e assim os resultados têm se concretizado. “Não queremos politizar a situação em nenhum momento. Pelo contrário, queremos focar no resultado dessas ações”, complementa.

Corpo de Bombeiros de MS contaram com aparato do Estado no combate às chamas no Pantanal
(Fotos: Bruno Rezende/Arquivo)

Planejamento para 2025 e audiência no STF

Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Orçamento) também participaram do encontro com os governadores, vices e representantes da CNM (Confederação Nacional de Municípios) e da ABM (Associação Brasileira de Municípios), onde foi abordado a inclusão dos municípios no planejamento de ações para o ano que vem, iniciando desde já tais tratativas.

“Já estamos pensando no ano que vem para que Estado, União e os municípios, no nosso caso em especial da região pantaneira, possam ter um programa de prevenção – algo que já estamos trabalhando para 2025 – independente do que ocorra. Assim ficamos cada vez mais preparados para as situações que possam ocorrer, seja de seca, seja de cheia”, explica Eduardo Riedel.

Além do governador de Mato Grosso do Sul, os chefes do Executivo do Pará, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Distrito Federal, Tocantins e Roraima se sentaram à mesa, fora os vice de Rondônia e do Amapá – todos são estados pariticpantes do Norte ou Centro-Oeste.

A presença sul-mato-grossense em debates sobre o fogo foram além do encontro com os ministros. Em audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, a procuradora-geral do Estado, Ana Ali Garcia, o procurador Ulisses Viana e o tenente-coronel dos Bombeiros e assessor da Semadesc, Leonardo Congro, entregaram o relatório sobre os incêndios florestais no Estado.

O documento elencou ações diversas, como plano de manejo, programa de brigadas, sistemas de comando, criação da sala de situação, monitoramento, prevenção e investimentos no combate aos incêndios florestais, além da recuperação da fauna e flora.

Créditos das fotos: Valter Campanato/Agência Brasil (as duas primeiras)
Henrique Raynal/Casa Civil BR (as duas últimas)

Conciliação para conflitos agrários

Outro tema debatido pelo governador Eduardo Riedel em Brasília nesta quinta foi a busca de soluções para os conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul, envolvendo indígenas que reivindicam áreas como parte de seu território original e os atuais proprietários dessas terras. A situação foi discutida em audiência com o ministro do STF, Gilmar Mendes.

Acompanhado pelo secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, e pela procuradora-geral Ana Ali, Riedel expôs a posição do Governo do Estado em avançar rumo a soluções concretas. “Ninguém ganha com isso [os conflitos]. É uma situação extremamente ruim para o Estado, para as comunidades indígenas, para a Polícia Militar que age em determinação da Justiça”, lamenta o governador, acrescentando em seguida.

“Conversei quarta com o presidente Lula sobre o conflito e ele reiterou o desejo de buscar soluções nessas áreas em que dois princípios constitucionais estão em conflito: o direito a propriedade, pois são títulos legais, a cadeia dominial está ok, e a demarcação de áreas indígenas por parte de antropólogos. Então vamos buscar a solução através da indenização dos proprietários nas áreas onde isso couber”, conclui Eduardo Riedel.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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