Facilitar o acesso, levar dignidade e saúde ao cidadão. Este é o objetivo do programa “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, que chegou em nove aldeias de Miranda. A iniciativa vai promover cirurgias de cataratas em 210 indígenas na próxima semana. Para concretizar esta ação, foram feitos exames e atendimento dentro das comunidades.
No final de setembro mais de 300 indígenas das nove aldeias passaram pela triagem, onde a equipe médica da SES (Secretaria Estadual de Saúde) conseguiu identificar quem precisava passar pela cirurgia de catarata. Para facilitar o acesso, toda esta ação ocorreu na aldeia Cachoeirinha. As cirurgias serão no hospital municipal de Miranda nos dias 21, 22 e 23 de outubro.
Nascido e criado na aldeia Passarinho, Severino de Almeida acordou de madrugada e saiu às 4h da manhã rumo a aldeia Cachoeirinha. Lá ele passou pela triagem, fez o exame e chegou ao diagnóstico que precisa de uma cirurgia (catarata).
“Fiz todos os exames necessários e agora é esperar a cirurgia. Com certeza vai melhorar a vida. O atendimento foi ótimo. Se Deus quiser vai melhorar minha saúde. Fiquei sabendo desta ação do Governo do Estado e agora serei um dos beneficiados”, detalhou Severino, no dia dos exames, em 23 de setembro.
Hugo de Almeida também comemorou a oportunidade. “Estava precisando muito da cirurgia, foi bom que eles vieram, porque se fosse pagar seria caro. Foram nos avisar sobre a ação e será uma grande oportunidade, vou enxergar melhor. O atendimento foi muito bom”.
Moradora da aldeia Moreira, Marta Madalena contou que os próprios profissionais de saúde de Miranda a avisaram da iniciativa e que será uma grande chance para enxergar melhor. “O pessoal da saúde nos avisou em casa, que teria este mutirão da saúde. Vim com esperança e fé em Deus. Muitas pessoas precisavam deste atendimento. Fiz o exame e agora só falta cirurgia”.
Fernando Jorge, da aldeia Passarinho, fez questão de elogiar a iniciativa do Governo do Estado, de levar os atendimentos e todos os exames para dentro da aldeia. “Quero parabenizar o idealizador deste projeto, principalmente estes funcionários que dedicam o seu tempo para fazer o atendimento. Porque muitos na nossa comunidade não têm condições de fazer este deslocamento”.
Ele ponderou que as cirurgias vão melhorar a saúde de muita gente. “Este mutirão vir até a aldeia é um prêmio, muitas idosos já estão com problema na vista e precisam deste apoio. O pessoal foi atendido praticamente em casa”.
Firmo Nogueira espera ansioso sua cirurgia da catarata. “É uma ação muito boa para toda comunidade. Todos estão sendo bem atendidos, a comunidade precisa cada vez mais de ações para saúde. Moro na Aldeia Passarinho e sou da etnia terena”.
Nova fase
A superintendente de gestão estratégica da SES e responsável pelo “MS Saúde”, Maria Angélica Benetasso, explicou que o programa está em uma segunda fase, que visa facilitar o acesso dos pacientes aos procedimentos e cirurgias eletivas que estão represadas.
“Agora viemos em uma modalidade diferente, onde a execução destes procedimentos estão cada vez mais próximo da cidade do paciente, levar (procedimento) cada vez mais próximo do cidadão”.
Neste contexto foi identificada a necessidade do mutirão nas comunidades indígenas de Miranda, com foco nas cirurgias de catarata. “Para facilitar o acesso, decidimos fazer esta ação de triagem, exames e atendimentos dentro da aldeia (Cachoeirinha), onde fomos recebidos muito bem. Foi importante porque são pacientes que têm dificuldades na locomoção. As cirurgias serão no hospital municipal”.
O programa MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila já realizou 24.105 cirurgias, sendo 15.447 oftalmológicas, 1.447 ortopédicas, 447 vasculares, 441 de vias aéreas, 5.274 gerais e 1.049 cirurgias de aparelho geniturinário. Ele tem como objetivo a redução de filas de cirurgias eletivas, que estavam represadas desde a época da pandemia e por outras situações.
Com apoio e parceria do Governo do Estado, o Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão entregou nesta segunda-feira (9) a obra do terceiro andar, que conta com 32 novos leitos modernos à disposição da população. Eles estão equipados para atender os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
A obra no terceiro andar foi realizada pelo Hospital do Câncer, por meio de financiamento com empréstimo no valor de R$ 1,3 milhão. Assim vai ampliar e dobrar o número de atendimentos na unidade, proporcionando o cuidado oncológico de alta qualidade a quem precisa.
“Começamos a segunda-feira com muita emoção e orgulho. O Hospital do Câncer é prioridade zero na estratégia do Estado do Mato Grosso do Sul. Nós vamos continuar avançando neste sentido. Olhando para frente não tenho dúvida que nós juntos vamos conseguir entregar este equipamento, com uma boa execução”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
Riedel destacou que o mais difícil em um hospital é a sua operação no dia a dia. Nosso grande desafio está em conseguir dar maior eficiência a este volume de recursos, com gestão adequada nos hospitais. Promover a articulação para trazer recursos federais, estaduais e municipais. Desta forma conseguimos transformar a saúde do Estado”.
A presidente do Hospital do Câncer, Sueli Lopes Telles, estava emocionada durante o evento e ponderou que se tratava de um momento histórico. “Percorrendo o hospital algo me incomodava profundamente, a lotação das enfermarias e alguns quartos com seis pacientes. O pior era quando precisávamos cancelar cirurgias por falta de leitos. O câncer não espera, ele avança. Diante desta realidade decidimos dar um passo mais difícil, que é finalizar o terceiro andar, não havia outra opção”.
Ela destacou que agora o momento é de celebrar. “Contamos agora com esta unidade com mais 32 leitos de altíssima qualidade, digna de hospitais de excelência. Aqui somos 99% SUS. Nosso compromisso é com a vida e com atendimento humanizado. Nossos pacientes não são números, são pessoas. Gostaria de agradecer ao Governo do Estado que acreditou no nosso trabalho”.
A prefeita da Capital, Adriane Lopes, parabenizou o esforço do Estado e da diretoria do hospital pela manutenção das atividades na unidade. “As parcerias são fundamentais, nós sabemos que para avançar precisamos de pessoas que acreditam no trabalho e invistam seu tempo, compromisso e dedicação. Parabéns a todos que colaboram com esta unidade”.
Recursos
Para contribuir com os trabalhos e atendimentos realizados no hospital, o Governo do Estado contribui financeiramente com a unidade. Ao todo foram repassados R$ 18 milhões nos dois últimos anos. Em 2023 teve R$ 9 milhões por meio de convênio e mais R$ 4,37 em repasse fundo a fundo. Já neste ano teve mais R$ 4,69 milhões em repasse estadual.
“Nosso objetivo na Secretaria de Saúde é que além do terceiro andar, sejam conclusas as demais o mais breve possível. Temos muitas demandas na saúde pública do Estado, mas algumas precisam ser prioridade e esta é uma delas. Hoje não são apenas 32 leitos novos, são leitos extremamente superiores àqueles que estamos acostumados a serem oferecidos no SUS. Nosso objetivo é continuar a ajudar esta instituição”, afirmou o secretário de Saúde, Maurício Simões.
O Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão é uma instituição privada filantrópica referência no tratamento oncológico no Estado. O maior hospital oncológico do Mato Grosso do Sul, atendendo 72% da oncologia. De cada 10 pacientes com câncer SUS, 7 são tratados pelo HCAA. São feitos em média 17 mil procedimentos por mês. Em 2023 foram 206.759 atendimentos realizados.
Referência e destaque nacional, a Rede Hemosul MS completou 36 anos de história de apoio e contribuição com a saúde pública de Mato Grosso do Sul. Ajudar a salvar vidas através da doação. Além de desempenhar este papel essencial, também tem na sua trajetória “cases de sucesso” que estão sendo usados em outros estados.
O Hemosul comemorou o aniversário no domingo (8). Ele dispõe de 12 unidades no Estado, sendo três na Capital e nove no interior, que contam em média com 5.635 candidatos par doação por mês, além de dispor de 4.668 bolsas coletadas (mensais), tendo a distribuição de 104 mil hemocomponentes (hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado) por ano.
“Nós somos uma rede 100% pública e atendemos todos os hospitais públicos e privados do Mato Grosso do Sul. A importância do Hemosul para saúde coletiva e pública do Estado é imensa. A doação solidária chega aos hospitais para atender os pacientes. Temos que parabenizar toda equipe do Hemosul, que vive a causa do sangue. Sem eles não conseguiríamos atender a população com qualidade”, afirmou a coordenadora do Hemosul, Marina Sawada Torres.
Com o lema de salvar vidas, a rede conseguiu construir “cases de sucesso” que são usados como referência e estão sendo copiados em outros estados. Entre eles está o “Selo Conexão Hemosul”, que é concedido a empresas parceiras e amigas. Elas podem contribuir com campanhas entre os funcionários (doações), na função de multiplicadoras, apoio institucional (cooperação técnica ou financeira) e as consideradas “Premium”, quando realizam as três funções citadas.
Com destaque, o Hemocentro de Brasília procurou o Hemosul para implantar a ideia (selo) na sua cidade e outras empresas de fora do Estado quiseram participar, como uma instituição de Avaré (SP). Por esta razão o selo foi ampliado a empresas de fora do Mato Grosso do Sul, caso sejam parceiras.
Outra inovação inédita no Brasil foi a criação do aplicativo para cartão e declarações digitais do doador. Eles estão dentro do programa “MS Digital”, por meio de uma parceria com o CTEC da SES (Secretaria Estadual de Saúde). A Secretária de Saúde do Espírito Santo inclusive entrou em contato e fez uma reunião com o Hemosul, pois pretende implantar o modelo no seu estado pelo HEMOES (Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo).
Referência nacional
As ações do Hemosul se tornaram referência nacional. A rede ganhou em 2022 o prêmio “Roche Farma Brasil” com seu projeto de brinquedoteca e biblioteca para crianças com hemofilia. Este espaço foi criado no Hemosul do Hospital Regional do MS, Hemosul Santa Casa e no Hemosul Coordenador. Além de um mini estúdio para divulgar as ações da rede.
O espaço que tem parceria com a APHEMS (Associação de Pessoas com Hemofilia de Mato Grosso do Sul) conta eventualmente com “contações de história”. O objetivo visa promover lazer, bem-estar e educação por meio de brincadeiras e leituras par estas crianças. Um ambiente acolhedor e adaptado, que além de suavizar o processo, auxilia também na compreensão e recuperação dos pacientes.
Outro destaque é o NAT (Laboratório de Tecnologia Biomolecular) do Hemosul que está entre os 13 sítios testadores do Brasil. Uma tecnologia que nos elevou ao patamar de última geração para exames sorológicos. O projeto está em funcionamento desde 2011 no Hemosul Coordenador. Hoje faz exames ao Mato Grosso e atende outros estados em casos de contingência.
Já o projeto “Ambulância Terapia” atende aos pacientes com hemofilia que não podem ir buscar os “fatores”. As ambulâncias dos municípios vão até as unidades do Hemosul e levam até os pacientes, chegando inclusive até a zona rural do Estado.
Doação para salvar vidas
Mesmo com todo esforço e dedicação da Rede Hemosul, a sua tarefa só vai ser cumprida com a participação do doador. A sua ação voluntária faz toda diferença e ajuda a salvar vidas todos os dias.
O médico-veterinário Leandro Menezes, de 32 anos, já faz a sua doação de sangue há muito tempo e diz que é um hábito ajudar o próximo. “Faz tempo que sou doador, a primeira vez foi quando alguém me pediu para doar a algum parente e depois fui criando hábito, me conscientizando sobre doar sem olhar para quem. Faz a diferença na vida de alguém, inclusive já tive amigos e parentes que precisaram”. Ele faz sua doação de duas a três vezes por ano.
A dentista Suzana Rezende conta que sente vontade de doar sangue. “Faz um tempo que sou doadora. Meu pai já precisou por exemplo e sei da importância do ato. Aqui no Hemosul faço a doação a cada seis meses, sempre com atendimento excelente, local sempre limpo e os funcionários bem-dispostos”.
Além da rotina semanal de atendimento, o Hemosul sempre faz ações especiais em datas importantes como no “junho vermelho”, que é mês nacional de incentivo a doação de sangue, que é sempre um período que cai o estoque devido a época do frio ou de muitas doenças respiratórias. Assim como no dia 25 de novembro (dia nacional do doador de sangue).
Para doação de medula óssea tem o 3° sábado de setembro que comemora o dia mundial, além da semana nacional que vai de 14 a 21 de dezembro.
Quem quiser mais informações sobre como ser um doador é só acessar o site do Hemosul que tem todas as regras e horários de atendimento das unidades.
Para contribuir e fortalecer a saúde pública do Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel anunciou o repasse da 13° parcela aos hospitais que mantém contratualização com o Estado. Esta medida representa o valor de R$ 32,3 milhões e vai beneficiar 79 hospitais, de 67 municípios.
O recurso estará disponível para os hospitais na próxima sexta-feira (13). “Dia de festa para saúde, importante celebrar estas conquistas. Fazer esta equação foi um grande desafio, fizemos este esforço concentrado para viabilizar esta 13° parcela. Um recurso que vai ajudar todo mundo a fechar o ano com mais tranquilidade”, afirmou o governador.
Riedel destacou que esta ação visa reforçar o compromisso com os hospitais e saúde pública do Mato Grosso do Sul. “A parceria continua, nosso objetivo é viabilizar a melhor saúde à população. Com uma gestão eficiente para todos. Sexta-feira o recurso já estará disponível para última quinzena do ano”.
Esta iniciativa do Governo do Estado vai auxiliar e contribuir para que as unidades possam pagar as despesas de décimo terceiro salário com os funcionários, assim como outros gastos de custeio, compra de medicamentos ou conta em aberto. Estes hospitais filantrópicos são essenciais para o trabalho da rede de saúde pública.
“Esta gestão estadual sempre teve um olhar especial e diferenciado aos hospitais. Somos sempre ouvidos e recebidos muito bem aqui no Governo do Estado. Houve um esforço do governador para nos atender com esta parcela extra. Esta ajuda é um alívio para todos, pois temos muitas demandas e sempre estamos correndo atrás. O nosso sentimento é de agradecimento”, afirmou Marco Calderon, presidente da FEHBESUL (Federação das Santas Casas, Hospitais e Instituições Filantrópicas e Beneficentes de MS).
Os hospitais filantrópicos representam 42% dos hospitais do Mato Grosso do Sul, 55% dos leitos clínicos e cirúrgicos, 48% dos leitos de UTI e 64% das cirurgias realizadas no Estado. São atendimentos de média e alta complexidade, com destaque para áreas como oncologia, cardiologia, assim como materno-infantil.
“Assim a gente cumpre nossa missão, de favorecer o financiamento da saúde hospitalar. Eles prestam um serviço de referência, principalmente de média e alta complexidade. Um recurso financeiro que vem em boa hora. Mantemos o compromisso de garantir estes recursos extras, que vão ajudar muito neste final do ano”, explicou o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões.
A solenidade ocorreu no Gabinete do Receptivo do Governo do Estado, com a presença de representantes de vários hospitais contemplados com esta ajuda. Também estiveram presentes o chefe da Casa Civil, Eduardo Rocha, e a secretária-adjunta da Saúde, Crhistinne Maymone.