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Operação Pantanal 2024

Governos discutem incêndios florestais e MS recebe destaque por integração no trabalho contra o fogo

O governador também comenta que a União tem feito a parte dela no apoio contra o fogo, e assim os resultados têm se concretizado

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Governadores e vices de 10 estados brasileiros, entre eles o de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, se reuniram nesta quinta-feira (19) em Brasília (DF) para discutir a situação dos incêndios florestais no país com ministros do Governo Federal. Durante a reunião o trabalho realizado pelo Governo sul-mato-grossense foi elogiado pela integração existente nas frentes de campo contra o fogo e também na coordenação de ações estratégicas.

Desde o início do enfrentamento aos incêndios florestais no Pantanal neste ano, algo que já vem sendo planejado desde dezembro de 2023 devido ao prognóstico de intensa seca em 2024, Mato Grosso do Sul busca atuar em parceria com a União e com o apoio de outros estados para reforçar e ampliar a efetividade do trabalho contra o fogo.

Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva participou do evento e elogiou esse trabalho integrado encabeçado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o que para o governador Eduardo Riedel é apenas fruto de ações focadas em atingir objetivos em comum.

“Se tivermos alinhados em torno do objetivo, facilita muito atingir o objetivo, que é o que temos feito. Talvez a referência da ministra seja nesse sentido, pois nós trabalhamos juntos sob uma única coordenação, todos focados em minimizar os efeitos dos incêndios florestais no Pantanal e combater esses incêndios”, frisa Riedel, completando ainda que apesar de estar chegando proximo do fim da temporada do fogo, o trabalho segue no bioma.

O governador também comenta que a União tem feito a parte dela no apoio contra o fogo, e assim os resultados têm se concretizado. “Não queremos politizar a situação em nenhum momento. Pelo contrário, queremos focar no resultado dessas ações”, complementa.

Corpo de Bombeiros de MS contaram com aparato do Estado no combate às chamas no Pantanal
(Fotos: Bruno Rezende/Arquivo)

Planejamento para 2025 e audiência no STF

Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Simone Tebet (Orçamento) também participaram do encontro com os governadores, vices e representantes da CNM (Confederação Nacional de Municípios) e da ABM (Associação Brasileira de Municípios), onde foi abordado a inclusão dos municípios no planejamento de ações para o ano que vem, iniciando desde já tais tratativas.

“Já estamos pensando no ano que vem para que Estado, União e os municípios, no nosso caso em especial da região pantaneira, possam ter um programa de prevenção – algo que já estamos trabalhando para 2025 – independente do que ocorra. Assim ficamos cada vez mais preparados para as situações que possam ocorrer, seja de seca, seja de cheia”, explica Eduardo Riedel.

Além do governador de Mato Grosso do Sul, os chefes do Executivo do Pará, Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Acre, Distrito Federal, Tocantins e Roraima se sentaram à mesa, fora os vice de Rondônia e do Amapá – todos são estados pariticpantes do Norte ou Centro-Oeste.

A presença sul-mato-grossense em debates sobre o fogo foram além do encontro com os ministros. Em audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, a procuradora-geral do Estado, Ana Ali Garcia, o procurador Ulisses Viana e o tenente-coronel dos Bombeiros e assessor da Semadesc, Leonardo Congro, entregaram o relatório sobre os incêndios florestais no Estado.

O documento elencou ações diversas, como plano de manejo, programa de brigadas, sistemas de comando, criação da sala de situação, monitoramento, prevenção e investimentos no combate aos incêndios florestais, além da recuperação da fauna e flora.

Créditos das fotos: Valter Campanato/Agência Brasil (as duas primeiras)
Henrique Raynal/Casa Civil BR (as duas últimas)

Conciliação para conflitos agrários

Outro tema debatido pelo governador Eduardo Riedel em Brasília nesta quinta foi a busca de soluções para os conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul, envolvendo indígenas que reivindicam áreas como parte de seu território original e os atuais proprietários dessas terras. A situação foi discutida em audiência com o ministro do STF, Gilmar Mendes.

Acompanhado pelo secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, e pela procuradora-geral Ana Ali, Riedel expôs a posição do Governo do Estado em avançar rumo a soluções concretas. “Ninguém ganha com isso [os conflitos]. É uma situação extremamente ruim para o Estado, para as comunidades indígenas, para a Polícia Militar que age em determinação da Justiça”, lamenta o governador, acrescentando em seguida.

“Conversei quarta com o presidente Lula sobre o conflito e ele reiterou o desejo de buscar soluções nessas áreas em que dois princípios constitucionais estão em conflito: o direito a propriedade, pois são títulos legais, a cadeia dominial está ok, e a demarcação de áreas indígenas por parte de antropólogos. Então vamos buscar a solução através da indenização dos proprietários nas áreas onde isso couber”, conclui Eduardo Riedel.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Bases avançadas do Corpo de Bombeiros no Pantanal garantem combate mais rápido e eficiente aos incêndios

As novas bases estão estrategicamente posicionadas para cobrir as áreas mais críticas do Pantanal, melhorando a logística durante as operações

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As 12 bases avançadas do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, instaladas neste ano nas diversas regiões do Pantanal, estão garantindo um combate mais rápido e eficiente durante a Temporada de Incêndios Florestais 2024. As bases são uma novidade implantada pela Operação Pantanal e o objetivo é que sejam mantidas permanentemente para atendimento às ocorrências de incêndios em todas as épocas do ano.

Um exemplo do resultado positivo da iniciativa foi um combate realizado no último dia 9 de setembro, quando um incêndio foi registrado na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, próximo à base de Paraíso. De acordo com a equipe que trabalha no local, o fogo, oriundo do estado vizinho, ultrapassou o Rio Piquiri atingindo uma fazenda já no território sul-mato-grossense. Graças à proximidade da base e a ação rápida dos militares, o foco foi contido evitando um incêndio de grandes proporções.

De acordo com o subcomandante-geral e coordenador da Operação Pantanal, Coronel Adriano Noleto Rampazo, resultados como esse comprovam a eficiência das bases, consolidando um sistema de resposta mais ágil e eficaz frente aos desafios impostos pelos incêndios florestais.

“Principalmente na região do Pantanal, nós enfrentamos condições adversas durante o combate, como a dificuldade de acesso causada por terreno irregular, morrarias, obstáculos naturais e muitos outros empecilhos. Quando pensamos na instalação dessas bases, nosso intuito foi justamente o de garantir um acesso mais rápido aos focos para evitar que eles fiquem sem controle e causem maiores estragos, causando prejuízos à biodiversidade e às comunidades locais. Graças a essas bases instaladas em pontos estratégicos, hoje estamos conseguindo acessar os incêndios em um tempo bem menor do que nos anos anteriores. Isso garante também menor desgaste aos militares, que precisam se deslocar por distâncias menores, além de facilitar o transporte de equipamentos e toda a estrutura demandada”, explicou o comandante.

As novas bases estão estrategicamente posicionadas para cobrir as áreas mais críticas do Pantanal, melhorando a logística durante as operações. Elas foram nominadas de Jatobazinho, Amolar, Redário, Santa Mônica, Paraíso, São José do Piquiri, Cristal, São Sebastião Grande, Dois de Maio, Lourdes, Nhumirim e Forte Coimbra.

Todas as bases são equipadas com maquinários e outros acessórios utilizados no combate aos incêndios, além de tecnologia que permite o acesso à internet, o que permite a comunicação dos militares com a Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), instalado em Campo Grande e em Corumbá. Graças a essa estrutura, diariamente as bases encaminham ao comando da Operação um relatório das ações do dia e da situação de cada foco.

Além do combate direto aos incêndios, as bases também desempenham um papel fundamental em atividades de prevenção e monitoramento. As equipes realizam vistorias regulares nas áreas afetadas com objetivo de identificar possíveis novos focos de incêndio antes que se alastrem e promovem campanhas de conscientização entre as comunidades ribeirinhas e fazendas.

A expectativa é que a permanência dessas bases durante todo o ano reduza significativamente os danos causados pelos incêndios florestais.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Filhote de macaco-prego é salvo após incêndios no Pantanal e tratado no Hospital Ayty

O pequeno sobrevivente foi batizado Fênix, uma simbólica referência ao pássaro mitológico que renasce das cinzas

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Um filhote de macaco-prego foi recebido no Hospital de Animais Silvestres Ayty após ser resgatado das cinzas de um incêndio florestal no último dia 13, na região pantaneira do Salobra, em Miranda. O resgate foi feito por equipes do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) e do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) durante monitoramento das áreas afetadas pelas chamas que atingem o Pantanal.

O pequeno sobrevivente foi batizado Fênix, uma simbólica referência ao pássaro mitológico que renasce das cinzas. Assim o filhote de macaco se torna um símbolo de esperança. Após ser encontrado, Fênix foi tratado pela equipe da base de Miranda até o dia 16, quando foi transferido para o Ayty, localizado nas dependências do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande, para cuidados mais intensivos.

Devido à sua idade extremamente jovem, o macaco-prego exige atenção especializada, como alimentação com mamadeira a cada duas horas e aquecimento constante, características de cuidados semelhantes aos de um bebê humano. Ele também está sendo estimulado a defecar e urinar, e está em um local aquecido.

A equipe de veterinários do CRAS continua o tratamento iniciado pelos profissionais do Gretap e da Operação Arca de Noé, do Ibama, com foco na recuperação do animal. As equipes seguem monitorando áreas devastadas, prestando socorro e reforçando o compromisso com a preservação da biodiversidade no Pantanal.

Agora sob os cuidados do CRAS, Fênix vem mostrando sinais de recuperação a cada dia. “O cuidado com animais silvestres é extremamente delicado e exige muita atenção. Eles são muito sensíveis. Estamos alimentando o macaco de duas em duas horas. Ele foi encontrado ainda com o cordão umbilical, um bebe ainda”, comentou a gestora do hospital, Aline Duarte.

O Ayty, que está inserido na estrutura do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), é uma das mais modernas e completas estruturas dedicadas ao atendimento da fauna no Brasil. Com uma área construída de 1.153,33 m², o espaço foi projetado para oferecer um ambiente funcional e equipado para atender as diversas necessidades dos animais resgatados.

Este período do ano é considerado o mais crítico em relação aos incêndios florestais, intensificados pelas condições climáticas e, infelizmente, por ações humanas. Desde maio, o Estado impôs a proibição total de queimadas, com todas as autorizações suspensas. Nenhum produtor rural, indústria ou cidadão está autorizado a realizar queimadas. A proibição busca conter os danos causados ao meio ambiente e proteger a biodiversidade.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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Operação Pantanal 2024

Incêndios florestais se intensificam em biomas de MS, e na fronteira com a Bolívia combate continua

Já o monitoramento é realizado nas regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.

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Com previsão de continuidade da estiagem em Mato Grosso do Sul, aliado a baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, os incêndios florestais se intensificam em todos os biomas no Estado.

Atualmente o combate é feito nas regiões do Paiaguás, Paraguai Mirim, Nabileque, Porto Índio, Miranda, Aquidauana, Costa Rica, São Gabriel do Oeste, Porto Murtinho, Naviraí (Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema).

Já o monitoramento é realizado nas regiões de Aparecida do Taboado, Água Clara, Estrada Parque (Corumbá) e Chapadão do Sul.

A região do Pantanal sul-mato-grossense enfrenta condições climáticas que potencializam o risco de incêndios florestais. A previsão para os próximos dias continua sendo de estiagem, baixa umidade relativa do ar e temperaturas elevadas. Diante deste cenário, as equipes mantêm as ações de vigilância nas áreas atingidas e também nas regiões onde estão instaladas as 12 bases avançadas.

As temperaturas na região estão em condições extremas, com registros que chegam a 40°C, vento com rajadas de quase 50 km/h e umidade relativa do ar em 10% na maior parte do Estado.

Com atuação para controle e extinção das chamas nos diferentes biomas presentes em MS – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica – o trabalho do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) é intenso em Miranda, onde foi realizado alijamento (soltura de água para contenção das chamas) com o apoio da aeronave KC-390, nas três frentes microrregião do Salobra, Betione e Retiro Chora, que contam com combatentes e como prioridade de proteger os moradores ribeirinhos.

Na região do Paiaguás, é realizado combate a focos ativos que estão próximos à divisa com o estado do Mato Grosso, onde o fogo está às margens do Rio Piquiri.

Na área do Paraguai Mirim desde terça-feira (9) os bombeiros fazem o combate aos focos que ameaçavam a comunidade local.

Outro local que demanda atuação constante das equipes é na região do Porto Índio, na fronteira com a Bolívia, onde os bombeiros atuam há sete dias. Um segundo foco – mais ao sul, também próximo ao país vizinho – tem acompanhamento dos militares desde domingo (8). A área em chamas no Porto Índio é de difícil acesso e mobiliza transporte de militares com uso de aeronaves.

A Operação Pantanal 2024 completa 162 dias com trabalho que envolve militares de diversos estados, além de outras forças de segurança estadual e federal, com apoio de diversas aeronaves, além de equipes por água e ar.

(Com assessoria. Fotos: Divulgação)

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